There're so many reasons to love you

Escrito por Let | Revisado por Bella

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  Era um lindo dia de sol com nuvens abertas, típico dos climas do verão londrino. Haviam muitas pessoas passeando pelas ruas, alegres e sorridentes, como se nada ruim acontecesse com elas; crianças correndo com algodão doce em uma das mãos, cães brincando com discos coloridos e a belíssima London Eye, sempre repleta de turistas e cidadãos dando uma volta e descobrindo uma das melhores vistas da cidade.
  Ao canto desses lugares, tinha dois bancos: - daqueles que costumamos ver nos filmes – um deles estava ocupado por um casal de velhinhos que comiam pipocas e alimentavam os pássaros e alguns pombos ao mesmo tempo... razão que fazia um casal juvenil – assentados no outro banco – se levantarem e correrem atrás dos mesmos como dois loucos.
  ─ Volte aqui, Kevin! ─ o garoto gritava desesperado, como se um deles fosse o seu “animal de estimação”. A garota, acompanhante, apenas ria da atitude do ser à sua frente, curvando-se de tanto rir. ─ Pare de rir e me ajude, !
  ─ Estou bem aqui, Boo Bear. ─ disse-lhe se esquivando para trás, ainda rindo de seu companheiro. De fato, a cena era demasiadamente engraçada: pipocas espalhadas pela grama do jardim, vários pombos voando por toda a parte e um jovem avermelhado, pelo esforço físico, que não parava de correr. ─ Está divino, querido. ─ ironizou.
  O garoto, percebendo o deboche da companheira, virou-se para marchar em sua direção, fingindo estar chateado com tal atitude e pegá-la pela cintura.
  ─ Retire o que disse agora mesmo! ─ entre risos e mais risos, a garota adquirira também o tom avermelhado, da cabeça aos pés. Não era tão branca, todavia corava-se com facilidade. E então, chacoalhava-se pela pernas na tentativa de se soltar rapidamente.
  ─ Não, não e não! ─ ainda na brincadeira, ele fechou a cara, fazendo um bico, depois da mesma mostrar a língua num ato infantil. Foi à deixa de iniciarem um beijinho de leve que não durou muito tempo, pois ela continuava rindo aos poucos. ─ Sabia que você fica tão fofo fingindo estar bravo? ─ era a vez dele de rir nasalmente, depois dela começar forçando a voz como uma criancinha, ambos caindo de costas para o gramado seco. Eles não se importavam com os olhares curiosos das pessoas ao redor, nem com o tempo lento que se passava. Poderiam estar ali até à eternidade que jamais se separariam, definitivamente. ─ Louis, eu queria te perguntar uma coisa. ─ ainda deitados, visualizando as nuvens celestiais com formatos engraçados, a garota indagou-lhe aos seus ouvidos, recebendo um “hm” como resposta para prosseguir. ─ Prometa para mim que nada, ninguém, nem mesmo a gravadora vai nos separar... independente do que aconteça? ─ ela dizia cada palavra olhando-o nos orbes quase transparentes do rapaz, temendo que algo pudesse ocorrer entre o relacionamento dos dois, cujo mesmo estava prestes a chegar no altar. Naquele momento, passava-se um filme na mente de ambos mostrando tudo o que já passaram, enfrentaram e venceram juntos, desde o início até aquele momento. E eles sabiam disso. Contudo, a garota vivia com receios de que algo ocorresse, mesmo sem fazer a menor ideia do que poderia ser.
  Esse era o maior medo dela.
  Louis, como um bom e velho cavalheiro que sempre estava presente ao lado dela, em todos os momentos possíveis, encarou-a nos olhos, respirando fundo, quase derrubando futuras lágrimas que insistiam em brotar dos seus, criou coragem e se levantou, segurando nas mãos dela e ajoelhou-se.
  ─ Por mais que eu diga que jamais deixarei algo, alguma coisa ou alguém nos atrapalhar... e sempre sentir um aperto no peito, dizendo que possa acontecer, eu prometo ─ suspirou, dando continuidade. ─ Eu prometo, pois, , eu sempre te amei e declarei que a escolhi como a parceira perfeita, mesmo sabendo da sua “quedinha” pelo Chris Hemsworth devido ao fato de ele ter interpretado o Thor; da sua fissura por Engenharia Elétrica por se inspirar no Homem de Ferro; da sua preferência por climas frios porque você se sente bem; por amar piano mesmo sem saber tocar e isso, sem dúvidas, eu também me amarro e sei tocar; por se comportar o tempo todo como uma criança que come açúcar demais e esse não é o seu caso; por desmaiar sempre quando estou por perto devido à sua queda de pressão; por gostar do Superman e fingir ser a Mulher Maravilha quando brincamos de super-heróis; por apreciar cenouras e carros antigos e tonados assim como eu e, principalmente, ser a minha baixinha-alta que adora listras como eu. Ah... demorei tanto para achar a garota perfeita, mas agora ela está aqui na minha frente, se derretendo em meio à lágrimas e me querer fazer chorar também. Por isso, eu prometo para todo o sempre, assim como acontece nos contos de fadas, tal como Peter Pan, que eu também sei que adora, ─ permitiu-se enxugar a lágrima que escorria de seu rosto, enquanto se manifestava e respirava fundo, ao mesmo tempo ─ Eu te amo, minha pequena grande .
  E depois dessa declaração gigante, eles não resistem por um beijo apaixonado.

  ...

  Ao caminho pela continuação do passeio maravilhoso que o casal de jovens traçavam, tudo às mil maravilhas: brincadeiras, corridas de um atrás do outro por causa de alguma bobeira ou até mesmo uma foto tola que o rapaz costumava tirar da garota, sendo espontânea, surpresa ou naturalmente. Contudo, a garota se achava um tanto ridícula em – quase – todas e dava uma leve bronca, fingindo estar com raiva dele.
  ─ Ah, qual é, ! ─ o rapaz se defendia, na tentativa de fazê-la sorrir. ─ Não ficaram tão horríveis assim...
  ─ Lou, você não entenderia o meu lado negativo diante disso. ─ disse-lhe a jovem, se lamentando. ─ Argh! Detesto quando você faz essa cara de cachorrinho abandonado. ─ ela referira-se à expressão tristonha do rapaz, que não aceitava tais afirmações de sua amada. ─ Sabe que eu acabo não resistindo e perco a minha pose de durona. ─ ele riu demasiadamente, ao ouvir isso. ─ Agora EU que digo: pare de rir, Louis!─ no mesmo instante o rapaz franziu o cenho, controlando o riso seriamente. Talvez fosse pelo fato de perceber que havia um carro em alta velocidade vindo atrás deles sem saber o motivo, e infelizmente não deu tempo de avisá-la ao perigo que corria, vendo-a voar em plena avenida depois de uma grande batida.
  ─ ! ─ e então, correu ao seu encontro, ligando para a emergência ao mesmo tempo, em meio ao desespero.

  ...

  ─ Senhor, é preciso que retire-se imediatamente deste local. ─ um dos médicos “expulsava” o garoto, levando a jovem na maca inconsciente para a ala de emergência. Derrotado, Louis não soube fazer mais nada, além de bufar e sair em direção à recepção do hospital, procurando por informações necessárias que acabassem com suas duvidosas curiosidades.
  Definitivamente, hospitais não eram seus lugares preferidos.
  Ofegando por andar rápido demais devido à pressa, chegou lá e bateu na mesa em que uma das recepcionistas estavam, sem cerimônias.
  ─ Preciso que me digam como àquela paciente se encontra. ─ respirou, contando até dez.
  ─ Senhor, mantenha-se calmo. ─ uma delas, enfim, se manifestou com a maior paciência possível, sentou-se com o mesmo, tentando acamá-lo da melhor forma que pudesse. ─ Deve estar se referindo à paciente , que acabara de entrar e não está em melhores condições além de... ─ o rapaz, ao ouvir tal notícia, tentou se levantar novamente, mas foi impedido pela moça ao seu lado. ─ É preciso que se acalme. Não sabemos se é uma boa hora de contar a verdade e-
  ─ POUCO ME IMPORTO COM HORÁRIOS! ─ se exaltou, não aguentando toda aquela ansiedade. ─ Preciso saber como ela está. ─ bufou, expressando-se mais calmo.
  ─ Por favor, senhor, é preciso que se acalme! ─ pela milésima vez, disse-lhe a moça. ─ Ela... ─ se interrompeu, o observando. ─ Já se acalmou? ─ o rapaz assentiu, impaciente. ─ Ao que tudo indica, ela está em coma induzido.
  Uma simples frase como esta era de matar qualquer pessoa do coração, ou, até mesmo, ser a causa de um infarto. Porém, Louis, o jovem que possuía seus vinte e um anos de vida, sentiu a dor de uma facada no peito, perdendo o chão e ganhando frustações com turbulências, que ele próprio não imaginava que poderia ter algum dia. Coisas que o fizeram levantar-se dali e sair em disparada, como um raio que parte do céu em dias de tempestade, ouvindo gritos como “Onde o Senhor está indo... ? Volte aqui!” em longa distância.

  ...

  Os sentimentos de Louis desde aquele momento eram de tristeza e rancor, além da grande amargura que tomou seu coração. A dor era tanta, mas tanta... que ele não tinha se quer mais forças e lágrimas para derrubar. Era como se ele tornasse-se um poço seco e úmido. Nem mesmo seus amigos – além de quase irmãos – da banda, Harry, Zayn, Niall e Liam, foram capazes de trazer alegria ou distraí-lo com bebidas, jogos de carta, videogames e afins ao solitário rapaz. Eram apenas ele e sua alma vazia, sem complementos que poderiam mantê-la, de tal forma, viva. E aquele tormento, que só ele entendia, continuou por vários dias.
  Algum tempo depois, ele se sentiu – de certa forma – um tanto inspirado, certificando-se de que teria uma nova partitura chegando à sua mente e... ao seu coração. Louis passava a maior parte dos seus dias naquele hospital velando o corpo inerte da amada, como se fosse a última vez que a veria. Uma pessoa em coma induzido tem – segundo a medicina – chances de morrer imediatamente, pois o paciente permanece mórbido por muito tempo e – alguns sim, outros não – possuem uma certa noção do que acontece à sua volta. Todavia foi cientificamente comprovado de que ele (ou no caso, ela) ouve o que ocorre no momento e sua reação aparece por volta dos batimentos cardíacos controlados pela máquina, acelerando ou... abaixando, aos poucos.
  E ele sabia disso.
  Em um impulso, saiu correndo do quarto à procura de um enorme bloco de folhas pautadas e uma caneta esferográfica - que fosse lá qual cor – voltando ao local que estava anteriormente, sentando-se de frente com a cama dela, como todas às outras vezes. Ora a observava, ora escrevia cada palavra que seguiria seus sentimentos mais verdadeiros possíveis. E isso incluía todos os momentos que passaram juntos, desde o dia em que se conheceram, até o presente momento trágico em que se encontrava. Não se sabe como e quando ele terminou, mas ao olhar o papel, viu que já compusera uma nova música para o próximo álbum da banda, intitulado como Midnight Memories. Viu que a escrita não tinha um título fixo e proposto para ser oficializado, logo em seguida e decidiu denominá-la por Right Now. Leu e releu a partitura até se cansar e encontrar um motivo, por colocar cada estrofe em seu devido lugar.
  E então, concluiu que era por causa dela.

  ...

  Depois de alguns dias, o jovem resolveu convocar seus amigos para uma nova reunião íntima desde o tempo do acidente. Acreditava que o tempo de solidão já havia se passado e agora era o momento de se recompor e voltar a ser o que era antes, além de tudo. A “festinha” se tratava da novidade após um período longo sem notícias boas e a alegria do rapaz ao compartilhá-la com os caras que trabalha. Quem visse, pensava que era mais uma de suas piadas.
  Quando, na verdade, não era.
  Em poucas horas, a casa estava composta das pessoas mais íntimas que o rapaz convivia: seus amigos, – quase irmãos – algumas amigas famosas – nem tão famosas assim, diga-se de passagem – e o produtor deles, ou melhor, o poderoso chefão, que estava discretamente em algum dos cantos da sala de estar.
  Após um tempo, resolveu se manifestar, batendo delicadamente no copo quase vazio de whisky que segurava naquele instante, cordialmente.
  ─ Eu tenho um novo single para gravarmos em estúdio. ─ disse, sem mais nem menos, direto ao ponto. ─ E estou louco para lançar ainda esse mês.
  Após a novidade, todos bradaram em comemoração, tilintando copos e taças, aplaudindo... até mesmo quase derrubando o anfitrião da casa/apartamento de 2 andares, que voltara a sorrir como antes.
  ─ Woohoo, é isso aí cara! ─ Harry, seu melhor amigo – e também, o mais novo do grupo – o cumprimentou com um toque que só eles sabiam. Vá entender... ─ Mas, é o que eu estou pensando? ─ o amigo se tratava da jovem, que ainda se encontrava inerte em um leito de hospital. Louis apenas assentiu, exausto de tanto sofrimento.
  Afinal, quem aguenta sofrer tanto assim? Só o amor verdadeiro mesmo.
  Harry, ao ver que deixara o amigo com a cara tristonha, se arrependeu, o chamando de canto. Zayn, Niall e Liam, - que estavam de longe, apenas os observando – resolveram os acompanharem, também.
  ─ Sinto muito pela , cara. ─ começou, todo envergonhado. Harry nunca foi bom com consolos. ─ Nós todos sabemos que ela é única na sua vida.
  ─ Se isso está acontecendo até esse presente momento ─ foi a vez de Liam falar. ─, pode ter certeza que isso não vai acabar mal. ─ e abraçou o amigo de lado, pelos ombros, mostrando toda a confiança que possuía ao pronunciar as palavras anteriores.
  ─ Fica tranquilo cara, ─ Zayn resolveu se pronunciar, já que vivia quase o tempo inteiro calado. Mas, quando se tratava de assuntos como aquele, ele tinha as cartas na manga. ─ a é especial. Ela não vai ficar assim para sempre. Basta ter fé que um dia, não muito distante, ela vai acordar e voltar para você, porque ela te ama tanto, que nem o destino pode separar vocês dois. Ela é como uma irmã para mim, você sabe disso.
  ─ Faço as palavras de Ziam, as minhas. ─ Niall, o pequeno irlandês que só ouvia atentamente seus caros amigos, caladamente, finalmente disse, referindo-se à Zayn e Liam, carinhosamente.
  Louis costumava ser o mais falante dentre os cinco, entretanto aquele momento era a tal da exceção da vida. Apenas ouvia os conselhos dos amigos atentamente, como se escrevesse cada frase na sua mente e coração. Depois daquele dia, nunca mais esqueceria dos melhores amigos que possuía, de tal forma que o encorajou a anunciar à todos para dizer que iriam amanhã mesmo gravar a música.
  E Simon, o produtor/empresário/“tio” deles, sorriu abertamente ao ouvir tais palavras.

  ...

  Passou-se um ano desde o acidente, e a banda já havia lançado o álbum, que ficou entre os #10 mais vendidos do mundo, além do iTunes, é claro. Todavia, as coisas continuavam as mesmas: ainda não havia despertado do coma no hospital, porém Louis já havia melhorado um pouco o seu estado de espírito, para – pelo menos – agradar às fãs e à família, que, naquela altura do campeonato, já sabiam de tudo, graças às hashtags no twitter, feita pelos mesmos.
  Aliás, o mundo inteiro ficou sabendo, afinal não é todo dia que acontecia uma coisa dessas.
  E, nesse momento, eles estavam na BBC’s Radio 1, anunciando a estreia do novo single, que infelizmente não haveria um clipe, mas continuava sendo um dos principais do álbum.
  ─ “Como todos sabem, estive passando pelos momentos mais difíceis de toda a minha vida. ─ Louis se prontificou, começando a dedicatória da música. ─ O acidente com a , ocorrido no ano passado, foi à causa de eu ter, de certa forma, me inspirado para escrever essa música. ─ suspirou, lembrando o quanto seu coração doía ao falar desse assunto tão delicado. ─ Essa música se chama Right Now, e espero que gostem.”
  Após seu discurso, não hesitaram em colocar a música – já devidamente gravada – para tocar.

Lights go down and the night is calling to me, yeah
I hear voices singing songs in the street and I know

  Os primeiros acordes acompanhados da voz do jovem foram ouvidos, demonstrando o sentimento árduo que restava dentro de si mesmo. Em seguida, a voz do pequeno irlandês e companheiro de banda, logo se escuta, cujo mesmo sentindo – ou pelo menos, tentando – a mesma coisa.

That we won’t be going home, for so long, for so long but I know
That I won’t be on my own, yeah I love this feeling and
Right now, I wish you were here with me, ohhhh
‘Cause, right now, everything is new to me, ohhhh
You know I can’t fight the feeling
And every night I feel it
Right now, I wish you were here with me, ohhhh

  Ao ouvirem o refrão que já exaltava os sentimentos mais desesperados e desejáveis ao mesmo tempo possíveis de Louis na voz de Zayn, todos suspiraram profundamente se colocando no lugar do jovem rapaz, que continha suas estruturas abaladas.

Late night, spaces with all of our friends, you and me, yeah
Love these faces, just like how it used to be
And we won’t be going home, for so long, for so long but I know
I won’t be on my own
On my own, I’m feeling like

  Liam e Harry entenderam o recado e mandaram ver na interpretação. Todos concordando, é claro, com os sinceros consentimentos.

Right now, I wish you were here with me, ohhh
‘Cause, right now, everything is new to me
You know I can’t fight the feeling
And every night I feel it
Right now, I wish you were here with me, ohhhh
And I could do this forever, oh oh oh oh oh oh ohhh
And let’s go crazy together, oh oh oh oh oh oh ohhhh

  O último solo de Zayn demonstra os desejos que Louis sentia sempre ao vê-la ao seu lado. Coisa que, no momento, ele não poderia mais fazer.

Lights go down and I hear you calling to me, yeah
Right now, I wish you were here with me, ohhhh
‘Cause, right now, everything is new to me
You know I can’t fight the feeling
And every night I feel it
Right now, I wish you were here with me, ohhhhh

  Após a música terminar, Louis sente o telefone vibrar no bolso da calça e rapidamente o atende, dizendo poucas palavras e saindo às pressas do estúdio da radio, deixando mais quatro rapazes com cara de interrogação.

  ...

  ─ Olha só quem deu sinais vitais! ─ o médico, denominado por Dr. Donald Blake, dizia ao ver a jovem finalmente acordando depois de tanto tempo inerte. A mesma não conseguia falar corretamente, mal piscava os olhos que continha a pior das dificuldades humanamente possíveis! ─ Bem vinda de volta, Miss ! ─ a jovem apenas assentiu, com tamanha dificuldade aparente, tentando – pelo menos – sorrir.
  ─ Doutor ─ disse uma das enfermeiras. ─, o senhor precisa de mais alguma coisa? ─ o médico não respondeu, somente levantando-se da cadeira improvisada ao lado do leito da jovem , seguindo direção à moça.
  ─ Bem, Lacey ─ dizia, a chamando pelo nome. ─, só quero que fique de olho na paciente, enquanto resolvo uns probleminhas na recepção. ─ finalizou, saindo.

  ...

  Em pleno trânsito engarrafado britânico, Louis conseguia fazer milagres com o automóvel em que dirigia. Tamanha a ansiedade e expectativa que sentia depois de tanto tempo. Como nos velhos tempos, resolveu se arriscar em manobras que nem mesmo conhecia, resolvendo o seu “imprevisto” ao chegar atrasado ao hospital.
  Durante o caminho, várias e várias lembranças o enchiam de esperanças em relação à sua amada, que ficou tanto tempo desacordada que talvez tenha perdido a memória, sabe Deus as razões. Contudo, conseguia lembrar-se de um detalhe muito importante: ela vivia dizendo que tinha uma “memória de elefante” e tampouco conseguiria esquecer-se totalmente da vida que levava em Londres. Isso foi um dos motivos que o levou a apaixonar-se por ela depois de três ou quatro “encontros”, mesmo que todos tenham sido apenas nos shows.

  ...

  ─ Cara, o que será que deu nele? ─ Niall dizia enquanto comia uma porção de batatas, recém compradas do famoso Mc Donald’s. ─ Meu Deus, como isso está bom!
  ─ Não se preocupem ─ disse Liam, responsavelmente. ─, minha intuição diz que a ligação que ele recebeu naquela hora poderia ser do hospital da . E vê se para de elogiar a comida, Niall! Que coisa! ─ o irlandês ficou cabisbaixo com a mini bronca que acabara de receber de seu melhor amigo. Coisa que o fez abraçá-lo de lado, como se pedisse desculpas.
  ─ Mas, Liam ─ indagou Harry. ─, como você pode ter tanta certeza disso?
  ─ Digamos que ─ respondia, ainda abraçado e segurando o riso. ─ passar o tempo com o Tommo me fez muito bem. ─ o pequeno leprechaun começou a rir, com as batatas ocupando sua arcaria dentária.
  ─ Ainda não entendi. ─ disse o cacheado.
  ─ Ele quis dizer que aprendeu a ser curioso com o Lou. ─ Zayn se manifestou. ─ Entendeu agora, Harold? ─ o mais novo assentiu.
  ─ Exato, querido Zayn. ─ concordou o daddy. ─ E, por isso, olhei de soslaio para a tela do celular dele e meio que decifrei o número. Então, deduzi que fosse do hospital!
  Todos aplaudiram, em sinal de brincadeira, afinal esse era o famoso Liam Payne: o esperto.
  ─ E então, ─ insistiu o garoto das esmeraldas. ─ O que faremos?
  Ninguém soube responder, até que Zayn – e suas ideias de gênio – logo lembrou-se de um pedido de , já que os dois eram melhores amigos, por assim dizer.
  ─ Eu tenho uma ideia, mas não sei se vocês irão gostar.

  ...

  ─ E então, o que acham? ─ o mesmo indagou em sinal de dúvida. Talvez fosse o medo de ter suas – belas – palavras rejeitadas pelos amigos.
  Ambos comentavam o fato de fazerem uma pequena surpresa para a jovem e o amigo, que estava indo de encontro com a jovem.
  ─ Bom ─ começou Liam. ─, por mim tudo bem. E vocês? ─ referiu-se a Niall e Harry.
  Harry pareceu pensar, – demais – causando ansiedade em todos, inclusive em Niall, que já decidira-se.
  ─ Eu topo. ─ disse o irlandês.
  ─ Harry...?
  Ninguém acreditava, mas Harry tinha essa mania às vezes. Era como se ele se decidisse entre várias respostas de uma questão numa prova de vestibular – que são complicadas, cá entre nós – e responder apenas a que lhe convém. Isso era profundamente irritante, porém todos ignoravam.
  Embora fosse Harry Styles.
  ─ Ok. ─ continuou. ─ Eu me rendo a um dia de folga realizando um pedido de amigos.
  Por fim, Zayn – por incrível que pareça – se animou.
  ─ Vamos lá, caras, temos muito o que fazer! ─ e lá se foram os caras da One Direction, mesmo que faltasse um dos membros. Ainda eram eles mesmos, sem nenhum papparazzi os importunando.

  ...

  Vamos lá, Louis pensava o tempo inteiro desde que adentrara ao hospital, enquanto esperava por informações médicas. O desespero tomou 90% dos seus batimentos cardíacos e o obrigou a sentar-se em uma das poltronas que haviam ali. Não se lembrava de ter se alimentado esses dias, todavia algumas refeições baseadas em Pizza Hut! não lhe fossem fazer mau algum. A comida era saudável e nutria 50% a mais do que ele costumava comer diariamente. Era como se fosse uma espécie de antídoto para o metabolismo estonteante do jovem: acelerado, assim como o dos outros colegas de banda. Mas isso não lhe convinha no momento. Tudo o que ele mais queria era uma notícia ótima e que tirasse toda aquela ansiedade repentina da sua mente e alma.
  Finalmente, escutara passos acelerados do médico à sua procura, fazendo levantar-se de imediato, acenando como um sinal de que estava ali.
  ─ Senhor, ─ dizia o doutor. ─ é muito bom vê-lo novamente.
  ─ Pode me chamar por Louis, por obséquio? ─ interrompeu o rapaz, ignorando os cordiais cumprimentos do médico. Coisa do seu feitio, não havia do que reclamar.
  Exceto pelo fato de que, quando era chamado de senhor, se sentia velho.
  ─ Perdoe-me a ofensa, sir Louis. ─ o jovem, controlando o riso, assentiu educadamente. ─ As notícias que tenho a lhe dizer são... razoáveis.
  Desembucha logo, seu velho!, pensou, impacientemente. Apesar de lembrar da educação maravilhosa que recebera de sua infância, graças à sua querida mãe, Johanna.
  Louis apenas lançou um olhar de “prossiga”.
  ─ Os sinais vitais de melhoraram com o tempo ─ dizia o médico. A cada palavra que o jovem escutava, era um motivo de alegria voltando à sua vida ─, a fazendo despertar. Ela se encontra em uma situação muito delicada, é preciso caute-
  O médico interrompeu a si mesmo, vendo que o rapaz não estava mais ali à sua frente.

  ...

  ─ ! ─ Louis exclamou o apelido – cujo era o único que a chamava assim – da amada ao vê-la tão... inocente, deitada daquele jeito, olhando para a janela mesmo que os olhos dela doessem até a última veia, depois de tanto tempo sem se mexer.
  Com cautela, aproximou-se do leito em que a mesma se encontrava, distraída com a luz do dia – mesmo sendo nublado, como sempre – depois de tanto tempo. Ele não aguentava mais aquela angústia que insistia em aparecer no seu coração, como um imã que gruda na porta da geladeira. Era terrível, e todos sabiam disso. A observou serenamente, tentando não chorar – como fizera em todos os seus dias pós-acidente – com as emoções voltando à flor da pele. Sentia falta de tocá-la como o único que possuía esse direito; de tê-la em seus braços após desmaios e desmaios; de cobri-la com sua jaqueta jeans preferida quando a via se arrepiar todinha nos dias de inverno; de fazê-la beber chá e depois rirem com a bagunça que faziam depois da lambança que tinham que limpar; de dormir e sonhar com ela todas as noites o apoiando em seu lado da cama... além de sentir falta das apostas que faziam durante os jogos de futebol britânico. É, ele sentia falta da sua eterna companheira e amada .
  E agora ela estava ali, mesmo que sem a melhor aparência do mundo, com os cabelos e os olhos sem o brilho intenso e aquela carne toda em excesso no corpo, para ele, ela continuava perfeita.
  Definitivamente, vou fazê-la comer mais pizza do que antes, pensou.
  Finalmente, ela – tentou virar – virou a cabeça em sua direção, com a cara mais pálida possível. Parecia que voltou das cinzas, mais magra e esbranquiçada. Se a mãe dela – que ele já conhecia pessoalmente – a visse, diria que “seus desejos finalmente foram realizados”, pois tudo o que a dona queria para a sua filha era que voltasse à suas curvas de 12 anos. Louis balançou a cabeça, afastando tais pensamentos, afinal, aquela não era a hora.
  ─ L-L-Lou? ─ com tamanha dificuldade, a jovem se pronunciou. Mesmo quase que gaguejando, Louis sorriu com isso. Era a primeira vez que ouvia a voz que ele mais desejava todos esses meses.
  ─ , como é bom poder te ouvir novamente... ─ declarou-se, sentindo as lágrimas começarem. E, simplesmente, deitou-se ao lado da mesma, com mais cuidado ainda. ─ Todo esse tempo, esperei por isso. ─ a garota, ora para poupar a voz e os esforços, ora para somente escutar a voz dele, não dizia absolutamente nada, apenas deixando-se levar pelas palavras cordiais do amado. ─ Eu queria que soubesse o quanto eu te amo, além daquele dia lá perto da London eye, sabe? ─ a garota gemeu, com extrema dificuldade, assentindo. ─ E naquele mesmo dia, eu ia fazer um pedido especial. ─ suspirou, demonstrando o quanto aparentava exausto por tanto esperar para dizer tais palavras. ─ Eu não vou te deixar curiosa, então, quando estiver melhor, eu farei.
  Mesmo sabendo que não conseguia se esforçar ao máximo, como uma pessoa normal, ela colocou uma das mãos no ombro do rapaz, provocando-o arrepios que não sentia há meses, fazendo-o adormecer logo em seguida.

  Alguns meses depois...

  ─ Vejam quem recebeu alta! ─ o médico dizia, enquanto adentrava ao quarto da paciente. ─ Pois é, , tirou a sorte grande!
  ─ É sério, doutor? ─ indagou a jovem, maravilhada e melhorada. Estava 100% recuperada e pronta para voltar para casa.
  ─ Seríssimo. ─ brincou o médico, a fazendo rir. ─ Mas, se tiver alguma recaída, lembre-se das recomendações.
  ─ Combinado. ─ a jovem bateu continência e levantou-se da cama, indo se aprontar à espera de Louis.

  ...

  ─ Ah, eu não acredito nisso! ─ mal saiu do hospital e a jovem voltava a reclamar das situações que Louis sempre arrumava para a mesma. ─ Tenho mesmo que usar isso, Lou?
  O garoto começou a rir, debochando da mesma.
  ─ Sim! ─ e riu mais ainda, arrancando o olhar 43 da amada. ─ E não adianta protestar, é para o seu próprio bem!
  Ela o observou de soslaio, como se quisesse discordar. Porém, chegou ao limite de “coisas impossíveis de se fazer.”
  ─ Argh, eu desisto! ─ pestanejou, se rendendo e colocando a máscara, finalmente.

  ...

  ─ , não saia do carro até eu mandar, ok? ─ mesmo com os olhos vendados, a garota assentiu, batendo continência. Uma mania que ela possuía com todos, em sinal de respeito e prontidão. Além de chamar todos de Ma cherrie.
  Louis deu a volta no carro, abrindo a porta para a jovem recém chegada do hospital, pegando em sua mão com delicadeza em seguida. Arrancando sorrisinhos da mesma, como se estivesse imaginando a situação: engraçada ou honrosa?
  Ninguém saberia até que eles adentrassem – e logo – à casa deles.
  ─ Pronto, já pode tirar a máscara, babe. ─ e a mesma foi logo arrancando às pressas, como se fosse uma criancinha à espera do brinquedo que ela mais queria. ─ Com cuidado, !
  ─ Calma, Ma cherrie! ─ o jovem começou a rir do biquinho que ela fazia ao tentar pronunciar em sotaque francês. ─ Não é para tanto, não acha?
  ─ Eu não acho nada, ─ disse, ríspido. ─ só quero que você faça as honras, ao abrir aquela porta, ok?
  ─ Ok. ─ e por uma última vez, bateu continência com o amado.

  ...

  ─ Louis, o que-
  ─ S-U-R-P-R-E-S-A! ─ todos que estavam reunidos ali, - inclusive Simon - gritaram em coro. A casa estava totalmente diferente do que ela se lembrava de ter visto, em uma última vez. – também – As paredes da sala estavam entre o roxo e o lilás, combinados por um quadro de um desenho que Zayn fizera no início de seu relacionamento com Louis, retratando o casal, rindo e sorrindo como dois palhaços. O desenho era de corpo inteiro, mas se encantou desde o finalizado esboço que seu melhor amigo fizera. O melhor presente de boas vindas que ela poderia ter. Pelo menos, da parte do Malik. Já que haviam dois sofás pretos que formavam um L no canto mais afastado da sala, combinados pelo carpete – maravilhoso – de cor coral – uma das preferidas de – que era enorme. Além do lustre divino que eles compraram um ano antes do acidente e que resolveram guardá-lo para a próxima casa que eles morassem. Porém, viram que seria uma perda de tempo deixar aquele local. E, do jeito que estava, ficaria assim mesmo.    não tinha palavras suficientes para agradecer a todos que fizeram isso por ela e por Louis, cujas lágrimas denunciavam a sua emoção.
  ─ Ai meu Deus, eu mal cheguei do hospital e vocês querem me matar do coração? ─ todos riram após sua fala irônica. Tamanha era a sua felicidade por ver aquela decoração tão bem feita. E a sala era apenas a abertura da verdadeira surpresa. ─ Ah, é para discursar? ─ riram novamente, ela era impossível. ─ Bem, ahm... o que que eu falo? ─ e mais um mar de risos se formou. Afinal, aquilo era um Stand Up, por acaso? ─ Ok, respira, , respira... ─ contou até dez, para achar as devidas palavras. ─ Eu... queria simplesmente agradecer por tudo que vocês fizeram, fazem e hão de fazer por mim, pelo Louis... por nós dois, primeiramente. ─ continuou. ─ Tudo o que eu pensava quando era mais jovem, lá pelos meus... 15 anos, antes de tudo isso acontecer, eu achava que era ilusão, que nunca aconteceria algo tão bom na minha vida, que eu nunca viria para Londres... enfim, que eu nunca conheceria e conviveria com vocês. Sabe, parece impossível, olhando a minha vida de longe... é como, se eu nunca existisse nesse lugar e ─ permitiu-se secar uma das lágrimas que conseguia. ─ nunca pudesse desfrutar o meu amor por vocês. Eu vivia dizendo que não poderia morrer sem antes... ok, isso eu NUNCA irei falar, entendam cada um por si. ─ arrancou mais risos de todos os presentes. ─ Nossa, como eu falo! ─ mais risos ainda, se é que era possível, foram arrancados. ─ Preciso confessar que doeu muito ter deixado a minha família de sangue para trás e ter conhecido vocês, que eram o meu sonho quase impossível, se não fossem os shows no Brasil e tal. Eu sinto a falta deles, e provavelmente minha mãe deve estar movendo montanhas à minha procura só para saber se eu estou bem, mas ok. ─ engoliu seco, ao lembrar-se da vida monótona que vivia no Brasil. ─ Eu prefiro mil vezes estar aqui com vocês do que ser chamada de gorda vinte e quatro horas por dia à um oceano de distância de vocês. ─ respirou, afinal, discursos também cansavam. ─ Enfim, só queria agradecer, sério, de coração à vocês porque... o que vocês fazem é muito grande e amado por todas nós, fãs de vocês. Obrigada por me suportarem esse tempo todo, de verdade.
  E com o discurso-carta de formatura, foi aplaudida e abraçada por cada um dos convidados presentes. Além de amigos, é claro.

  ...

  ─ Hey, , ─ Louis a chamou enquanto se preparava para o grand finale. ─ ainda não acabou. ─ a garota não aguentou e começou a rir diante de todos. Louis conseguia ser palhaço o tempo todo.
  O palhaço que ela ama.
  ─ Ok. ─ e deu um selinho no amado, que subia as escadas atrás de algo.
  Enquanto isso, a jovem procurava por Zayn, Niall, Liam e Harry, afinal, eles não a viram no hospital, por insistência de Louis, obviamente.
  Ela com certeza o mataria, brincando, é claro.
  ─ Zayn! ─ chamou o rapaz, que pegava um pouco de aperitivo de frango, o preferido dele. No mesmo instante, o mesmo largou a comida e a abraçou, a erguendo no alto.
  ─ Que saudade, pequena! ─ Zayn a chamava assim devido aos seus 1,64 de altura. E, por uma brincadeirinha que os dois inventaram de fazer, antes de Louis a namorar. ─ Acho que você ficou uma gatita. ─ a garota o repreendeu, dando um tapinha em seu braço, fechado com as tatuagens recentes.
  ─ Eu também senti sua falta, grandão! ─ foi a vez dela de apelidá-lo. ─ Por que não foi me ver no hospital? ─ indagou-lhe, fazendo aquele biquinho tristonho. Zayn sabia que aquilo era uma coisa que somente Louis entenderia, mas ele entende de outro jeito: o jeito “Hermano”.
  ─ A culpa não é das estrelas, vou logo avisando. ─ ambos riram com a piadinha interna do Malik. Ele era bom com a aparência, mas, definitivamente piadas não era o forte dele. ─ A culpa é do Louis.
   franziu o cenho. Nunca imaginara o namorado fazendo isso, mas sentia que “estava a protegendo” dos males da tristeza causada nas pessoas. E vê-la no hospital não melhoraria em nada. ─ Eu já imaginava. ─ sorriu, sapeca. ─ Afinal, eu não poderia falar com vocês, mesmo. ─ deu de ombros, arrastando o amigo para o centro da sala, onde era mais notada. ─ Estou ficando com vergonha, me ajuda!
  ─ Tá bom, ─ respondeu-lhe. ─ é só não sair de perto de mim. Vou tentar despistar as pessoas.
  Ela sorriu. Ter seu melhor amigo de volta a fazia sorrir, como uma criança que adorava pedir doce.

  ...

  ─ , voltei. ─ o rapaz a chamava, um tanto... desesperado.
  , ouvindo a voz do amado, resolveu voltar às atenções de todos. Por mais que ela chamasse a atenção, ela simplesmente detestava ser notada. Isso era algo que a incomodava, e muito.
  Contra a sua vontade, lá estava de volta, ao centro da sala, concentrando seu olhar no seu querido Boo Bear.
  ─ Eu não vejo razões para não fazer isso, porém se há alguém aqui contra o meu relacionamento com a , fale agora ou cale-se para sempre. ─ poderia ouvir um som de grilo no ar, mas ninguém se manifestou. O que fez Louis suspirar aliviado. ─ Bom, eu fico envergonhado só de pensar nessas coisas, mas é a vida e se ela te dá limões, faça uma limonada, certo? ─ Louis e suas piadas, como sempre. ─ Certo. Mas o fato de eu estar criando palavras adequadas e perfeitas, diga-se de passagem, para a ocasião, não é este. ─ pausou, para uma breve respiração. ─ A questão é que eu te amo até que o para sempre acabe em chamas todo mundo já sabe. Porém, ninguém sabe que eu quero envelhecer ao seu lado até que a morte nos separe e nem mesmo sabe que eu quero que você seja a mãe dos meus filhos, que seja a dona de um futuro Golden Retriever, que você jogue FIFA até cansar todas as noites comigo, que coma a metade do meu disco de pizza sem eu pedir e, principalmente, que seja a minha Mulher-Maravilha, porque eu tenho certeza absoluta que eu não encontrar ninguém como você, . ─ após tais palavras, o mesmo se ajoelha em frente à amada, com lágrimas nos olhos e uma linda pequena caixa de veludo vermelha em formato de coração. ─ , quer casar comigo?
  Todos ficaram boquiabertos, esperando a reação da jovem, que se derretia em mais lágrimas.
  Ainda em choque, apenas assentiu, o beijando longamente em seguida.
  ─ Viva o casal Tomlinson! ─ Niall, finalmente gritara, puxando corinho dos respectivos presentes.
  ─ Ainda bem que eu não estou maquiada, Louis. ─ e assim, todos riram, continuando a celebrar o mais novo casal de noivos da família One Direction.

Fim.



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