The Unforgiven Man

Escrito por Natty | Revisado por Flavinha

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  A ira era toda despejada sobre ele com movimentos bruscos e palavras de ódio, o coração dela batia descompassado dentro do peito, enquanto outros braços - que não pertenciam a ele, agarraram-na por trás e ergueram-na do chão, impedindo-a de continuar com a agressão. a segurava pelos ombros, forçando-a a permanecer onde estava.
  - Eu odeio você. - Grunhiu a garota com raiva, enquanto finas lágrimas perpassavam seu rosto.
  - Eu sinto muito. - Murmurou ele, mas não esboçou uma reação sequer, os olhos negros inexpressivos diante dela.
  - Você não sente nada, nunca sentiu. - A voz dela entrecortou-se, dolorida e fria. - Você é uma mentira.
  O outro encarava-os, aquela não era uma das brigas normais que eles tinham, não era mais uma brincadeira, era sério, muito, muito, muito sério. tocou o ombro da amiga com cautela, com medo de sua reação, mas ela apenas o olhou, com seus olhos grandes pedindo por clemência.
  - . - Chamou-a, na esperança de tirá-la dali antes que perdesse o controle de vez. - Vamos sair daqui, .
  Soltou-se dos braços do amigo, afastando-se dele lentamente, enquanto caminhava na direção oposta, na direção de . encarou-a com temor em seus olhos, enquanto ela avançava em direção ao loiro. Encarou o rosto dele, então espalmando as mãos contra o peito dele, delineando os músculos dele até passar ambas as mãos por seu pescoço e juntá-los em um abraço.
  - Eu te amo. - Falou seca, como se fosse uma visita indesejada que não podia ser expulsa de casa.
  Tocou a carta em seu bolso da calça jeans escura, puxando-a com delicadeza e então levando-a até o bolso da calça de . Este não esboçava emoção nenhuma, nem mesmo retribuiu o abraço que perdurou até então. Ela o soltou, afastando-se dele e sorrindo cinicamente. , que até então estava parado andou até o homem alto postado ao lado da garota, lançando-lhe um olhar furioso, e então arrastou ela consigo. Ainda pôde ver o momento em que retirou a carta do bolso e desatou a ler.
  Já vi pessoas matarem outras por nada, já vi pessoas mentirem e manipularem, mas nenhuma delas conseguiu ser tão cruel quanto você. Você foi além de tudo isso, você fingiu ser alguém que não era e no final magoou todos. Ódio é algo que eu sempre conheci, mas que nunca senti com tanta intensidade quanto agora.
  As pessoas dizem a verdade ao afirmar que existe uma linha tênue entre amor e ódio, pois o amor pode ser destruído pelo ódio, pelo ódio no seu coração. O que eu senti? O que eu fiz? Está na hora de virar as páginas, de seguir em frente sem olhar para trás. Andarei debaixo da tempestade enquanto os céus estão desabando, e vou simplesmente tapar os meus ouvidos e aproveitar o momento.
  Aqueles dias bonitos e agradáveis se foram para sempre. O que você fez foi imperdoável, mas não foi sua culpa. Foi minha culpa, porque fui eu que te deixei entrar, porque fui eu que deixei que você me enganasse.
  Eu não ouvi enquanto todos me diziam para ficar longe de você. Não tenho certeza se me arrependo do que eu fiz, mas sei que faria tudo diferente se tivesse a chance, começando por ter aberto as portas para você. Você é cercado por um muro, preso em seu próprio egoísmo e deseja arrastar todos para o fundo com você.
  Agora, após rever cada lembrança da nossa história em minha mente eu posso afirmar: eu fiquei feliz por ter roubado a chave da sua casa e ter-me trancado fora dela. Fora dos seus domínios, agora eu sou inalcançável. Mas você pode contentar-se com suas mentiras e fazer delas o seu lar, porque você vai ficar sozinho.
  Você é um homem imperdoável, .

Licença, eu peço perdão
Ele gosta de sua atitude, ele tenta isso por tamanho
Ele passa as tardes, entre suas coxas
Quanto é isso por gratidão, eu peço perdão

Parece durar por horas
Parece durar por dias
Essa senhorita das flores
E seu olhar hipnotizante

Licença, eu peço perdão
Ela tem olhos limpadores a vacuo
Que vão te sugando
Ela tem revistas, cheias de tortas de pêra
Licença, eu peço perdão

Parece durar por horas
Parece durar por dias
Essa senhorita das flores
E seu olhar hipnotizante

Ela enxuga suas lágrimas na blusa
Confusa e cheia de proprias duvidas
Ela roubou as chaves de minha casa
E se trancou do lado de fora

Licença, eu peço perdão
Ele gosta de sua atitude, ele tenta isso por tamanho
Ele passa as tardes, entre suas coxas
Quanto é isso por gratidão, eu peço perdão

Parece durar por horas
Parece durar por dias
Essa senhorita das flores

E seu olhar hipnotizante

Ela enxuga suas lágrimas na blusa
Confusa e cheia de proprias duvidas
Ela roubou as chaves de minha casa
E se trancou do lado de fora

Ela roubou as chaves de minha casa
E se trancou do lado de fora

Ela me desanima
Ela me desanima



Comentários da autora


Essa short era originalmente para o especial Dear Love, mas acontece que eu esqueci de mandar. Então reescrevi ela, passando-a para terceira pessoa e resolvi postá-la. É influenciada pelas música The Unforgiven II do Metallica e por Lady Of The Flowers do Placebo, que é a letra que ela manda para ele no final da carta.