The Purge: Restart
Escrito por Ana Ammon | Editado por Lelen
Estava em casa com minhas amigas, nós morávamos em uma casa em Los Angeles, uma espécie de república e estávamos marcando uma noite de filmes com alguns amigos, quando eles chegaram logo se instalaram pegando pipocas e colocando o filme jogos mortais para passar. Foi na primeira hora do filme que ouvimos sirenes vindo do lado de fora da casa e a televisão ficando em uma tela azul interrompendo qualquer programação que estivesse passando, nela aparecia o brasão do governo dos EUA em branco e uma frase com alguém falando:
Isto não é um teste.
Este é o seu sistema de transmissão de emergência anunciando o início do Expurgo Anual sancionado pelo governo dos EUA.
Começando na sirene, todo e qualquer crime, incluindo assassinato, será legal por 12 horas contínuas.
O uso de armas da classe 4 e inferiores estão autorizadas durante o expurgo. Todas as outras armas são restritas.
A polícia, os bombeiros e os serviços médicos de emergência estarão indisponíveis até amanhã de manhã às 7 horas da manhã.
E, pela primeira vez desde a sua criação, ninguém recebeu imunidade especial do Expurgo.
Nenhum cidadão ou grupo será isento.
Abençoados sejam nossos Novos Pais Fundadores e a América, uma nação renascida.
Que Deus esteja com todos vocês.
Eu como não sou nativa dos EUA, fiquei parada encarando a televisão enquanto todos na casa corriam desesperados para barrar as janelas e portas com pedaços de madeira e o que mais encontrassem por lá.
- você não vai ajudar? – Carol falou apontando para a pilha de madeiras que tinha na sala
- Oi? Dá para alguém me explicar? – Falei correndo atrás de mais madeiras.
- Eu não acredito que eles voltaram a fazer isso, estava extinto desde quando meus pais eram crianças. – Thomas falou indignado olhando para os lados. – Porra de troço macabro.
- Pois é! Meu avô conta umas histórias surreais de quando ele viveu essas coisas! – Rony parou olhando ao redor e notando a quantidade de janelas ainda abertas. – Gente, acho que talvez seja mais fácil sobreviver na rua.
- Não brisa Ronald! – Carol berrou do outro lado da sala tentando abrir a porta do closet.
- Alô, alguém me explica? – Eu estava nitidamente assustada com tudo que eles estavam falando enquanto ajudava a selar todas as janelas e portas da casa.
Absolutamente ninguém me explicou nada, ouvi uma janela se quebrando no andar de cima e em seguida teve a correria dos meus amigos desesperados sem saber para onde ir, eu com instinto de sobrevivência e a neurose sobre massacres que tenho, corri para fora de casa e me escondi no galpão onde guardávamos produtos para jardim, tenho minhas dúvidas se lá foi o lugar ideal já que não havia mais rota de fuga e eu teria de ficar ali.
A tensão tomava conta de cada pedaço do meu corpo quando aquela porta foi aberta por Rony, ele quase levou um ancinho na cabeça, foi realmente por pouco, vi que ele estava ensanguentado e o puxei para onde eu estava fechando delicadamente a porta assim que ele terminou de entrar.
- Shhh – Falei tapando a boca dele. – Fica quieto que tem gente lá fora.
Ele olhou assustado para mim e só concordou com a cabeça, com as poucas coisas que haviam ali consegui fazer um curativo rápido na mão dele, aparentemente ele tentou se esquivar de alguma facada.
- Agora é seguro, não fale alto. – Falei observando pelas frestas e a porta do galpão. – Isso tudo parece um filme, puta que pariu.
- Sim, tem filmes que contam isso, mas são tachados como filmes de ficção.
- The purge?
- Sim. – Ele me olhava desesperado. – , eu não sei o que fazer, não sei nem como segurar uma arma! E você também não deve saber, nem americana é!
- Mais respeito, por favor.
- Sorry. – Ele olhava todos os cantos em desespero.
- Tá, temos que bolar um jeito de sobreviver até as sete da manhã, mesmo sem ter locais seguros. – Falei olhando o celular e automaticamente o colocando no silencioso. – Talvez...
- Talvez o que ?
- Temos que ir até o museu de arte.
- O que? Está maluca?
- Olha, eu vou, se quiser vir bem, se não fique ai e morra sozinho.
Me levantei observando pelas frestas e notei que haviam algumas pessoas fantasiadas do lado de fora rodeando a piscina, esperei pacientemente até eles saírem já que não tinha absolutamente nada para contra atacar eles. Quando não via mais ninguém abri a porta e corri até meu quarto, peguei minha bolsa e as chaves do carro e fui em direção ao meu Jeep que ficava na garagem, aproveitei alguns pedaços de ferro que haviam por ali e dei uma reforçada no carro, mesmo sabendo que ele é blindado então não precisava.
Vi o Rony bater no vidro desesperado olhando para a porta da casa, abri a porta para ele entrar, engatei a ré e acelerei. No caminho fiquei abismada com o que estava vendo, pessoas correndo atrás de outras para bater, brigar e até mesmo matar, caminhões pretos circulando nas ruas e dentro deles pessoas com metralhadoras nas mãos.
- Mas gente o que raios está acontecendo?
- O expurgo , algo que havia sido extinto mas que esse novo presidente trouxe de volta...
- E para que ele fez isso!?
- Por causa de dinheiro, esses eventos que acontecem uma vez ao ano, principalmente esse, traz muita grana para o bolso do governo.
- Hm, mas mata muita gente também.
- Sim, o governo considera isso um sucesso.
- Como é?
- Ai , é difícil explicar algo que está na nossa cultura há anos.
Fiquei em silêncio observando as coisas que estavam acontecendo na rua durante o caminho até o museu, assim que virei a esquina pude avistar o museu sendo incendiado, bufei olhando aquilo e resolvi dirigir até um hospital próximo, se realmente aquele tal evento fosse parecido com os filmes ali seria um local razoavelmente seguro. Quando estávamos a dois quarteirões do hospital vi uma barricada feita por algumas meninas, duas delas me eram bem familiares então parei o carro e desci, caminhei lentamente em direção a elas.
- O que quer aqui, brasileira?
- Só quero chegar no hospital, o Rony está machucado.
- Hm, para isso tem que dar seu carro a ela. – A ruiva apontou em direção a uma moça com uma máscara neon da estátua da liberdade.
- Nada feito, você sabe disso.
- Então não passará, querida. – A Moça com a máscara se aproximou girando um canivete. - Duvida que eu passe?
Subi novamente no carro e enfiei o pé no acelerador fazendo o motor soltar um ronco alto enquanto fuzilava as duas com o olhar, quando vi que elas não iriam sair da frente soltei o freio de mão fazendo o carro ir em direção a elas que hesitaram alguns instantes mas logo saíram da frente do carro, acertei os cavaletes que elas haviam posicionado para tentar barrar o trânsito, continuei dirigindo em direção ao hospital por ter em mente dele ser um local seguro.
Virei a esquina chegando no hospital e me deparei com uma multidão segurando tacos de beisebol com arame farpado ao redor, outros seguravam estacas de madeira e os poucos que eu achava que não tinham nada nas mãos, na realidade seguravam armas pequenas de fogo.
- O que faremos agora? – O Rony me perguntou preocupado.
- Ficaremos rodando com o carro, qualquer coisa nos escondemos em algum canto. – Suspirei apertando levemente o volante e apoiando uma das mãos na perna dele.
- Vamos ficar bem, . – Ele apoiou a mão na minha e sorriu de canto.
Acelerei o carro e dei a volta no quarteirão, um pouco antes de chegar de novo onde estavam as meninas ouvi alguém pulando no teto do carro, quando olho para frente novamente a tal garota com a máscara estava no capo do carro, eu freei bruscamente a fazendo bater com tudo no vidro.
- É agora que eu desço o cacete nessa filha da puta. – Falei puxando o freio de mão.
- Calma , deixa elas.
- Não Rony. – Eu o olhei séria. – Elas foram o inferno na minha vida no colegial, não vou deixar elas fazerem o inferno na minha vida novamente.
- Elas te infernizaram também?
- Sim, a quem mais?
- Eu, a Carol, a todos nós na realidade.
Me limitei a bufar e descer do carro, o Rony rapidamente trancou as portas quando sai, subi no capo e fiquei sentada observando as três parando em minha frente, se eu tivesse uma arma a mira seria perfeita. Revirei os olhos e as encarei até que falassem algo.
- Então, o carro...
- Nope.
- Não existe essa alternativa, querida.
- Opa, claro que existe. – Falei em português e sorri.
Elas deram risada e vieram para a minha direção, com um movimento rápido eu imobilizei a ruiva a usando de escudo humano, peguei o facão que ela estava segurando e coloquei em seu pescoço, ela começou a rir no mesmo instante enquanto as outras deram alguns passos para trás.
- Ficaram com medo, foi? – Falei dando um passo em direção as duas e forçando um pouco o facão no pescoço da ruiva que engoliu seco.
- Solta ela. – A moça com a máscara falou correndo para o meu lado e colocando o canivete em minha cintura.
- Eu se fosse você tirava a mão daí.
- Eu disse solta ela. – Senti a ponta do canivete afiada cortando minha blusa e cutucando minha pele.
- Eu te avisei, querida. – Em um movimento rápido passei o facão pelo braço dela, logo senti o sangue quente encostando em minha pele e sorri de canto. – Achou que a brasileira não tinha coragem? Achou errado, otária. – Empurrei a ruiva para frente que deu dois passos cambaleando e se virou para mim.
- Você decepou a mão dela!
- Foi muito bem afiado esse facão... – Falei analisando o facão e o fio dele. – Ou é novo ou você mandou afiar para meter banca nessa noite. – Dei um passo em direção a elas que rapidamente recuaram.
- Você é maluca! – A ruiva falou tentando amarrar um pano no que restou do braço da amiga. – Vem vamos para o hospital.
- Ah hospital? Boa sorte. – Gargalhei imaginando a cena. – Está cheio de gente ao redor, mais fácil acharem ajuda com o seu pai, afinal ele é médico, não é?
- Ele está no hospital...
- Bom, nesse caso... - Caminhei lentamente girando o facão em minha mão e parei bem próximo a elas. – Acho melhor vocês tentarem se proteger, quem sabe tomarem coragem para fazer algo de verdade. – Falei passando o facão no rosto da ruiva que me olhava assustada. – Você tem que parar de ser tão má, querida.
- Não achei que você teria coragem de fazer algo assim.
- Só por não ser nascida nesse país? – Ela concordou com a cabeça. – Bom, é nítido que achou errado, mas agora falando sério, ou vocês somem da minha frente ou as três morrem. – Me aproximei da que estava com a máscara. – Mas antes, essa máscara é minha agora.
Peguei a máscara e a coloquei, apontei com o fação a direção que elas deveriam ir e rapidamente as três saíram da minha frente, voltei para o carro jogando o facão no banco de trás e dando a partida, notei que o Rony me olhava meio assustado e sorri de canto.
- Sabe, se no Brasil existisse um dia que nem esse, não teríamos mais ninguém para contar a história. – Dei de ombros. – Eu particularmente iria primeiro atrás dos políticos, deixaria quem odeio por último.
- Não podemos atacar políticos.
- Se eles estiverem mortos, como saberão quem foi?
- Olha, você tem um ponto.
- Pois é... Enfim, quer fazer o que?
- Podemos ficar próximos de casa?
- Claro. – Disse virando a primeira esquina à direita. – Mas não sairemos do carro, ok?
- Combinado, até as sirenes de manhã não iremos sair do carro. – Ele me olhava ainda assustado.
- Rony, relaxa, não vou matar ninguém.
- , você decepou a mão dela do nada!
- Cara eu não tive escolha... – Suspirei e olhei para ele que continuava me olhando assustado. – Rony foi questão de ou eu fazia isso ou ela enfiava o canivete em mim.
Ele me olhou começando a entender o motivo mas tive que frear bruscamente quando um garoto entrou na frente do carro, olhei para o Rony que estava olhando curioso para o garoto e puxei o freio de mão, quando olhei para a direção que ele vinha notei um grupo fortemente armado vindo na direção dele, abri a janela e acenei para que ele entrasse no carro.
- Não, vocês vão me matar!
- Não vamos, entra logo se quiser viver! – Berrei para ele. – Prefere arriscar ou ser metralhado?
- Você tem um ponto válido. – Ele olhou para trás notando que o grupo estava próximo e correu para o carro. – Acelera por favor. – Ele falou fechando a porta.
- Jay o que você fez para essa galera? – Rony perguntou se virando para o moreno.
- Graças a Deus são vocês – Ele falou aliviado quando nos reconheceu. – Sabe que nem eu sei.
- Olha não precisa ter motivo, a realidade é que eles estão atrás de você. – Falei pisando no acelerador e indo em direção a casa do Rony.
- por que tem sangue nesse facão?
- O Rony te explica.
Me concentrei no caminho para não atropelar ninguém, quando entramos na rua do Rony notei uma calmaria estranha, as casas estavam lacradas em sua maioria com persianas de aço, diminui a velocidade analisando uma a uma e acabei chegando a conclusão de que aquele dia havia sido anunciado há um tempo, tempo suficiente para as pessoas comprarem sistema de segurança forte o suficiente para ninguém entrar. Neguei com a cabeça tentando afastar os pensamentos de que se as casas estavam assim era sinal de que todos sabiam daquela noite infernal.
- O que foi ? Nós passamos da minha casa... – O Rony falou assustado.
- Rony... – Freei bruscamente. – Se as casas estão lacradas, todos sabiam dessa noite. – Olhei para ele furiosa. – Por que raios não colocamos esse sistema na república?
- A Carol achou que não era real... – Ele abaixou a cabeça encarando as próprias mãos.
- foi noticiado em todos os canais, você não viu?
- Não Jay, e ninguém me avisou. – Olhei para ele que se encolheu no banco de trás. – Se tivessem me avisado estaríamos em casa seguros.
- Você tem razão em estar brava, mas não desconte em nós, a culpa é da Carol...
- NÃO PORRA, A CULPA É DE TODOS, INCLUSIVE MINHA! – Berrei esmurrando o volante. – Você não entendeu, a culpa é de todos, minha por não ter nem assistido televisão, ter me concentrado tanto nos trabalhos da faculdade que não tinha tempo para outra coisa, de vocês por não ter se dado ao trabalho de avisar. Agora estamos aqui nesse inferno sem preparação nenhuma.
- Podemos entrar na casa dos meus pais .
- Jamais, para isso precisaremos abrir o sistema, tem noção do perigo que eles vão correr? Essa rua está calma até demais, algo estranho está rolando aqui.
- Vou ter que concordar com ela Rony, está calmo demais para o dia do expurgo. – Ele analisou os cantos da rua. - Não duvido que tenham pessoas escondidas só esperando uma brecha, foi assim na minha rua.
- Bom, vou estacionar aqui e iremos esperar amanhecer. – Falei séria olhando para os dois. – Ninguém sai do carro.
- ... – Jay falou olhando para a janela do Rony.
Ouvi um barulho alto e olhei para a janela, peguei o facão, coloquei a máscara e desci do carro, a pessoa deu a volta e parou na minha frente girando o taco de basebol na mão, deu um passo em minha direção pronto para me atacar, eu recuei e comecei a analisar a pessoa, era nítido que era alguém aleatório buscando treta na noite do expurgo, respirei largando o facão e fui em direção a ele, vi de relance o Rony e o Jay olhando atentos de dentro do carro, em um movimento rápido dei um mata leão no cara, ele largou o taco no chão e com um chute empurrei o taco para longe. Fiquei segurando ele até ele desmaiar, então o arrastei até a grama do outro lado da rua e deixei ele caído, peguei o taco e o facão e corri para o carro, a sensação que corria dentro de mim era que aquela noite era uma das mais longas da história, conseguia ser pior do que véspera de viagens onde eu ficava extremamente ansiosa.
- Ele não vai mais incomodar a gente, está desmaiado na grama. – Falei fechando a porta e trancando o carro.
- Você é bem ágil. – O Jay falou olhando para o taco que eu havia colocado ao lado dele.
- Sim, e se você mexer nisso aí quem perde a mão dessa vez é você.
- Não vou mexer, só quero sair vivo dessa noite.
- Acho bom. – Bufei me ajeitando no banco. – Já são seis horas, falta quanto?
- Uma hora, a pior hora da noite...
- Pior por que?
- Você vai ver.
Aos poucos comecei a ver pessoas chegando na rua tirando suas máscaras e se aproximando das casas onde moravam, em sua maioria sendo adolescentes, essas pessoas estavam carregando vários tipos de armas, eu fiquei chocada vendo os pais abrindo as portas de segurança para os filhos entrarem alguns cobertos com tanto sangue que não dava nem para ver quem era, olhei assustada para os dois no carro e eles fizeram sinal para que eu esperasse mais afinal as sirenes indicando que a noite do expurgo terminou não haviam tocado ainda, eu respirei fundo e tentei manter o máximo de calma possível, foi quando vi uma pessoa correndo desesperada pela rua chamando atenção de todos que estavam nas calçadas, como o Rony e o James se encolheram no banco eu os segui me encolhendo o suficiente para poder enxergar ainda.
Havia visto que algumas casas não tinham tirado a proteção ainda mas não associei aquilo com o que estava por vir, quando essa pessoa correndo chegou no final da rua ouvi um caminhão acelerando e uma risada perturbadora, olhei pelo espelho retrovisor e vi um daqueles caminhões com metralhadoras entrando na rua, conforme avançava a rua o homem vestido com roupas de couro e uma máscara de palhaço atirava em todos que estavam na rua ainda, vi muitos entrando em casa e lacrando novamente a casa quando a pessoa passou gritando, mas os curiosos que ainda ficaram do lado de fora foram baleados um a um até a morte, o caminhão passou por nós sem nem olhar para o carro, continuou atirando em todos nas calçadas. Quando chegaram no final da rua e estavam prontos para fazer a volta e provavelmente garantir que ninguém havia saído vivo as sirenes começaram a tocar indicando que eram sete da manhã e que a noite do expurgo havia acabado.
Respirei aliviada vendo o caminhão indo embora e sentindo meu coração quase pulando para fora do meu peito preferi continuar na mesma posição até a última sirene, quando as sirenes pararam eu me ajeitei no banco completamente trêmula e olhei para o Jay e para o Rony que estavam completamente pálidos.
- Meu deus...
- Te avisei que a última hora era a pior.
- Não imaginava isso. - Olhei para o relógio que marcava sete e um. – Ano que vem pode estar certo que estarei bem longe dos estados unidos.
- Me leva junto? – Rony perguntou esperançoso.
- Claro, vou para o Brasil, será bem-vindo se quiser vir comigo.
- Com certeza eu vou. – Nós dois olhamos para o Jay como quem pergunta se ele quer ir.
- Posso mesmo?
- Claro.
- Então iremos os três para o Brasil, não suporto essa matança gratuita.
Deixei eles em suas casas e voltei para onde eu morava, depois daquele dia aluguei um apartamento próximo da casa do Rony e me mudei, era mais caro e mais difícil de manter o estilo de vida mas achei mais seguro, eu sinceramente não desejo a ninguém o que passei naquela noite, também não pretendo repetir a dose do que aconteceu aquele dia.