Under The Gun

Escrito por Aline Souza | Revisado por Lelen

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   caminhou graciosamente até o altar improvisado com lágrimas no rosto. O véu servia para mascarar a raiva que ela sentia naquele momento. Os padrinhos e madrinhas eram completamente desconhecidos para ela, todos sorriam, mas não mais que o próprio noivo... Ele tinha a expressão deliciada, como se o mundo pudesse acabar naquele momento. não esperava que alguns dos seus amigos estivessem lá, nem o próprio pai estava...
  Aguenta firme, . Só mais algumas horas... Ela pensou enquanto se encaminhava em direção ao maior estrategista da Inglaterra.

  Enquanto isso tocava com a sua banda em um pub do outro lado da cidade. Ou melhor, tentava.
  - Droga, Dude. É a terceira vez que você erra só nessa música! Como você consegue? - perguntou.
  - Não é o meu dia de sorte. - Ele respondeu.
  - Finge que é. A acabou de chegar. - disse olhando para a entrada.
  - Ué, a melhor amiga dela não está casando nesse momento? - perguntou.
  - Pois é, né... Estranho. - concordou.
  - Vocês parecem velhas fofoqueiras. - concluiu. - Agora vamos voltar a tocar!
  - Desculpem a interrupção. - disse no microfone. - Vamos com The Killers! Read my mind.

On the corner of main street
(Na esquina da rua principal)
Just trying to keep the line
(Estou apenas tentando manter a linha)
You say you wanna move on and
(Você diz que quer seguir em frente e)
You say I'm falling behind
(Você diz que estou ficando para trás)
Can you read my mind?
(Você pode ler a minha mente?)

  "- ...
  - Não vou trocar o meu sorvete com você. - Ele disse enquanto tentava sorrir e morder a casquinha ao mesmo tempo. - Ninguém mandou você pedir pistache.
  - Eu preciso falar algo sério. Bem, eu... Nós... - Ela tentou. - Acabou, .
  - O quê? - derrubou o sorvete no chão. - Você... Você não pode chegar e dizer isso, . As coisas não funcionam assim.
  - Elas tem que funcionar. Pelo menos dessa vez. Você tem que ficar longe de mim.
  - . Não houve nada. Não tem nada de errado. Por que você está fazendo isso?
  - , me desculpa... - Ela estava chorando.
  - Você não pode fazer alguém te amar e depois dizer que vai embora. Entendeu? Não importa o que esteja acontecendo... Eu vou te ajudar. - Ele disse e tentou abraçá-la.
  - Me ouve, . Isso é sério. Tem a ver com a minha família. - Ela parecia ter algo a mais para dizer, mas só desviou dos braços dele e saiu correndo."

  Era óbvio que tem algo a ver com a família dela. Ela obviamente não poderia casar com um fracassado como você, . Ele pensou enquanto tocava com raiva. Até , o seu melhor amigo, o olhava um pouco assustado. Embora todos compreendessem. Afinal, não é sempre que a sua namorada termina com você para casar com outro cara.
  Quando o show terminou desceu do palco e agarrou uma garota da forma mais selvagem possível. O que não acabou muito bem porque o namorado da tal garota viu tudo e acertou um soco no olho direito de .

___________

  Os convidados acompanhavam os recém-casados até a limousine. observou que não passavam de cinquenta. A cerimônia tinha sido simples, em um belo jardim, mas isso não evitou a presença dos jornalistas.
  - Ora, meu amor. A maquiagem está borrada. - Luke disse com falsa preocupação.
  - Você vai soltar o meu pai agora! - Ela esbravejou.
  - Cada coisa a seu tempo, minha linda. Você sabe que ainda não consumamos o nosso casamento. - Ele tocou o rosto dela.
  - Não, eu... Você já tem as minhas ações na empresa. Por que isso?
  - As coisas não funcionam assim para mim, amor. Se eu faço algo eu faço direito! Não vai deixar o seu marido na mão, vai?
  Então , que tinha lutado durante dois meses para não chorar na frente dele, não conseguiu se segurar e chorou. Durante dois meses ela ficou sozinha, sem o pai, sem o namorado e sem a melhor amiga... Mas ainda tinha uma pequena esperança de que as coisas voltassem, mas agora não havia nenhuma luz no fim do tunel.
  - Não dificulte as coisas, garota. - Luke suspirou - Odeio choro.

  "- , , . - cantarolava - Don't cry, . Don't Cry.
  - Isso é uma música? - De repente ela estava rindo.
  - Talvez. - Ele respondeu sem jeito. - Eu fico perdido quando você está triste. Nunca sei se devo te deixar quieta ou te incomodar até você rir."
  Eu te amo, . Eu sempre vou te amar. Por favor, não me odeie. Ela pensou enquanto lutava contra as lágrimas.

___________

  - ! - gritou se atirando no banco ao lado da garota.
  - Oi, . - Ela disse beijando o rosto dele.
   beijou o rosto dela, murmurou algo incompreensível com o saco de gelo no rosto e deu um aceno tímido. O que era ridículo, na opinião dos amigos, já que ele não era nada tímido... Mas ele sempre agia dessa forma perto da amiga.
  - Tem uma garota linda me olhando. Vejo vocês depois! - comentou saindo da mesa.
  - Eu preciso falar com você. - Ela disse para .
  - Se for sobre ela eu realmente não quero. - disse tirando o saco de gelo por um momento.
  - Por favor.
  - Ela parou de falar conosco. Supera, . Eu já superei.
  - , você é cego? Ela está sendo manipulada! Ela se afastou para não virarmos alvos.
  - Isso é maluquice. - bufou.
  - Como você sabe disso, ? - perguntou confuso.
  - É, como você sabe disso se ela parou de falar contigo no mesmo dia que terminou comigo? - a interrogou.
  - Você não achou isso suspeito? - Ela perguntou cética.
  - Até agora não...
  - Claro que não, cabeça oca. Eu não esperaria outra coisa de você. - Ela revirou os olhos. - Você não acha estranho ela terminar com você e casar com um cara dois meses depois?
  - Vai ver ele é tão rico quanto ela e eles se apaixonaram um pelo dinheiro do outro. - respondeu irritado.
  - . - o interrompeu.
  - Ok, é ridículo. - Ele admitiu. - Mas a ideia dela se casar por obrigação é patética.
  - Não é não. Ela faria. Se tivesse algo importante em risco. - entrou na conversa.
  Então mostrou a manchete de um jornal para eles:

James , dono da multinacional ABC, não comparece ao casamento da filha.

  - Ele nunca faria isso. - estranhou
  E todos entenderam o que estava acontecendo imediatamente.

___________

  Luke empurrou na cama e tirou a meia calça da garota com um movimento.
  - Você vai aprender a me amar. Acredite em mim. - Ele disse beijando as pernas dela enquanto ela chorava de nojo. - Não vai ser muito legal se você ficar chorando. Eu vou ficar irritado e descontarei em você e no seu papai. E nós não queremos isso, não é?
  Ele bagunçou os cabelos loiros e começou a se despir.
  - Você é tão linda. - Ele disse com desejo. - Não acredito que tenha namorado aquele retardado. Foi uma boa troca, não foi?
  Então se desligou do momento. Ela deixaria Luke fazer o que quisesse com ela se libertasse o pai em seguida, mas ela não queria estar ali. Então começou a pensar em .

  "- Faz aquele doce brasileiro? - Ele perguntou se espreguiçando no sofá. - Qual é o nome?
  - Você já comeu brigadeiro duas vezes só nessa semana. Vai ficar obeso.
  - Não vou, não. - Ele fez bico. - Eu posso fazer exercícios.
  - Aham, claro. 
  - Você poderia ser uma boa namorada e me apoiar.
  - Eu não faria exercícios com você.
  - Eu não estava pensando no tipo que você está pensando. - Ele deu um sorriso pervertido.
  - Safado!
  - E você adora. Confessa.
  - Jamais. - Ela disse antes de o beijar ardentemente."

   só percebeu que Luke tinha se cansado de brincar com ela horas depois. Quando ele atendeu ao telefone e disse:
  - Sim. O dinheiro vai estar com você às nove da manhã. Deixe o em um beco qualquer, ele saberá voltar para casa.

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   levou adormecida até a própria cama e voltou para a sala na esperança de que a poltrona não lhe causasse dores na manhã seguinte. dormia no sofá e andava de um lado para o outro.
  - Nós vamos dar um jeito. - Ele tentou tranquilizar o amigo.
  - Ela teria pensado em um jeito se houvesse. - respondeu. - Ela é um bilhão de vezes mais esperta do que eu. Como é que eu vou salvá-la?
  - Eu vou passar a noite pensando nisso. Eu sou o gênio do grupo!
  - Pensei que fosse o .
  - Não, ele é o cara bonito. Agora vai dormir... O teu olho está ficando ainda mais roxo.
  - Você acha que aquele policial estava certo?
  - Quando disse que só faltava um cachorro e uma van para participarmos de Scooby-Doo?
  - Imbecil. - riu. - Aquele policial tinha humor, admito.
  - Ele estava certo sim... Uma denúncia nossa, sem provas concretas, não faz nenhuma diferença. Mesmo com uma denuncia da própria o canalha ficaria com boa parte do dinheiro dos .
  - Eu não vou conseguir dormir, cara.
  - Cartas, rpg, vídeo game? É a minha obrigação te distrair.

  "- Os seus amigos sabem que você joga video game pelado? - perguntou.
  - Acho que eles também fazem isso.
  - Nunca mais toco nos controles de vocês. - fez cara de nojo. - Levarei o meu próprio controle da próxima vez que ir na casa do .
  - Acho que você deveria parar de jogar com eles mesmo. - disse com  cara de tarado. - E jogar só comigo. Sabe... Sem roupa.
   aceitou o desafio e ficou só de roupa intima. Cinco minutos depois desligou o jogo sem dizer nada e a puxou para perto.
  - Você me distrai, não é justo. - Ele murmurou enquanto a beijava.
  - Eu te amo.
  - Você nunca tinha me dito isso antes. - Ele parou de repente.
  - Eu não sabia se você gostaria de ouvir ou não.
  - Eu sou o cara mais feliz do mundo. "

___________

   abriu os olhos e se deparou com a cama vazia. Ela tomou banho e foi para o ateliê produzir algumas pinturas, o seu passatempo favorito. Tentou não pensar na conversa que ouviu na noite anterior sobre o pai sair do cativeiro. Será verdade? Ou ele só estava brincando comigo? Se o meu pai estiver a salvo, em um lugar bem distante eu posso até denunciar aquele monstro.
  Mas varreu esses pensamentos da cabeça rapidamente. Não era sensato ter tanta esperança. Ele era bom demais no jogo que estava jogando.
   mexia nas tintas instintivamente. Sem nem pensar no que estava fazendo. Mas quando ela viu o rosto de no quadro jogou um balde de tinta nele para cobrir. Luke não pode saber que eu tenho mais fraquezas... Ele é cruel demais.

  A porta se abriu e se assustou.
  - Não sabia que a minha esposa tem dons artísticos.
  - Talvez soubesse se tivesse se tornado meu amigo em vez de sequestrar o meu pai.
  - Ah é, me diga quais dos seus empregados são seus amigos?
  - Pode me deixar sozinha?
  - Oh, acho que sei o que esse significa. - Ele disse passando a mão em um dos quadros. - Uma mão monstruosa destruindo um castelo de nuvens... Sabia que ninguém nunca tinha feito um quadro para mim? Isso foi lindo, .
  - Não me chame de .
  - Só o suburbano podia te chamar assim? - Luke a pressionou contra a parede e sussurrou na orelha dela. - Sabia que você ainda geme o nome dele? Isso não é muito educado.
  - Também não é educado estuprar. - Ela respondeu com raiva. - Nenhum de nós tem educação então.
  - Senhora? - Uma empregada bateu na porta. - O senhor seu pai acabou de chegar.
  - O meu pai? - Ela encarou Luke perplexa.
  Ele deu um pequeno sorriso e deu passagem para que ela corresse até o primeiro andar.

___________

   levantou da cama de e correu até a sala, sem se importar com a aparência. Durante o sono teve uma ideia que julgava ser genial e queria contar logo. Chegou na sala e se deparou com atirado no sofá só de cueca, dormindo no chão em um montinho de almofadas e o pobre em uma poltrona. Sentiu pena de , se ela tivesse acordada na noite passada jamais teria deixado ele dormir no sofá para ter conforto.
  - Meninos? - Chamou e não obteve resposta.
  Soltou um assovio estridente que fez os três colocarem as mãos sobre os ouvidos.
  - Não somos cachorros! - reclamou.
  - Eu não queria acordar um por um. - Ela deu os ombros. - Enfim, acho que já sei o que fazer.
   pulou da cama improvisada. Embora só conseguisse abrir um olho, estava fixado na ideia de salvar .
  - Obrigada pela cama, . Mas eu poderia ter dormido no sofá. - Ela agradeceu constrangida.
  - Não poderia não. O sofá é meu. - disse emburrado.       
  - Não foi problema nenhum. Você pode dormir na minha cama sempre.
   gargalhou e corou de repente.
  - Quer dizer, você dorme na cama e eu no sofá. Não juntos. Não. - Ele tentou concertar, mas percebeu que estava saindo ao contrário.
  - Eu entendi. - riu.
  - Hey, temos um problema mais sério. - suspirou irritado
  - Ok, o plano é o seguinte...

___________

   bateu na porta com a cabeça porque as mãos estavam ocupadas com quatro copos do Starbucks e sanduíches do Subway. Mas para a sua surpresa foi quem atendeu.
  - O finalmente tomou atitude? - Ele perguntou com um sorriso malicioso
  - O quê? - Ela perguntou pegando algumas coisas para ajuda-lo.
  - E depois você nos chama de lerdos. - Ele riu e a acompanhou pelo corredor. - Eu não trouxe café da manhã para você, . PORQUE NINGUÉM ME AVISOU QUE VOCÊ ESTAVA AQUI.
  - Eu divido com você. - disse.
  - A noite foi boa? - perguntou.
  - Dude, aquela morena era... UH! - Ele respondeu se atirando no sofá. - Vocês todos dormiram aqui?
  - Problemas com a . - explicou.
  - O já nos deixa dizer o nome dela? - fingiu estar chocado.
  - Cala a boca. - resmungou sem abrir os olhos.
  - Nós achamos que a ... - começou.
  - Temos certeza! - corrigiu.
  - ... Que a casou por algum tipo de obrigação.
  - Isso era obvio. - surpreendeu a todos. - O que vamos fazer?
  - Você está nessa? - perguntou.
  - PELA ! - Ele gritou como um guerreiro medieval. - E pelos cookies do Subway. Me passa essa embalagem.

___________

  Uma semana depois...

   não teve nenhum momento a sós com o pai. Mesmo quando Luke estava fora da casa, haviam empregados e também as câmeras. Depois de dois meses ela já tinha se habituado com aquilo, mas o pai parecia cada vez mais nervoso. No primeiro dia ele se revoltou e teve o seguinte dialogo com Luke:
  "- O sequestro não acabou? Para que serviu o dinheiro do resgate? - James perguntou.
  - Ora, sogrinho... Aquilo foi só uma parcela, para os meus empregados. Eu quero muito mais. Quero a sua empresa.
  - Nunca.
  - Tem certeza? A sua filha dorme ao meu lado. No quarto onde eu guardo uma arma... Você não acha que algumas coisas ruins podem acontecer se as duas se encontrarem?"
  Desde então James e Luke saiam todos os dias para a filial central da empresa. E Luke passava noites em claro estudando sobre o negócio da familia .
  Depois de ouvir sobre a arma passava todas as tardes procurando o objeto. Ela sabia que era loucura pensar que poderia matar alguém, mas ela precisava ser forte pelo pai e enfrentar todos os medos que tinha.

___________

  - Esse é o meu limite! - não tinha mais o olho roxo, mas eles estavam vermelhos por causa das lágrimas. - Se não agirmos agora eu vou até lá sozinho.
  - Segundo o nosso pequeno espião o meliante sai com o senhor todos os dias às 8h e volta às 18. - disse.
  - Onde ele está? - perguntou.
  - Provavelmente polindo os binóculos ou trocando as pilhas das lanternas pela milionésima vez. - , que já tinha virado uma hóspede no apartamento de , respondeu.
  - É bom que alguém esteja animado com a situação. - disse emburrado.
  - Amanhã, . - anunciou. - Amanhã vamos resolver isso.

___________

   observou Luke guardar um livro na mesinha de cabeceira. Droga, por que ele está guardando o livro? Ele obviamente não vai dormir mais cedo. Ela pensou com aflição ao lembrar das vezes que ele a obrigou a fazer sexo.
  - As coisas estão dando tão certo para mim que às vezes até esqueço que você está infeliz. Me desculpe.
  - Um sequestrador não pede desculpas. - Ela murmurou e evitou contato visual.
  O que ela menos queria no momento era saber que ele conseguia ser gentil. Não quando uma arma estava guardada debaixo do travesseiro dela, só esperando para ser manejada.
  - É... Boa noite. - Ele parecia triste.
  - Boa noite.
  Ela pretendia atirar assim que ele dormisse. Mas acabou dormindo rapidamente, um pouco depois de perceber que tinha sido dopada.

  Quando ela abriu os olhos viu a claridade da manhã e o grande sorriso de Luke.
  - Bom dia, amor. - Ele disse a beijando. - O seu papai não te ensinou que armas não são para garotinhas?
  - Merda. - Ela suspirou e percebeu que estava amarrada na cama.
  - Devo confessar que isso me deixa excitado ou isso seria atrevimento? - Ele parecia divertido com a situação. - Eu tenho uma surpresinha para você.
  Ele se levantou da cama e foi até a televisão. Ligou o aparelho de som e voltou para cama com o controle.
   ouviu os gemidos que enchiam o quarto e olhou para a tela. As cenas que estavam passando eram tão repulsivas que ela teve que se controlar para não vomitar.
  - Você... - Ela tentou dizer, mas não saiu nada.
  - Não é muito diferente de fazer com você acordada, acredite. Você deveria se esforçar mais para fazer o seu marido feliz.
  Ele se aproximou e passou as mãos por debaixo da camisola dela. E desejou estar inconsciente como nos vídeos feitos por Luke.

___________

  Os garotos passaram pela entrada secreta que havia nos fundos da mansão . Eles estavam vestidos como mordomos pois imaginaram que seria mais fácil se "misturar" com os empregados, e vestia uma fantasia de empregada que causou muitas gargalhadas em e .
  Eles não tiveram dificuldade de entrar. O que foi realmente estranho. Os empregados não pareciam se opor muito a qualquer um que entrasse ali.
  Ao subirem as escadas ouviram um som alto de gemidos. Ninguém reparou no rosto vermelho e nos punhos fechados de . Quando chegaram na sala de onde vinham os gemidos chutou a porta.
  - Eu sempre quis fazer isso. - Ele deu os ombros.
  Então viram amarrada na cama, chorando, com Luke a possuindo. E tudo ocorreu rápido... partiu para cima de Luke e o socou até deixa-lo inconsciente, correu para desamarrar e os outros garotos tentavam acalmar .
  - Dude, você não quer ir para a cadeia. - disse o segurando.
  - Eu quero mata-lo. Não importa a que custo! - Ele esbravejou - ALGUÉM DESLIGA ESSE MALDITO SOM!
  Ele pegou um vaso de flores e atirou na televisão. O que não adiantou já que o som vinha do Home Theater.
  - ELE A ESTUPROU, ! - estava chorando. - SABE SE LÁ QUANTAS VEZES!
  - Você está com ela. Vai protegê-la a partir de agora. - disse. - Olha.
  Ele fez se virar e ver e abraçadas na cama. Então a respiração de foi voltando lentamente ao normal.
  - Eu vou ligar para a polícia. - , que estava em choque até o momento, declarou.
  - Os telefones... - soluçou. - Ele cortou os telefones.
  - O meu celular tinha sinal lá fora. - lembrou. - Vamos lá, .
   amarrou as mãos e os pés de Luke e fez sinal para o acompanhar para deixar os amigos conversarem.
   andou até ela e caiu de joelhos no chão.
  - Me perdoa. - Ele disse.
  - , foi uma decisão minha. Para salvar o meu pai.
  - Não, . Eu... Eu deveria ter me esforçado mais.
  - , se você não parar de falar nisso agora eu vou te bater. - Ela disse sentando ao lado dele e o abraçando. - Obrigada por ter vindo. Eu nunca vou poder te compensar por isso.
  - Vai sim... Se voltar para mim.

  Um mês depois...

  Depois da sentença de Luke sair e da anulação do casamento, o pesadelo de acabou. As coisas até melhoraram, com o pai de adorando e todos os outros amigos sem emprego.
  Então os dois aproveitavam as tardes para fazer o que mais gostavam: Deitar no sofá e assistir desenhos animados abraçados. ria sem parar e aproveitava o abraço do namorado.

  - Como vocês descobriram que eu estava com problemas? - Ela perguntou um dia.
  - Os gênios juntaram alguns pontos que não se encaixavam. Sabe como eles são. - explicou.
  - Eu sempre soube que eles seriam um casal. - sorriu.
  - Até que enfim o agiu como um homem.
  - Um homem, é? Quer dizer que uma mulher não pode agir primeiro? - Ela perguntou semicerrando os olhos.
  - Pode. Mas fica mais romântico se o homem agir primeiro. - disse a puxando para mais perto. - Como por exemplo: Você deveria casar comigo.
  - Prefiro não pensar em casamento por um tempo. - Ela respondeu estremecendo.
  - Podemos só morar juntos. Sabe? - Ele disse dando beijinhos no ombro dela. - Ser um casal sem ser um casal...  Um casamento de mentirinha.
  Ela riu da ideia.
  - Você não existe, .
  - Eu te amo .



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