Time To Love

Escrito por Maraíza Santos | Revisado por Mariana

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   olhou ao longe e viu que o restaurante designado para o encontro estava perto. Apertou o sobretudo preto em seu corpo. Era uma péssima ideia, sabia disso. Não devia ter escutado sua amiga falar sobre um encontro às cegas, não era tempo pra isso. A rua estava quase deserta, afinal, há essa hora todos deveriam estar em suas casas agradecendo a Deus por ser sexta-feira.
  Abriu a porta do restaurante e viu jovens casais se divertindo, amigos fazendo apostas e pessoas sozinhas lendo algumas coisas. De longe pode ver o homem que sua amiga falara, ele usava uma camisa azul-marinho e tinha a aparência parecida com o seu ídolo na sua adolescência. Enquanto andava em sua direção, ciente dos passos barulhentos que fazia, percebeu que talvez havia visto seu rosto em uma das premiações que seu filho costumava ver na televisão.
  — ? — Ela levantou uma sobrancelha sugestivamente.
  — Sim — Ele respondeu e sorriu — E você deve ser a , não é?
  — Aham — Suspirou aliviada por não ter se confundido e sentou-se na frente dele.
  — É um prazer conhecê-la, — Ele sorriu mais uma vez enquanto ela tirava o sobretudo revelando seu vestido vermelho.
  O estômago de revirou ao pensar o quão formal ele estava sendo, parecia estar em mais um dos encontros profissionais que tinha com seus sócios. Viu ele chamar o garçom e fizeram seus pedidos.
  — É daqui? — Ele perguntou — Quero dizer... Daqui de Londres?
  — Não, sou de Seatte — Ela respondeu — E você?
  — Sou daqui mesmo... Mais ou menos — Ela riu tirando a tensão do ar.
  Em meio da conversa percebera o quão maduro ele era, apesar da pouca idade, assim como ela, viu-se prestando atenção na forma em que seus olhos quase desapareciam quando ele sorria e quanta segurança ele passara para ela. Não se mostrou surpreso ou apreensivo pelo fato dela ser mãe desde os 15 anos e a admirava por ter conseguido terminar os estudos e cuidar da criança.
  Depois de uma boa conversa e de comerem, se viu andando em direção do carro de , o qual insistira em dar uma carona com a desculpa que estava tarde e perigoso para andar pelas ruas sozinha. segurou sua vontade de rir de quão tímido estava para segurar a sua mão, então ela o fez. Já estava caindo no charme de , ele lhe parecia uma boa companhia. Já imaginara se sairia outra vez com e onde eles poderiam ir.
  — ...a sensação de ver tanta gente cantando a minha música junto com os caras da banda é indecifrável! — Contou ele mostrando-se orgulhoso.
  — Acredito que deve ser — Disse de forma singela enquanto ele dava a partida no carro.
  Observava as ruas quase totalmente desertas e o fizera prometer que conversaria com , seu filho, dando dicas para sua carreira de músico e os “Towers” como chamavam o nome da banda.
  — Então... — Ele desviou o olhar para o volante.
  — Foi um prazer em conhecê-lo, . — Ela sorriu enquanto vestia o sobretudo.
  — Pra mim também, — Disse tímido. Prestou atenção na direção e estacionou o carro bem na frente da sua casa.
  — Vou voltar a vê-la? — Ele perguntou quando já tirava o cinto para sair do carro.
  — Você me fez uma promessa, lembra? — Ela sorriu e o abraçou.
  Ao se afastarem, selou seus lábios em um beijo que logo foi se aprofundando. Sentiu sua pele se arrepiar ao entrar em contato íntimo com as mãos de . Os braços fortes lhe envolveram enquanto enrolava seus dedos no cabelo macio de . Ainda de testas coladas, fazia carinhos em suas costas.
  — Se tem uma coisa que você deve saber — Seu hálito quente tocou-lhe o rosto —, é que eu nunca descumpro promessas.

FIM



Comentários da autora


  Fiquei boa parte da semana adiando a fanfic por não fazer ideia de como escrever até que minha professora de português nos solicitou uma crônica e pareceu que a fanfic veio toda na minha cabeça. Lembro até de ouvir meus amigos falarem “Maraiza, é uma crônica, não um livro’’ enquanto eu escrevia em meu caderno ahahahaha Enfim, créditos a minha querida professora de português, Antônia Cristina, sem ela eu não sei como começaria. Obrigada por lerem e comentem, por favor! <3