Until We Die

Escrito por Daphs Henzell | Revisado por Marii Luck

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Prólogo

  Levantei cedo naquele dia, me arrumei rapidamente e fui pra escola quase correndo. De hoje não passava, ele já estava me fazendo de trouxa, afinal, que tipo de garoto marca três encontros com a namorada e não vai a nenhum deles? Atravessei os portões da escola e o vi conversando com a , minha melhor amiga, os dois estavam rindo e imitando alguma coisa. Acelerei o passo até os dois e a conversa acabou.

  - Posso saber o que é tão engraçado? - Perguntei sorrindo e eles se entreolharam e depois se viraram pra mim.
  - Nada de demais amor. - disse e me deu um selinho.
  - Eu quero saber, estou curiosa agora. - Fiz bico.
  - É que ontem a gente foi ver um filme no cinema. - Falou e eu olhei pro exigindo uma explicação.
  - Então quer dizer que você foi ao cinema com a ? - Ele concordou com a cabeça e sorriu. - Mesmo tendo marcado para ir à sorveteria comigo? - Ele me olhou como se pedisse desculpas e tentou me abraçar, mas eu me afastei. - Quer saber de uma coisa ? Por que você não namora a ? Você sempre sai com ela e não comigo.
  - , não é assim também...
  - É sempre assim , agora me esquece! - Sai dali rapidamente, como eu não estava com paciência para escola fui pra sorveteria que tinha ali na frente.

  Não acredito que o fez isso novamente. Deixou de sair comigo pra sair com a , novamente. Vi uma BMW preta com os vidros escuros estacionar próximo a sorveteria que eu estava, me assustei no inicio, mas depois pensei que fosse apenas mais uns riquinhos que ficam se achando, por esse motivo me levantei assim que dois adolescentes de camisa escura pararam na minha frente.

  - ? - Perguntou um deles.
  - Talvez. - Respondi um pouco assustada pelo fato deles saberem meu nome.
  - Sim ou não? - O outro perguntou irritadinho. Ui irritadinho, desconta em outra, não em mim.
  - Sim, eu sou. - Respondi e um deles deu um sorrisinho. - Já sei. Vocês são puxa-saco de professores e estão aqui por que eles descobriram que eu vivo matando aula aqui e mandaram vocês me pegarem, né? - Perguntei enquanto andava de um lado pro outro com as mãos na cabeça enquanto pensava em um novo esconderijo. Ouvi risadas e olhei na direção da escola, não me surpreendi em ver o . - Vai se ferrar ! - Gritei pra ele.
  - Calma amor. - Ele gritou de volta e sorriu, mandei o dedo do meio e logo depois estavam me puxando pelo braço. Olhei pros lados e vi os dois garotos da BMW me levando, a força, para o carro. Preparei-me para gritar e um deles tamparam a minha boca com a mão, comecei a me debater, mas pelo fato deles serem mais fortes, conseguiram me arrastar para o carro. Olhei na direção de e ele estava olhando aquilo atônito sem mover nenhum músculo, quando nos olhamos nos olhos ele pareceu reagir. - ! - Ele gritou e enquanto ela se aproximava de o cara me arrastava pro carro. A ultima coisa que vi antes de entrar no carro, era e correndo até este.
  - É bom você ficar quietinha garota. - Reclamou um dos garotos e o motorista acelerou.

Capítulo 1

  O desespero tomava conta do meu corpo. Eu não fazia a menor ideia do que estava acontecendo comigo naquele momento, a não ser o fato de que estava sendo sequestrada e que viu isso acontecer sem se mover e quando disse algo foi pra chamar a . Um dos adolescentes deu um sorriso safado e eu comecei a ficar com mais medo ainda. E se eles fossem estupradores? Comecei a chorar de desespero, o medo me consumia cada vez mais.

  - Ok garota, eu quero que você me fale tudo o que souber sobre esse garoto. - Ele me mostrou uma foto do . - E se você não disser algo novo, iremos te machucar bastante. - Ele pegou uma navalha e apontou pra mim.
  - O nome dele é , tem 16 anos, mora a duas quadras da escola, não vai aos encontros com a namorada, mas sai com a melhor amiga dela.
  - Mais alguma coisa antes de eu te machucar?
  - Eu só sei disso. - Falei já chorando. Eu estava assustada, com medo e nervosa naquele momento.
  - E sobre essa garota? - Ele me mostrou uma foto da .
  - , 16 anos, mora na casa ao lado do e é uma falsa que sai com o namorado da amiga, mais do que o garoto sai com a namorada.
  - Outra garota que não serve para nada. - Reclamou um deles.
  - Então você não sabe nada sobre a OST?
  - OST? - Perguntei totalmente confusa.
  - Organization of Spies Teens.
  - Por que eu saberia sobre isso?
  - Que garota tapada hein. - Reclamou o motorista e o meu celular começou a tocar, mas um deles pegou meu celular e atendeu.
  - Olá . - Ele disse cínico e com um sorriso sarcástico no rosto. - Se acalma garoto, a menina está bem, ainda... Wow, então quer dizer que essa garota é o meu passe para a sua morte? - Me assustei com aquilo. - Percebi que ela não te conhece direito, nem sabia sobre a OST... Claro que eu já contei pra ela que você é um espião, você acha que eu deixaria essa oportunidade passar? - Arregalei os olhos. O ? Espião? - Fala para a se acalmar se não eu corto a veia da amiguinha dela... Tudo o que eu quiser mesmo?... E que tal você morto e a garota livre?... Ok, eu vou passar para ela. - Ele me passou o telefone e eu peguei com as mãos tremendo.
  - Alo? - Sussurrei, o medo era evidente em minha voz.
  - , meu amor, me desculpa por não ter te contado antes, mas eu não podia! - Ouvi falando desesperado no celular.
  - , amiga, você está bem? Te machucaram ou alguma coisa?
  - Eu estou bem, bem assustada. E não, não me machucaram.
  - Eu e o vamos dar um jeito de te resgatar tá bom?
  - Tá bom - Sussurrei e pegaram o celular de mim.
  - Até breve e . - O cara disse e depois tacou meu celular no chão, quebrando-o.
  - Meu celular novinho. - Reclamei olhando pro meu celular no chão.

   Narrando.

  Não isso não pode estar acontecendo, por que logo a ? Como descobriram sobre ela? É bom que eles não a machuquem. Eu andava de um lado pro outro na entrada do colégio, tentava falar com Robert, mas ele não atendia.

  - , você está de carro?
  - Sim, eu estou.
  - Então vamos agora para a agência. - Ela disse e eu corri para pegar o meu carro. Entramos nele e eu comecei a seguir o caminho que dava na OST.
  - Por que a ?
  - Acho que pelo fato dela ser sua namorada e minha amiga, eles pensaram que ela era espiã também.
  - Ainda não sei como descobriram ela.
  - Qualquer um da escola poderia dar essa informação.
  - Eu só espero que ela esteja bem. - Falei enquanto dirigia.

   Narrando.

  Dois caras me empurravam por um caminho completamente sujo, a cada quase queda que eu levava riam mais de mim. Aquele lugar me dava arrepios, eu preferia estar na aula do professor Phil dissecando um sapo sem usar luvas, do que estar aqui. E acredite, eu odeio o professor Phil, odeio sapos e odeio dissecar animais, junta tudo isso e bum, é a pior coisa pra mim. Arrastaram-me até uma sala iluminada e limpa, onde tinha um homem e uma mulher conversando calmamente.

  - Chefe, trouxemos outra aluna da escola dos dois espiões da OST.
  - Ela sabe de algo importante para nós?
  - Não, mas...
  - Mate-a, ela sabe demais sobre a gente. - O cara que provavelmente era o chefe falou e eu voltei a chorar.
  - Não, por favor, não me mate. - Pedi olhando para os dois.
  - Mas chefe, ela - Ele apontou para mim. - é a garota do espião da OST...
  - Garota em que sentido?
  - Namorados. - Comecei a soluçar mais alto e a mulher que estava ao lado do chefão me olhou com pena. Ela veio em minha direção e me abraçou, abracei-a com força e voltei a chorar. Parecia que eu era uma criancinha de cinco anos e ela a minha mãe.
  - Querida, o que foi? - O homem a chamou.
  - John, ela é apenas uma adolescente. - A mulher disse.
  - Por favor, não me mate. - Sussurrei e voltei a chorar.
  - Ela sabe demais querida.
  - Mas John, olha o estado dela.
  - Ela morre ou mora conosco, escolha. - Disse John.
  - Ela mora conosco então. Vou adota-la.
  - Tem certeza disso? - Perguntou me olhando como se eu fosse fugir na primeira oportunidade.
  - Tenho John.
  - Senhor, se me permite dizer. Essa garota ai parece ser muito importante para o e a .
  - Interessante...
  - John, você não vai machuca-la. - Avisou a mulher.
  - Mary, não vou machuca-la, apenas, treina-la. Qual é o seu nome querida?
  - Marshall. - Respondi baixinho entre soluços.
  - , nome bonito. - Ela disse e sorriu depois.
  - Vocês vão me matar. - Senti o choro querendo voltar, mas segurei-o, não queria morrer.
  - Não, eu irei adota-la. Seu nome a partir de hoje vai ser , se quiser pode me chamar apenas de Mary ou de mãe, como preferir.
  - Já que ela vai ser nossa filha. - Estranhei aquele cara me chamando de filha, pois a um tempo atrás ele me queria morta. - Ela vai ter que treinar, igual ao . venha conhecer sua nova irmã. - Vi um garoto entrando e logo o reconheci, , capitão do time de futebol da escola.
  - Olha só quem está aqui. - Ele disse assim que me viu. - A namoradinha do . Que surpresa te encontrar, ... Sabe, eu sempre imaginei que você entraria na família, mas nunca imaginei que seria minha irmã.
  - , você vai treina-la e garantir que ela esqueça um pouco da sua vida anterior. Principalmente do e da . E você terá que ajuda-la com as matérias da escola, pois se ela sair da casa algum agente da OST pode pega-la.
  - Cuidarei disso, pai. - Ele falou e foi em direção à porta. - Você não vem irmãzinha? - Levantei-me e o segui até chegarmos a uma sala, olhei pelas paredes de vidro e vi que estava na casa de . - Nem pense em fugir. Antes que você pise na grama você vai ser morta. - Ele disse sério e eu estremeci. - Venha.

   me mostrou a casa inteira e depois as salas de treinamento, assim que voltamos para a sala, Mary estava com uma lista enorme nas mãos. Assim que me viu, ela sorriu e fez sinal para eu me sentar ao seu lado.

  - Querida, preciso saber o tamanho de suas roupas e o que você mais usa.
  - Por quê?
  - Preciso comprar roupas novas para você.
  - Ok. - Falei meu numero e o que eu mais usava e ela sorriu pra mim assim que terminamos.

Capítulo 2

   Narrando.

  - Como assim não podemos fazer nada Rob? - se levantou e eu abaixei a cabeça. Eu a havia perdido e provavelmente foi para sempre. - , você não vai me ajudar não?
  - Pra que? Não tem como achar a , ela está sem celular.
  - Tem que ter um jeito de resgatá-la!
  - Eles falaram um jeito. - Olhei para ela.
  - Não , eu não vou deixar você fazer isso! - Ela sabia que pela eu faria qualquer coisa, até me entregar ao inimigo.
  - Temos outra opção ?
  - Claro que temos! Podemos esperar que eles liguem novamente.
  - Quando eles vão ligar?
  - Não sei.

  A cada dia que se passava meu estado ia piorando, eu não falava com ninguém, não ia às aulas, não ia atrás de novas missões e vivia com o celular do meu lado, esperando uma ligação dela. Eu estava no automático, tentava me animar e me levar pras festas, mas nada era igual a quando eu tinha ao meu lado. Eu tentava seguir em frente, afinal, já haviam se passado quatro meses desde que eu vi aqueles caras levando-a.

  Carla, a mãe da , tinha se mudado, pois segundo ela a cidade fazia com que ela sempre se lembrasse da filha. Lá no fundo eu ainda tinha esperança que ela estivesse viva, me esperando de braços abertos.

  -, sai dessa cama agora mesmo! - Gritou pela milésima vez naquele mês.
  - Não.
  - , você tem que viver sua vida!
  - Não estou a fim.
  - Você vai jogar tudo pro ar? Vai?
  - Sim, eu vou.
  - Para de pirraça , a não vai voltar. - Fechei os olhos e tentei ignorar o que ela dizia. - Provavelmente aqueles caras já mataram ela até.
  - Ela está viva.
  - Como você pode ter certeza disso?
  - Eu sinto isso, sinto que ela está viva.
  - , saidessa. Dê uma chance pra quem realmente está vivo.
  - O que você quer dizer com isso ?
  - Será que você não percebe?
  - Percebo o que?
  - Você não notou que todos desistiram de você?
  - Nem todos.
  - Exatamente, nem todos, pois eu estou aqui.
  - Tanto faz.
  - , eu te amo caramba, por isso quero você bem.
  - O que?
  É isso mesmo, . Eu te amo, sempre te amei.
  - Você é louca. - Falei enquanto me sentava.
  - Louca? Eu tive que aturar você todos esses anos com a . Tive que aturar você sempre falando de pra cá, pra lá. E caramba, eu sempre te amei sabia? - Falou se aproximando de mim e eu me levantei com a intenção de me afastar um pouco. - Ai você falava da e eu pensava, nossa, ela é minha amiga, mas bem que você poderia falar de mim, não?
  - Você está precisando de um psicólogo,. - Falei e fiquei de costas pra ela.
  - Eu não preciso de psicólogo, . Eu preciso de você. Será que você não entende? - Ela disse me puxando para olhar pra ela.
  - Não, eu não entendo. - Falei olhando em seus olhos.
  - Me dá uma chance. Por favor, . - Ela pediu e me abraçou. Senti o cheiro de seu perfume e percebi que era o mesmo cheiro do perfume que usava. estava tentando virar a .
  - Se eu te der essa chance, você para de me encher o saco? - Perguntei irritado com ela, e parou de me abraçar e me encarou.
  - Pode ser. - Ela disse com os olhos brilhando.
  - Ok, eu te dou uma chance. - Respondi já sabendo que poderia acabar me arrependendo depois.
  - Obrigada. - Ela disse e se aproximou. Logo depois me beijou, mas esse não era o beijo que eu queria, não era o beijo dela.

  Narrando.

  Eu treinava até não aguentar mais, nunca pegava leve comigo e às vezes dificultava mais ainda. Eu estudava em casa com , pois se eu saísse na rua poderia ser pega pela tal de OST. Eu já podia andar livremente pela casa, desde que não saísse dali, pois se eu fizesse isso, seria morta. John, ao longo desses meses começou a gostar de mim, ele já me chamava de filha até. Mary sempre conseguia roupas novas pra mim, sapatos, bolsas e cintos, como ela só tinha de filho, toda sua alegria por ter uma menina veio para mim, mesmo eu já tendo 16 anos. já me considerava sua irmã, os outros espiões de nosso pai, sim, eu chamava o John de pai, sempre davam em cima de mim e me protegia, sempre brincávamos e saiamos escondido de casa.

  - Maninha? - Chamou .
  - Fala ai .
  - Quer ir a uma boate hoje?
  - Claro que sim. - Falei feliz, finalmente poderia sair de casa.
  - Então se arruma ai que nós já estamos saindo.
  - Nós?
  - Eu, você, e .
  - A sim, já vou me arrumar. Que horas a gente vai?
  - Nós vamos às sete horas.
  - Por Merlin, já são cinco horas, até depois. - Dei um beijo na bochecha dele e sai correndo pro banheiro.

  Prendi meu cabelo em um coque bem preso, tomei um banho relaxante, entrei no meu guarda-roupa e comecei a procurar uma roupa legal. Por fim escolhi um short branco curtinho, uma blusa rosa compridinha, uma blusa preta com lantejoulas, um casaco cinza, uma meia com três listras que ia até próximo ao meu joelho e meu tênis branco com um cadarço que brilha. Vesti-me, fiz um make rápido e simples, penteei meu cabelo e ondulei ele depois, coloquei um brinco discreto e desci pra sala.

  - Estou pronta. - Olhei pro relógio e vi que eram sete horas em ponto.
  - Uau, pontual hein. - disse rindo.
  - Faço o que posso baby. - Dei uma piscadinha e começamos a rir.
  - E você vai com esse shortinho ai, é? - Perguntou amarrando a cara, assim que viu meu short.
  - Vou sim, tem problema?
  - Claro que tem.
  - O que vocês acham e Dan? - Perguntei olhando pra eles. Eles gostavam de mim, não iriam dizer que tinha razão.
  - Está perfeitamente perfeito em você, . - Mandei um beijinho pra eles.
  - Viu - Sorri pra ele.
  - Ok, vamos logo. - Ele disse reclamando.
  - É assim que se fala maninho. - Pulei nas costas dele, e ele me segurou. Quando ele passou por Dan, peguei seu chapéu e coloquei na minha cabeça rindo.
  - Sabe , pode ficar com esse chapéu. - Dan disse rindo. - Só esse, ouviu?
  - Ouvi sim, Dannyzinho. - Falei rindo e me carregou até o carro. [Roupa]

  Assim que chegamos à boate escolhemos uma mesa próxima a pista de dança e nos sentamos. e foram pegar as bebidas e logo depois voltaram com vodka para todos.

  - E ai gente, vamos fazer uma aposta? - Falou .
  - Qual? - Perguntou .
  - Vamos ver quem consegue pegar mais mulheres, até a hora em que formos embora. - Ele disse fazendo e sorrirem.
  - Mas e eu? - Falei e fiz bico pro .
  - Quer ser a juíza?
  - Opa, quero sim. Mas só tem uma coisa.
  - O que?
  - Só vai valer se vocês passarem com a coitada na minha frente e eu ver.
  - Beleza. - Respondeu .
  - Ok, vai começar em, 5, 4, 3, 2, 1, já! - Falei e os três saíram rapidamente da mesa. Ri do desespero deles, me levantei e fui pro meio da pista de dança.

  Eu dançava sozinha mesmo, sem ligar pros outros, nem pro que eles iriam pensar de mim. Retirei o chapéu e fui até o bar pedir outra vodka. Encostei-me na mesa do bar e deixei o chapéu na minha frente e fiz meu pedido, que rapidamente chegou. Comecei a tomar minha bebida lentamente e vi passar com uma ruiva perto de mim, fiz um sinal de positivo e anotei em um papel, coloquei o papel escondido no meu cinto e voltei a beber. Algum tempo depois senti uma respiração no meu ouvido e uma mão em minha cintura.

  - E ai gatinha, quer dançar? - Olhei pro lado, vi e comecei a rir.
  - Esquece , vai atrás de outra garota.
  - A vai , não consegui nenhuma garota e eu quase apanhei do namorado de uma.
  - Bem feito. - Ri um pouco e depois olhei em volta.

  Várias pessoas dançando, cinco casais se comendo, pessoas bebendo, no colo do , mais pessoas se comendo. Espera ai, no colo do ? Voltei a olhar pra e vi que o garoto em que estava em seu colo, realmente era o . Então era assim ? Eu sou seqüestrada, quase morta, e você já fica com a minha amiga? Ah sim, ele já saia mais com ela do que comigo, é claro que eles ficariam juntos se eu sumisse. Vi que estava olhando em volta e rapidamente me virei para , ficando de costas para .

  - E ai , vai me dar uma chance?
  - Só por essa noite. - Falei e puxei-o em minha direção juntando nossos lábios rapidamente.

  O beijo rapidamente ficou quente e começou a tentar colocar as mãos por dentro da minha blusa. Afastei-me de , mandei um beijinho no ar e fui pra pista de dança, coloquei o chapéu na cabeça e voltei a dançar.

  Alguns garçons passavam com bandejas de bebidas perto de mim e eu trocava meu copo de bebida quando isso acontecia e ás vezes , e, raramente, passavam á minha volta com garotas, fazendo com que eu desse mais um risco no papel que trazia escondido no cinto.

  Narrando

   já estava bebendo há horas e eu só pensava em certa garota que vi aos beijos com um cara, no bar da boate. Comecei a olhar em volta e vi que muitas pessoas dançavam, mas também tinham motivo, a bebida e também a musica que por sinal era ótima para isso.

  Pelo fato de já estar bem bêbada, a levei para o meu carro e a tranquei, já estava para ligar o carro quando lembrei que ela havia esquecido a bolsinha tira-colo no porta objetos da boate, peguei seu colar com o numero do armário e voltei para a boate em passos rápidos.

Assim que adentrei nesta, vi que uma certa quantidade de homens haviam se juntado no balcão do bar, e que uma menina, muito linda, dançava ali. Fiquei durante um tempo parado observando a menina e depois de um tempo notei que era a mulher que estava no bar beijando o tal cara.

  Ela era realmente linda, e se parecia bastante com a , a minha . Continuei observando o que ela tinha de parecido com até que finalmente me toquei. Aquela não era uma menina ou mulher qualquer, aquela era a . Rapidamente segui até o balcão para tira-la dali, e poder levar ela de volta comigo.

  - Hey. - Ela disse e mandou um tchauzinho para um garoto que começou a tentar atravessar a multidão de homens que havia se instalado ao redor do balcão. - Hey. - Ela falou olhando pra mim com um olhar próximo a raiva. Tentei acelerar o passo mais o outro cara havia pego ela pelas pernas e tirado-a do balcão. Assim que me aproximei mais dela e do cara, ele acelerou o passo e sumiu com ela pista de dança adentro.

  Rapidamente fui pegar a bolsa da , assim que cheguei lá, ouvi risadas bem elevadas. Olhei pra porta da boate e vi , o tal , o cara que havia tirado ela do balcão e um garoto que me parecia familiar. Rapidamente eles saíram da boate, peguei a bolsa da e sai correndo da boate, e assim que sai vi um carro sair em alta velocidade rua adentro.

  Narrando

   me jogoudentro do carro, e logo depoisele, e entraram. Tirei meu tênis e coloquei as pernas pra cima.

  - , você esta bem? - perguntou. Fiz que não com a cabeça.
  - Esta tonta? - Perguntou , todo preocupado e eu fiz sinal positivo.
  - Fica com os olhos fechados um pouco que melhora. - Disse . Sentei corretamente e fechei meus olhos. Assim que melhorei, abaixei o vidro e fiquei com o olhar perdido enquanto me lembrava das cenas na boate.
  - , você esta bem?
  - To sim , não se preocupa. - Falei fechando os olhos.
  - Ok. - Ele disse e ficou conversando com durante o percurso até a casa. Notei que algumas vezes ficava me encarando pelo espelho retrovisor, mas eu apenas ignorava.

  Assim que chegamos em casa e foram para suas devidas casas, foi para o banho e eu fui tomar uma boa ducha gelada. Os acontecimentos da noite ainda habitavam minha mente. com em um canto se beijando, eu e nos beijando e meu lindo show em cima do balcão. Fiquei durante vários minutos de baixo do chuveiro deixando a água escorrer pelo meu corpo e pensando na noite que eu enfrentara. Mas uma cena que não saia da minha cabeça, e juntos.

  Quando considerei que já estava a um bom tempo de baixo da água fria, passei o sabonete pelo meu corpo rapidamente e lavei meu cabelo. Assim que terminei, vesti uma roupa qualquer e fui pro quarto do .

  - , o que você esta fazendo aqui? - Ele me perguntou assim que eu invadi seu quarto.
  - Conversar sobre hoje à noite.
  - Não foi ilusão por causa da bebida. - Como ele sabia que era isso?
  - Como?
  - Você ter visto o não foi uma ilusão por causa da bebida, ele estava lá.
  - Então você também o viu.
  - Sim. E ele estava com a .
  - Eu vi. - Sentei-me do seu lado e apoiei minha cabeça em seu ombro.
  - Ele já seguiu em frente.
  - Eu sabia que estava sendo chifrada antes...
  - Ei, não fiquei assim ok?
  - Como não ficar ? Diga-me como não ficar então, pois eu ainda não descobri como.
  - , tudo tem seu tempo, ok?
  - Certo. Só espero que eu o esqueça logo. Isso machuca, e demais.
  - Tente transformar esse sentimento em outro. Talvez de certo.
  - Transformá-lo em ódio?
  - Pode ser. E ter outra pessoa pode te ajudar a esquecê-lo também.
  - Por que tudo na vida não pode ser mais fácil?
  - Por que se fosse fácil a vida não teria graça.
  - Você tem razão.
  - Sempre tenho.
  - Ta bom pessoa humilde.
  - Minha humildade é uma qualidade, ok.
  - Aham, sei. - Rimos. - Treina comigo amanha?
  - Só se você sair comigo para uma espionagem depois.
  - Pode ser. - Sorri.
  - Então esta fechado maninha.
  - Wow. Eu não sou tão nova assim.
  - Mas é mais nova do mesmo jeito.
  - Temos a mesma idade .
  - Mas eu nasci primeiro. - Ele fez bico e eu comecei a rir.
  - Okné Sr. Eu-Sou-O-Mais-Velho.
  - Finalmente concordamos Srta. Eu-Sou-Uma-Pirralha.
  - Pirralha não, seu cachorro pulguento!
  - Ui, a pirralha esta nervosinha. - Ele começou a rir da minha cara e eu dei uma cotovelada em seu estomago. - Outch! Isso dói muito. - Comecei a rir e ele se dobrou provavelmente de dor.
  - Desculpe-me, não medi a força. - Continuei rindo da sua cara e ele me mandou língua.
  - Mas e ai, quem pegou mais meninas?
  - Empate entre você e o .
  - Sério?
  - Sério. Ai se for considerar o que pegou mais na primeira meia hora, você ganha dele.
  - Sou foda. - Ele começou a comemorar me fazendo rir mais ainda.
  - Não, você não é foda. Eu que sou. - Ele fez uma cara estranha e eu já devia estar de vermelha de tanto que estava rindo.
  - Ok, Srta. Eu-Sou-Foda, pode ir pro seu quarto dormir que amanha temos treino cedinho e espionagem à tarde.
  - Certo. Boa noite . - Dei um beijo na sua bochecha e me levantei.
  - Boa noite . - Ele se deitou e eu sai do seu quarto e fui pro meu.

Capítulo 3

  Acordei no dia seguinte me sentindo melhor. Tomei uma ducha, vesti uma roupa confortável para poder treinar e fui tomar meu café da manha.

  - Bom dia família.
  - Bom dia querida. - Respondeu minha mãe.
  - Bom dia filha. Como foi ontem à noite? - Olhei para em um pedido silencioso para que ele respondesse por mim.
  - Bom, fomos para a boate se divertir. Porém o e a haviam tirado a noite para se divertir no mesmo lugar.
  - Eles estavam lá? - Perguntou papai alarmado.
  - Sim, eles estavam. A estava mais bêbada que tudo e nem reparou na , porém o parecia estar meio sóbrio ainda.
  - Ele chegou perto de você querida? - John, meu pai, respondeu.
  - Não. Quase chegou, mas um dos meninos me tirou da vista dele rapidamente e me levou para o carro.
  - Depois viemos embora. - Terminou .
  - Certo, ou o vai pensar que estava muito chapado e teve a ilusão de ter visto a , ou ele vai começar a vir atrás dela... Ele te viu com ela, filho?
  - Creio que não.
  - Tomara que não. E tomara que ele pense que estava muito bêbado a ponto de ter tido uma ilusão.
  - Tomara mesmo. - Comentei e comecei a tomar meu café da manha. - , que horas você quer começar a treinar?
  - Assim que você terminar de comer.
  - Então vamos, por que eu já terminei. - Levantei-me da mesa e também.
  - Mas você mal comeu querida.
  - Não estou com muita fome, mãe. - Sorri para ela e fui para a sala de treinamento com me seguindo.

  Assim que adentramos a sala de treinamento direcionei-me até o saco de areia e comecei a acertá-lo com chutes e socos. Eu imaginava sendo o saco de areia e às vezes até a . viu que eu não sairia dali tão cedo e começou a segurar o saco de areia para eu tentar acertar com mais força. Depois de muitos socos e chutes ao pobre saco de areia cai sentada no chão e deixei as lagrimas rolarem pelo meu rosto. Depois de tanto tempo eu ainda amava e o fato de saber que ele havia seguido em frente, ainda por cima sendo com a , me destruía pouco a pouco.

  - Quer conversar? - Perguntou sentando-se ao meu lado. Fiz que não com a cabeça e olhei para o teto. - Tudo vai se resolver, você vai ver. E ele é simplesmente um idiota por te trocar por ela. - Sorri com o comentário. - Você da de dez a zero na , . Só você não vê isso.
  - Talvez seja por que ele a preferiu e não a mim.
  - Ele é um idiota, pensei já ter dito isso a você.
  - Ele pode até ser um idiota, mas mesmo assim eu o amo. Sou idiota por ainda amá-lo mesmo depois de tudo que aconteceu.
  - Você não é idiota. As pessoas não escolhem quem amam, simplesmente acontece. Você não pode escolher amar alguém e pronto.
  - Eu sei disso. Seria tão mais fácil se as pessoas pudessem escolher quem amar.
  - O fácil nem sempre é o bom. Se a vida fosse fácil, tudo nela seria um tédio. Um tédio completo devo acrescentar.
  - Obrigada.
  - Pelo que?
  - Por me ajudar. - Sorri e ele deu um sorriso antes de se levantar e me oferecer sua mão.
  - Agora podemos nos aquecer e depois treinarmos corretamente?
  - Podemos. - Segurei sua mão e ele me levantou.

  Aquecemos-nos e logo depois começamos a treinar corretamente. Durante o treino não falamos nada sobre o meu desconto de raiva no saco de areia. Aquilo era passado e passado nos tentamos deixar para trás. Algum tempo depois e chegaram e começaram a treinar conosco.

  - Que tal se lutarmos mesmo? - Propôs .
  - Que foi , quer apanhar de mim? Era só falar que resolveríamos isso lá fora sem ao menos interromper a e o .
  - Oferta tentadora , mesmo eu sabendo que quem iria apanhar seria você. Quero ver mesmo como seria uma luta entre e . - Olhei para de lado e percebi que ele encarava sem acreditar.
  - Você sabe que eu não bato em mulheres, ainda mais se for da minha família. - Disse ainda não acreditando no que havia dito.

  Aproximei-me de , me abaixei fingindo pegar algo no chão e rodeia perna rapidamente fazendo ele cair de frente, mas ele rapidamente colocou as mãos na frente para amortecer a queda. e começaram a rir.

  - Ops. - Falei colocando a mão na frente da boca e tentando segurar a risada logo depois que o derrubei novamente quando ele tentava se levantar.
  - Pirralha. - Ele reclamou e rolou para o lado, logo depois levantou em um pulo.

  Levantei-me rapidamente e desviei de alguns socos dele. Fui dar um soco em seu rosto, porém segurou meu pulso e rodou este fazendo com que eu rodasse ficando de costas para ele, que me imprensou contra a parede e deixou meu braço em uma posição que facilmente seria quebrado.

  - Desiste? - Perguntou com um tom convencido.
  - Nunca.

  Enrolei minha perna direita em sua perna e fiz com que ele chutasse a parede com a ponta do pé. Logo depois pisei no seu outro pé com força, fazendo com que ele soltasse um de meus braços para tentar impossibilitar minha perna de se mover. Aproveitei para acertar meu cotovelo em sua barriga e sair daquela posição. Segurei seu braço para trás na mesma posição que ele havia deixado o meu momentos atrás e coloquei uma de minhas mãos em seu pescoço deixando minhas unhas em posição que poderia facilmente machuca-lo.

  - Desiste? - Fiz a mesma pergunta que ele rindo.
  - Também não.

  Ele segurou minha cintura com a mão livre e me girou, fazendo com que eu caísse de costas no chão, logo depois se sentou em cima da minha barriga e segurou meus braços. E começou a segurar o riso. Empurrei-o com força pra frente, fazendo-o se deitar no chão e prendi minhas pernas com força ao lado de sua cintura, prendi seus braços em uma posição que facilmente poderiam ser quebrados e mandei um beijinho para .

  - Ok, podem parar. Já entendemos que vocês dois são bons e podem acabar comigo e com o Dannyzinho aqui do lado numa boa. - disse fazendo uma voz afeminada ao falar de . Soltei e comecei a rir sendo acompanhada pelos outros meninos.
  - , você não precisava ter colocado meu nome no meio, eu sei que sou fraco e posso apanhar dos dois numa boa, mas não precisava falar isso para eles. - Joguei-me no chão ao lado de e comecei a rir mais ainda.
  - , respira menina. - Comentou enquanto me levantava do chão sem eu ao menos pedir.
  - Ok, vou parar. - Disse e comecei a segurar o riso.
  - Vocês tem planos para hoje a tarde? - Perguntou .
  - Vamos sair para uma espionagem, e vocês?
  - Nada. Estamos à toa hoje.
  - Que sorte a de vocês.
  - , você vai assim toda suada ou vai tomar um banho antes?
  - É obvio que vou tomar um banho né . - Fiz uma cara de 'se toca tapado' para ele que apenas riu.
  - Então vai logo, pois você é lerda no banho.
  - Calunia! - Gritei e todos eles riram. - Eu sou rápida até no banho.
  - Se mentira matasse . - Comentou rindo.
  - Todos nos estaríamos mortos meus caros amigos, principalmente o . - Pisquei para e começou a rir. - Mas vou ir tomar meu banho sim. Beijos para quem fica.

  Ao sair da sala fechei a porta e fiquei um pouco ali tentando escutar algo. Eu realmente era rápida no banho, raramente demorava muito, então algo estava escondendo de mim. Não era possível.

  - Quem vocês vão espionar?
  - e .
  - Ela sabe disso? - Ouvi perguntar.
  - Não ainda. Vou falar assim que estivermos lá.
  - Ela vai ficar puta da vida com você. - Comentou e ele tinha muita razão. Eu estava puta da vida com neste momento.
  - Vou avisa-la antes de sair de casa então. Deixe apenas ela sair do banho.

  Sai rapidamente dali e fui para o meu quarto. Eu estava puta da vida ao saber que iríamos espionar e , mas minha raiva não era totalmente por não ter sido informada sobre ser e , mas sim pelo fato de e estarem juntos. E eu queria mais que tudo acabar com isso. A vingança é um prato que se come frio, mas eu nem ligava para isso. Iria me vingar de por trair minha 'amizade' com ela e iria que eu estava viva, ou melhor, ter certeza que eu estava viva.

Capítulo 4

  Terminei meu banho, coloquei uma calça preta justa - que me permitia total mobilidade ? e uma camisa de manga comprida preta e justa também. Calcei minha bota preta que ia até próximo ao joelho, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto e fiz uma maquiagem leve.

  - ?
  - Fala .
  - Eu tenho que te falar uma coisa.
  - E o que seria?
  - Nos vamos seguir o e a .
  - Interessante. - Falei e comecei a pensar em como poderia fazer ter certeza de que eu estava viva.
  - Não vai dar nenhum ataque?
  - Já dei um hoje mais cedo e meu limite é um por dia. - Comecei a passar base em cima da tatuagem que eu tinha no pescoço.
  - Então ta. - Ele disse meio assustado. - Eu trouxe uma lente castanha para você usar.
  - Lente? Para que?
  - Bom, ou você usa a lente ou a peruca loira que tem na sala de disfarces.
  - Prefiro a lente, obrigada. Mas por que eu tenho que usar um disfarce?
  - , você usa o mesmo perfume de antes e os cabelos estão a mesma coisa também. Só esconder uma tatuagem não esconde quem você é.
  - Certo, já entendi. - Ele me passou a lente e eu coloquei.
  - Bom, não mudou muito, mas acho que ele não vai perceber que é você logo que te ver.
  - Vamos almoçar ou vamos sair agora mesmo?
  - Acho melhor irmos logo, nunca se sabe.
  - Ok. Mas eu vou querer um Big Mc mais tarde.
  - Seu pedido é uma ordem, madame. - Começamos a rir enquanto descíamos as escadas.
  - Posso dirigir? - Pedi assim que chegamos ao estacionamento.
  - Claro que pode, se você não for bater meu lindo Porsche preto.
  - Pode deixar que eu não vou bater. - Rimos e ele jogou a chave para mim. Peguei meus óculos escuros na mesinha onde tinha um vaso com lírios dentro. Entramos no carro, liguei este e saímos de casa.

   foi me indicando o caminho de onde deveria ir até que chegamos a uma pracinha. De longe eu podia ver e sentados em um banco da pracinha conversando. Fiquei com uma vontade enorme de sair do carro e ir lá de quebrar a cara de por ter roubado de mim. Olhei atentamente e vi que apenas falava com seu olhar perdido, enquanto segurava sua mão e ficava falando em seu ouvido. Senti nojo. Nojo de estar com . Nojo de por ela estar fazendo aquilo. Apenas isso: nojo.

  - Normalmente eu não concordaria com isso, mas tem muitos carros na rua então ele não saberia diferenciar.
  - Não entendi .
  - Mande uma mensagem para ele.
  - Mas ele já deve saber que eu estou viva.
  - Ele pode estar achando que foi efeito da bebida. Na verdade ele já deve ter bebido outras vezes e te visto. A bebida pode fazer isso com as pessoas.
  - Tem certeza?
  - Porque não?
  - Preciso de um celular. - me passou um celular e eu rapidamente digitei uma mensagem. - Restrito?
  - Não precisa. Esse celular é descartável.
  - Será que ele vai acreditar na mensagem?
  - Não tenho certeza, mas se ele realmente estiver desesperado atrás de uma pista sobre você, vai acreditar.
  - Não sei. Acho que se eu tirasse uma foto e enviasse logo depois ele acreditaria.
  - Tire a lente, solte o cabelo e se aproxime da janela. - Tirei a maquiagem de cima da minha tatuagem, soltei meus cabelos e tirei a lente. Trocamos de lugar, me aproximei da janela e dei um sorriso sarcástico para a câmera. - Acho que consegui. - Peguei o celular e olhei a foto. Ao fundo dava para ver perfeitamente ele e a e na frente era possível ver que era eu sem problemas. - Vou estacionar em outro lugar, depois você manda a foto.
  - Ok. Vou enviar apenas a mensagem de texto. - Enviei a mensagem de texto para aqueles números que eu não esqueceria tão facilmente e fiquei observando e enquanto estacionava em um lugar diferente.

   Narrando

  Eu ouvia sem ao menos prestar atenção ao que ela dizia. Ao invés disso ficava sentindo o cheiro do perfume que ela usava e me lembrando de , minha . Eu só estava ali com ela naquele momento, pois na escola ela tinha me perturbado a tal ponto que eu havia aceitado vir à pracinha com ela. Ouvi meu celular apitando e soltei a mão de para ver a mensagem.

  - O que é? Por acaso é uma missão?
  - Não. Uma mensagem de um numero desconhecido mesmo. - Abri a mensagem e li. - Não é possível.
  - ? O que foi? - me encarava assustada. - Você esta ficando branco.
  - Ela... ela...
  - Ela o que?
  - Ela esta viva. - Falei olhando para e vi que ela me olhou sem acreditar.
  - Impossível!
  - Ela acabou de me enviar uma mensagem . - Li a mensagem para mim mesmo novamente.

  'Então eu estava certa quando desconfiei de que era traída? Minha melhor amiga? Ou melhor, ex?
  Bom saber disso zinho. Xx, .'

  - Não é possível que seja ela. Se fosse realmente ela, ela iria aparecer.
  - Ou não.
  - Ela quer ser salva , é claro que iria aparecer.
  - Deve ser uma brincadeira de mal gosto.
  - Responda dizendo que não vai cair mais nessa brincadeira de mal gosto.
  - Vou mesmo. - Escrevi a mensagem rapidamente.

  'Não vou cair mais nessa, brincadeiras depois de um tempo se tornam cansativas, sabia?
  Até nunca mais. .'

  Enviei a mensagem e voltei a viajar em meus pensamentos sobre . Será que ela realmente estava viva? Eu sentia que sim, mas todos me diziam que não. A falta de noticias e meios de chegar à ela levavam todos a pensar que estava morta, o que era muito provável. Ouvi meu celular apitando novamente avisando que eu havia recebido outra mensagem. Abri e encarei a mesma.

  'Ai amorzinho, você já foi mais educado sabia? Acha mesmo que eu iria brincar com você?
  Eu nunca mentiria para você, . Xx, '

  Encarei aquela mensagem sem acreditar, mas ainda assim era possível estarem se passando por ela. Respondi a mensagem rapidamente e enviei.

  'Muitas pessoas andam brincado comigo em relação à . Não acreditarei mais em ninguém sem provas. Prove que você é a então, ?querida?. .'

  Passou pouco tempo e já havia chegado uma nova mensagem da ''. Abri e vi que era uma foto. Abri a foto e não acreditei no que vi. Dei zoom nela e comecei a observar procurando algum efeito de photoshop, o que não existia. Puxei em direção ao pescoço e notei a o inicio do meu nome escrito ali. A tatuagem que ela tinha. Coloquei minha mão em meus pescoço onde havia o nome dela escrito coberto por base. Olhei o fundo da foto e vi eu e sentados no banco da pracinha onde estávamos. Estávamos com as mesmas roupas, no mesmo lugar da foto. Olhei para a direção da onde a foto foi tirada e vi que não havia nenhum carro ou pessoa ali.

  - , o que houve?
  - Ela esta viva .
  - Como? Não é possível.
  - Acabei de receber uma foto dela.
  - Pode ser photoshop.
  - Um photoshop não conseguiria montar essa foto.

  Joguei o celular para ela e ela analisou a foto e olhou para a mesma direção que eu havia olhado antes. Levantei-me do banco e comecei a olhar em volta esperando encontra-lá. Ouvi meu celular apitando e arranquei este das mãos de no desespero de ver se era uma mensagem dela.

  'Procurando-me amor? Sinto lhe dizer que não estou mais no mesmo lugar que na foto.
Muito linda sua cara de desesperado, haha. Adeus . Xx, .'

  Não. Novamente não.

   Narrando

  A cara dele ao receber a foto havia sido a melhor. Só não superava a da . Entreguei o celular ao que desmontou o celular e pediu para eu pegar o chip. Logo depois ele chamou uma criança que brincava ali perto.

  - Ei menino, você pode fazer uma favor para mim e a minha amiga?
  - Claro. - O menino respondeu e deu um sorriso.
-Entrega esse cartãozinho para aquele cara ali? - Disse e apontei para , depois entreguei o chip ao menino.
  - Posso sim moça.
  - Fala para ele que foi a que pediu para entregar, ok?
  - Ok.
  - Muito obrigada. Aqui, dois dólares para você comprar um sorvete. - Dei o dinheiro a ele que sorriu ao pegar o dinheiro. - Só tem um detalhe, você precisa fingir que não saiu daqui e nem falar que eu estou aqui, ok?
  - Sim senhora. - Ele disse e saiu correndo. Deu uma volta rápida na pracinha e parou na frente de . Entregou o cartão sorrindo, olhou algo no celular do e acenou positivamente com a cabeça. Vi pedindo algo ao menino e ele negando, logo depois ele foi para o outro lado do parquinho brincar no escorregador.
  - Acho que já podemos ir. - Falei.
  - Concordo. - Falou e saiu dirigindo de volta para casa.

   Narrando

  Estava pensando varias possibilidades sobre o por que ela não quis que eu a encontrasse enquanto olhava em volta tentando acha-lá escondida ou algo suspeito em relação à ela. continuava sentada com uma cara não tão boa. Era incrível ela não estar nem um pouco feliz com o fato de estar viva.

  - Moço? - Um garotinho me cutucava, olhei em volta mais uma vez e depois encarei-o.
  - Diga. - Sentei-me no banco ao lado de .
  - Me pediram para entregar isso ao senhor. - Ele me mostrou um chip de celular, estendi minha mão e ele colocou o chip ali.
  - Quem pediu para você me entregar isso?
  - Uma moça chamada . - rapidamente se virou para o garoto com uma cara de 'Não pode ser'. Peguei meu celular e abri na foto que havia recebido de .
  - Era essa moça que te entregou o chip? - Mostrei a foto para o garotinho.
  - Ela mesma. - Ele sorriu.
  - Pode me falar onde ela esta?
  - Não.
  - Por que? - Pedi já desesperado. estava me enlouquecendo aos poucos sem ao menos perceber.
  - Ela me pediu para não falar nada.
  - Eu te dou um sorvete se você quiser. - Falei com um tom mais desesperado.
  - Ela pediu para não falar nada. Não vou falar nada. - O garotinho deu de ombros e saiu dali.

  Olhei em volta mais uma vez e não achei nada de anormal. Dei varias voltas na pracinha e nada, simplesmente nada. Vi ao longe o garotinho brincando na areia e fiz uma tentativa de sorrir. Tão inocente e não faz idéia do quanto poderia me ajudar caso tivesse me dito onde estava. Mas qual o motivo disso tudo? Para que continuar se escondendo? Ela não queria ser salva afinal? Por que você esta fazendo isso comigo ?

  - , o que o pirralho te entregou? - perguntou depois de um tempo com um tom de medo na voz.
  - Um chip de celular. - Falei sem ligar muito.
  - Já tentou ver o que tem no chip? - Encarei meu celular na minha mão e logo depois o chip na outra e rapidamente troquei os chips, abri os contatos e não tinha nada, logo depois abri as mensagens e encontrei apenas as mensagens de para mim.
  - Aqui não tem nada além das mensagens que eu recebi. - Comentei e troquei os chips novamente. - Ela estava tão perto. - suspirou e eu voltei a me sentei novamente ao seu lado.
  - Então vamos levar o chip para se analisado. Com certeza vai ter alguma digital e assim você pode localizar ela, talvez. - Falou de cabeça baixa.
  - , eu te falei que estava te dando apenas uma chance. - Disse a ela após ver sua reação ao me ajudar.
  - Mas você queria. Se você não quisesse não teria me dado uma chance.
  - Te dei a chance no inicio para você parar de me encher o saco, e depois continuei com você para não ficar sozinho, sem falar que você me lembra ela às vezes.
  - Lembro? - Perguntou com um sorriso.
  - , você começou a usar o perfume que a usava, mesmo tendo dito varias vezes que achava o cheiro enjoativo, você escureceu o cabelo para o tom dele ficar parecido com o dela, começou a se maquiar como ela fazia, usa o cabelo como ela usava e mudou seu estilo de roupas e sapatos para ser o mesmo que o dela. - Falei já me irritando. Sim, eu havia percebido tudo isso e só havia continuado para às vezes quando estivesse com , eu pudesse imaginar ali com seu sorriso e sua risada escandalosa.
  - Por que você esta fazendo isso? - Perguntou a menina com lagrimas nos olhos.
  - Estou apenas contatando um fato que você sabe ser totalmente verdade. , você não é a e nunca vai ser ela. Não adianta se vestir e usar o que ela usava, pois você vai continuar sendo a e não a .
  - , o que te faz pensar que a ainda te ama? Que ela ainda te quer? ELA NÃO QUER SER NEM ENCONTRADA. - disse mudando o rumo da conversa e praticamente berrando o final. - Se ela quisesse ser encontrada teria tentado sair, não mandaria mensagens em um celular descartável e depois pediria alguém para lhe entregar o chip e não falar onde esta. Se ela realmente te amasse já teria aparecido há muito tempo.
  - Ontem na boate. - Falei simplesmente ignorando a maior parte do que ela disse.
  - O que tem a boate?
  - Ela estava lá. - Falei me lembrando dela dançando no balcão. - Eu a vi três vezes.
  - Eu não vi, provavelmente foi uma ilusão sua.
  - Você estava bêbada e não era pouco.
  - Como você tem tanta certeza?
  - Eu não bebi ontem e ela me chamou em uma das vezes, antes de ser retirada da minha vista, é claro. Talvez não seja ela não querendo ser encontrada e sim sendo controlada por alguém.
  - Você esta louco. Ela sorria naquela foto . Alguém que esta sendo controlado ou vigiado não iria sorrir daquela maneira. Você sabe que ela estava com um sorriso cínico, mas não era falso.
  - , apenas me deixe em paz, ok? - Falei e comecei a andar, mas ela puxou meu braço nos deixando cara a cara.
  - Nunca. Eu te amo caramba. - Disse e logo depois me beijou e eu logo a afastei de mim.
  - Mas eu não te amo. Eu amo a . - Falei olhando para ela com pena e logo depois recebi um tapa no rosto. Olhei novamente para ela indignado e ela me deu outro tapa no mesmo local.
  - Nunca mais fale isso para mim. - Disse lentamente e controlando a raiva na voz.
  - Estou apenas lhe falando a verdade. Não se iluda comigo. - Ela me deu mais um tapa e saiu correndo dali.

  Levei o chip para a sede da agencia e lá eles fizeram bilhões de teste e as digitais mais recentes eram três, a minha e a de e a outra devia ser a do garotinho que havia me entregado o chip. Depois que me falaram tudo que conseguiram de informações em relação ao chip, uma única pergunta perturbava a minha mente: Por que ela não queria ser encontrada?

Capítulo 5

   Narrando.

  Assim que cheguei em casa passei direto pela sala e entrei em meu quarto, fiquei lá durante um tempo até ouvir meu pai me chamando. Segui para o escritório calmamente e bati na porta.

  - Entre. - Ele disse e eu entrei rapidamente. Vi dois caras estranhos ali e me fui até meu pai, logo depois fiquei em pé ao lado da mesa dele. - Esses são David e Carter, eles querem ver se você é boa o suficiente para ir a uma missão com no exterior.
  - Pai, no momento eu só quero treinar para acertar as contas com uma pessoa. - Falei suavemente com uma voz persuasiva enquanto me lembrava de . Ela iria me pagar pelo que fez comigo.
  - Tem certeza? - Perguntou novamente, provavelmente para garantir que eu não iria querer aquilo mesmo.
  - Certeza absoluta.
  - Certo, então chame o Jake e vai treinar.
  - Certo. - Sai do escritório rapidamente e fui para o prédio onde se localizava as salas de reunião, descanso e treino. Entrei em uma de treino e logo localizei Jake. - Jake! - Gritei e ele se virou para mim, logo e veio rapidamente para onde eu estava com um sorriso enorme no rosto.
  - , que surpresa você por aqui. Tudo bom?
  - Tudo certo. - Sorri para ele. - Você poderia treinar comigo hoje? , e sumiram.
  - Claro que eu treino. - Sorriu mais ainda. - Vamos? - Apontou para a porta e saímos dali.

  Seguimos para a sala que eu e usávamos para treinar e ficamos ali conversando e treinando até tarde da noite fazendo com que dormíssemos ali mesmo.

  Acordei no dia seguinte já em meu quarto, provavelmente Jake havia acordado e me deixou ali. Tomei um banho, coloquei um short e uma camiseta básica e me joguei na cama novamente e fiquei vendo televisão, quando cansei disso fiquei procurando novas musicas e ouvindo as antigas. Às vezes saia do quarto para comer, mas tirando isso passei o dia inteiro ali. Quando já estava anoitecendo ouvi mamãe gritando algo como 'Ai meu deus, o que te fizeram filhinho querido?', exagerando eu sei, mas essa era a Mary. Desci as escadas e vi sentado em um banco todo machucado e sangrando, corri até ele e mamãe rapidamente.

  - O que aconteceu?
  - Quando eu estava lutando com uma pessoa, um idiota veio e atirou em mim. - Falou com raiva.
  - se acalma. Eu tenho que terminar de fazer esses pontos e fazer os outros curativos. - Ralhou mamãe.
  - Eu simplesmente odeio o . - Reclamou. - Da próxima vez que eu encontrá-lo, irei matá-lo sem pensar duas vezes.
  - Foi ele que atirou em você? - Perguntei chocada enquanto fazia alguns curativos também. Eu sei que depois de tudo que descobri sobre eu não tinha motivos para me impressionar com isso, mas parecia que não entrava na minha cabeça ele atirando em alguém.
  - Foi. - Disse e eu fiquei um pouco irritada. - Mas da próxima vez eu mato ele e de lambuja mato a também, guarde minhas palavras.
  - Não, você não vai. - Falei firme e me olhou estranho. - Eu vou matar aquela falsa e resolvo umas coisas com antes de matá-lo se possível.

  Dois anos depois.

  - ! - Ouvi meu nome ser gritado e assim que reconheci a voz de sair correndo do meu quarto em direção à sala, assim que o localizei pulei em cima dele abraçando-o.
  - Nunca mais suma por um ano e meio. Escutou?
  - Calma maninha. - Fiz bico pra ele que apenas riu. - Você sentiu tanta falta assim?
  - Claro. Você some e eu fico entediada. - Soltei-o do meu abraço e cruzei estes.
  - Nossa, você cresceu. - Comentou enquanto me olhava de cima a baixo.
  - Não, eu continuo uma pirralha de 17 anos. - Dei um pedala nele. - To com 19 anos, queria o que? Seu bobão.
  - Pelo jeito, por dentro é a mesma. - Rimos e eu abracei-o rapidamente mais uma vez.
  - Trouxe um presente para você. - Sorriu e eu comecei a pular.
  - Onde? Cadê? O que é? Dá, me dá, me dá. - Comecei a pedir igual uma criancinha de 5 anos e apenas riu.
  - Aqui. - Ele me entregou um pequeno embrulho dourado escuro e eu abri. Dentro havia um colar de prata escrito com um pingente escrito . - O que achou? - Perguntou ao ver que eu não demonstrava emoção.
  - Que lindo. - Falei provavelmente com os olhos brilhando e ele riu de mim. - Muito obrigada pelo presente, sério. Amei. - Disse e apertei ele.
  - De nada, . Agora se vira para eu colocar em você. - Entreguei o colar e me virei de costas para ele, logo depois segurei meu cabelo para não atrapalhá-lo, assim que ele colocou me olhei no espelho. Era lindo.
  - . - Papai gritou e eu corri até onde ele estava e não me surpreendi em ser o escritório. - Se prepare rapidamente, você vai com atrás de dois agentes da OST.
  - Ok. - Disse e sai dali rapidamente.

  Corri para o meu quarto onde vesti minha calça legging preta, uma blusa de manga comprida justa e minha bota de salto fino que ia até próximo ao meu joelho, ambas da cor da calça, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto e joguei o colar com meu nome por cima da blusa.

  - Vamos? - Perguntei descendo as escadas.
  - Você vai assim? - Perguntou com uma cara feia.
  - Pretendo. É melhor para me esconder. - Falei dando de ombros logo depois. Desde que havia feito 18 anos começara a usar roupas pretas e justas para as missões. - , já podemos ir?
  - Sim. - disse ainda me olhando de cima a baixo.
  - Fecha a boca se não entra mosca. - Comentei enquanto passava em sua frente para pegar a chave do meu carro.

  Estacionei o carro logo na frente de um prédio velho. Ele devia estar abandonado há uns vinte anos no mínimo, por que dois agentes da OST estariam ali? Encarei o prédio novamente antes de entrar neste seguida por que tentava se manter concentrado, porém direto ficava encarando meu corpo. Não havia nada no térreo por isso começamos a subir as escadas, em todos os andares estavam interditados e não havia marcas de que havia passado alguém ali então continuamos a subir até chegarmos ao ultimo andar. Demos de cara em um corredor onde havia apenas duas portas, segui para a porta da esquerda e foi pela direita.

  Assim que entrei havia uma luz acessa no centro do mini-corredor, porém essa logo se apagou e eu ouvi passos e pelo fato de serem leves e parecerem de salto conclui que era uma mulher. Ótimo, finalmente alguém que não teria pena de vir pra cima e nem ficaria observando meu corpo como se me deseja-se e acredite, isso acontecia bastante comigo quando lutava contra homens. Ouvi portas serem abertas e fechadas, provavelmente tentando me confundir. Fui caminhando pelo corredor e quanto mais caminhava mais alto os barulhos ficavam e mais escuro também, além disso eu tinha aquela impressão de estar sendo vigiada por isso comecei a me mover lentamente quase não fazendo barulho. Do nada senti algo se aproximando do meu rosto e dei um chute na direção deste algo e ouvi um resmungo de dor.

  Finalmente havia achado minha rival. Direcionei-me até ela e comecei a atacar, porém mesmo caída ela se defendia. Em um determinado momento ela me jogou longe e aproveitando o momento, se levantou. Fui com tudo para cima e ficamos chutando, socando e defendendo por um bom tempo enquanto andávamos pelo local. Notei um barulho estranho e notei que ela carregava uma arma. Mirei em sua mão e mandei o objeto para longe e continuamos a fazer o mesmo de antes e nos aproximando da luz que entrava por uma janela meio aberta. Assim que a janela nos iluminou reconheci .

  - Maravilha. Eu irei ter a honra de ter matar então? - Disse com um sorriso sarcástico.
  - Não se eu te matar antes, sua falsa. - Continuamos a nos atacar e defender.
  - Sabe, bem que o que você dizia era verdade. O realmente é muito gostoso e na cama é melhor ainda, sabia? - Ah não, ela esta pedindo para morrer mesmo né? Comecei ataca-la com mais força e raiva e percebi que estava começando a ganhar vantagem.
  - Você é uma mentirosa, cretina, vadia, falsa, ridícula e puta. - A cada palavra que eu dizia metia um soco ou na cara de mamãe quero ser puta dela, ou um chute em sua barriga onde eu sabia haver um piercing.
  - Eu só fiz meu papel de amiga dele e cuidei dele. - Falou com um sorriso convencido e eu meti outro soco nela fazendo seu nariz sangrar. - O que foi? A verdade dói? Dói saber que você era chifruda? Dói saber que foi apenas você sumir para o vir atrás de mim?
  - Do jeito que você é não duvido nada que você se jogou em cima dele.
  - Então o anel de namoro que ele me deu é o que? - Ela me mostrou um anel idêntico ao que eu tinha no meu dedo. Sim, eu ainda usava aquele anel para o caso de encontrar .
  - Escolheu o mesmo que o meu? Sério que você foi patética a esse ponto? Se bem que se vestir parecida comigo e usar o cabelo como eu implica inveja, sabia?
  - Eu não me visto parecida com você. - Reclamou entre dentes e eu acertei um chute em sua barriga fazendo ela cair de costas no chão.
  - Eu vi, , com os meus lindos olhos. Se bem que minhas roupas são uns cinco dedos maiores né? Resumindo: você é patética. - Falei e peguei a arma que estava do meu lado, logo depois apontei para ela. - Adeus queridinha. - E atirei nela. Sem dor, sem pena e, principalmente, sem remorso.

Capítulo 6

  Sai dali rapidamente enquanto colocava a arma presa na minha calça. Quando eu pensava no que fazer com o corpo sem vida de ouvi o barulho de um tiro vindo do outro lado do prédio. Sai rapidamente do mini-corredor e entrei na outra porta, a que havia entrado. Assim que entrei naquele quarto gigante, e um pouco mais claro que o que eu havia entrado, procurei com os olhos por e o encontrei escorado na parede do outro lado. Sai correndo rapidamente até ele.

  - , você esta bem? - Perguntei sussurrando enquanto me abaixava para analisar seu estado.
  - Sai daqui. - Ele sussurrou enquanto tentava me afastar.
  - Claro que não. Não vou te deixar aqui. - Sussurrei com raiva por ele ter pensado que eu iria abandona-lo.
  - Isso é uma armadilha, vai logo. - Falou sem sussurrar.
  - Pra que a pressa? Deixe a menina ficar, . - Falou uma voz um pouco conhecida por mim enquanto sentia algo gelado encostado nas minhas costas, provavelmente uma arma. - Sabe, eu não conhecia esse seu lado. Não esperava que você fosse ser resgatado por uma mulher. - Reconheci a voz e comecei com o meu mantra de 'Não pode ser, não ele. Estou ouvindo coisas.'.
  - Não sou você, , falando nisso cadê a sua queridinha ? - falou sem me olhar e por um momento me senti sem ar e apenas uma palavra rodava minha mente. .
  - Não sei, acho que devo perguntar a sua adorável amiga aqui. - Falou enquanto pressionava a arma nas minhas costas. Discretamente peguei a arma da que estava presa na minha calça e preparei para atirar, logo depois apontei para trás, mas mantendo ela ainda meio escondida. - Mas pelo menos eu nunca coloquei minha parceira em uma armadilha. E então garota, quais são suas ultimas palavras antes de morrer?
  - Bye sweet. - Disse e atirei para trás sem ver onde havia acertado, estiquei minha perna e rodei fazendo ele cair deitado no chão, me levantei e chutei a arma de para bem longe de seu alcance.

   apenas riu quando viu no chão sem ação e sem arma. Apontei a arma que estava em minha mão para a cabeça ele e encarei com uma expressão de levanta logo. começou a se levantar usando a parede como escudo e quando estava em pé sorriu para mim.

  - Muito bom. - Elogiou e voltou a rir de . - Só falta melhorar a mira.
  - Cala a boca, não sou eu que levei um tiro e vi meu companheiro acertando o inimigo de costas para este. Agora vai para o carro e liga para o vir.
  - Não sei se você percebeu, mas tem uma bala na minha perna. - Joguei meu celular para ele.
  - Se arraste e enquanto isso ligue para . - Repeti com um pouco de raiva.
  - E o ?
  - Wow, verdade né? - Peguei uma cadeira que eu achei ali perto, virei ela para e me sentei ali. - Oi , tudo bom? - Percebi que ele estava quase me reconhecendo. - Como estava indo sua pegação com a ? - Falei o nome dela com nojo e logo depois sorri ao me lembrar do tiro que eu havia dado nela.
  - . - Ele sussurrou assustado e depois viu o colar que eu usava, confirmando assim sua hipótese. rapidamente saiu dali para ligar para .
  - Sim, a pobre garota inocente que levou chifres do namorado, ou simplesmente o que sobrou dela. - Sorri irônica.
  - Você esta viva e bem. - Ele sorriu e tentou se levantar, fazendo com que eu olhasse o tiro que eu havia dado em sua coxa. - Eu sabia que você estava bem, meu amor.
  - Seu amor ? Esquece isso. O que aconteceu entre a gente já acabou e você até já estava namorando a minha adorável ex-amiga há quase dois anos também.
  - . - Ouvi alguém gritando meu apelido e me virei para a porta vendo . - O que houve aqui?
  - baleado pelo , baleado por mim.
  - Que isso em maninha. - sorriu e ajudou a se levantar. - Quer que eu cuide do ?
  - Não, pode deixar que eu cuido disso. Ajude com o machucado e depois suma com o corpo da que esta no corredor que a outra porta leva.
  - Ok, depois eu volto para levar o . - Ele disse e sumiu pela porta, deixando eu e sozinhos.
  - Desde quando trabalha para o ?
  - Desde que fui sequestrada graças ao seu segredinho e o da puta que um dia chamei de amiga.
  - Por que não tentou falar comigo e quando falou ficou daquela maneira?
  - Simples. Por que você não confiou em mim. Por que você me traia. Por que eu havia sido machucada e quase morta por sua culpa. Por que você nem tentou ir atrás de mim naquele dia, apenas chamou pela em vez de ir me salvar. Apenas sua culpa. Ah, e não posso me esquecer do seu maravilhoso namoro após eu ter sido 'sequestrada'. - Falei colocando para fora os motivos de querer acabar com a raça dele.
  - Eu tentei. - Ele disse me olhando com dor nos olhos.
  - Tentou? Jura? A única tentativa que eu vi foi você tentando me esquecer, namorando a , sabe? Mas passado é passado, certo? - Apontei a arma e preparei ela para atirar no coração de .
  - Você quer mesmo me matar e esquecer tudo pelo que passamos?
  - Você só me enganou . Eu fui a idiota que você tinha nas mãos. - Ele me encarava fixamente durante a minha frase, seu rosto não demonstrava nenhuma expressão mais. - Então sim, eu vou. - Fiquei encarando ele da mesma forma. Percebi ele se levantando com dificuldade e se apoiando em uma parede próxima de mim, logo depois me puxou para mais perto pela mão e segurou minha mão que estava com a arma encostada ao seu peito, do lado do coração.
  - Então me mate. - Sussurrou. - Mas nunca se esqueça do quanto eu te amei e ainda amo, Marshall.

   Narrando.

  A puxei para mais perto e beijei-a pela ultima vez. Nossas línguas se moviam em uma dança sincronizada enquanto eu apertava sua cintura. Eu amava mais que tudo, talvez mais que a mim mesmo e não tinha duvidas sobre isso. Ela tinha os motivos para me odiar e querer me matar, mas eu sabia que não era apenas isso, havia mais coisa debaixo do pano como, por exemplo, o fato de que se ela traísse a confiança de alguém ali me deixando vivo, ela morreria. Se ela morresse para me salvar eu nunca me perdoaria e nem estava acreditando que quase a matei. Um de nos tinha que morrer, se eu morresse tudo ficaria bem, se ela morresse... Eu nunca me perdoaria por matar o amor da minha vida e se eu tiver que morrer na mão de algum dos capangas do , que fosse pelas mãos dela. Interrompi o beijo e percebi que ela chorava.

  - Relaxe, meu amor, eu te perdoarei por isso. - Apertei seu dedo que pressionava o gatinho e senti o impacto da bala perfurando meu corpo. Meus joelhos cederam e sorri para a vendo soluçar, logo depois tudo era apenas escuridão.

   Narrando.

  - acorda, por favor.

  Comecei a balançar ele desesperadamente enquanto chorava. Coloquei minhas mãos em seu coração, pulsos e pescoço e nada, nenhuma pulsação sequer. Encarei minhas mãos que tremiam e percebi estarem cheias de sangue. Sangue dele. Ainda soluçando fechei seus olhos, entrelacei meus dedos nos seus e voltei a chorar.

  - O que esta acontecendo aqui? - Ouvi uma voz feminina perguntar e percebi que era a de . - ! - Ela berrou ao ver eu chorando ao lado de e logo veio o mais rápido que conseguiu até onde estávamos. - O que você fez? - Perguntou quase surtando quando via o peito de sangrando e a arma do meu lado.
  - Ele pressionou o gatinho enquanto eu segurava a arma. - Sussurrei e voltei a chorar.
  - Você o matou! - Gritou enquanto apontava outra arma para mim.
  - Ele me fez mata-lo, . - Gritei e ela atirou em mim, provavelmente no meu coração. - Adeus vadia. - Sussurrei com o pouco de voz que restou antes de cair deitada ao lado de .
  - , eu não achei a . ! - Ouvi alguém gritando e barulho de tiros. Logo depois tudo escureceu.

  Sentia-me como se não houvesse nada em volta e meu corpo caísse em um poço sem fim. Peguei-me lembrando de coisas da minha vida, principalmente de coisas que havia passado com . Final trágico o nosso. Por um momento me senti Julieta e pensei em como deveria ter sido para ela perder Romeu. Eu e poderíamos ser considerados Romeu e Julieta em uma versão mais recente depois de tudo.

Epílogo

  Terceira Pessoa Narrando.

   ao ver levando um tiro de chamou pela irmã e atirou em seguida em que rapidamente morreu devido a um outro tiro que possuía. Logo depois olhou para , sua pequena irmã depois de ter sido sequestrada. Pensou por um momento em tirar o corpo de dali e leva-lá para sua casa, mas ao notar a mão da mesma junto da mão de desistiu da idéia. O melhor seria todos serem encontrados assim e a policia tentar resolver o caso.

  Retirou todas as provas que a policia poderia encontrar que pudesse acusar ele ou de terem cometido o assassinato de , e e olhou pela ultima vez para sua 'irmã'. Ela não merecia ter morrido daquela maneira. Deixou uma lagrima cair e logo depois enxugou as outras. Saiu dali e quando já estava no carro de com ao seu lado pediu ao amigo para ligar para a policia a fazer uma denuncia anônima sobre o caso. Logo depois saiu daquele local onde e permaneceram juntos no fim das contas e pelo fato de estar ali também poderiam concluir que era inocente e em uma atitude incontrolada matou os dois.

  Dois dias depois.

  A senhora Marshall e a senhora se encontraram novamente para fazer o enterro de seus filhos. Eles seriam enterrados lado a lado, pelo fato de terem sido encontrados juntos de mãos dadas e pelo fato das duas saberem do amor que ambos nutriam resolveram manter o corpo deles juntos. A senhora preferiu cremar o corpo da filha e nunca mais se aproximou da senhora ou da senhora Marshall.

  Os jornais comentavam sobre , e . Diziam que por ciúmes havia sequestrado e depois que havia encontrado a garota, matou ambos e logo depois se arrependeu do fato e se suicidou no mesmo local.

  , e nunca mais tocaram no nome de e começaram a se afastar da máfia de John e Mary compareceu disfarçada ao enterro da quase filha, .

Fim.



Comentários da autora
 Bom, agora chegou o final e eu nem sei o que dizer gente kk. Essa é a minha primeira fic aqui no site e eu espero que seja a primeira de muitas rs. Muito obrigada por lerem e se tiver uns minutinhos, comentem. Prometo que a mão não vai cair hihi. Bom, acho que é isso né? Nem acredito que enrolei com essa atualização por semanas até ter coragem de terminar o script e mandar para a beta, mil desculpas por isso, mas eu acho que eu não queria finalizar a fic hehe. Mas finalmente mandei pra deixar vocês felizes (ou não...). Espero que tenham gostado e desculpe por falar demais, tenho esse habito de falar demais quando estou meio nervosa... Bom, obrigada por tudo mesmo! AnaT., foi tão boa assim a atualização? Kkk, bom, como você pediu, ai está a atualização rs. @u_knowtime, que bom saber que você gostou, sério, isso me deixa muito feliz rs, quando eu li seu comentário fiquei toda louca pelo fato da fanfic já estar finalizada, até pensar em enrolar eu pensei, mas não sabia como sem fugir do final que eu já havia escrito (até deixei minhas amigas malucas pra tentarem me ajudar!), espero que tenho gostado e que ainda ache que não é cliché (mesmo eu sabendo que é sim kkk), obrigada pelo comentário, sério (:. Bom, é isso. Até a próxima girl. Xoxo, Daphs.