True or False

Escrito por Lily Sousa | Revisado por Mandyy

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Capítulo I

  's POV.
  “Hora de acordar” diz o despertador. “Vamos, levante. Você merece sua solidão.” Volta às aulas. Ou volta à tortura. Faz alguns dias que estou imaginando como seria essa volta, pois não aguento olhar pra cara de 99,9% daquelas pessoas idiotas que se acham no direito de esnobar todos. Acham-se porque são ricos. Que graça tem isso? Viver presa em compromissos, sem escolher nem seus amigos.
  Às vezes dá vontade de fugir. É isso! Fugir!
  Essa ideia nada normal toma conta de meus pensamentos. Hoje tenho que encontrar as minhas únicas amigas. E fugir com elas.
  Sim, eu teria que fugir, porque meus pais nunca deixariam eu sair daqui.
  Eu estava ansiosa demais. O caminho até a escola não era tão longo, mas parecia se arrastar.
  Vejo encostada no braço de . Folgada. Como sempre. Ao me ver, elas correram até o meu carro, me fazendo cair por causa dos abraços.
  - Idiotas. Nem coloco o pé na escola e vocês já me fazem passar vergonha. - Eu resmungo, inutilmente.
  - Só estávamos com saudade. - diz, mal humorada.
  - Não importa. Estamos juntas de novo. Quarteto fantástico!- grita.
  - Você fala como se não tivesse me visto nas férias.
  - Caramba, o que ela tem? - pergunta.
  - Nada. Só preciso falar com vocês. É urgente.
  - Então fala. - diz.
  - Agora não. - Eu digo.
  - Vamos esperar até hora do intervalo.
  - Já vi que é uma bomba. - diz.
  É incrível como as pessoas podem ser irritantes. não parava de falar algo sobre alguma banda. Eu acho. Ignoro o máximo possível, até ela falar uma coisa que preste.
  - Eu queria tanto ir à Londres. - Vamos! Queria responder. - Lá é perfeito.
  - Arrã, começou. - murmura. Imagino se ela já falou muito sobre isso e não prestei atenção, mas não importa. Londres realmente é perfeito. Não teria que dar de cara com essas garotas daqui todos os dias. Elas me olham com raiva. Talvez por inveja, ou simplesmente por me odiar.
  Permaneço calada. Até que somos liberados.
  - O que vocês acham de Londres? - Pergunto, e todas me olham sem acreditar.
  - O que?! - quase grita.
  - Controle-se. Por favor. Deixe-a explicar. - tapa a boca de .
  - Eu estava pensando em irmos pra Londres. Ou melhor, fugir pra lá. Pelo menos eu vou ter que fugir.
  - Oh Deus. realmente tá louca. - diz e depois ri.
  - É sério. Eu não aguento mais. Eu sou controlada o tempo todo. É como se eu tivesse envolvida em uma camisa de força. Vocês têm que ir comigo. - Eu digo. - Dinheiro não importa. Eu tenho alguma coisa suficiente para ficarmos lá. O voo pode ser de madrugada. Tenho certeza que posso contar com a ajuda do meu irmão.
  - Eu tô dentro. - diz. - Vamos fugir.
  - Ah Deus sério isso? - pergunta. - Apoio.
  - Nesse dia eu digo que vou dormir na sua casa. - diz.
  - Então vocês não acham que é idiotice e encrenca? - pergunto.
  - É idiotice e encrenca total. - ri. - Mas eu não vou viver em função de estudos.
  - Eu sou louca o bastante. - diz.
  - Eu quero ir desde quando.
  - Você virou fã da bandinha. - Eu completo.
  - One Direction. - Ela corrige.
  - Tanto faz.
  O barulho da sirene me tira de meus devaneios.
  O motorista já está na porta quando combino com as meninas de passarem lá em casa.
  Ignoro os comentários da minha mãe sobre como eu estava desanimada, e digo que era apenas o sono, já que não havia dormido direito. Mas, na verdade, eu estava explodindo de felicidade.
  - Gabriel? Sabe que eu te amo né?
  - Iih, o que você já fez? - ele pergunta.
  - Até agora, nada. - respondo. - Mas preciso da sua ajuda.
  Após contar todos os meus planos para ele, fico com medo da resposta.
  - Se a mamãe e o papai descobrirem, eles nos matam. - Ele diz. - O que não faço por você?
  - Você vai nos ajudar? - Pergunto, mesmo sabendo da resposta. - vem dormir aqui nesse dia, nós vamos de madrugada. Assim tem menos risco de nos olharem.
  - Ótimo. Provavelmente eles vão estar tão ocupados procurando você que não vão notar que eu estou ajudando. Aliás, quanto tempo você passará lá?
  - Não sei ainda. Vou comprar as passagens. Mas eu quero ir daqui a uma semana.
  - UMA SEMANA? - Ele pergunta.
  - É.
  Eu estava afastada das meninas, talvez por elas estarem falando da viagem o tempo todo. Eu sei que é irresistível não pensar no assunto, mas estava passando de irresistível para insuportável. Gabriel já comprou tudo o que precisávamos, não sei por quanto tempo, mas ele iria nos ajudar caso não fosse suficiente. Amanhã vamos fugir. Talvez essa seja a maior aventura das nossas vidas, a melhor, e inesquecível.
  Ao chegar em casa, vou direto para o meu quarto e tento dormir alguma coisa, já que daqui a algumas horas isso será impossível. Minha mãe deve estar com raiva agora. Meus pais tentam me fazer dormir cedo a um tempo, mas não essa missão não teve sucesso. Às vezes dormir é a melhor opção, eu tenho pesadelos, mas continuam sendo apenas pesadelos.
  Desta vez, não consigo me lembrar do sonho que tive, mas pelo menos não vou ficar pensando nisso caso fosse algo ruim.
  Os meus pensamentos estavam distantes, eu ainda tento lembrar de tudo quando vi que eu estava super atrasada.
  - Ei, , quer uma carona? - Gabriel oferece assim que apareço para tomar café. Se ele ofereceu, provavelmente minha mãe saiu, ou ele queria conversar. Ou os dois.
  - Que horas você foi dormir, ? - Ele pergunta enquanto eu luto com meu cabelo, tentando o arrumar.
  - Não sei.
  Agora entendo o motivo para que ele quis me trazer a escola. Ficaríamos muito tempo longe um do outro.
  - Vou sentir sua falta. Seu chato. - Eu digo, e lágrimas invadem meus olhos, mas ele olha tão fixamente para frente que não notou.
  - Ui, o irmão gato da veio deixá-la - diz assim que vejo o carro ir embora.
  - Isso mesmo. Meu irmão. MEU. - Eu digo, fazendo-a rir.
  - Vocês estão prontas? - Pergunto. Nem eu estava. Emocionalmente. A unica pessoa que iria sentir falta era meu irmão, já que meus pais nunca foram os melhores. Era sempre Gabriel que levava a culpa por mim, para me proteger. E está prestes a fazer isso de novo.
  - Sim. Estamos. Organizamos-nos nessa semana. - responde.
  Tento fazer algo com a boca que pareça um sorriso, acho que deu certo.
  - vai pra minha casa depois da escola, e Gabriel vai passar na casa de vocês para pegar as malas. Por favor. Sejam discretas. - Peço.
  - Não, imagina, vou gritar "obrigada papai Noel, pelo presentão"
  - Espera só até eu contar pra ele essas idiotices. - Ameaço.
  - Espera só até você ver como fica seu novo visual sem cabelo. - Ela responde.
  - Nossa, garota rebelde.
  Quando o último horário termina, o nervosismo toma conta de mim.
  - Vejo vocês depois.

Capítulo II

  Não preciso explicar para minha mãe quem é , e o que ela veio fazer aqui, já que elas se conhecem.
  - As malas de todas as meninas estão no carro. - Eu digo. - Gabriel deixou o endereço de nosso hotel. Ele pegou as malas de todas, e nós vamos sair pela janela.
  Ela escuta tudo atentamente, quase sem piscar.
  Nos ocupamos fazendo planos - eu sei que deixei pra última hora, mas era só um jeito de não me deixar mais ansiosa - sobre o que vamos fazer lá, o que vamos visitar...
  - Você tá com medo? - Pergunto.
  - Todas nós estamos.
  Assenti.
  - Isso vai ser muito idiota. - Comento.
  - É a coisa mais idiota que faço por você.
  Isso é egoísmo de minha parte. Mas não importa.
  Abro a porta lentamente, com a certeza de que não há risco de alguém me ver.
  Desço a escada devagar, com meus sapatos na mão, assim como e Gabriel fazem.
  A chave abrindo a porta faz um barulho alto, que com o eco fica pior, mas ela finalmente abre, e nós conseguimos sair.
  Hora de passar na casa de e na de .
  O alívio finalmente chega, assim que todos estão no carro. Podemos fazer barulho, mas ainda estamos cautelosos, e com o coração acelerado.
  - O gato comeu a língua de todo mundo. - Gabriel diz, me fazendo rir, ao lembrar do que dissera hoje de manhã.
  - Fala alguma coisa, . - Eu digo em meio às risadas.
  - Como você é idiota, .
  - Ela vai pra Londres de TPM. - diz, e eu começo a rir.
  - Quanta maturidade! - Gabriel diz, ironicamente.
  - Bom, nós conseguimos. - diz ao chegarmos no aeroporto.
  Mesmo de madrugada, estava cheio. Meus olhos enchem de lágrimas ao olhar para meu irmão.
  - Obrigada. Se cuida. Eu te amo. - O abraço.
  - Filma isso gente, é raro. - diz.
  - Eu devo dizer isso a você. Por favor. Avise-me assim que chegar.
  - Tudo bem.

Capítulo III

  Eu adormeci um bom tempo da viagem, e acordei com me cutucando.
  - , faltam duas horas para a gente chegar. - Ela informa. - E está tão tagarela que eu decidi trocar de lugar com .
  Depois eu percebi que nenhuma delas está do meu lado. E sim um garoto que eu já tinha visto, mas não me lembro bem quem era. Não sabia nem seu nome.
  - Pensei que você não iria acordar nunca. - Ele ri. O olho confusa. - Eu sou Harry. - Ele murmura tirando os óculos de sol.
  - Minha amiga ama vocês. - Eu digo. - Falando nisso, onde estão os outros?
  - Eles já estão em Londres.
  - Desculpa. Eu não devia te perguntar.
  - Tudo bem. Posso perguntar agora?
  - Sim, claro que pode.
  - Qual seu nome? - Ele pergunta e me dou conta de quanto fui mal educada.
  - Me desculpa. É . - Respondo.
  - Você está sozinha? - Ele pergunta, eu demoro um pouco para entender o sentido.
  - Não, minhas amigas estão aqui também.
  - E... Por que vocês resolveram viajar? Vocês não vão ter saudades dos amigos e da família?
  - Na verdade... – Hesito,talvez eu esteja louca, mas sinto que posso confiar em Harry. - Nós fugimos.
  - Fugiram?
  - Sim e, a única pessoa que sabe disso além de nós, é meu irmão. E agora você.
  - Quem teve essa ideia?
  - Fui eu. Eu tenho meus motivos.
  - E quais são? - Ele pergunta. - Quer dizer, você pode contar?
  - Vou contar a história de uma garota. - Informo. - Num lugar muito distante de onde estamos, vivia uma garota controlada pela família, ela não podia brincar na rua com as outras crianças. Ela tinha horário para tudo. E nesse e tudo, nada era divertido, nada era coisas de uma garota normal. Talvez por isso essa garota foi completamente o contrário do que esperavam. Ela era educada, doce e meiga, mas mesmo assim imprevisível. Não se importavam muito com o que os outros pensavam, ela nunca foi de cumprir as regras que lhe eram apresentadas. Ela cresceu sem carinho, num mundo de falsos e desonestos. Ela só podia contar com quatro pessoas. Ela guardava muita mágoa dentro de si, até que isso tudo explodiu, e ela resolveu fugir.
  - E você é essa garota?
  - Sim. E minhas três melhores amigas me apoiaram nessa decisão. A outra pessoa é meu irmão.
  - Nossa. Sua história é... Admirável.
  - Obrigada. - Digo, ironicamente, discordando completamente desse pensamento.
  - Você quer conhecer os outros garotos?
  - Eu nem tanto, mas minha amiga...
  Esperamos as meninas saírem e buscarem suas malas para sairmos, e evitar que assuste outras pessoas.
  - Tapem a boca de , por favor. - Eu digo, e novamente se encarrega de fazer isso.
  - Esse é o Harry. Bom, vocês o conhecem, mas nós conversamos durante a viagem, e ele perguntou se gostaríamos de conhecer o resto da banda.
   se soltou de e abraçou Harry. Que vergonha meu Deus.
  - Tá , deixa ele respirar, por favor.
  Os meninos estão o esperando, e arregalaram os olhos ao nos verem com Harry.
  - Nossa Harry, você trouxe amostras do Brasil pra gente? - Zayn diz, maliciosamente.
  - Não. Eu não as trouxe pra vocês. - Ele diz - Meninas esses são...
  - Eu sei quem eles são. - diz.
  - É mais eu não sei então cala a boca.
  - Louis, Niall, Zayn e Liam. - Harry diz. - E eu sou Harry.
  - Meninos essas são , e . - Eu digo, no mesmo tom que Harry. - E eu sou .
  Iríamos abraçá-los, mas algo me cega.
  - Oh não.
  - Meninas, corram! - Louis grita.
  Apenas segui os meninos, e tivemos que entrar no carro, enquanto Liam e Zayn guardam as malas.
  - Podem explicar por que tivemos que vir pra cá? - pergunta.
  - Depois que sairmos daqui. - Louis diz.
  - São paparazzis. Se eles pegaram material suficiente, vocês vão virar as namoradas da One Direction. Se ficassem lá, seria pior, porque eles não iriam parar de fazer perguntas. - Liam diz.
  - E para onde estamos indo? - pergunta.
  - Para nossa casa. - Zayn diz.
  - . Não grita. - Digo tarde demais.
  - Legal. Nós fugimos e vamos ficar presas de novo? - Pergunto, já sabendo a resposta.
  - Se você os prefere, à vontade. - Harry diz.
  - Nós temos apenas um quarto de hóspedes, e ele está cheio. - Niall informa.
  - Eu posso dormir na sala. - Informo.
  - Você não vai dormir na sala. - Harry diz.
  - E por que não?
  - Porque você é convidada.
  - Eu não sou convidada. Não tenho outra escolha. - rebato.
  - Mesmo assim.
  A casa deles é enorme. Fácil de perder dentro dela. Como um labirinto.
  - Os quartos maiores são o do Liam, Harry e Niall. - Zayn diz. - e podem ficar no do Harry, no do Niall e no do Liam.
  - Nossa. Vou chorar. - finjo enxugar os olhos.
  - Eu sim que vou chorar. - diz. - é a mummy agora!
  - Quê? - faço uma careta.
  - O Liam é o daddy e você vai dormir no quarto dele. É a mummy. - Ela explica.
  - Nossa. você é tão madura, . - Digo sarcástica.
  - E eu pensando que ela ia ficar com o Harry. - Zayn diz.
  O sangue inunda meu rosto, deixando- o completamente vermelho.
  - Nós vamos pelo menos dormir em camas separadas? - Pergunto a Liam.
  - Obviamente. - Ele diz.

Capítulo IV

  O quarto dele é realmente muito grande. Maior que o meu, sem dúvidas.
  Procuro um pijama confortavelmente comprido, e me troco no banheiro.
  - , você já vai dormir? - pergunta.
  - Duvido muito, ela dormiu a viajem praticamente toda. Talvez ela nem consiga dormir. - diz.
  - Eu vou ler alguma coisa. A noite toda. Liam, não se preocupe, provavelmente não vai se assustar com minha figura assustadora ao acordar.
  Subo as escadas novamente, e pergunto-me se já descobriram da nossa fuga.
  O livro me dá sono, não por estar chato, mas porque eu não estava lendo a história do livro. Minha mente vaga e eu só consigo pensar em coisas abstratas, até que finalmente durmo.
  É madrugada quando acordo, e Liam está dormindo.
  Pesadelos. Eles parecem tão reais que é impossível não gritar. É horrível saber que tive um pesadelo mas não lembrar dele.
  - , calma. - Ouço Liam dizer.
  Não consigo enxergá-lo bem no escuro, por mais que meus olhos se esforcem.
  - Desculpa. Eu sabia que era melhor ter ficado na sala. O sofá parece confortável, vou pra lá. Preciso te deixar dormir.
  - Não, você não vai.
  - Liam eu não vou conseguir dormir.
  - Eu te ajudo.
  - Como? Vai cantar alguma canção de ninar?
  - Exatamente. - Ele começa cantar. Eu reviro os olhos. - Deita.
  - Vai me obrigar?
  - Vou. E não me faça ir até aí.
  Cruzo os braços.
  Ele começa a me fazer cócegas.
  - Ah tá bom, eu deito. - Exclamo, sem fôlego. – Mas eu não te conheço. Me deixa voltar pra minha cama.
  - Não.
  - Você é cruel. - deito-me em sua cama, hesitante.
  Ele canta alguma música que desconheço, mas é aconchegante.
  Acaricia meu cabelo, e isso é muito idiota. Mas é bom.
  Consigo fechar os olhos.
  - Viu? Fácil.
  - Nem tanto.
  - Eu vou conseguir. E estarei aqui quando você acordar.
  Resisto o máximo que posso, mas o sono me envolve de uma forma que não aguento e durmo.
  - Você morreu, ? - pergunta.
  - Claro que não idiota, eu tô respirando, e agora falando.
  - Gente ela acordou.
  - O que exatamente você e o Liam fizeram ontem? - Harry pergunta.
  - Nada.
  - Então por que você gritou ontem e está na cama do Liam? - Pergunta Zayn.
  Olho para o lado e Liam está ao meu lado.
  - Bom dia. - Diz ele.
  - Bom dia. - Respondo.
  - Ainda estamos aqui sabia? - pergunta. - Vai, responde logo.
  - Ontem eu tive pesadelos. E eu gritei por causa disso. Liam me ajudou a dormir.
  - Como assim ele te ajudou?
  - Ajudando, ué.

  ' s pov.
  Desisto de tentar arrancar alguma coisa de .
  Vou tentar sair um pouco. Isso é arriscado, mas eu fugi do Brasil para cá, não faz sentido ter medo.
  Hesito em abrir a porta, mas a curiosidade toma conta de mim.
  Sou atacada por flashes, que me fazem lacrimejar, e isso não foi tão bom, eu não estou conseguindo achar caminho de volta, e cada vez mais fotos eram tiradas.
  - ! - Niall grita. Só consigo sentir ele me puxando para dentro, mas meus pés não respondem ao que minha mente ordena, e acabo caindo em cima dele.
  Minha visão ainda está prejudicada, mas não há como não se encantar por aqueles olhos azuis que foram se fechando aos poucos. E percebi que os meus faziam o mesmo.
  Não preciso me aproximar dele, nossos rostos estão colados, e nossos lábios quase se tocam.   É estranho. Sinto como se tivesse disposta a fazer qualquer coisa para ficar ali, nos braços dele, sentindo seu corpo tão perto, que se encaixa tão perfeitamente...
  - Acho que estávamos interrogando o casal errado. - Diz Zayn, deixando-me irritada.
  - Não. Mas vocês chegaram na hora errada. - Niall diz e me beija, fazendo com que todos Comecem a fazer gracinhas.
  Ignoro isso tudo.
  Seus lábios são perfeitamente carinhosos, e simplesmente perfeitos. Isso me confunde. Não o bastante para parar o beijo. Eu quero congelar o tempo ali. Mas meus pulmões protestam e lembro que preciso respirar.
  - O primeiro casal se formou. - comemora, batendo palmas.
  - Estou com fome. - diz, aparecendo na sala. - Que posição é essa, dona ?
  Eu ri.
  - Não é pior do que a que você e o Liam estavam. - Respondo, e ela cora.
  - Eu continuo com fome. - Resmunga ela.
  Harry me ajuda a levantar.
  O fuso horário nos confunde um pouco, então fica segura o suficiente para ligar pro seu irmão.
  - Não ele não tá atendendo. - Ela informa, preocupada.
  - E depois você diz que tá com fome. - Niall diz.
  Eu tento assistir alguma coisa na TV, mas minha mente está ocupada.
  - Você tá com raiva? - Niall diz sentando ao meu lado.
  - Por que estaria?
  - Por isso. - Ele me beija novamente.
  - Não estou com raiva de você por ter me beijado, Niall.
  - Bom saber disso. - Ele diz e voltamos a nos beijar.
  - Meninas, meninas! - Vitoria grita. - Neve, neve!
   e correm até ela, e começam a comemorar.
  - Vocês estão tão felizes, mas não podem sair, esqueceram? - Lembro-as.
  - O quintal existe pra que? - Niall pergunta. – Vamos.

's POV.
  - As nossas malas tinham que ficar tão longe? - pergunta.
  - alguém quer mudar? - Zayn pergunta.
  - Eu. - Dissemos juntas.
  - Vai você. - Eu digo. - Assim posso colocar minhas malas no quarto de Harry.
  Ainda procuro uma roupa quente o suficiente para brincar na neve, acho que o jeito era pegar algo de , que trouxe o Brasil todo consigo.
  - ! Vou pegar alguma coisa da sua loja, opa, mala! - Informo.
  Finalmente encontro um casaco e subo a escada, distraída. O que não foi boa ideia.   Desequilibro-me, mas alguém me segura.
  Seus olhos castanhos parecem ver minha alma, e ele é hipnotizante.
  Nos aproximamos, e nossos lábios se tocam, numa sintonia incrível. Eu não sei exatamente porque, mas eu não quero parar, e por isso, acabo quase caindo de novo.
  - Não é tão recomendado não olhar para seus pés enquanto sobe uma escada, sabia? - Ele diz e sorri. - Tá tudo bem?
  - Sim, só estou um pouco tonta. - Respondo. Mas não estou tonta porque escorreguei. Não mesmo.
  Me troco e desço novamente, e vejo que os meninos estão fazendo bonecos.
  - Minha infância resumida em uma cena.- Eu digo.
  - Pensávamos que vocês não vinham. - Louis diz, e vejo que Zayn está do meu lado.
  - Eles estavam ocupados. - Harry diz com um sorriso malicioso.
  - Não fizemos nada.
  - Nesse tempo todo? Duvido. - diz.
  - Nos beijamos. Satisfeitos? - Respondo.
  - Como assim vocês se beijaram? - Liam pergunta.
  - Assim - Zayn diz e me puxa.
  - O pessoal tá rebelde hoje. - diz

Capítulo V

  ' s POV.
  A noite chega e eu estou exausta. Não me dou ao trabalho de perguntar a Liam se ele iria demorar a dormir.
  Eu estou congelando. Sinto isso a tocar meus pés um no outro, e meus dentes começam a bater. A roupa que usei hoje cedo está encharcada, não me dou trabalho de procurar na mala, eu sei exatamente o que está lá, tento me mexer, mas meu corpo está entorpecido.
  Não faço a mínima ideia de que horas são.
  Estou quase dormindo quando Liam entra no quarto.
  - ? - Ele me chama. Tento responder algo, mas meus dentes bloqueiam. - !
  - O-oi. - Respondo, aliviada por conseguir falar.
  - Você está congelando! , consegue se levantar?
  "Sim, vou sair correndo daqui até o Brasil." Queria responder. Envez disso, só nego com a cabeça.
  - Toma, veste isso. - Ele diz, jogando algumas peças de roupa.
  O encaro incrédula.
  "Acha mesmo que eu vou trocar de roupa na sua frente?" Quero perguntar.
  - Veste por cima das suas, . - Ele diz.
  As roupas são extremamente confortável e quentes, o que me faz sorrir.
  - Quer que eu cante pra você de novo? - Ele pergunta.
  - S-sim - consigo responder.
  Depois de alguns minutos, meus dentes voltam a bater e ele me abraça como se eu fosse a pessoa mais importante do mundo.
  - Li-aam. Tá me sufocan-ddo. - Eu digo. Mas não quero que ele me solte. Nunca.
  - Eu vou pegar outro edredom tá? - ele informa indo em direção ao armário.
  Enrosco-me ao edredom, sem deixar de abraçar Liam. Até que consigo falar.
  - Obrigada.
  - É bom ouvir sua voz de novo sabia?
  Não sei o que está acontecendo comigo. Meu corpo pede por ele. Minha mente diz que eu vou me machucar.
  - Então você gosta da minha voz? - pergunto, sorrindo.
  - Mas eu prefiro quando você está calada. - Ele diz.
  Nossos lábios se tocam, e eu percebo o tanto que desejava isso, como se tivéssemos sido feito um para o outro.
  Agora não importa. Liam é meu. E eu não vou deixar ninguém mudar isso.
  - Você fica sexy calado, sabia?
  Estamos felizes aqui. O suficiente para não se incomodar sobre o que está acontecendo lá fora. Resolvo mexer no celular.
  Há recados de Gabriel. E eu fico preocupada.
  ", me liga. Eu preciso ter certeza que você está bem. O papai e a mamãe estão ocupados de procurando. Duvido que eles vão imaginar que você tá... aí."
  "Eles saíram da cidade. E descobriram que as meninas foram junto. Cuidado."
  Disco seu número, esperando que ele esteja perto de seu celular.
  Ele atende.
  - Finalmente consigo falar com você. Eles desconfiam de... desse lugar? -pergunto. Sei que eles não pensaram em grampear o celular de Gabriel, mas não custa prevenir.
  - Eles vão demorar algum tempo pra descobrir. Talvez um mês. - Ele diz. - E vocês estão bem? Chegaram no hotel quando?
  - Estamos bem. - eu digo, me dirigindo até a sala. - mas não estamos no hotel.
  - Como assim não estão?
  - Aconteceu uma... coisa.
  - . Fala logo onde você está. - Eu ouvi o tom de irritação na voz.
  - , com quem você está falando? - pergunta.
  - Com meu namorado. - Respondo, irônica.
  - Ele é brasileiro? - Liam pergunta. Ele não entendeu que eu fui irônica.
  - Quem é esse? - Gabriel pergunta.
  - Vou explicar. - Tive que contar todos os mínimos detalhes, pulando a parte do... beijo.
  - Hey, , quero falar com ele. - diz e pega meu celular, colocando-o no viva voz.
  - A te contou que você tem um cunhado? - Ela pergunta.
  - Então ele é seu irmão? - Liam pergunta.
  - Como assim um cunhado? - Ele pergunta. - , o que tem à dizer pra sua defesa?
  - Nada. - Respondo. - Vou te matar, .
  - Tá vendo? Sua irmã é uma assassina.
  - Eu e o Liam não estamos namorando.
  - Acho bom. - Ele diz.
  - Estamos só ficando. - Liam diz, e eu coloco a mão na testa.
  - Sua situação complicou agora, Sra Payne.- estava numa crise de riso.
  - Você sabe que os nossos pais não aprovam isso.
  - Ela ficar com alguém? - Liam pergunta.
  - Também. Mas o pior é que você é famoso, e vai "expor" a .
  - Seus pais não se importam com sua felicidade?
  - Acho que não.
  - Gabriel, ela até dorme no quarto dele. Na cama dele. - Ela diz, em português, e eu a fuzilo com os olhos. - E você tinha que escutar os gritos dela antes de ontem.
  - Eu estava tendo pesadelos. - Explico.
  - Arrã, tanto que acordou na cama dele.
  - Não vou mais falar nada, eu sei que você é muito obcecada pelo meu irmão. - Volto a falar inglês.
  - , depois eu converso com você, já ouvi o suficiente.
  - Eu vou te matar, . - diz desligando o celular.
  - O que vocês disseram? - Harry pergunta.
  - Acho melhor vocês continuarem sem saber. - diz.
  - É só flertando com meu irmão. - Digo e começo a rir.
  - Aposto que ele ficou feliz com esse "pesadelo" que você teve.
  - Vê se cresce . - Eu digo. - Ah é, isso é impossível.
  - Agora é provável que ele vá pesquisar tudo sobre você. - diz pra Liam.
  - É. Eu sei. - Liam parece incomodado. - O que ele vai fazer?
  - Nada. Ele está no Brasil.
  - sabe que você não pode falar de mim? Não sei o que acontece à noite. Com você e Harry.
  - O mesmo que você é o Liam fizeram.
  - Nada.
  - Até agora. - Harry diz.
  - Como assim? - pergunta.

Capítulo VI

  ' s POV.
  - O Harry te descobriu . - diz.
  Quando vi, ele estava ao meu lado, e seus olhos focam em mim como se tivesse vendo minha alma.
  - Então nós fomos os últimos. - Ele diz.
  Pude sentir seu hálito mais perto, e o puxo, adiantando o que aconteceria.
  Nos abraçamos e ficamos ali, aproveitando um momento perfeito.
  - Registrou isso, Louis? - pergunta.
  - Sem dúvida. - Ele confirma.
  A noite - ou madrugada - foi divertida, tivemos pizza e Nutella, filmes de terror, frio, neve, casais, Harry e...
  - Vou buscar meu urso de pelúcia. - Louis diz, fingindo desapontamento. - Senão vou congelar aqui.
  - Eu vou lá com você. - diz.
  Passaram alguns minutos até que os dois chegassem. E eles estão ENSOPADOS.
  - Você viu a cara deles? - se contorcia de tanto rir.
  - O que estavam fazendo? - Pergunta Liam.
  - Nós tomamos banho juntos. - Louis responde.
  - Nós demos um banho juntos. - Corrige .
  - o que? - Pergunto.
  - Os fotógrafos. Vai ver se eles estão lá ainda.
  - Vocês jogaram água neles? - Liam pergunta, incrédulo. - E o que aconteceu com vocês?
  - O Louis. Ele jogou um balde de água em mim. E eu joguei outro nele.
  - Cara, eu estou congelando. - Reclama Louis.
  - Eu vou me trocar.
  - É eu também. - Diz Louis.
  - Em quartos separados, por favor. - Zayn pede.
  - Não, não, vamos até dormir no mesmo quarto. - Digo ironicamente. - Eu já volto.

  Liam's pov.
  - Você saiu assim que eu cheguei. Pode falar o que foi? - diz entrando no quarto.
  - Não foi nada. Por que não vai fazer palhaçadas com Louis? - Pergunto.
  - Então é isso. - Ela diz, e levanta a sobrancelha. - Você tá com ciúmes.
  - Eu? Com ciúmes?
  - Eu vi sua reação ao descobrir que eu tava falando no telefone com um garoto.
  - Não tenho ciúmes de você.
  - Então você não gosta de mim? - Pergunta ela. - Tudo bem, pelo menos no Brasil assumiam seus sentimentos.
  - Tá, eu tô com ciúmes. Satisfeita ? - Pergunto.
  - Você tá com raiva de mim? - Ela pergunta.
  Procuro-a, e ela está ao meu lado.
  - Um pouco. - Respondo, virando-me novamente.
  - Tem certeza?
  - É, eu tenho.
  - Vou me mudar. Tchau Liam. Dorme bem. SOZINHO. - Ela grita.
  - Você não preci...
  - Preciso, você me odeia.
  - Cala boca, . - exclamo, e ela joga a mala no chão.
  - Você não manda em mim. - Ela diz, numa calma irritante.
  Não deixo ela passar pela porta.
  - Me solta.
  - Nunca. - Digo e a beijo.
  Ela sorri.
  - Vão tentar me arrancar de você.
  - Mas não vão. Você é minha agora.
  - E desde quando tem seu nome escrito em mim? - Ela pergunta. - Já está amanhecendo.
  - Eu iria chamá-los. Mas estão ocupados. - diz. - O sol vai nascer daqui a pouco.   Ficaremos o dia todo desmaiados na cama. Minhas pálpebras estão pesadas, e eu não sei se vou assistir o nascimento do sol.
  - Eu vou lá com você. - diz.
  - Você não precisa perder a melhor parte.
  - A melhor parte é você.
  Eu ainda não posso dizer que a amo, não é tão natural se apaixonar por alguém em dois dias. Mas é essa minha situação. E eu não posso deixá-la ir. Pelo o que entendi, a família dela não gosta de mim.
  - Você devia estar dormindo.
  - Quanto tempo pretende passar do meu lado? - Pergunto.
  - O quanto você aguentar.
  - Então você vai ficar do meu lado por muito tempo.
  - Quanto? - Ela pergunta.
  - Pra sempre é bastante?
  - Parece razoável. - Ela responde com um sorriso.

  Niall's POV.
  - Niall, acorda. - me balança. - Acorda Niall. - Ela diz, ficando em pé. - NIALL, ACORDA ANTES QUE EU FAÇA VOCÊ DORMIR PRA SEMPRE! - Ela grita irritada e eu ri.
  - Bom dia pra você também. - Beijo-a.
  - Bom dia Niall! - Ela me olha irritada - agora levanta, tô cansada de te ver aí deitado.
  - Seria mais legal se você tivesse comigo sabia? - Pergunto.
  - Então fica com fome. - Ela diz.
  - O que deu em você?
  - Só fiquei meia hora tentando te acordar.
  - Por quê?
  - Porque eu gosto de passar meu tempo com você.
  - Quando eu não estou pensando em você, estou sonhando com você.
  - E desde quando eu sou comida, Niall?
  - Dá pro gasto. - Eu digo, e recebo um tapa no ombro.
  - Idiota. Nem parece que você tá com fome. Todo mundo já terminou.
  Corro até a cozinha.
  - Então são cinco? VOCÊ TÁ NUMA CASA COM CINCO MENINOS? - O irmão de grita, enquanto eu termino de comer.
  - E ontem ela TOMOU BANHO com o Louis. - diz, dando ênfase a "tomou banho".
  - Mas ela não tava... Com o outro?
  - Liam. - corrige. - E eu ajudei Louis a se livrar dos fotógrafos.
  - Tomando banho com ele? - Ele pergunta sarcástico.
  - Seria melhor se você não acreditasse em qualquer coisa que fala. Pro seu bem. - Diz Ela. - Mas, como vão as coisas por aí?
  - Pelo o que ouvi, não desconfiam de mim. Ainda. Andei espalhando pistas falsas. Aproveite seu tempo aí, e... Não reclame do seu castigo.
  - Ela é maior de idade e fica de castigo? - Liam pergunta.
  - nunca foi o que eles planejaram, Liam, eles não se conformam. E ela ter fugido vai causar consequências negativas.
  - Me liga se tiver alguma notícia. Te amo. - diz.

Capítulo VII

  Harry's POV
  - Acho que você deveria pegar um pouco mais leve com a . - Digo pra , quando finalmente conseguimos ficar sozinhos.
  - Não. Vou rir muito da cara de Gabriel quando voltarmos. - Ela diz, e sorri.
  - Quando vocês... voltarem? - Pergunto, sem acreditar.
  - Sim, Harry, nós não vamos poder ficar aqui pra sempre. - Ela diz, como se fosse óbvio.
  - Eu não vou conseguir ficar longe de você. - Eu digo pra mim mesmo.
  - Harry... Eu estarei perto de você. Eu não sou tão esquecível assim, sou?
  - E vai ser exatamente isso que vai me torturar.- Eu digo.
  - Eu não posso evitar isso. - Ela explica.
  - Harry eu... - Diz ela. - Eu te amo. Não vai ser simples pra mim.
  - O meu maior erro foi ter me apegado tanto em você. - Digo eu. - Eu estou em dúvida com relação a meus sentimentos sobre você. Mas o amor é um deles.
  - Louis, devemos filmar eles se pegando? - pergunta.
  - Não sei, não quero gravar pornografia. - Louis diz rindo.
  - Vamos fazer o trabalho dos paparazzis.- Explica .
  Eu me esqueci completamente que poderíamos sair. E eu queria fazer isso imediatamente.
  - Eu preciso... Ir.
  - Pra onde?
  - Gente, sumiu. - Zayn diz com vestindo o casaco.

  Zayn' s POV.
  Já procurei em todos os lugares da casa, e eu tenho plena certeza que ela saiu.
  Não esperei o pessoal vir, simplesmente sai.
  Eu não tenho ideia de onde ela possa estar, ou por que saiu, mas eu tenho que achá-la. Para minha própria segurança.
  Ela não é directioner, então não vai estar em um lugar que nós...
  - Pensei que você não ia sair. - Ela diz.
  - Você me assustou.
  Percebo que estou longe de todos, e talvez por esse motivo ela sorria.
  - Eu achei esses cristais de neve lindos. - Ela aponta pra uma árvore.
  Toco nós cristais, que parece serem vidro, mas logo derretem em minha mão.
  - Sabe, o que eu sinto por você é como a neve. - Sorrio.
  - A neve? - Ela pergunta, confusa.
  - A neve pode parecer sumir por um tempo, mas em algum lugar do mundo, continua nevando. - Eu digo.
  - Ainda não entendi.
  - O amor que eu sinto por você, pode não ser claro, mas no meu coração é onde ele se concentra.

   ’s POV.
  Zayn e não desgrudam desde quando ele a encontrou. Talvez porque os meninos vão fazer show durante uma semana a partir de amanhã, ou apenas querem dar uma de casal feliz e apaixonado.
  - Você vai demorar. – Eu digo quando Liam aparece do meu lado.
  - Você terá uma surpresa quando eu voltar.
  - Você vai me esquecer.
  - Em uma semana?
  Assenti.
  - Eu não te esqueceria nem em um milhão de anos. – Ele diz.
  - Eu te amo. – Eu digo. – E isso é horrível. Meu irmão tem razão, Liam. Você corre riscos.
  - Eu não tenho medo.
  - Não?
  - Eu não vou deixar você ir. Nem que você queira.
  - Você é meu. - Eu digo. – Promete que não vai demorar?
  - Sim, mamãe. – Ele me beija.
  - Hey, você não pode beijar sua mãe.
  Corro até a sala.
  - O Liam não me pega! – Eu grito. – Ele é lerdo demais pra isso.
  - Falou a garota que conseguiu ir pra festa com as sandálias diferentes. – diz.
  - Vai comer cupcakes, . – Digo correndo para o jardim.
  Tento me esconder em uma árvore, mas Liam me puxa, e cai em cima de mim.
  - Você tá me amassando. – Digo.
  - Você me ama muito, sua idiota.
  - Não te amo nada, seu teimoso. – Tento o beijar, mas ele devia o rosto.
  - Também não ganha beijo. – Ele diz.
  - Você não vai aguentar muito tempo, James.
  - Tem razão, .

   's POV.
  Estou no meu segundo cupcake quando Harry aparece atrás de mim.
  - Você obedeceu a ? - Ele pergunta, com os olhos arregalados.
  - Não, eu estava prestes a dizer que não tinha, mas ela fez. - eu digo, oferecendo uma mordida.
  - Chocolate. - Diz ele. - Qual desses dois você prefere? - Ele coloca um outro do lado do rosto e faz uma careta.
  Eu ri.
  - Esse - Aponto para o cupcake de verdade - Porque eu posso morde-lo.
  - Mas e se esse cupcake te morder? - Ele aponta para si mesmo.
  - Esse cupcake é tão idiota e retardado que me morreria. - Eu digo - Esse cupcake é doce, até demais, é como uma droga para mim, eu sou dependente dele.
  - E esse cupcake - Ele continua - idiota, retardado, além disso, está apaixonado. Pela pessoa mais improvável e idiota que ele já conheceu.
  - Pena que eu não posso beijar o cupcake.
  - Mas o cupcake pode te beijar. - Ele joga o que sobrou do pequeno bolo em sua mão no lixo.

   ' s POV.
  Observo o pôr-do-sol da janela, tentando ver algum sentido nessa história toda de fuga, e como eu estaria no Brasil, longe dos meninos, sem Niall.
  - Sozinha? - Niall pergunta, entrando no quarto, como se estivesse lendo meus pensamentos.
  - É, eu estava. - Tentei sorrir.
  - Você não devia estar sem mim, eu vou ficar uma semana longe. - Ele insiste em me lembrar isso.
  O encaro.
  - Você acha que estou feliz por isso? - Pergunto, séria. - Sabe quanto tempo eu demorei para esclarecer tudo isso? - Volto a encarar o pôr-do-Sol.
  - Tudo o que? - Ele pergunta.

  - Eu ainda não acredito no que está acontecendo. - Respondo fitando a janela.
  - O pôr do Sol é a minha parte favorita do dia sabia? - Pergunta ele.
  - Por quê?
  - Porque me lembra que mais um dia tá acabando, e eu passei ele com você. - Ele diz. - Eu te amo.
  - E eu pensando que não choraria porque ia passar um tempo longe de alguém. - Fecho os olhos com força, impedindo as lágrimas de caírem. - Eu te amo.

  Harry' s POV.
  Saio do quarto na ponta dos pés para não acordar . Seria melhor se não tivéssemos que viajar na MADRUGADA.
  Meus olhos estão pesados, e tenho medo de esbarrar em algo, mas acho que algum dos meninos ligou algumas luzes, então fica mais fácil.
  Nenhum de nós fala nada, nem sobre o que tínhamos planejado. A viagem parece ser mais longa por isso. Imagino o que as meninas estão fazendo agora...

  's POV.
  Levanto-me assim que ouço o barulho do carro finalmente acabar. Na sala estão e parecendo dois zumbis na escuridão.
  Um barulho está vindo da cozinha, o que realmente me deixa com medo.
  - O que está na cozinha ? - Pergunto.
  - É a tentando cozinhar. Pra "festa do pijama" - diz mal humorada.
  - Pensei que você tivesse algum talento na co... - Interrompo-me ao vê-la com algumas panelas cheias de água.
  - É pra jogar nas meninas, elas parecem mortas-viva. - Ela sussurra e me dá uma.
  - Vocês querem pipoca? - grito.
  - Me espera! - grita aparecendo com mais "pipoca."
  - Essa é pra você , porque eu te amo. - Pude ver ela sorrir um pouco, e não pude deixar de rir.
  - , essa é porque você é linda! - grita, e jogamos água nelas, deixando as panelas no chão e correndo de volta ao quarto.
  - Acho que a gente não só as acordamos, agora elas estão com raiva.

Capítulo VIII

  Zayn’s POV.
  A casa está estranhamente calma. Sim, isso é estranho, porque quatro garotas loucas numa casa só não dariam muito certo.
  - Chegaram! – grita, descendo as escadas.
  Ela pulou em cima do Niall – que estava parecendo um zumbi – e os dois caíram juntos.
  - Cadê a ? – Pergunto, e e riram.
  - Procure-a na dispensa. – Diz – Ela deve estar comendo alguma coisa.
  A chave estava do lado de fora, e alguém batia loucamente na porta.
  Eu não pude deixar de rir. Ela estava de pijama, e parecia não ter dormido direito.
  - Oi pra você também. – Diz ela. – , para de comer.
  - Há quanto tempo vocês estão aí dentro?
  - Desde ontem à noite. – Diz . – As meninas nos trancaram aqui porque nós jogamos água gelada nelas. Eu obriguei todas a ajudarem a arrumar a bagunça.
  - Não vai me abraçar? – Pergunto à .
  - Não vai parar de rir? – Pergunta ela.
  Isso só me fez rir, então ganhei um tapa e um beijo.
  Voltamos para a sala, e todos olhavam para .
  - Onde está ? – Pergunta Liam.
  - Eu acho que ela está no quarto. – responde. – Ou no banheiro.
  - Vou procurá-la.
  - Liam! Espera! – Harry grita.
  - O quê?
  - Não faça nada que eu não faria.
  - E o que você não faria, Styles? – Ele sobe as escadas.

  Liam POV.
   estava no banho. E já passou uns dez minutos desde quando ela disse pra esperar.
  O quarto está intocado, a não ser pela cama dela.
  - Oi. – Ela diz tirando a toalha do cabelo. – Peguei uma camisa emprestada, você se importa?
  - Minhas roupas ficam melhores em você. – Sorrio.
  - Só não tente vestir as minhas. – Ela murmura.
  - Engraçadinha.
  - Por que você não dormiu na minha cama?
  - Ela não é tão legal sem você. - Ela responde. – É como ir ao cinema e não comer pipoca. – Ela me abraça. – Senti sua falta.
  - Eu senti mais.
  - Vou dormir um pouco.
  - Comigo? – Pergunto e ganho um tapa.
  - Você tá tão cansado que mal teve forças para subir as escadas.
  - Como você sabe?
  - Há quanto tempo você dorme mais que cinco horas? – Ela sorri. – Não me acorde.
  - Não sou eu quem vai fazer isso.

   POV.
  Eu nunca mais escuto . Ás vezes ela fica completamente louca – mais do que já é – e isso acontece mais desde quando fugimos. Ela adora isso.
  Uma vez por dia o irmão dela liga e fala como estão as coisas pelo Brasil, onde os pais deles estão procurando e etc. Eles ainda não saíram do Brasil, e nos dá muito tempo até disconfiarem da possibilidade de estarmos aqui.
  - Sonhando acordada?
  - Não, Zayn, eu estava quase sonhando do “jeito tradicional”.
  - Então sonhe comigo.
  - Eu não preciso.
  - Por que não?
  - Porque acordada eu posso beijar você.

  ’s POV.
  Niall parecia cansado demais para comer. Parecia. Estava no segundo prato de comida.
  - Não consigo descansar com fome. – Ele adivinha meus pensamentos.
  - Percebe-se.
  - Você também quer?
  - Pensei que não ia oferecer – sorrio.
  - ... Nem toda comida do mundo me faria feliz, se eu não tivesse você. - Ele diz.
  - Mentindo? Isso é feio, até pra uma pessoa perfeita como você.
  - É sério, não seria tão bom quanto estar ao seu lado. Não seria tão mágico quanto te arrancar um sorriso. Eu te amo. Sério. - Ele sorri- quer namorar comigo?
  Talvez eu esteja louca. Vir pra cá e morar com cinco garotos famosos, e ao mesmo tempo desconhecidos. Me apaixonar por um deles. Talvez minha vida nunca seja Normal. Mas eu estou feliz. O suficiente para esquecer dos problemas lá do Brasil
  - Sim. - Foi só o que consegui dizer.

  Harry's POV.
  Estamos cada vez mais próximos das meninas. Niall e estão juntos a quase um mês. Não sabemos como está a busca pelas meninas no Brasil, mas aqui elas são felizes. E isso nos faz feliz...
  - Parece que foi ontem né? - pergunta.
  - O quê?
  - Que eu estava parecendo uma louca no aeroporto. - Ela sorri. - Que eu não queria sair de perto de você.
  - Agora eu não quero sair de perto de você. - Eu sussurro.
  - Eu sei. - Ela olha para mala vazia. - Quando será que...
  - Shiiiu! - Coloco o dedo sobre seus lábios. - eu não vou deixar ninguém nos separar, nunca.
  - Eu nunca vou deixar ninguém te tirar de mim, . Eu te amo.
  - Eu te amo.

  ' s POV
  - O quer você tá fazendo ? - Liam pergunta, com uma careta.
  - Minhas malas. - Digo friamente.
  - O QUÊ?!
  - Tem roupas minhas em todo lugar.- Digo entre risadas. - Só vou embora quando você enjoar de mim.
  - Eu nunca vou enjoar de você.
  - Você tem muitas fãs. Elas são lindas. Eu não. Você não seria nada sem elas. Mas sobreviveria sem mim.
  - Não sei viver sem você, .
  - Você vivia muito bem antes de me conhecer.
  - Sabe quando você planeja seu futuro, com várias teorias. - Assenti. - Você planeja o lugar que vai Morar, quantos filhos você vai ter, planeja tudo pra ser feliz.
  - E o que isso tem a ver ? 
  - Eu poderia ter vários futuros. Mas não me vejo em nenhum deles sem você. E isso é estranho. - Ele sorri. - Porque eu sei que você não vive sem mim.
  - Eu te amo, Payne. Você realmente mudou minha vida. - Eu encaro o chão. - Não entendo meu passado, tento aproveitar o presente e meu futuro é... Você. 
  - Isso foi um sim ? 
  - Não, isso é o 'sim' - Eu o beijo.

  Niall pov.
  Agora temos cinco casais. Louis está namorando Eleanor, modelo, que rapidamente ficou amiga das meninas. Já fazia algum tempo que e Liam estavam juntos.
  Às vezes, eu esquecia de toda aquela confusão, e que corríamos o risco de perdê-las - estremeço só de pensar.
  - Você parece um anjo - Diz , que parecia estar do meu lado o tempo todo, ou só estava na cozinha por diversão, já que esse é nosso lugar favorito - Fica tão lindo quando está preocupado.
  - Ah, disso eu sei, conte uma novidade.
  - Você sabe qua fala dormindo? - Ela levanta as sobrancelhas.
  - Aposto que você adora me ouvir falando.
  - Eu sempre coloco fones de ouvido, até pegar no sono.
  - Ouvindo as músicas que eu canto.
  - Você é convencido. - Conclui ela.
  - Você me ama assim.
  - Eu? - ela me beija. - Quem disse que eu te amo ?
  - Você - respondo. - Quando você fala dormindo.

  's Pov.
  - Minha vida parece um jantar romântico. - Diz Louis. - Eu sou a vela.
  - Sinceramente, não sei porque você não traz a Els pra morar aqui. - Digo. - Ela é ótima.
  - Ela é ocupada demais.
  - Nos dias de folga, então.
  - Tranque a porta. - Zayn sorri maliciosamente.
  - Você só pensa nisso. - reviro os olhos.
  - Não, eu penso em você também. - Diz ele.- Vem, vamos dar uma volta.
  - Tchau, Boo. 
  - Tchau,
  - Nós fomos ao shopping e, de vez em quando eu tinha que fingir ser uma directioner.
  - Vamos tomar tomar sorvete?
  - Vamos ter que nos esconder dos seus fãs?
  - Você é a maior de todas.
  - Convencido você nem é.
  Temos que nos disfarçar, as vezes, até chegar a sorveteria.
  - Eu quero de chocolate! - Quase grito.
  - Eu também. - Ele me dá o dinheiro.
  - Folgado.
  Depois de ter ido comprar - eu na verdade -, Zayn me fez sentar numa das mesas mais longes, para confundir as fãs.
  - Como é viver uma fanfic?
  - Como sabe sobre as fanfics? - pergunto incrédula.
  - você disse que não era nossa fã.
  - Comecei a ler a algum tempo. - Explico. - Suas fãs tem muita criatividade, mesmo algumas sendo 'clichês'. Mas a maioria é tão perfeita que parece que vai acontecer.
  - Nossa. - Ele respirou fundo. - As fanfics que eu li me faz ser perfeito. Quer dizer... Minhas fãs pensam que eu sou alguma coisa sobrenatural. Algumas acham que eu não posso tomar decisões próprias. Mas acredite, eu as amo por isso. Elas fariam qualquer coisa por nós, e nós faríamos qualquer coisa por elas. - Ele para. - Mas eu queria viver uma fanfic. Queria derrubar os livros de uma garota e nossas mãos se tocarem, nos apaixonarmos... Mas eu vivo algo parecido. E talvez, um simples 'quer namorar comigo' não descreva como eu amo você, . Porque você, faz da minha vida uma fanfic; uma história perfeita.
  - E um simples 'eu te amo' não vai descrever essa coisa louca que eu sinto.
  Quando nossos lábios se tocam, meus olhos doem com a luz dos flashes em cima de nós.

Capítulo IX

  's POV.
  - Finalmente vocês chegaram. - Diz Louis.
  - Precisamos conversar. - diz. - , !
  Fomos até a cozinha, assim que elas apareceram.
  - Zayn me pediu em namoro.
  - E por que isso é tão sério ?
  - Porque tiraram fotos nossas. Nos beijando.
  - Como você pôde deixar isso acontecer? - Eu digo. - , isso vai fazer com que nós...
  - Cala a boca, . - Ela grita.- E não finja que se importa com alguém que não seja você mesma.
  - Não fui eu quem não pensou que no shopping tem FÃS!
  - Mas você fez a gente vir pra cá com você. Porque SUA família não te ama.
  - Você me apoiou.
  - , você não consegue ver os fatos. Por isso vive fugindo, você não aceita opiniões contrárias.
  - Você que não assume que está errada.
  - Você que faz toda a bagunça e a culpada sou eu? Ah, por favor, vê se cresce. Eu não te obriguei a vir em nenhum momento, não obrigue nenhuma das três, na verdade. Para de ser infantil!
  - Hey, dá pra parar? - Niall se coloca entre nós duas.
  Não tinha percebido que todos olhavam para nós.
  - O Zayn já falou ? - pergunta, segurando lágrimas.
  - Nós vamos dar um jeito. - Diz Harry. A insegurança era clara na sua voz.
  Quanto tempo até a notícia se espalhar?
  - Acho que já se espalhou, .
  'Suposta namorada de Zayn Malik, da One Direction.'
  - Eu vou arrumar a minha mala. - Digo.
  Pego meu celular e vejo algumas chamadas perdidas de Gabriel. Ligo de volta.
  - Não, eles ainda não sabem. - Ele diz, adivinhando a minha pergunta. - Ainda. - repete.
  - O que acha que eles vão fazer comigo?
  - Vão te mudar de escola, tirar seu celular, computador ou qualquer outra coisa que te dê informações ou ideias sobre fugas.
  - Até parece que tenho dez anos.
  - Seu aniversário de vinte vai ser péssimo.
  - Sempre são. - Resmungo. Acho que foi trauma da minha festa de quinze.
  Liam aparece na porta.
  - Eu te ligo depois. - Digo. - Te amo.
  - Te amo, se cuida . - desligo.
  Penso em dizer algo para Liam, mas tenho medo de minha voz ser roubada por soluços.

  's pov.
  - . - Diz Niall. Eu não posso falar, eu estou de parabéns, de tanto conter minhas lágrimas, eu não posso chorar agora. Mas, a possibilidade de ouvir a voz dele só em gravações dói. A sensação de nossos beijos serem apenas uma lembrança, a sensação de não tê-lo por perto. - E se a gente fugisse?
  - Você tem a banda, Niall. Tem suas fãs. Você não pode largar tudo, é egoísta da minha parte fugir com você.
  - Então é isso? - Ele pergunta a si mesmo. - Eu finalmente encontrei alguém que eu amo e acaba, por causa de FOTOS. - Ele grita.
  - Niall. - Eu o chamo. - Niall, você não quer passar nossos últimos momentos juntos lamentando o que já aconteceu, quer?
  Ele não responde.
  - Escuta, eu te amo. Nada mais importa. Só você e eu.
  Ele me abraça forte, e eu luto com as lágrimas.
  - Eu te amo. - ele diz. - E o meu amor por você é como um buraco negro. Porque ele é capaz de envolver as coisas ao seu redor. Ele é desconhecido. E ninguém sabe onde ele vai parar.
  - Eu não quero ver as meninas agora. - digo. - Eu não sei de que lado ficar.
  - É complicado. Mas eu acho egoísmo da parte de . Se ela não saísse com Zayn não estaríamos nos despedindo.
  - Eles estavam certos em sair. Porque eles se sentiam prisioneiros.
  - e Harry, e Liam, você e eu também. Mas mesmo assim não colocamos tudo a perder. - Há um leve tom de irritação em sua voz.
  - Eu não quero mais falar disso. - Digo e o beijo.
  - Dorme. - Ele diz. - Talvez um pesadelo seja melhor. Porque ele não é real.

  's POV.
  Todos foram para seus devidos quartos, mas eu fiquei na sala, ainda entorpecida, ou apenas não querendo aceitar os fatos. Meu rosto está molhado, mas não o enxuguei. Não faz sentido lutar contra as lágrimas agora, não é um problema chorar. Parece que faz anos que estamos aqui.
  - Será que seria muito idiota da minha parte ir para o Brasil com você? - Harry pergunta. Pensei que ele estivesse conversando com Zayn ou algum dos outros meninos, eu pedi para ele me deixar sozinha. Não consigo pensar direito com ele por perto, ele me deixa tonta. Mas provavelmente ele estava me vigiando o tempo todo.
  - Será que se você parar de respirar você morre ? Você não pode deixar sua vida.
  - Minha vida é teimosa, minha vida não pode voltar para o Brasil.
  - Harry. Para. Eu te amo tá? - Eu o beijo. Meus olhos se enchem d'água de novo. - Você vai ficar bem sem mim.
  - Não vou.
  - Harry. - Digo, séria. - Me prometa que você vai ser feliz. Você vai encontrar uma menina legal, fofa e bonita, você vai casar e ser feliz com ela. Faz isso por mim. Siga em frente.
  - Não vou conseguir seguir em frente se você não seguir. - Diz ele.
  - Eu não posso prometer. - Digo.
  Ele deita no sofá comigo. Deito a cabeça em seu peito e fecho os olhos. Não para dormir, mas para me concentrar em tê-lo comigo, enquanto ele é só meu. Enquanto eu ainda posso sorrir encostada nele. Enquanto ele ainda me ama, enquanto nós estamos apaixonados.
  Fechar os olhos é bom. Assim, as lágrimas não caem. Eu não tenho que desviar os olhos quando falo. A escuridão não é de fato tão ruim. É mais fácil. De olhos abertos não podemos sonhar.
  Me lembro de como eu ficava ao sonhar com os meninos. Iludida, triste, feliz. Mas havia uma coisa que era maior. Havia uma coisa que me impedia de pensar que era impossível. A esperança. Mas ela não ajuda agora.

  's POV.
  Eu estou triste. Assim como todas as meninas. Talvez mais triste porque não tive mal um dia de namoro com Zayn. Eu não tenho nada a fazer, a não ser lamentar. Não por ser descoberta, mas por não poder ter sido. Eu sinto por . Mas sou orgulhosa, e ela também é. O certo é que deveríamos estar juntas, enfrentando esse problema. Não para achar uma solução, mas parar dar apoio uma a outra. Porque é como uma irmã.
  Eu não sei qual foi a decisão dos meus pais, não sei quando ou se eles vão vir me buscar.
  Zayn me encara, com um olhar triste, como uma criança que acaba de receber um "não". Eu o encaro de volta, sem falar uma palavra. Não falo desde a briga com ainda pouco. Mas o silêncio entre nós grita, e eu sei que devo quebrá-lo. Só não sei como.
  - Você tá com raiva ? - Digo e me arrependo, não era isso que eu devia falar. Ele não está com raiva porque ele também errou.
  Ele não responde.
  Zayn está sentado numa cadeira, do outro lado do quarto. Sua respiração é lenta, como alguém que tenta acalmar a si mesmo.
  Ele caminha até a cama e senta ao meu lado.
  - Eu te amo. - Diz ele, para si mesmo.
  - Não tanto quanto eu. - Eu o beijo.
  Nosso silêncio não precisa mais ser preenchido. Ele está comigo agora. E não importa o tanto de barulho que está fazendo. O silêncio não importa. Porque qualquer coisa incomoda quando estou longe dele.

  's POV.
  - Você tá melhor? - Liam pergunta. Ele parece preocupado.
  Eu estou deitada na cama ocupando todo o espaço, com todos os travesseiros. Mas ele parece não se importar.
  - Sim. - Minto. Eu nunca estive pior. E ele sabe disso. Mas às vezes temos que mentir para proteger quem se ama. E eu devo o proteger. Porque ele pode estar pior do que eu, se fazendo de forte.
  Pelo menos ele é corajoso para fingir. Eu sou covarde, eu estou ocupada demais, com o privilégio de ficar triste. Ele não.
  - Eu não quero dizer " adeus" - Ele sussurra. - Ainda não sei viver sem você.
  - Eu te amo. - Digo, baixinho. - Isso que importa.
  - Você vai me esquecer.
  - Você ficou louco? - Pergunto. - Isso é impossível.
  - Não é. Porque você vai embora. Você vai ter outros garotos no Brasil.
  Eu ri.
  - Você que é famoso, e EU que tenho vários garotos. - Ele me encara. Eu fico séria de novo. - Eu nunca vou esquecer você. Estamos gravados um no outro. Você é uma tatuagem no meu coração, Payne. Vai estar sempre lá. Sempre. - Pego sua mão, colocando-a em seu coração. - A cada vez que seu coração bater, significa que eu estou pensando em você, tá ? E quando ele parar, o meu também vai. - Uma lágrima escorre pela minha bochecha.
  - E se o seu não parar? - Ele pergunta.
  - Eu o faço parar. - Eu sorrio. - Liam James Payne, entenda, eu não viveria num mundo do qual você não exista.
  - Eu te amo. - Ele diz. - Eu nunca vou amar alguém assim, tá? - Ele enxuga minhas lágrimas. - E cada batida do ponteiro dos segundos, significa que eu estou pensando em você. - Ele me beija.
  Ficamos ali até cairmos no sono, o que é tempo insuficiente para passar com a única pessoa que eu realmente amo.
  **
  O vento fraco que entra pela janela faz com que um pequeno monte de papel caia. Já faz algum tempo que eu estou deitada - não que eu tenha conseguido dormir - vendo Liam em seu sono. Ela fica bonito. Talvez porque a tristeza suma de seu rosto por um tempo. Sua respiração é lenta; calma. Vê-lo assim me deixa feliz. As vezes, nem os piores pesadelos são tão ruins quanto a realidade.
  - Bom dia. - Ele abre os olhos devagar.
  - Bom dia. - Tento sorrir. Mover os cantos da boca não é a coisa mais fácil do mundo. Não é fácil fazer uma coisa que o medo e a mágoa apagam. Mas eu tento. Porque ele precisa. Porque é fácil sorrir pra ele.

Capítulo X

  Louis's POV.
  Todos estavam fingindo estar bem nessa manhã. Nos reunimos para tomar café, todos tentam sorrir, com seus olhos cansados e olheiras roxas. Ninguém fala uma palavra. e estão o mais longe possível. Se estão tentando imitar uma manhã normal, com certeza esqueceram- se das risadas e conversas, se esqueceram da guerrinha com comida, se esqueceram dos detalhes que nos faz parecer uma família.
  - Eu estou sem fome. - Diz , com lágrimas nos olhos.
  - Eu vou... - Começa Liam.
  - Não, eu vou. - Digo.
   revira os olhos.
   está na varanda, sentada numa cadeira de balanço. Seus olhos estão fechados.
  Me viro para ir embora, quando ela fala:
  - Quando será que eles irão parar de fingir ?
  - Estão tentando deixar as coisas mais fáceis. - digo.
  - Mais fáceis? - Ela dá uma risada. - Sinceramente, nada vai ser fácil enquanto tudo isso estiver acontecendo. Enquanto o peso do medo ficar nos atormentando. Não há nada de fácil. Fingir não adianta. Porque qualquer coisa é possível, menos mentir para nós mesmos.
  Eu não respondo. Porque ela está certa.
  - Eu não consigo fingir.
  - Eu também não. Porque eu sou covarde, e não sei enfrentar meus medos. Por isso eu fugi. Tenho medo das pessoas. Tenho medo do mal que elas podem me fazer. - Diz ela
  - Talvez nem toda pessoa seja um monstro. - Digo.
  - Talvez exista um monstro em todas as pessoas. - Diz ela. - prefiro pensar negativo.
  - Então, você acha que fugindo, vai encontrar pessoas boas? - Pergunto. - Não importa pra onde você vá, sempre terá gente que você não irá gostar, .
  Ela olha pra baixo.
  - Vou sentir sua falta. - Ela começa a chorar.
  Eu a abraço.
  - Eu também vou sentir sua falta. - Sussurro.

  Harry's POV.
  - Nós vamos sair. - Digo. Todos me encaram. - Vocês vieram à Londres e não aproveitaram nada.
  - Não é uma bo... - Começa Zayn, mas o interrompe:
  - Eu tô dentro. - Ela sorri.
  - Eu também. - e dizem.
  - Não tenho escolha. - Diz .
  Quando todos concordaram, pego as chaves do carro, não temos um destino determinado, mas temos um objetivo: diversão.
  - tá parecendo que chupou limão. - comenta .
  - Talvez toda sua fome seja pra dar energia pra você falar TANTO, . - retruca e ri, acompanhada de , Louis e a própria .
  - E o que dá energia pra seu mal humor? - Pergunto, mas me arrependo.
  Ela não responde.
  - Você fica melhor dirigindo, Harry. - Diz .
  - Estou morrendo de rir, .
  - Se você morrer, todos nós morremos. - diz séria.
  - Obrigado, eu amo vocês também.
  - Na verdade, se você morrer, não vai ter ninguém dirigindo. - Ela completa.
  - Bullying com o Harry agora? - Finjo estar magoado. - Vai, me humilhem, me abandonem, eu não sou um bom amigo mesmo.
  - Ah, cala a boca, Styles. - Diz Louis. - Você sabe muito bem que nós te amamos.
  - Tô chorando com essa declaração. - Diz Niall.
  Nós paramos no Starbucks, depois de ter insistido e Niall ter apoiado, como sempre.
  - Passamos nossas férias trancadas. - Comenta , e olha sorrindo pra Liam. - São as melhores férias da minha vida.
  Algumas fãs chegaram na nossa mesa, assim que sentamos nela. Tiramos fotos, fizemos caretas, demos autógrafos, a notícia já se espalhou mesmo, não temos mais o que perder.   Uma das fãs pediu uma foto sem as meninas, e pra minha surpresa, elas concordaram.
  - Eu amo vocês. - A fã sorri. - Não quero tirar foto com ele. - Ela aponta pra Liam.
  . Penso. Não quero nem ver a reação dela.
  - Então você é dessas que excluem o Liam?! - Ela grita. - Qual é seu problema, garota?
  - Eu não falei com você. - Diz ela. Opa.
  - Escuta aqui, sua vadiazinha. - continua gritando. Todos no restaurante olham para ela. - De onde eu venho, encontrar Liam Payne em um restaurante é muito, muito, muito impossível. Você tem a oportunidade de pedir autógrafos, tirar fotos, mas prefere o magoar?
  - Sim. - Responde a fã. Sinceramente, eu não quero saber seu nome.
  Vejo o vulto de , ela parte pra cima da garota, que grita ao receber um bom tapa. Quase ri.   A coisa ficou mais feia quando ela puxou o cabelo de , que tem um ciúme e cuidado excessivo com ele. Então, devolve o puxão de cabelo, mais forte, aparentemente, e mais alguns tapas. A garota está sangrando, e ri ao se levantar. Todos estaríamos rindo. Se a polícia não estivesse ali.
  - Nos acompanhe, por favor. - Diz um dos policiais.
  - Era só o que faltava. - Comenta .
   foi no primeiro carro junto com Liam e , , Zayn e Louis no segundo, e eu, e Niall no terceiro.
  Não vi a "fã" desde quando ela disse que foi ao banheiro limpar o sangue, o que foi, possivelmente uma desculpa para ela fugir.
  Eu não planejei ser preso hoje. E não faço a mínima ideia do que esperar, o que mais de ruim pode acontecer?
  Ninguém fala nada no carro, e parece que dirigem lentamente de propósito. Talvez eles tenham nos reconhecido. Talvez.
  Quando finalmente chegamos à delegacia, vi que - ainda bem - não há movimento nenhum, só um casal preocupado, que pareciam estar procurando alguém.
  Todos estavam de cabeça baixa, com as respirações tensas.
  Fomos deixados na sala do delegado, um homem gordo de meia idade, com a barba por fazer. Ele nos olhava como se tivéssemos o obrigado a sair de sua cama e estar ali.
  - Parece que aquela mocinha ali. - Um homem fala apontando para . Ele não foi nos buscar. - Agrediu uma garota inocente. O dono do estabelecimento ligou para nós, e a vítima fugiu.
   resmunga alguma coisa parecida com: "se ela fosse vítima não teria fugido" mas a ignoram.
  O delegado começa um discurso, que não tem nada a ver com o que realmente importa, por isso acho que não seremos presos.
  - ...Vou fazer o que puder por vocês... - a voz do mesmo homem que mandou nos "buscar" não parece estar tão longe. - ...Vocês têm uma foto?... Qual é o nome dela?.
  - . - O nome de se destaca. O casal eram os pais dela. Elas vão embora.
  Todos nós agora estamos olhando para ela.
  - Você pode nos prender, por favor? - Ela pergunta.
  - ! - grita. - Oops.
  - !
  - ? - a mãe de chama. Eles andam até a sala.
  Eu devia ter pensado que esse seria o primeiro local que eles viriam. Alertar a polícia para avisar quando vissem . E provavelmente as meninas.
  Todos permanecem calados, sem se mover.
  - É sério, me prende. - pede de novo ao ver os pais dela na porta. Uma garota normal, depois de meses longe dos pais, os abraçaria sem pensar. Mas ela continua olhando para o nada, e prefere ser presa a ter de voltar para o Brasil.

Capítulo XI

  Liam's POV.
  - Você vai buscar suas malas. Seja onde elas estiverem. - Uma mulher, a mãe de , fala, quando eles estão saindo da delegacia.
  - Liam! - chama.
  - Eu vou com vocês. - Ofereço.
  - Você não vai a lugar algum. Fiquei longe dela.
  - Me deixe levar vocês, eu tenho as chaves.
  - Tá.
  Dirijo calado, enquanto eles discutem entre si, mas não perguntam o motivo de ter fugido. Talvez porque eles saibam a resposta. Ou AS respostas.
  - Então, aqui que você ficou?
  - Foi. - responde, ao entrarmos. Ela sobe as escadas. Eu a acompanho.
  - Eu não deveria ter te defendido. - Diz ela.
  - Eles iriam te encontrar.
  - A culpa é minha.
  - Tem razão, a culpa é sua. - Digo. - Você que decidiu fugir, você que falou com Harry no avião, você que brigou com a garota.
  Ela começa a chorar.
  - Mas se você não tivesse fugido, não encontraria com o Harry, e não iríamos nos apaixonar. - Eu sorrio. - Você não iria brigar com a garota, então, não iria fazer uma "loucura por amor".
  - Eu sou egoísta.
  - Se você fosse egoísta, não teria me defendido.
  - Eu te amo. Não vou aprender viver sem você. - Ela me abraça.
  - Eu te amo, .
  - Ainda vão demorar?!
  Ajudo-a com as malas. Vejo o carro de Harry chegando.
  - Podemos ir?
  - Espera! - Diz . - Esqueci meu celular.
  Ela estava ganhando tempo. Pra se despedir dos outros.
  Assim que os outros entram em casa, ela desce as escadas, balançando-o com um sorriso forçado.
  - Achei!
  - , sua vadia. - Louis imita voz de gay. - Você me deixou preocupado.
  Os pais da reviram os olhos.
  Ela se despede, abraçando um por um, e deixa por último.
  - Desculpa. - Elas sussurram juntas. - Eu te amo.
  Eu sorri.
  - Já chega. Vamos embora, AGORA.
  - Espera! - grita. - Eu vou junto.
  - O que ? - Niall grita.
  - Niall, precisa de alguém que impeça ela de se matar. Ou você acha que ela está planejando viver no Brasil? - ri consigo mesma. Mas para quando lágrimas invadem seus olhos. - Eu te amo.

  ' s POV.
  - Cuide de meu coração, Payne. - Grito, ao passar pela porta. - Ele ficou com você.
  Não tivemos uma coisa de filme. Uma despedida com beijos, com mais uma noite juntos. Não tivemos oportunidade de discutir. Mas uma coisa é certa: não teremos um final como de filme. Não vamos nos ver algum tempo depois e lutar contra o problema, assim vivendo felizes para sempre.
  Não se pode lutar contra o que está dentro de você.
  - Você vai melhorar. - Diz
  Não respondo.
  Eu dormi durante toda a viagem. Não tive sonhos. Nem reação. Foi só uma noite normal de alguém que não estava cansado. De alguém que não se importa com a hora. De alguém que não se importa com nada.
  - , estamos de novo no Brasil. - minha mãe diz, assim que entramos no quarto.
  - Lar doce lar. - Digo ironicamente. E estas foram as últimas palavras que eu disse desde quando chegamos.
  Quando fomos para casa, apenas abracei meu irmão, que parece não ter dormido desde quando meus pais viajaram.
  **
  Minha rotina é simples - simples como alguém que ficou de castigo para sempre, ou alguém sem vida social. - A empregada deixa o café da manhã às sete da manhã, o que não me dou trabalho nem se quer de olhar.
  Meus pais me matricularam numa escola mais cara e onde eu passo mais tempo. estuda comigo. Eu sempre me sento no fundo da sala, na mesma cadeira, próxima à janela, que fica o tempo todo fechada. sempre tenta me fazer rir ou falar. Mas não acho graça. Não me importo de desaprender a falar. Não preciso falar quando não tenho do que falar.
  Eu tinha tudo para ser uma patricinha popular. Desde a antiga escola. E nessa, ninguém me deixa em paz com essa coisa de ser ex namorada do Liam - pensar no nome dele dói. Como se um frasco de vidro estourasse no meu peito. A cada pensamento, um estouro. Evito o nome DELE- e eu odeio chamar atenção por isso...
  Malditas fãs. Não devia ter tirado aquelas fotos.
  Não almoço muito. O que não é saudável para mim, mas eu já não sei o que é ou não certo.   Minhas tardes em casa são resumidas em fazer a lição. Minha e de - Ela não tem culpa se os pais dela não reagiram tão mal quantos os meus - é melhor para manter minha mente e meu corpo ocupados, sem tem que pensar na vida.
  Na hora do jantar, eu nunca sento à mesa com eles. É desagradável. Eles me repreendem até por não falar nada.
  Eu durmo cedo. Não tenho mais computador ou redes sociais. Não tenho vontade de fazer amigos. Ou de conversar. Talvez seja melhor na minha mesmice.
  Uma vida de aventuras, não é correr riscos, é agir arriscadamente. E eu não posso fazer isso. Não mais.

  ' s POV.
  Faz três semanas que nós voltamos. Faltam exatos sete dias para o aniversário de . Aposto que ela não se lembra.
  Eu também estou mal. Meus pais brigaram bastante comigo por fugir, disseram que eu vou ficar de castigo. Mas minha mãe apoiou o romance com ele. Ela também foi fã e sabe que eu fui feliz.
  O meu papel está sendo mais difícil. pode ficar mal. Eu tenho que parecer bem. Porque meus motivos são "infantis" segundo meus pais. Eu não me corto. Mas ganho feridos com a pior arma, aquela que vai sempre te tentando para você usá-la um pouco: as lembranças. Tudo, lembra ele. A comida. O azul do céu. A luz que passa pela janela de manhã. Tudo isso estava presente na nossa vida. Mas eu tenho que falar. Tenho que sorrir. Tenho que esconder todo o meu sofrimento.
  Niall fala comigo por telefone, algumas vezes ao dia, sempre me falando como estão as coisas com todo mundo. Ele está diferente. Parece cansado e triste. Muito triste. Sinto isso na voz dele. E eu não posso fazer nada.
  - Você tá bem, Niall ? - Pergunto quando finalmente ele me liga.
  - Você sabe a resposta. Eu quero você comigo.
  - Você também já sabe. - Digo, mudo de assunto. - Diz pro Liam que a não tá falando nada. Parece que ela deixou a língua aí. Ela está sem celular, computador, televisão, telefone, entre outros. Por isso ela não atende.
  - Tá. Mas alguma coisa? - Diz Niall.
  - Não seria melhor me deixar falar com ele ?
  - Não, porque você é minha. - Ele está com ciúmes. Esse é o meu Nialler.
  - Eu te amo! - Digo. - tenho que desligar.
  - Eu te amo. Até... - ele para. - Tchau.
  Desligo. Vou pra casa de agora. Levar minhas lições para vê-la fazer. É estranho como ela aprende sem prestar atenção na aula. é estranha. Nunca pensei que ela sofreria por um garoto. Está pior do que eu.
  Eu não me arrependo de ter voltado. Eu acho. Meus pensamentos estão em um nó. E eu não consigo desatar.
  A casa de não é muito longe da minha, são apenas três ruas de diferença da minha, então eu vou andando.
  - Oi tia. - Digo quando a mãe dela abre a porta. É meio estranho ainda chamar a mãe da sua amiga de "tia " quando se tem vinte e um anos, mas e eu somos amigas desde quando éramos crianças.
  - Oi . - Ela balança a cabeça ao me ver. - Também estou feliz em ver você.
  Ela revira os olhos.
  Eu tentei acumular o máximo possível. Então ela vai ter que fazer as atividades de Matemática, Português, Geografia e História. Eu sempre gostei de história, mas eu a deixo fazer. É legal rir das caretas dela ao ver alguma pergunta que não entende.
  - Estou com fome. - Digo. Ela aponta para a bandeja em cima da cama. É o lanche dela. Ela nunca come porque quer sumir. Só pode. Ela está emagrecendo desde quando voltamos. Ela é rica e tem refeições de mendigos.
  - Essa está na página 58. De nada.
  Arranco uma folha do caderno. Ela não fala mas sabe escrever. Isso é idiota, mas ela É idiota.   "Vai ter festa no seu aniversário?" Escrevo. Ela me encara e não pude deixar de rir. "Não, meus pais podem fazer a festa, mas eu prefiro dormir." ela escreve e faz uma careta ao entregar a folha. "vai ser legal. Você tem primos, e eles têm amigos gatos." Escrevo, sorrio quando ela cora. "Eu não vou ficar com ninguém." ela coloca força demais na caneca. "você não esperava se apaixonar perdidamente por um astro teen." Ela faz uma careta de raiva, ao ver que entre cada palavra tinha uma carinha "é , mas ele foi diferente. De qualquer outro e você sabe disso." ela amassa a folha quando vai entregar.
  - Vou dormir aqui hoje, okay? - Ela concorda. - Tem muitas palavras presas dentro de você, .
  Nós precisávamos disso; uma noite de garotas. Com chocolate, Doritos e sorvete. Risadas através do papel. Palavrões, apelidos. É bom saber que atrás daquele muro para se esconder do mundo que construiu, ainda vive a revoltada que eu amo. Aquela "egoísta" que pensa em todo mundo. viria por mim. E eu fiz o certo.

  Niall's POV.
  Todos nós pensávamos que todas elas iriam embora. Todos nós estávamos errados. Isso foi bom.
  Eu não estou bem. Há alguns dias eu não consigo dormir, meu rosto parece doente. Não só meu rosto, mas eu tenho comido menos. Sim, é verdade. Eu não sei o que está acontecendo comigo. só está longe. Nós não terminamos. Ela só foi embora... Pra nunca mais voltar.
  - Hey, Niall. - Liam me cutuca. A sala está completamente vazia, eu estou no sofá e ele no chão. - Você quer?
  Ele me oferece uma bebida.
  Hesito. Liam não bebe. Mas tomo um gole.
  - Um brinde à nossa sorte com mulheres. - Diz ele, brindando com o vento. Ele está bêbedo.
  - Azar no amor, no jogo... sorte no azar. - Digo, sorrindo. - Você não deveria estar bebendo. não iria gostar.
  - não está aqui, Niall. - Diz ele. - Não vejo motivo para não fazer uma loucura.
  - não tá aqui, mas ela não morreu. Você é famoso, faça uma loucura e a magoe.
  - Você não tá sabendo que ela está sem acesso a qualquer tipo de meio de comunicação?
  - Mas isso não significa que não vá contar.
  Ele para. Como se tivesse vendo as coisas de uma forma diferente, tentando parecer menos infantil. Mas, ao invés de falar alguma coisa, ele corre ao banheiro mais próximo.
  Começo a rir, me deitando no sofá, esperando ele me chamar. É sempre assim quando ele passa mal. Só não por bebidas. Mas, pelo menos ele não vai se lembrar de nada. Apenas vai ficar na cama o dia todo amanhã. E eu vou ser irritante, e mesmo que ele não lembre, vou dizer: eu avisei.
  Não preciso narrar como foi limpar o vômito do Liam.
  Como eu disse, ele dormiu. É melhor assim porque ele ao menos conseguiu dormir. Liam anda pela casa até pegar no sono, ultimamente, e ele dorme em qualquer canto. Uma vez, ele dormiu na mesa da cozinha. No café da manhã passamos comida no rosto dele. Foi engraçado. Mas teria sido mais com elas aqui.

Capítulo XII

  ' s POV.
  Hoje seria um dia agitado e cheio de expectativa para qualquer garota: O aniversário de vinte anos.
  Meus pais costumam dar uma grande festa, convidando pessoas que eu não conheço, da classe “alta". Este ano, nem comentaram no assunto. Meu pai vai trabalhar o dia todo fora de casa, no outro escritório. Eu poderia muito bem continuar deitada na minha cama até pegar no sono novamente, poderia comer porcarias, de pijama, lendo algum livro da estante rosa esquecida e empoeirada no canto do quarto. Poderia fazer desse dia, um feriado especial, só meu. Seria um dia bom. Se não tivesse pulando na minha cama às 6:30 da manhã.
  - Sua mãe disse que era para te acordar. - Ela diz, como se gostasse de acordar cedo, como se gostasse de estar aqui. - Ela quer falar à sós com você.
  - Você sai vomitando informações, e esquece dos parabéns. - Ela arregala os olhos e ri quando escuta minha voz.
  - Parabéns, velha!! - Ela grita. Meu rosto fica vermelho. Foi uma ideia ruim.
  - Oi? - Gabriel bate na porta. Eu abro. - Hey, velhinha. Esse negócio de fugir te deixou de cabelos brancos.
  - Obrigada! - Tento sorrir o mais sincero possível. Não Sei onde estou querendo chegar com essa falsa empolgação.
  - Filha. - Minha mãe chama, entrando no quarto. - Preciso falar com você.
  Fomos até a dispensa. Não sei porquê ela escolheu este lugar, mas sorri ao lembrar de quando e eu fomos trancadas por e .
  A nossa dispensa é bem diferente da deles. É maior, e tem uma escada de quatro degraus. Ninguém aqui em casa é alto o bastante para pegar algo que está lá em cima - menos meu irmão, que é alto por todos nós -, nem precisamos. Só a empregada e, às vezes, eu, entrava para pegar coisas escondidas, para fazer festas do pijama com as meninas. A chave sempre ficava encima da geladeira. Era fácil.
  - Eu quero que você volte - Ela diz assim que fecha a porta.
  - O quê? - Quase grito, incrédula.
  - Eu quero que você volte à Londres. Junto com . Vá ficar com seu namorado. Seja feliz.
  - Mas mãe, o papai... - Começo, mas ela me interrompe.
  - Eu explicarei ao "Sr. ". Ele vai parar de ser um chefe mandão e aprender a ser seu pai. - Ela sorri. Minha mãe fica bonita sorrindo. Ela tem uma funda covinha na bochecha esquerda, e seus olhos verdes se fecham. - Vocês irão antes do crepúsculo. Esse é o meu presente para você.
  Eu a abraço. Minha mãe não é de discordar das decisões do meu pai. Ela sabe que eu não sou e nunca seria feliz aqui no Brasil.
  Nunca imaginei que minha vida estaria dividida assim. Voltar para o amor verdadeiro, ou ficar e obedecer as ordens do meu pai. Fingindo o tempo todo. Verdadeiro ou falso.
  - ! - grito, ao sair da dispensa. Minha mãe vai até a cozinha. - , arruma sua mala!
  - Hey . - Gabriel me chama quando eu passo na frente do seu quarto. Eu entro.
  Ele pega uma caixinha colorida com um laço lilás, que estava dentro da primeira gaveta do criado mudo. Eu rasgo o papel. É um iPhone.
  - Digamos que... - Ele começa. - Eu tentei achar o seu celular, mas não sei onde papai o escondeu. Então, eu comprei um novo. Tirei da caixa e instalei seus aplicativos favoritos. Ah, eu ia esquecendo. Olha seu Twitter.
  Além de estar com muito mais seguidores, alguém me marcou em um tweet. É dele.   "Você fez com que esquecesse os problemas. Porque você é uma garota problemática. Parabéns. Eu te amo."
  - Ele sabe ? - Pergunto. Gabriel nega.
  - Não tivemos tempo de contar. - Mamãe explica
  - Então eu vou fazer uma surpresa.
  - ! - Grita , sua voz vem do meu closet. - Como todas essas roupas minhas vieram parar aqui?!
  - Você deixou quando veio para cá todos aqueles dias.
   está elétrica. Ela arrumou nossas malas três vezes. Sinceramente, não é com isso que me preocupo. Está escurecendo. Quase na hora de voltar. As palmas das minhas mãos estão suadas. Eu estou nervosa.
  - Está na hora. - Gabriel diz, entrando no quarto. A porta já estava aberta. - Eu ajudo vocês.
   não contou a Niall - depois de vários discursos para ela tentar fazer uma surpresa - que nós voltaremos.
  **
  Estamos no avião. Desta vez não fiquei sozinha. disse que só precisava de uma boyband na vida dela.
  - Desculpa se por minha causa você conheceu o amor da sua vida.- sussurro, soltando uma risada quando ela me bate.- Já tinha esquecido! Cadê meu presente, dona ?
  - Tá lá em Londres, deprimido com o abandono da namoradinha, owwwn! - Ela aperta minha bochecha.
  - Eu vou ler, Ota. - e eu somos Idi & Ota.
  - A Culpa É Das estrelas? - Ela levanta a sobrancelha. - Vai chorar uma hora dessas, Idi?
  - É.

  Liam's POV.
  - Ontem foi o aniversário de . - diz à . - Primeiro aniversário dela em sete anos que passamos separadas.
  - Sete anos. - Repete . - Como passou tão rápido?
  Elas começaram a tagarelar sobre os melhores momentos juntas, desde quando se conheceram na escola, até a fuga, e outras coisas que não me dei o trabalho de ouvir.
  - Liam! - Niall grita. Sua voz vem da cozinha. Que novidade. - Querem falar com você.
  - Quem fala? - Pergunto, quando Niall me entrega telefone e me encara sorrindo como um idiota.
  - Até agora você. Eu estou só escutando. - Responde . Espera aí. ?
  - . - Digo. - !
  - Você vai ficar me chamando ou vai fazer o favor de vir me buscar num aeroporto cheio de fãs suas?
  - Eu estou indo. - Todos na sala me olham.
  - Eu vou sair.
  - Eu vou junto. - Diz Niall.
  - , quantas fãs mais ou menos estão cercando vocês? - Niall está no banco da frente do carro, o celular está no viva-voz, e está difícil ouvir claramente o que ela está falando.
  - Você quer mesmo que eu conte? - Ela dá uma risada nervosa.
  - Vão para o banheiro. - Digo.
  - Elas são MENINAS, Liam. - Ela grita.
  - Estamos chegando aí.
  Paro o carro. Saímos antes que alguém nos visse.
  - Liga pro Josh. - Digo.
  - Tá.
  Josh chegou uns dez minutos depois, e nos escondemos no estacionamento - sim, no estacionamento, porque as fãs não ficam muito por aqui. Eu espero. -, e fizemos ele entrar lá e roubar a atenção das fãs. Pedimos também para avisar para as meninas onde estávamos.
  Me pergunto se deu certo. Ou se nós mesmos teremos de entrar e causar MAIS confusão.
  - Liam. - Niall diz quando as meninas correm em nossa direção. - Você vai ajudá-las ou vai ficar olhando pro nada feito um idiota?
  - Precisamos ir. - digo.
  - Você descobriu isso sozinho? - Diz Niall.
  Não tivemos nenhum abraço. Nenhum beijo. Tudo porque Niall estava com uma pressa estranha para chegar em casa. Ele insistiu para dirigir, porque segundo ele, dirijo devagar demais.
  - Oi. Pra vocês também. - Diz .
  - Como vocês vieram ? - Niall pergunta.
  - De avião, ué. - responde e explica : - Minha mãe, um presente de aniversário.
  - não ficou bem. - Diz . Ela não falou nenhuma palavra. Até ontem. Eu estava realmente com medo. Ela não comia direito, fazia as minhas atividades, junto com as dela. Ela parecia um morta viva. Que a qualquer momento poderia ficar sem a parte do "viva"
  - Mas agora, estou sem a parte do "morta". - Diz .
  - Tão ruim quanto eu. - Comento.
  - Duvido muito que ela virou uma sonâmbula bêbada. - Niall ri. - Que falava sobre a injustiça da vida: o que ela dá, pode ser tirado de você facilmente.
  - A vida não é confiável. - Digo junto com . - Foi sorte.
  - estava pior. - Diz . - Ela tinha que se fazer de forte, e esperava loucamente qualquer ligação ou torpedo do Niall. Ela mal dormia.
  - Niall não comia muito. Eu achava que era impossível. - Digo.
  - Chegamos. - Niall diz mal humorado. Ainda com pressa.
   e abraçam e a ponto de eu só conseguir ver cabelo. Niall puxa . Essa era a pressa dele.
  - Coloca uma plaquinha de "ocupado" na porta do quarto! - Eu digo quando eles sobem as escadas. As malas de estão no canto da sala. E Louis ajuda a subir com as dela. Acho que estou entorpecido.
  - Liam, você ainda é um sonâmbulo? - Ela pergunta, espiando do parapeito.
  - Acho que não.
  - Idiota, dá pra você vir aqui?
  Eu subo as escadas. Ela me beija.
  - Eu... - Começo.
  - Shiiu. - Ela encosta o dedo indicador nos meus lábios. Seus olhos me estudam, como se eu fosse completamente desconhecido.
  - Não façam muito barulho! - Grita Zayn.

  Niall' s POV.
  - Já é noite ? - pergunta. Estamos deitados na minha - ou nossa - cama, curtindo a presença um do outro, desde quando ela chegou.
  - É, acho que sim. - Digo olhando pela janela.
  - Você é um irlandês gostoso. - Ela sorri. Não esperem que eu conte o que aconteceu. Eu não sou o Harry.
  - Você é uma brasileira gostosa. - Sorrio de volta. Esqueci como é fácil ser feliz quando estou com ela.-Eu te amo.
  - Mais que comida? - Ela pergunta.
  - Não viveria sem as duas.
  - Você viveu. Sem uma de nós.
  - Não estava vivendo. - Digo. - Eu era um robô. Aquilo foi a fase mais difícil que eu já passei, .
  - Eu te amo. - Ela me abraça. - Tanto quanto comida.
  - Nós precisamos ir. - Digo, assim que Zayn me manda um mensagem de texto.
  - Tá. - Ela levanta. - Opa. Eu esqueci minha mala lá em baixo.
  - Eu vou lá buscar.- Digo sem jeito.
  - Se veste, Niall. Por favor.
  - Hã... Tá. - Digo, abrindo e fechando a porta rapidamente.
  Zayn, , Harry e estão na sala. - Louis deve estar com a Eleanor. - E riem ao me ver pegando as malas de .
  - A pressa é inimiga da perfeição. - Diz Zayn.
  - Pelo menos eles terminaram primeiro. - Diz Harry.
  - Porque eu mandei a mensagem. - Diz Zayn. - Não podemos explicar aqui. Vamos para o apartamento do Liam.
  - Tá! - Grito assim que termino de subir as escadas.
  - Obrigada! - grita. Sua voz vem do banheiro.
  - Posso tomar banho também? - Pergunto.
  - Claro! Assim que eu terminar. - Ela grita. Ouça o barulho das chaves. Ela trancou a porta.
  - Acho que nós vamos nos ocupar demais. - Diz ela. - Aposto que o apartamento do Liam tá uma zona.
  - Ele é a mulher da casa, porque adora bagunçar. Porém, odeia quando suas coisas estão bagunçadas. - Digo.
  Ela sai do banheiro por um momento e pega alguma roupa. Depois de um tempo ela sai, com o cabelo molhado, e aquela roupa, ficou simplesmente perfeitamente bem nela.
  - Terra chamando Niall. – Diz dela.

Capítulo XIII

  's POV.
  - Eu senti sua falta. - Diz Liam. Há um silêncio estranho na casa, acho que todos saíram.
  - Tanto que virou sonâmbulo. - Eu murmuro. - Eu também senti sua falta.
  - Tanto que virou uma zumbi. - Ele retruca, levantando as sobrancelhas. - Eu acho melhor você se arrumar. - Diz ele, vendo alguma coisa no celular.
  - Ah não. - Coloco um travesseiro no rosto.
  - Hã, , você pode devolver minha camisa ? - Ela pergunta. Sorri.
  - Não! - Grito e corro até o banheiro.
  - Sério, .
  - Arromba a porta ué.
  - O que é isso ? - Pergunta ele. - Ah, é novo ? Legal, e se eu mandasse uma mensagem pro seu irm...
  - Não! - Grito de novo, abrindo a porta. - Pega sua camisa.
  - Hey, o que é isso? - Ele tapa os olhos. - Sou um rapaz direito.
  - Nada novo pra você. Agora devolve meu celular.
  - Onw, ela tá nervosa. - Ele imita voz de gay.
  - Eu vou tomar banho. - Digo, entrando no banheiro.
  Olho para a bancada. Meus shampoos ainda estão aqui, junto com alguns produtos para espinhas. Mas meus shampoos estão vazios. E eu os deixei cheios.
  - Liam? - Chamo. - Você usou meus produtos de cabelo?
  - Aham, usei sim. - Ele ainda imita a voz de um gay. - Amiga, olha o brilho do meu cabelo!
  - Não brilha tanto quanto o meu.
  - Amor, eu humilho você no brilho.
  Eu ri. Não por ele estar fazendo papel de idiota, mas porque eu acabei de gravar isso. Levanto o celular. Ele corre mas não o suficientemente rápido para conseguir fechar antes de eu trancar a porta.
  - Vou usar o seu shampoo, amorzinho. - Digo entre risadas.
  - , sabe o pessoal que luta pra preservar a água ? - Ele diz, batendo na porta. - Eles odeiam você.
  - Okay. Nós vamos sair? - Pergunto. - Pra onde vamos?
  - Sim, nós vamos até meu apartamento. Quero te mostrar uma coisa nele.
  - E o que eu devo vestir?
  - Uma roupa né, lerda?!
  - Eu sei idiota. Que tipo de roupa?
  - Ah eu não sei. Se vista como quiser.
  - Então, vou de roupa de banho.
  - A escolha é sua.
  - Também te amo.
  - Não tanto quanto eu.
  Me olho no espelho. Meu cabelo já está secando, então eu tenho que pensar rápido. Tiro todas as roupas da minha mala, até ficar com roupa e cabelos perfeitos.
  - O que você acha? -Pergunto quando Liam saiu do banheiro.
  - Acho que eu vou mudar minha roupa de novo. - Diz ele. - Pela primeira vez na sua vida você tá bonita, .
  - Idiota. Tá com inveja porque eu brilho mais que você.
  - Você brilha tanto que vomita purpurina. - Diz ele. - Pena que é só minha.
  - Seu brilho ofusca minha visão, Payne. - Digo, sorrindo. - Pena que você é só meu.
  - Vamos? - Ele sorri.
  - Vamos!
  O carro não faz muito barulho, e as ruas de Londres ainda são frias.
  - Vocês chamam isso de verão? - Pergunto, e ele ri.
  - O Brasil é quente demais. Aqui é normal.
  - Aqui é frio. - Digo.
  Seguimos fazendo piadas sobre o clima e outras coisas idiotas. Há alguns carros na frente do edifício. Subimos as escadas, ele procura a chave. O chaveiro é do Batman. A cara dele.
  - Então... - Ele liga as luzes.- Feliz aniversário atrasado!
  Todos gritam "surpresa" e saem de seus esconderijos. , e estão perfeitas! estava colocando música, tentava deixar todo mundo em fila para me abraçar e ... Bom, estava comendo, como sempre.
  - Nós convidamos uns amigos. - Explica Harry. Ah é, realmente, de umas 40 pessoas aqui, só conheço umas 15, e só tenho contato com 10.
  - , esse aqui é o Josh. - Diz Liam, que falada um garoto bonito, não muito alto, bochechas rosadas e dentes perfeitos. - Ele distraiu as fãs para vocês saírem.
  - E que distração. - Sussurro baixinho.
  - O quê? -Josh pergunta.
  - Obrigada. - Sorrio.
  - , , . – me puxa. - Seus presentes!
  - Ah, é claro. - Digo.
  - Esse é do Louis. - Ela diz, me dando o maior dos presentes na pilha que há no canto da sala. Eu abro.
  - Eu olhei, um dia desses. - Explica ele.- E lembrei de você.
  É uma boneca de pano ENORME que segura um coração.
  - Na verdade, fui eu que olhei. - Diz Eleounor.
  - Mas eu que lembrei de você. - Louis retruca.
  - Obrigada. - Digo. - Ela é tão grande quanto sua bunda.
  - Nem tanto.
  - Esse aqui é do Zayn. - Ela me entrega outro pacote.
  - É uma foto sua ? - Pergunto.
  - Quase isso. - Rasgo o papel. É um porta-retratos. Há várias pequenas fotos com todos. O dia que o Louis me deu um banho, o dia que eu fiquei trancada com , o dia do meu primeiro beijo com Liam.
  - Zayn isso é... - Começo. - Obrigada! Eu amei.
  - Esse aqui é do Niall.
  Eu ri. É um hambúrguer gigante em forma de almofada.
  - Não tem como não lembrar de você agora.
  - Esse aqui é o meu. - Diz .
  É uma câmera digital. Lembro-me de ela ter prometido no último aniversário dela. Não lembro qual foi meu presente. Mas ela adorou.
  - Vai ser ótimo pra tirar fotos lindas suas. -Sorrio. - muitas fotos.
  - Não faça eu me arrepender.
  - Esse é o de .
  É um colar. Em forma de coração, é um ímã, que, com sua outra metade forma "quase irmãs".
  - Só não somos irmãs porque nossas mães não nos aguentariam.- Digo.
  - O de .
  É uma blusa.Uma blusa enorme. Na minha tem escrito "Idi da Ota " e ela mostrou a foto da dela que é "Ota da Idi".
  - Ainda bem que você sabe que é só minha.
  - O do Liam... - começa. - Cadê o Liam?
  - Acho que achei. - Digo. Ele está com um microfone perto das caixas de som. Ele segura um violão. E está cantando Little Things.
  Minhas bochechas queimam quando todos começam a olhar para mim.
  Os meninos o acompanham. chora quando Niall olha fixamente para ela em seu solo. Eu permaneço entorpecida.
  - Acho que você é meu presente. - Digo quando a música acaba. - E eu não tenho como retribuir.
  - Oi? - Niall fala. - Eu sei que o aniversário é da e que uma pessoa normal iria fazer um discurso para ela. - Eu ri. - Mas eu não sou normal. E bom, talvez, eu não queira ser normal. Eu tenho motivos o suficiente para fazer o que muitos diriam que é loucura. ... - Ele chama. - Eu realmente não faço a mínima ideia do que eu estou fazendo, ou o que devo falar. Mas eu sei de uma coisa: Eu não vivo mais sem você. Eu não sei se mereço um final feliz. Não sei se mereço você. Porque você é a garota mais incrível que eu conheço. E eu quero viver para sempre com essa garota que deixa a própria felicidade para amenizar o sofrimento de um amigo. , quer se casar comigo?
  Os aplausos são ensurdecedores. caminha até Niall, ou melhor, corre, tropeçando por causa de sua sandália alta. Ela quase cai mais Niall a segurou.
  - Eu quero passar o resto dos meus dias com esse garoto que é apaixonante, com esse garoto que me faz me sentir segura. Passar o resto da minha vida com você é o que eu quero desde o nosso primeiro beijo. Eu te amo. Sim, eu quero me casar com você.

Capítulo XIV

  's POV
  - É... Parece que tudo voltou ao normal de novo. - Digo a Zayn, que me arrasta para o sofá no canto da sala. Sentamos.
  - Eu jurava que o Liam seria o primeiro a casar. - Ele diz. - Bom, e viva o nosso normal anormal.
  - Gosto disso. - Eu digo. Ele franze a sobrancelha. - A felicidade tá estampada no rosto de cada um. Você está feliz, Zayn?
  - Como nunca estive. - Diz ele. - Eu te amo.
  - Eu te amo. - Digo.
  As pessoas deixam o apartamento aos poucos. Depois de um tempo, só resta nós. e Niall devem estar comendo. Ou se comendo. e Liam estão assistindo TV no quarto. Dá para ouvir o som de vozes que não são deles. e Harry estão na varanda.
  Isso é uma vida perfeita. Viver com minhas amigas e o homem que eu amo. Parece um conto de fadas. Mas eu só quero ser feliz. Não quero saber o final ainda. Eu tenho seguido uma direção há algum tempo. E isso me trouxe até aqui. Então, não me arrependo de nenhuma das decisões erradas. A única coisa que eu queria era só saber como meus pais estão. Se eu pudesse mudar algo, seria o fato de ter os magoado.
  - Então, eu vivo uma fanfic.
  - E se depender de mim, vai viver em uma fanfic para sempre.
  - Hey, hey. - Diz Liam, entrando na sala e nos separando assim que começamos a nos beijar. - No meu sofá não.
   ri feito uma idiota. A idiota que ela é.
  - É só pra avisar que a gente vai voltar pra casa. - Diz Liam. - A não se sente à vontade aqui.
  - Hm, sei. Tá. - Eu digo, sarcástica. - Realmente.
  Eu tiro minha sandália. Meus pés estão doendo, ganhei um calo novo, entre os dedos do pé direito. Eu estou cansada, posso dormir a qualquer momento.
  - meu amor, ninguém é obrigado a cheirar seu chulé. - diz, tapando o nariz e fazendo uma careta.
  - Vai pra casa, . Talvez você fique melhor amanhã. Se bem que a sua loucura ainda não tem tratamento.
  - Tchau.

  's POV.
  O tempo está frio. Não está nevando, mas a cada vento que vem em minha direção eu sinto arrepios. Mas eu insisto em ficar aqui. Eu tenho Harry pra me abraçar.
  - Sabe, devíamos fazer mais isso. - Diz ele. - O frio não fica contra mim quando eu estou com você. Ele é bom.
  - Eu não sou cobertor.
  - Não significa que você não possa me aquecer.
  - Onde estão os outros? - Pergunto. Não há ninguém na sala, e vimos e Liam saírem juntos.
  - e Niall estão na cozinha. Louis e Eleanor já foram embora e e Zayn devem estar em algum dos quartos. - Ele faz uma careta.
  - E quando o Liam ficar sabendo que eles...
  - Ah, isso vai ser imperdível. Só quero ver a cara de "eu nunca mais entro nesse quarto sem imaginar vocês dois". Vai ser engraçado. - Ele imita a voz do Liam: -Vocês deveriam ser mais discretos e tentar evitar que eu soubesse.
  - Você é uma pessoa muito idiota. - Eu digo, rindo quando ele faz cara de magoado.
  Eu o beijo. É bom vê-lo feliz. Me deixa feliz. É simples: depois de um tempo, eu estava envolvida todas as ações e decisões dele. E eu não consigo me ver sem ele. Não mais. Porque eu tenho certeza do que eu sinto. Mas não tenho certeza do sentindo que minhas palavras tomam quando tento falar de sentimentos com alguém.
  - Eu te amo. - digo. As palavras parecem mais leves quando você pensa nelas antes de falar. Mas não um " eu te amo". Não é uma frase que pode ser ensaiada. Você não sabe se está certo ou errado, mas, quando é espontâneo, é verdadeiro. Como um abraço de alguém que você sente falta. Alivia. É bom. Especialmente quando somos correspondidos.

  Liam's POV
  ~~~tempo depois ~~~
  Todos estão ansiosos e agitados para o casamento. passava mais tempo com do que eu. Porque ela não dorme mais comigo, passa noites em claros planejando até o brilho no céu no esperado dia. O Sol tem que estar forte, mas nem tanto para não derreter a maquiagem.
   e estavam cuidando da parte prática. O casamento vai ser numa casa de praia, pelas conversas que eu ouvi.
  - Sabia que eu também preciso um pouquinho da ? - Pergunto, quando vejo e conversando e anotando algumas coisas, no sofá da sala. e passam o dia na rua. Niall come e dorme, também o abandonou.
  - Sabia que a precisa da minha opinião, sempre? - retruca. - Advinha quem ajudou com o vestido da festa de quinze anos dela?
  - Hã, os pais dela, provavelmente. - Respondo, e sorrio assim que ela me joga uma almofada. Jogo de volta para ela e por acidente atinge em cheio seu rosto.
  Fico sem ar de tanto rir.
  - Ah é, Payne? - Ela diz, com raiva. - Pois eu não vou dormir aqui hoje. Nem com você. Espero que a almofada caia bem.
  - Então você é uma bruxa? - Pergunto levantando uma sobrancelha.
  - Vá se foder, Liam. - Diz ela, subindo as escadas. a segue.
  - Você deveria ter o mínimo de educação- sussurro.
  Elas entram no quarto do Niall e eu continuo seguindo-as.
  - Você que entra no quarto sem pedir e a mal educada sou eu. - retruca.
  Franzo as sobrancelhas, e saio de dentro do quarto do Niall, meu drama não deu certo e só ouvi a porta bater atrás de mim.
  - Minha namorada está me trocando. - Diz Niall, irritado e triste. - Eu não acredito que é amanhã.
  - É, mas elas acreditam. - Harry aparece, vindo da varanda, junto com Zayn. - Perdemos nossas meninas para a sua.
  - Liam! - me chama. Subo as escadas correndo. Quem sabe ela não mudou de ideia. Ou só arrumou a mala de coisas que eu iria precisar entrar no quarto para pegar.
  - Essa é a sua roupa. - Ela me mostra um terno no celular.
  Eu ri.
  - Você também vai de pinguim? - Pergunto, e ela me empurra.
  - Você vai vestir isso, querendo ou não.
  - Vou vestir por você. - Eu sorri. - Eu sei que você prefere quando eu estou de outro jeito.
  - Ah é... - Ela dá um sorriso malicioso. - Quando você fica calado.
  - As briguinhas de vocês são ótimas, sabia? - pergunta, entre risadas. Quase não dá para ouvir sua voz.
  - Deve ser melhor do que você e o Niall brigando por comida. - ri. E depois me olha zangada. - Já pode ir. SAI DAQUI AGORA!
  - Foi você quem me chamou.
  Niall me puxa escada a baixo. Quase tropeço nas minhas próprias calças. Todo mundo riu, e eu subi novamente, mas desta vez indo pro meu quarto.
  Deito na minha cama, virado para frente da porta, como se aquilo fosse me fazer dormir.    entra no quarto, com um largo sorriso no rosto. Viro de costas.
  - Eu vim porque eu tenho um bebezinho manhoso, sabia? - Ela anda até o outro lado da cama e me encara. - Ele insistiu tanto e agora tá me ignorando?
  - É. - Viro novamente. - Vai lá com .
  - Tá tentando ser mais teimoso que eu? - Ela pergunta. - Você não é tão bom nisso quanto eu.
  Não respondo.
  - Eu não vou sair daqui! - Ela grita. - Tá bom, não vou dormir com você!
  Ela abre a porta do guarda-roupa. - Pensei que ainda estavam na mala, mas em algum momento ela conseguiu algum tempo, antes de ficar ocupa demais com um casamento que não é seu.
  - Não vai. - Digo, assim que ela coloca sua pequena mala com coisas que provavelmente iria precisar, no chão, fora do quarto.
  Pensei que ela iria ignorar e bater a porta com força, como se minhas palavras fossem apenas um vento fraco, mas ela volta a sorrir, e se joga em cima da cama, derrubando nós dois.
  - Eu te amo. - diz ela. - Mas sou a única que pode se revoltar.
  - Veremos. - Eu a beijo.
  - , você pode m.... - Niall entra no quarto sem bater, e se interrompe ao ver em cima de mim.
  - Ah, claro. - Diz ela, tranquilamente.
  - Desculpa, eu não bati. - Reflete ele. - Pelo menos estão vestidos.
  - Não é nada disso. - Digo, tentando parar de rir.
  - Nós só estávamos.... - Diz . - O que você precisa? 
  Desde que ela voltou, nunca tivemos um momento só nosso. Há sempre alguém interrompendo. Talvez isso acabe amanhã. No esperado casamento. Ou talvez eu tenha que sequestrar , e fazer uma lavagem cerebral. Espera, isso é um pensamento que ela teria. Ela é uma má influência para mim. Porém, eu não consigo mais me afastar. É como uma droga. Sem tratamento, e que você só fica mais afundado nisso. Mas eu gosto. Quero viver viciado nessa droga especial, só minha. O tipo de droga que só eu posso ficar viciado.

Capítulo XV

  's POV
  - Eu hã... Atrapalhei a vida da e do Liam. - Diz Niall, completamente vermelho. - Mas tá aqui ela.
  - , QUEM VAI FAZER A MAQUIAGEM? - Grito, desesperada.   Ela ri.
  - Que eu saiba, você tem uma amiga que ama essas coisas. E vou dar uma dica: O nome dela é .
  - Ah é mesmo. - Me lembro. - Desculpa. Pode voltar.
  Ela me olha com raiva. Agora sei o que o Niall quis dizer. Ela e Liam estavam... Felizes.
  - Pode voltar.
  - Vai dormir, . - diz ela. - Amanhã é um dia cheio.
  Amanhã. Essa palavra nunca me deixou tão ansiosa. Insegura? Não. Eu sabia desde o começo o que eu queria. Talvez eu esteja confusa. Mas não vou desistir. Sim, eu vou perder várias coisas da minha vida de solteira, mas não se compara ao o que eu iria perder sem ele. Eu quero ficar com ele para sempre. Porque eu tenho uma vida nova, sou uma pessoa nova.
  Niall está com uma expressão vazia, mas a felicidade nos seus olhos é clara. Eu não sabia o quanto era importante para alguém. Eu não posso desistir por isso, também. Não é justo fazer isso com ele. E eu nunca tive tanta certeza dos meus sentimentos. Eu quero me casar. Mesmo sendo odiada por algumas fãs. Mesmo que isso exponha minha vida pessoal. É o único jeito de ser feliz pra sempre. 
  - Você já tem o vestido? - Ele pergunta, me tirando dos meus devaneios.
  Eu ri.
  - Sabe a ? Pois é. Desde quando eu aceitei casar com você ela planejou tudo. Em menos de dois dias. - Eu sorri. - Vou dormir, amanhã será um longo dia.
  - Você deveria estar completamente acordada. - Diz , tentando deixar meu cabelo "normal". Vejo o cabelo caindo no chão, como se ela tivesse o cortando.
  - Quem é a zumbi agora? - ri, enquanto ajuda a trazer as maquiagens. E já fizeram isso cinco vezes. - Eu mandei os meninos ajudarem o Niall. Como eles vão precisar de menos coisa, foram para o apartamento do Liam.
  - Eu terei trabalho. Sabe, nunca tive que maquear um zumbi antes.- ri, enquanto usa meu braço para decidir qual pó ela vai usar.
  - Para quem esta acostumado a maquear um sapo, todos os dias, um zumbi não é tão diferente. Sua pele de sapo é muito mais oleosa do que a minha de zumbi.
  O telefone de toca.
  - É a Els. Ela está com os vestidos.- Foi uma boa ideia.
  Niall é mais curioso que eu às vezes. Agora eu entendo porque ele me perguntou do vestido.
   desce as escadas. Escuto a porta abrir e fechar. E há também um barulho de plástico.    A expressão de ao parar de me maquear e espiar pela porta do quarto me deixa curiosa. Talvez nem seja o vestido e ela só quer me deixar curiosa. Talvez, talvez, talvez.
  - É perfeito. - Comenta ela. Seus olhos ainda estão arregalados. E ela ainda está com pincel e pó em mãos. 
  - Eu quero ver – Digo - Quem não pode ver a noiva vestida não sou eu.
  - Você vai se ver. - Diz . - Depois que eu acabar minha obra de arte.
  - Vem, Els. - diz. Não percebi que ela estava ali o tempo todo. Acho que ela ajudou e Eleanor. Mas eu estava tão distraída, vendo a expressão de , que não percebi. 
  - Olha só! - Grita Eleanor.- Aqui está a noiva mais linda!
  - Você está escandalosa, quase igual o Louis. - Digo.
  - Quase. - Repete
  - Tan, tan, tan, tan! - Els grita tentando cantar a marcha nupcial.
  - esta fazendo um milagre. - Diz . - De zumbi a ser humano.
  - Você devia se revoltar de novo e ficar calada. - Eu disse.
  - , deixa o cabelo comigo. - Diz . - Liga para o Harry, se eles já estiverem prontos, ele já sabe onde vai ser.
  Pelo o que planejamos, vamos à praia, depois do casamento. E a lua de mel vai ser na casa de praia deles. Imagino a risada maliciosa da Zayn.
  - , não quebra muita coisa lá na casa, tá? - diz, como se tivesse ouvindo meus pensamentos. - O Liam pediu pra eu dizer isso.
  - Se fosse vocês, tenho certeza de que não iria me preocupar com isso. - Digo, e riu.
  - Vou te dar uma cadeira de rodas. - Diz Eleanor. - Talvez você não consiga sair de lá andando.
  - Terminei! - grita, virando a cadeira para frente do espelho, como fazem nesses programas de tevê.
   presta pra isso. Pelo menos. Meu cabelo esta cacheado. Com as pontas cacheadas. E me deixou de um jeito que não parece que estou maquiada.
  - De nada. - e dizem juntas.
  - Não fizeram mais que obrigação. - Digo.
   e Els foram buscar o vestido. ri quando eu olho para trás ate elas chegarem. Não que eu não já o vira, mas tenho medo de que elas tenham trocado. Sim, elas fariam isso. Tenho amigas malvadas. Mas tenho as melhores amigas do mundo.

  Niall's POV
  Não sei quantos minutos ela está atrasada. Eu deveria estar com medo de que ela tenha desistido. Mas acho mais possível EU desistir. E isso é impossível. Eu sempre tive certeza que eu queria ter minha família. Com a garota certa. No tempo certo. é a garota certa. E esperar não parece uma opção.
  Minha mãe sorri para mim. Ela não teve a oportunidade de conhecer , mas eu lhe falei dela, enquanto estávamos no apartamento do Liam, e ela me apoiava.
  Todos conversam baixo. Louis fingia chorar e enxuga seu rosto sem lágrimas. Harry lhe dá um tapa, Liam coloca a mão na testa -uma grande testa- em sinal de vergonha. E Zayn faz pose para as fotos. Todos agem como sempre, e é engraçado ver os convidados mais nervosos do que eu.
  Elas chegaram. Vejo o carro pelo vidro perto de um quadro. Ela sorri para mim. Harry corre para acompanhá-la. Só consigo vê-la. Meus olhos não conseguem se desviar.
  Harry parece a noiva. O seu sorriso ENORME é de mostrar todos seus dentes. O tempo se arrasta. Mas, finalmente ela chega até mim
  - Oi. - sussurro
  - Oi. - ela diz sorrindo. 
  É um dia perfeito. estava linda. As meninas estão de parabéns. Cuidaram de si e dela, muito ben pelo menos, de acordo com o q eu vi, quando elas ajudavam a descer.
  Foi uma escolha certa. Não conseguiria ter um futuro sem ela. Ela mudou minha vida. E depois de um tempo, virou minha vida.
  - , você aceita Niall James Horan como seu legítimo esposo?
  - Aceito
  - Niall James Horan,você aceita como sua legítima esposa? 
  - Aceito.
  - Pode beijar a noiva.

  - Sabe Niall, se ela estava apresentável. - Diz . - Agradeça a nós. 
  Tivemos q ir embora no carro do Harry, porque comporta todo mundo. foi na frente por causa do vestido. E Harry ainda sorria.
  - Vocês viram como eu estava lindo? - Ele pergunta, olhando algum tempo para o retrovisor e depois fixando os olhos na rua. 
  - Só vi , desculpa. - Diz . - Eu tive muito trabalho para deixar ela menos feia
   se vira e faz uma careta.
  - Nem adianta tentar, nós fizemos um milagre. -Diz
  - Não foi um milagre só para ela - Diz Liam. -Você também está... Beijável,
  - Ninguém te chamou na conversa. - retruca 
  - Ninguém tava falando com você, mas mesmo assim você se meteu.
  - Vocês vão brigar logo agora?
  - Zumbis antigamente não falavam. -Liam diz
  - Sonâmbulos ficavam calados.- levanta as sobrancelhas. 
  - Tá bom, parem.- Digo.
  - Niall, ajuda a a descer- Diz Harry.
    A festa vai ser na nossa casa, e dali a 15 minutos os convidados irão chegar. Vou ter que cumprimentar pessoas que eu realmente não convidaria. Mas não perguntaram isso a mim e sim a Harry. E uma boa festa para ele com TODOS seus amigos. 
  - Nossa. - Diz
  - Muita gente.- Diz Liam. - Muitas delas não conheço.
  - Quem tem que conhecer são os noivos, e não você. - diz.
  - Eu também não conheço. - Murmuro. 
  - Louis. - suspira.
  - Eu sei, isso tá ótimo. - Diz ele.
  - Ainda bem que eu tranquei nosso quarto. - Diz à Liam. - Sabe, já está escurecendo. Então eu vou dormir, porque não quero ver essas pessoas se comendo.
  - Eu vou com você. - Diz Liam. - Pelo menos não vamos limpar a bagunça.
  Quando entramos na casa, Liam e sumiram na multidão. Provavelmente empurrando todos, até chegar no quarto. Tem gente até nas escadas. Nossa.
  - Você deu álcool a estas pessoas? - pergunta.
  - Claro. - Diz Louis, puxando Eleanor para a sala, que estava servindo de pista. Não havia ninguém controlando nada, Louis estava conosco o tempo todo.
  - Estão gostando? - Josh aparece, fazendo um movimento estranho com as mãos, como se ele tivesse dançando aquele ritmo brasileiro, o samba, eu acho. Mas não era isso que estava tocando. 
  Então, Louis deixou a toda a responsabilidade da festa com ele. A música, bebida, até o jogo de luz. Por isso não o vi na igreja. Isso significa que ele vai se virar para limpar a bagunça. - Eu esqueci, parabéns! 
  Uma valsa começa a tocar, e os casais saem da "pista". 
  - Ah não. - resmunga. - Isso vai ser gravado. - Eu não sei dançar. 
  - Eu também não, mas, nós temos escolha? 
  Seguro sua mão, como se vê nos filmes, e ficamos basicamente rodando e dando passos para o lado.
  - Nada mal. - Diz . - Parece que estamos bêbedos.
  - Talvez. - Digo, sorrindo, e fazendo-a girar. - Parecemos apaixonados? 
  - Estamos. - Diz ela. - Acha que já tá bom?
  - Espera a música acabar. - Sussurro.- E sorria.
  - Eu quero tirar esse vestido. - ela diz, dando um sorriso forçado.
  - Já tá acabando. - Digo, quando falta alguns segundos para acabar.
  Fomos para o quarto, pegar nossas malas - já que arrumou tudo -, e tentamos nos camuflar ao descer a escadas, fingindo estarmos bêbados. As pessoas ao nosso redor não estão fingindo. A maioria está com uma garrafa de cerveja na mão, e com outra está agarrando alguém. ri feito uma idiota, provavelmente fingindo. Ou não.
  - Vocês já vão? - Diz , completamente bêbada. - Hm, safadinhos. 
  Zain ri. Ele também está bêbado. Ainda bem que não vou estar aqui pra ver o estrago de amanhã. A casa vai estar imunda, e todos de ressaca, ou, pelo menos boa parte deles.
  - Graças a Deus. - corre em nossa direção, empurrando algumas pessoas que estão na porta. Quando ela chega no jardim, onde estamos, começa a rir.
  - Você também tá bêbada? 
  - Não, Liam não deixou. - Ela diz, séria. - , sorri pra foto, você tem que ter noção, quando o efeito do álcool passar, de como está... - Ela tira o celular do bolso, e percebo que ela trocou de roupa. E é por isso que está rindo. O vestido de está arruinado, rasgado e sujo, e sua maquiagem completamente borrada.
  - Vamos.
  - Hey, espera! - Liam grita, correndo em nossa direção. 
  - O que é, Liam? – Pergunto, impaciente.
  - É que vocês são testemunhas de que eu e não bebemos. Então, não vamos limpar nada amanhã.
  - Eles não vão se lembrar.
  - Por isso estou gravando. - Ele levanta o celular.

Capítulo XVI

  's POV.
  O silêncio é confortável. - Pelo menos depois de ficar quase surda, com gritos e música alta o tempo todo. Mesmo com a porta e janelas trancadas, ainda estava sentindo o chão e as paredes tremerem. E só consegui dormir na hora que finalmente acabou. - Eu posso ouvir o ritmo da minha respiração. O silêncio me ajuda a pensar.
  Liam ainda não acordou. Provavelmente ele foi bem mas tarde, quando eu vi que ele não estava na cama, expulsar todo mundo. Tarde o suficiente pra não ser visto pelos outros, e acabar tendo que limpar tudo. Não quero ter que lidar sozinha com bêbados.
  O cutuco com o controle da tevê. Ele suspira e vira de costas pra mim.
  - Acho que eu vou dizer ao Louis que você vai limpar a casa por el... - Começo a dizer e ele me interrompe, virando e colocando a mão contra minha boca.
  - Bom dia pra você também. - Ele diz, com uma risadinha, e eu mordo sua mão. - Ai.
  - Bom dia. - Eu ri quando ele olha o estrago em sua mão com uma careta. - Vamos colocar ordem na casa.
  - Eu não vou arrumar nada.
  - Temos seis pessoas com ressaca, espalhadas pela casa. - Sorri. - Não precisamos fazer nada. - Ele sorri.
  Trocamos de roupa e descemos as escadas, tentando não fazer muito barulho,e encontramos os primeiros culpados na sala: Louis e Eleanor. Eles estão deitados no sofá maior, e Louis está quase caindo.
  Liam aperta uma das duas buzinas que achamos, fazendo com que Louis caia e puxe Eleanor.
  Louis se levanta e senta no sofá, esfregando os olhos, e resmungando alguma coisa que entendi ser "haverá morte".
  Eleanor também se senta, e encara Liam com raiva.
  - Vou achar os outros. - Digo, pegando uma buzina. - Não deixe as crianças fugirem.
  Vou até o jardim. Caminho até um lugar em que a grama não é tão grande, entre algumas árvores, e vejo com folhas mortas de macieira nos cabelos. Ela está ainda pior que ontem. Cara de bêbada. Pelo menos ontem, não dava pra ver tanto, devido à pouca luz.
  Ela se assusta com o barulho, levanta rápido e cai sentada.
  - O efeito da bebida já passou. Você deve estar só sendo idiota.
  - Cadê o Zain? - Ela pergunta, tirando algumas folhas de seu cabelo, deixando-as cair na grama.
  - Acho que ele foi mais inteligente que você e procurou um quarto pra dormir.
  Ela me encara, sem dizer uma palavra. Aceno para ela, indicando para ir pra sala.
  Procuro em outros lugares, e percebi que Liam os encontrara, ou eles foram porque ouviram barulho.
  - Estão vendo esta bagunça? - Liam pergunta, assim que eu chego junto à na sala, e logo depois responde:
  - e eu não não vamos ajudar a arrumar. Não ingerimos álcool ontem. Não fizemos bagunça. Ficamos o tempo no quarto.
  - Prova. - Diz Harry, que está com olheiras horríveis. E desconfio que algum pássaro usou seu cabelo como ninho.
  - Não estaríamos dormindo no quarto. E vocês não lembram da gente durante a festa, certo?
  - Eu não lembro de nada. - Diz Louis.
  - Eles não estavam. - Diz Zain, ao descer as escadas. - Eu não fiquei tão bêbado pra esquecer.

  's POV.
  - Já passa de meio dia. - digo assim que vejo um relógio. Acho que eu dormi tarde demais. Ou eu não dormi.
  - Eu ia dizer bom dia e dar um sorrisinho, como a gente vê nos filmes. - Diz Niall, fingindo estar decepcionado. - Mas não tenho sorte com coisas clichês.
  - Ainda bem que não. - Digo, e solto uma risada quando ele faz uma careta. - Se seguíssemos os clichês eu iria perguntar se você gostou.
  - E eu iria responder: "A noite passada foi a melhor noite da minha vida." - Ele diz. Eu o encaro incrédula, rindo com o rosto contra o travesseiro.
  - Engraçadinha.
  Pegar meu celular parece tentador. Eu quero que ou Liam filmem como foi escravizar os bêbados, para não serem eles os escravizados.
  A curiosadade faz com que eu aja automaticamente, colocando a mão no telefone, tentando fazer contato com .
  - Oi - Sorrio, quando finalmente ela responde a chamada de vídeo. Niall aparece sorrindo. Ele ainda está sem camisa. - Como está tudo aí?
  - Você quer mesmo ver? - Ela pergunta, mordendo o lábio inferior logo depois. - Vocês deviam pelo menos ter a decência de vestir-se quando estamos em uma chamada de vídeo.
  - Mostra logo, .
  Ela muda a câmera para a normal, e sai passeando pela casa, até chegar à Liam, na piscina. Mas ele não está limpando nada.
  - E este é o vagabundo.- Ela diz, mudando a câmera novamente. - As coisas estão bem por aí?
  - Perfeitas. - Niall diz, beijando minha bochecha. - Tchau .
  - Eca. - diz, e o barulho que o celular faz indica que ela desligou.
  - Sabe, eu tô com fome. - Digo. - A gente nem almoçou.

  **

  - Sério, duas semanas, já? - Niall pergunta, enquanto deixamos as malas no carro do Harry. - Que rápido.
  - É, passou rápido, amorzinho. - Diz Harry. - Por que você não se apressa também? - Niall faz uma careta, mas não fala nada.
  Harry estava falando várias coisas com o Niall, e eu decidir ficar em silêncio.
  - ...as fãs terão que aceitar que eu estou feliz assim, que eu casaria com todas, se fosse possível. Mas não é. Elas tem que entender que eu achei alguém que procurei por muito tempo. - Niall diz.
  - Elas estão incrédulas, com essa coisa de quatro namorando e um casado. - Diz Harry. - Mas Liam e eu cuidamos para que não espalhem boatos. Foi como um vídeo diário, mas sem você e com as garotas.
  "Há comentários negativos, mas a maioria é positiva. Pelo visto, deu certo, então se você quiser dizer aquelas palavrinhas mágicas..."
  - Obrigado. - Diz Niall.
  - OTA! - grita, sim, ela GRITA no meio da rua, quando o carro para. Lembro-me do primeiro dia de aula. Parece que foi a mil anos.
  - Idi. - Murmuro.
  - Credo. Tchau. Não me ama mais, é isso? 
  - NÃO! - Grito no mesmo tom de voz dela. - Sabe que eu te amo né?!
  - Sei.
  - Onde estão os outros? - Niall pergunta.
  - Almoçando. - Diz
  - Chegamos na hora certa.
  - Cuidado, Harry e . - Zayn diz. - Estão querendo roubar o lugar de vocês como casal safadeza.
  - Duas semanas de sexo? - Louis levanta a sobrancelha. 
  - Gente por favor, estou almoçando. - Liam diz.
  Eu ri. Duvido se e Harry não estavam ocupados nesse tempo. Eles aproveitaram bem. Como sempre.
  - Acho que discutir é pior que negar. - Digo. - Mas acho que dormi melhor sem o barulho de vocês dois.
  - Já chega. - Diz Liam, e sai da cozinha com seu prato e um copo de suco.
  - Vai lá, . - Diz fazendo um biquinho. - Seu bebezinho tá muito zangado.
  - Pelo menos, nós deixamos vocês dormir. - Diz . -Sabe , você deveria usar um travesseiro. 
  - Você é muito engraçadinha. 
  - Obrigada. - sorri ironicamente e sai, procurando Liam. Ninguém consegue ser pior que ela. Às vezes tem ironia até em seu olhar.
  Continuamos rindo, e depois eu repeti, junto com Niall, e fizemos o mesmo com a sobremesa. - Mousse de maracujá. - Que, felizmente, fez o favor de separar o meu e do Niall do que os outros iriam comer.
  - Já pode casar,
  - Se você casou e não sabe fritar um ovo, acho que eu dou conta.
  - Idiota.
  - Acho que eu vou dormir. - Diz .
  - Tchau. - Dizemos. Ela se levanta e sobe as escadas.

Capítulo XVII

  's POV.
  - Parece muito tempo né? - Harry diz, assim que eu fecho a porta.
  - É. Parece que fazem mil anos.
  - Você não é tão velha assim. - Ele diz, me beijando.
  - Você é. - Eu respondo. - Eu estou tentando dormir. 
  - Você ainda nem está deitada.
  - Ainda. - Digo ao me deitar na cama. - O que você quer, Styles?
  - Um pouquinho de atenção. - Ele deita do meu lado. - Talvez muita. Até parece que você não me ama mais.
  - As aparências enganam.- Digo. - Você não.
  Ele sorri. Seu sorriso é tão bonito que poderia parecer inocente. Puro. Se eu não o conhecesse tão bem. 
  - Você está estranha. 
  - Eu acho que eu sou.
  - Não desse jeito.
  - Mas eu te amo. Mesmo do meu jeito completamente estranho de demonstrar.
  - Sério? Você me ama? - Ele faz uma careta. - Prova.

   POV.
  Apenas Zain e eu ficamos na cozinha, porque hoje é nosso dia de lavar a louça. Ele me passa os pratos para eu enxugar e guarda, depois que ele lava.
  - Todo mundo poderia estar ajudando.
  - Mas você não quer ajudar quando eles estão lavando. - Coloco um prato no armário, esperando outro. 
  - É legal lavar louça com você. - Diz ele. - É ótimo fazer qualquer coisa com você.
  - Que gay. - digo. Ele ri e me passa algumas colheres. 
  - Sabe, eu não falaria isso pra qualquer uma. - Diz ele, sorrindo. - É só que eu te amo e... eu quero sentir isso sempre.
  - Isso o que? - pergunto.
  - Me sinto livre com você. - Diz ele. - Eu posso ser quem eu sou. Você não julga as pessoas, . Você as entende de uma forma que sempre vai me surpreender. Você é a melhor namorada que alguém poderia ter. E é só minha.

  Gabriel's POV.
  Faz dois meses que voltou à Londres. Meu pai finalmente entendeu o lado dela e deixou-a em paz. Então, estamos indo até lá. Não há espaço para ficar na casa dos meninos, então vamos para um hotel. Eu sinto saudades dela. Viajamos pela madrugada. Minhas malas já estão prontas e sim, eu estou ansioso.
  "Te vejo em pouco tempo". Mando à .
  Pelo o que eu sei, a única coisa que vamos fazer no hotel é dormir, porque vamos passar o dia com a .
  Assisto tevê por algumas horas, não consigo dormir. Até parece que está é a primeira vez que viajo. 

  **

  Bato na porta três vezes. Meu pai sempre faz isso, mas acho que ele não quer que ela bata a porta em sua cara. 
  - ! - Aquele loiro, o Niall, eu acho, grita quando me vê. Ele espia por cima do meu ombro e fala : - Oh-oh.
  - Niall eu estava bem aqui na sa... - diz mas se interrompe quando me vê. - Ai meu Deus.
  Ela corre em minha direção, mesmo não estando nem à um metro de distância.
  Quase caio.
  - Eu também te amo. - Digo e solto uma risada. 
  De repente, ela para e endireita o corpo, ficando com uma expressão séria.
    - Oi, . - Meu pai diz, tão tranquilo que soa irônico.
  - Oi, pai. - Responde , no mesmo tom, e abraça a mamãe. - Eu senti sua falta mãe.
  - E eu não ganho abraço? 
  Ela não responde.
  - Não vim para buscar você, . - Meu pai explica. - E eu sei que eu fui um péssimo pai, não me colocando em seu lugar, mas... acho que uma pessoa como você pode me perdoar.
  Ela o abraça, ainda hesitante. Como se ele fosse a colocar de castigo. Foi uma das únicas vezes que eu vi uma demonstração de carinho. Mesmo não sendo tão sincera.
  - Vamos entrar. - Diz .
  - Eu estava procurando você. - Diz Liam. 
  - E pena que me achou. - Ela solta uma risada e o abraça, envolvendo os braços em sua cintura.
  - Creio que não fomos apresentados, oficialmente. - Digo, apertando a mão dele. - Sou Gabriel, irmão da .
  - Bom, e eu sou o namorado. - Ele solta uma risada. - Ela falou muito de você.
  Liam conversa com meus pais enquanto eu conheço os outros.
  Elas não são as mesmas garotas. São versões... mais felizes, agora. Não param de sorrir.
  - É verdade que você casou? - Pergunto a , que balança a cabeça positivamente. - Parabéns.
  - Gabriel! - Exclama . - Oi. - Ela dá um sorriso tímido.
  - Oi. - Digo, sorrindo. - Oi, .
  A vida aqui é incrível. Era dessa família que tanto falava quando elas voltaram para lá. Todo mundo brinca e ri dos próprios defeitos, faz piadas em meio a um assunto sério. Isso é uma família feliz. Mesmo sem laços sanguíneos, uns contam com os outros. Família Direction, eu acho.

  *Anos depois*
  Pelo que eu sei, depois que voltamos para o Brasil, foi a primeira a ter filhos. As fotos que eu vi, mostram uma linda garota de olhos azuis. Uma mistura perfeita dos pais.    e casaram no mesmo dia. Tendo, cada uma respectivamente, um menino e uma menina. 
   demorou a se casar com Liam. Não por falta de amor - porque a todo momento eles provaram dar a vida um pelo outro-, e nem eu sei o motivo. Mas sei que tenho uma sobrinha, que ainda não fez um ano.
  Elas finalmente encontraram sua felicidade, ao lado de pessoas que também estavam procurando. É uma vida perfeita para pessoas imperfeitas, procurando quem as entendessem. Fico feliz por elas. Elas encontraram uma vida, e puderam viver sua verdade, ao lado de pessoas que amam. Às vezes, é só seguir a direção certa. E isso está bem longe do fim.

Fim



Comentários da autora


Eu estava pensando, enquanto escrevia estes capítulos finais, que eu não seria muita coisa sem vocês. Sério!
O que seria uma escritora sem alguma razão pra escrever?
Como prometi, vou deixar um contato: Alilith Sousa.(Pelo amor de Deus, não sintam vergonha de me chamar e falar sua opinião) Meu facebook. Eu já coloquei outra fic aqui no site, e creio que seja a única autora com esse nome.
Minhas amigas fizeram isso, elas ficam dizendo que se eu parar de escrever vou desperdiçar todo meu "talento " e que vou magoar vocês.
Chegou a hora de agradecer.
Agradeço à vocês. Como em todas as notas. Vocês são simplesmente incríveis, fazem meu trabalho valer a pena.
Obrigada, Mandyy, minha beta mais que diva, por tirar minhas dúvidas, corrigir erros, etc...
E finalmente, de novo, agradeço minhas amigas por me aguentarem triste, sem vontade de escrever, deixando-as curiosas, obrigada por serem minhas "Girls " de cada fic. Amo vocês, são minhas irmãs e palhaças. Obrigada.
Lily