The Sun Goes Down
Escrito por Julia Massotti | Revisado por Julia
The Sun.
Vou lhes contar uma coisa. Uma coisa que que eu nunca contei para ninguém, não dessa forma. Mas vamos lá, sente-se, ouça uma boa música do Jack Johnson e prepare-se para uma das histórias mais... normais que você já leu.
Muitas pessoas hoje em dia não aproveitam o dia como antigamente.
É quase um desperdício as pessoas não aproveitarem mais as suas manhãs, tardes e noites... Eu acredito que já tenha visto mais pessoas xingando as suas vidas do que agradecendo por tê-las, e isso me entristecia. Eu acredito que se eu não passasse tanto dias da minha vida apenas sentando e admirando as horas eu não seria tão feliz como eu posso dizer ser.
Eu não teria conhecido meu melhor amigo, eu não teria conhecido tantos lugares, eu não saberia a felicidade de acordar todos os dias sabendo que é um dia novo. Eu não saberia nada disso.
Respirei fundo e afundei meus dedos na grama molhada ao meu redor, jogando a minha cabeça para trás e sentindo o frio começar a aparecer.
Acho que essa era a parte que eu mais gostava nos dias, o pôr do sol.
Há tantas histórias sobre o pôr do sol que eu nem ao menos consigo decidir qual seria a minha favorita. Eu adorava todas, sem exceção. Todas pareciam ótimas para mim e eu adorava cada uma, uma mais extraordinária do que a outra...
A que haviam me contado mais recente era a do casal de amantes que só podiam ser ver ao pôr do sol; era a única maneira dos dois escaparem dos seus atuais cônjuges e serem felizes juntos por míseros minutos. Mas um dia eles não foram cuidadosos e um policial acabou por ver os dois e eles foram obrigados a ficarem em exílio em suas próprias casas. Mas um jovem mago acabou por ter pena dos dois e os transformou em sol e lua, onde eles apenas se encontrariam depois de vários anos, e seria por poucos minutos, e nos outros dias um apenas ficaria admirando o outro enquanto cada um fazia seu trabalho. E até agora, eu não conseguia parar de pensar nessa história...
Ver, todos os dias, a pessoa que você ama e não poder dar os carinhos que ela merece deve ser difícil. Eu nem consigo imaginar.
Fechei minhas mãos em punhos e puxei a grama com uma certa força do solo, ainda assim sem a arrancar. Já estava na hora e ele ainda não avia chegado, e logo o pôr do sol acabaria e nós perderíamos tudo.
- ! – ouvi alguém me chamar. Era ele. Assim que ele me achou no meio da colina ele tomou fôlego e subiu correndo. – Meu Deus! – ele arfou. – Não sabia que era tão longe!
Apenas me conti a sorrir e levantar, batendo algumas gramas secas que havia ficado pressas nos meus jeans escuros. Eu já conhecia esse garoto, e essa personalidade dele. Bobo, animado, brincalhão e acima de tudo amável.
Esse era o meu atual melhor amigo, o garoto que eu resolvi amar até o último dia da minha vida. O garoto com que eu passei anos virando a noite e comendo besteiras, enquanto eu o ouvia reclamar dos filmes que passavam na televisão a aquele horário. Ele era tão adorável e ao mesmo tempo tão irritante.
Há alguns anos nós decidimos que iriamos sair da nossa antiga cidade e vir para a capital morarmos juntos para podermos cursar a faculdade em um lugar melhor. E hoje seria o dia em que completaríamos 5 anos de namoro, e nossa! Isso era realmente muito tempo. Desde o dia em que estávamos sentados no jardim de sua casa esperando o pôr do sol e ele resolveu se declarar para mim até hoje, 5 anos depois, o meu amor não diminuiu. Ele apenas crescia, e eu sei o quanto estou presa a esse garoto e quanto sou dependente dele. Mas eu não me arrependo, eu estou simplesmente a cada dia mais feliz ao lado dele.
- É lindo, não? – perguntou ele, apontado para o crepúsculo atrás de nós. – Tinha um exatamente igual no dia em que eu te pedi em namoro... – ele relembrou, um pouco nostálgico.
- Verdade. E agora aqui estamos nós, tanto tempo depois e eu inda não consegui parar de te amar.
Um silêncio confortável instalou-se no clima enquanto víamos o sol se pôr um pouco mais a cada segundo, era maravilhoso.
- Você está pronta? – perguntou ele, eu apenas assenti. Ansiava aquele dia há muito tempo.
Ele se ajoelhou na minha frente e abriu uma caixinha de veludo vermelha, que estava dentro de seu casaco, revelando dois anéis brilhantes.
- Há exatamente 15 anos atrás, eu conheci a garota mais perfeita de todo o mundo, eu ainda lembro... Estávamos no primeiro ano do ensino fundamental, você usava duas chuquinhas presas em pompons rosas, eu lembro pensar: como aquele garota pode ser tão bonita? Cinco anos depois, eu dei o meu primeiro beijo, e foi em você, eu também lembro o quanto eu estava nervoso... E assim foi acontecendo, de cinco em cinco anos nós fazíamos algo. Cinco anos atrás te pedi em namoro, dessa vez... Algo mais sério, algo mais romântico e com um vínculo maior. Sei que já agimos assim, você me xinga e eu te irrito mas nós nos compreendemos. Mas eu quero firmar isso... , você aceita casar-se comigo?
Não há mais o que contar, apenas pense uma coisa comigo: no final daquele pôr do sol estávamos noivos, e cinco anos depois... A história continuou.
E assim é a maneira que acaba apenas mais uma história qualquer que você já tenha lido, espero que tenha gostado. Pode ser só mais uma, mas sempre que ver o pôr do sol, lembre-se dessa história e pense que cada coisa tem seu tempo, não adianta tentar adiantar, apenas espere.
Fim.
Espero que tenha gostado! Sei que ficou um pouco esquistio, mas... Bem, eu gostei. Comentem!