This Holiday

Escrito por Dana Rocha | Revisado por Natashia Kitamura

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Coloque a música para tocar.

  Assistia com tédio a neve cair do lado de fora da minha janela. As casas na vizinhança estavam todas enfeitadas com luzes e papais-noeis, e em praticamente todas as casas havia uma guirlanda na porta.
  Tradições de natal... Eca!
  Nunca vi graça no natal, nunca acreditei em Papai Noel. Minha casa só estava enfeitada porque minha chata mãe fez questão de vir aqui me trazer uma árvore, alguns enfeites e luzes.
  Ok, tenho que admitir que a árvore até que ficou legal. Mas aquele pisca pisca ligado o dia inteiro gasta uma energia...
  Desviei meus olhos da janela para o calendário.
  Vinte e quatro de dezembro, véspera de natal.
  Como em todos os anos, haveria uma grande festa na casa do metido do , para a qual eu não fora convidado. E eu me importava? Absolutamente não. Eu não gostava das pessoas que iriam. Nenhuma delas era ela. Nenhuma delas era .
  - Eu fui um bom menino, cadê o meu presente? - sorri triste.
  Meus irmãos sempre faziam listas de desejos e mandavam para não sei aonde quando éramos pequenos. Se eu fosse fazer uma hoje, só pediria uma coisa: .
  O Natal para mim era só mais um feriado, um símbolo do consumismo. Mas também não podia negar que havia uma magia nesse dia. Eu não acredito em Papai Noel, mas acredito que algo pode dar certo nesse feriado.
Fui até a cozinha para tomar o chocolate quente que minha mãe preparara ontem à noite antes de voltar para casa e que eu havia esquecido em cima da mesa.
  Sorte minha que existia microondas!
  Ajustei o relógio para 2 minutos e fui re-ver as cartas que eu deixei no balcão.
  Devia ser a décima vez que eu olhava aquele pequeno montinho na esperança de encontrar uma carta dela. Mas não havia nada. Só alguns cartões do pessoal do trabalho e algumas contas. Gente bem espirituosa essas que mandam conta para os outros dois dias antes do natal. Aposto que se os correios funcionassem hoje, teriam mais algumas contas em cima do balcão agora.
  Aposto que se o carteiro passasse aqui hoje, eu já o estaria esperando na porta, só pra ele me dizer que eu estava me preocupando demais.
  Ele só diz isso porque não conhece . Se ao menos a tivesse visto uma vez que fosse, saberia porque eu estava tão desesperado por uma notícia dela.
  Suspirei derrotado. Será que ela recebeu o meu cartão? Se sim, ela teria respondido, certo?
  A quem você quer enganar, ? Nem eu responderia.
  Você foi um idiota. E não merece um idiota. Ela merece o melhor, sempre.
- Oi . - disse ao atender meu telefone.
  - ? Tá em casa?
  - Sim. Eu sou um idiota, né?
  - Por quê? Ah sim, .
  - Ela não respondeu meu cartão.
  - O que você quer? Ela te pega na cama com a secretária dela, vocês ficam sem se falar por quase um ano e do nada você manda um cartão de natal pra ela, com um simples pedido de desculpas. É, você é um idiota. Mas anda! Vai na festa hoje a noite, vamos nos divertir um pouco. É natal, afinal!
  - Valeu, mas prefiro ficar em casa curtindo minha depressão.
  - Você quem sabe. Vou te esperar lá. Tchau dude.
  - Tchau.
  Desliguei o telefone e fui tomar o meu abominável chocolate quente requentado.
  Um cartão com um pedido de desculpas podia ser pouco depois do que aconteceu, mas eu realmente estava acreditando em nós nesse feriado.
  Passei o dia assistindo filmes natalinos idiotas na TV.
  Quando o relógio marcou oito horas, resolvi que era melhor ir à tal festa do que ficar em casa assistindo ?Meu papai é noel 2?. Tomei um banho e coloquei um terno simples, preto. Completei com a primeira gravata que achei. Sorri ao me dar conta de que a dita cuja era justo a gravata preferida de .
  O som da campainha no andar de baixo me pegou de surpresa. Será que o tinha resolvido ir me buscar? Esse aí estava me saindo pior do que mulher desesperada!
  - Já vai , qual é! - Gritei ao ouvir a campainha soar de novo. - Meu deus, você parece... ... ?
  Eu estava sonhando, não estava? Aquela linda mulher de corpo esguio e delicado que usava um vestido vermelho tomara que caia com detalhes em dourado, não estava realmente na minha porta. Não podia estar.
  - . - Ela suspirou. Ouvir a voz dela novamente fez com que meu corpo inteiro entrasse em estado de choque.
  - O que faz aqui? Não estava morando em Dallas com seus pais? Vai na festa na casa do ? Como você está? - Comecei a disparar perguntas aleatoriamente. Minha mente entrara em combustão e eu não conseguia pensar com clareza.
  - , cala a boca! - sorriu e se jogou nos meus braços, colando seus lábios nos meus.
  Fiquei estático por um momento, mas permiti que ela aprofundasse o beijo, assim que senti a sua língua pedindo por isso.
  Aquele foi um beijo diferente de todos os que já havíamos trocado antes. Havia calor, saudade, lágrimas, desejo, desespero e amor. Fechei os olhos para aproveitar o máximo daquele momento e envolvi seu corpo com meus braços, enquanto ela fazia o mesmo com o meu pescoço.
   me empurrou para dentro e bateu a porta com um chute.
  Ela olhou nos meus olhos e sorriu e eu fiz o mesmo antes de beijá-la novamente.
  A festa podia ficar para o ano que vem, os presentes podiam esperar. Agora que estava comigo, nada mais importava.
  Eu não acredito em papai noel, mas acredito em Nós nesse feriado.



Comentários da autora


Então, gostaram? Descobri que adoro escrever fics de natal, então, esperem por mais hahuauhua
Vão comentar, né? Pfpfpfpfp Quem tá tão ansioso qnt eu pra ver o filme de The Maine? Filme gente omg hauha lebro quando era difícil achar qlqr coisinha sobre eles, e hj tem até poser por ai \o huahua omg omg Bom, feliz natal pra vcs, espero que tenham se divertido um pouquinho lendo *-* bjs e bjs *-*