The Party Never Die
Escrito por Denise Ferreira | Revisado por Larissa Martins
CAPÍTULO 01 - O Convite
Acordo pela manhã com o meu celular tocando, então vejo se alguém mandou mensagem ou é chamada. Quando vejo, alguém estava ligando para mim e, claro, eu atendo.
- Alô? - falo com uma voz de quem tinha acabado de acordar.
- BOM DIA, FLOR DO DIA! - responde do outro lado, com alegria.
- É você, Tom?
- Acertou, gatinha! - diz ele.
- Puta que pariu! Isso são horas de ligar para alguém?!
- Você está dormindo demais! Mas é bom pra você ver o sol.
- O que você quer pra ligar nessa hora?
- Relaxa, Dê. São 11 da manhã. Não tá tão cedo... Para de fazer drama!
- Você não respondeu a minha pergunta.
- Tá bem, sua mal humorada. Te liguei pra te fazer um convite.
- E que seria esse tal convite?
- Eu e os caras estamos planejando fazer uma festa de aniversário do Max.
- Por que você não ligou para a Andreza falando disso?
- A gente queria que você fosse a nossa DJ.
- Eu?
- É. Não adianta negar, pois a Andreza falou que viu uma foto sua de DJ e mostrou pra gente.
- Vocês não acharam DJ pra festa?
- Esquecemos dessa parte...
- Ai, meu Deus! Só vocês, mesmo.
- Quebra esse galho pra gente, por favor...?
- Ah, não sei... – digo, indecisa.
- Vai, Dê...! Pela gente.
- É que faz tempo que não toco. Quer dizer, um bom tempo...
- Mas na hora você improvisa.
- Ai, Tom. Eu... Eu não sei.
- Vai... Por nós - ele fala com uma voz melosa.
- Ah, tá bom. Eu vou!
- Sabia que podia contar com você. Afinal, nós somos “irmãos- gêmeos”.
- Calma. Não é pra tanto.
- Que vai se divertir muito. E vai ser recompensada.
- Tô até com medo da recompensa.
- Você vai gostar da recompensa.
- E qual vai ser a recompensa?
- Simples: vai ser o Jay!
- Seu maluco! – digo, rindo e toda sem graça.
- Não adianta me xingar. Você sabe muito bem que você e ele nasceram um para o outro. Todo mundo notou isso.
- Chega de me constranger, Thomas!
- Ficou sem graça! – disse, rindo.
- Se continuar, não vou tocar na festa!
- Tá, parei. Então, a gente se vê mais tarde?
- Que horas, mais ou menos?
- 19 horas, tá bom?
- Esse horário?
- Não vai reclamar da hora também, Denise!
- Tenho que procurar músicas para tocar na festa, né?!
- Qualquer coisa, traz o seu celular.
- Nossa! Falando assim é fácil, né?! Ser DJ não é fácil, meu amigo!
- Vê o que pode fazer, qualquer coisa me liga, tá bom... Maninha?
- OK... Irmãozinho.
- A gente se vê mais tarde.
- Ok. Tchau.
Depois da ligação, eu volto a dormir como uma pedra, não vi mais nada quando fechei os olhos...
CAPÍTULO 02 - Barraco, Decepção e... FESTA!
Moro em Londres há mais ou menos um ano, fui à procura de oportunidade, mas o meu maior sonho é ser dançarina profissional. Moro com duas amigas: Andreza e Bruna. Andreza é a mais velha de nós três e a mais tranquila. Bruna é a mais nova, a caçula e é mais madura para a idade dela. Tem outras duas amigas: Dani e Karol. Moram na casa ao lado da nossa. A Dani é neutra e determinada, Karol é uma figura, é a mais louca de todas, sou a mais tímida, porém a mais “nerd”, enquanto elas falam de meninos, fico na minha, vendo séries, ouvindo música... Mas sou muito divertida. Segundo elas, sem mim não tem festa. Há seis meses, consegui um trabalho de promoter de uma casa noturna próxima ao centro. Nesse meio tempo, conheci o Tom, um grande amigo meu, uma simples conversa virou uma grande amizade. Nos consideramos “irmãos quase gêmeos”, pois achamos que somos muitos parecidos em algumas coisas, a diferença é que ele é meio “barraqueiro” e eu não sou. Até os seguranças conhecem ele de tanto falar dele, e deixam ele entrar de graça. Quando estamos juntos numa balada “causamos” muito, tem hora que fico imitando a voz dele, é risada na certa, ele fica um pouco irritando quando faço isso. Um dia, estava na lanchonete com as meninas, ele me aparece por um acaso. Foi legal, apresentei ele à elas, ele foi muito simpático com elas (ainda bem, senão ele ia apanhar!), e não estava sozinho, estava acompanhado com dois amigos dele, Nathan e Max. E ele nos convida a uma festa que ia ter na casa dele, topamos na hora. Só quem foi na festa foi eu, Bruna e Andreza, pois a Dani teve que trabalhar no dia e a Karol foi acompanhar ela. Foi bastante divertido, rimos muito, comecei a imitar o Tom pra todo mundo, ninguém aguentou de tanto dar risada, conheci a namorada de Tom, Kelsey, e ficamos bastante amigas, conhecemos outros dois rapazes, Siva e Jay. Desde então, ficamos muito amigos e nessa festa formaram dois casais: Andreza e Max, Bruna e Nathan. Além de eu ser muito amiga do Tom, fiquei muito amiga do Max. Ele tem pinta de bad boy, mas é uma besta ambulante. Adoro ele demais, fiquei feliz dele estar com a Andreza, pois achei um casal perfeito à primeira vista. Quando juntam nós três (eu, Max e Tom) é só bagunça. Têm horas que pareço um “menino” perto deles, têm horas que as meninas têm vergonha de mim. Na minha opinião, Siva é o mais tranquilo, porém, tem um carisma que só ele tem. Sabendo que sei dançar, ele me pede pra ensinar, e ensino com maior prazer, e até engraçado ver ele dançando. Nathan é neutro, porém, acho que ele é o mais sensato de todos, mas também quando é pra ser engraçado. Um dia, não sei o que aconteceu, esse menino ficou muito atentado, ninguém aguentava mais, acho que o Tom o induziu, mas adoro conversar com ele, batemos mais papo “cabeça”, mas de vez em quando, rola umas piadas. Eu e Jay nos demos bem de cara, pois somos meio “nerdzinhos”, com isso, falam que um nasceu pro outro. A nossa primeira conversa foi sobre... Bebida, acreditem! Depois disso, não nos desgrudamos mais, até que... Começamos a sair juntos, e começamos a “ficar”. Estávamos em começar um compromisso sério, ou seja, começarmos a namorar, deixamos pra conversar sobre isso na festa de aniversário do Max, mas será que ele vai lembrar? Do jeito que é meio... Esquecido.
Quando Tom me ligou falando que eu seria a DJ da festa, fiquei muito feliz por um lado e nervosa por outro, pois faz um bom tempo que não toco e, com isso, desaprendi tudo, mas vai ser um momento revival, pois eu tocava com o meu irmão em festas, casamentos, bailes... Sinto saudades daquela época.
Depois que ele me ligou, dormi como uma pedra, quando acordo, era mais de 15:30 da tarde. Falta menos de 4 horas do horário combinado. Me levanto e já vou direto para o computador para baixar as músicas e gravar para tocar na festa. Desde a hora que acordei, não vi sinal das meninas, eu acho que foram comprar roupas, sei lá! Após fazer isso, vou para a cozinha caçar algo para comer, depois de alguns minutos, chegam as duas dondocas, Andreza e Bruna, e quem estava junto eram Dani e a Karol. Cumprimentei as duas calorosamente e as duas foram responsáveis por algumas coisas da festa: Dani ficou responsável pelos salgados e pelo bolo, Karol ficou responsável pelas bebidas (a melhor parte), mas claro que ajudei ela nisso.
- Isso é hora de acordar, criatura?! - disse Karol.
- Trabalhei até tarde – respondi. - Depois, o chato do Tom me liga para que eu seja DJ da festa.
- O quê?! - dizem as meninas juntas.
- É isso mesmo que vocês escutaram, vou ser DJ da festa.
- Tá podendo, hein, amada?! - disse Bruna.
- Não é pra tanto – digo, envergonhada. - Aliás, faz tempo que não sou DJ de festas...
- Mas isso vai ser um momento revival, né?! - disse Andreza.
- É. E estou mega nervosa com isso.
- Não fique assim, amora. Você vai se sair bem - disse Dani.
- Tomara.
- Mas... Você já preparou os cd’s? - disse Andreza.
- Foi a primeira coisa que fiz.
- Tu tá ligeira, hein? - disse Karol.
- Amada, sou rápida no gatilho – digo, estalando os dedos.
- Dê, nós vamos pra lá para as coisas e já vamos ficar lá direto - disse a Andreza.
- Sem problemas - eu disse.
- Mas você tem certeza que vai ficar bem? - disse Bruna.
- Não se preocupe. Vou ficar bem, sei me virar.
- Que bom! - disse Andreza. - Até mais tarde.
- Até...
- Vai bonita, viu?! Não é porquê você vai ser DJ vai de qualquer jeito – disse Dani.
- Você é louca? Irei linda e bela, amada.
- É bom mesmo – disse Dani, rindo.
Então, elas pegam o que tem pra levar para a casa dos meninos (SIM! Eles moram juntos... Imagina a bagunça que é.) e saem. Fico sozinha em casa, do nada o meu celular começa a tocar, e era mensagem, estava escrito assim:
“Até mais, sra. McGuiness!”
E era da Bruna, começo a rir e respondo pra ela:
“Até mais tarde, sra. Sykes!”
Arrumo a minha cama, vou tomar um banho e vou escolher a roupa que vou à festa, essa é a pior parte. Mas decido escolher um look básico, um short jeans, uma regata da cor cinza com colete da cor preta, uma bota de cano baixo preta e uma maquiagem com nuances de roxo com delineado preto. Depois de tudo isso, eu fiquei pronta. Olho pro relógio e vejo que era 20:30 da noite. Putz! Estou mais de uma hora atrasada! Saio correndo de casa, quando fecho a porta, percebo que estava esquecendo os cd’s pra festa. Então, volto pra casa e pego os cd’s e finalmente saio, pego um táxi e vou ao meu destino. Chegando lá, já estava rolando o som. Como assim?
Então, desço do táxi e vejo duas pessoas na porta me olhando como se fosse uma celebridade, entro correndo. A festa tava fervendo e pra procurar o pessoal foi um sacrifício. Até que, por milagre, encontro a Kelsey com a Nareesha (namorada do Siva).
- Oi, meninas!
- Uau! - dizem elas.
- O que foi, meninas?
- Você tá uma gata - disse Kelsey.
- Arrasou, hein?! – disse Nareesha.
- Ah, gente! Não é pra tanto... – digo, envergonhada.
- Eu gostei - disse Kelsey.
- Ora, você não estava viajando? - eu pergunto.
- Voltei ontem para os preparativos da festa – disse ela, toda sorridente.
- Ah tá... - eu disse. - Vocês viram os meninos?
- Eles estão preocupados com você. Estavam até pensando que não viria mais – disse Nareesha.
- É que me atrasei por causa do trânsito - eu disse.
- Chamaram até outro DJ no seu lugar – disse Kelsey.
- O QUÊ?! Vou matar eles! - eu disse.
- Eles estão por aí - disse Kelsey. - Aliás, o DJ é um gato.
- Bom saber... – disse, com cara de sacana.
Eu saio à procura de um deles ou uma das meninas, até que encontro da mesa de som, a dupla dinâmica: Tom e Max. Eles estavam conversando, até que chego perto deles e tomam um maior susto, depois me cumprimentam.
- Pensei que não vinha mais - disse Max.
- Mas eu estou aqui, né?! Demorei por causa do trânsito - eu disse.
- Até te liguei, mas só chamava – disse Tom.
- Merda! Deixei o meu telefone em casa.
- Só não esquece a cabeça, pois está grudada - disse Tom.
- Engraçadinho!
- E essa roupa, hein?! - disse Max, com cara de sacana.
- Irmã minha não anda desse jeito - disse Tom.
- Vai ver se eu to na esquina, Tom!
- Aliás, se eu não tivesse namorando a Kelsey, te pegaria – disse ele, me agarrando.
- Você é muito safado! Vou contar pra Kelsey - eu digo.
- Conta não. Você tá louca?! - disse Tom.
- E vou contar para a Andreza, também.
- Você bebeu?! Conta não - disse Max e começo a rir.
- E é verdade que tem um cara no meu lugar? - eu pergunto, levando as mãos na minha cintura.
- Bem, foi idéia do Max – disse o Tom.
- Eu?! - disse Max.
- Você sabia que ela ia tocar – disse o Tom.
- Isso foi idéia sua, porque pensou que ela não ia vir mais! - disse Max. - Você não ia trabalhar hoje?
- Pedi folga pro gerente e ele deu hoje e amanhã - eu disse.
- Por isso que eu te amo! – diz Max, todo feliz.
- Não é pra tanto. E para de me abraçar, vai que a Andreza vê e pensa errado...
- É mesmo. Parei - disse Max.
- E cadê o resto do pessoal?
- As suas comparsas estão por aí – disse Tom.
- Acabei de ver a Kelsey e a Nareesha...
- Os meninos estão por aí - disse Max.
- Vocês viram o Jay?
- Não... – disse Max. - Pra falar a verdade, não vi ele o dia todo.
- Hum... Eu também não – disse Tom.
- Nossa! O que será que aconteceu? Bem, eu vou ocupar o meu posto – eu disse.
- Arrasa, irmãzinha! - disse Tom.
Antes de ocupar a mesa de som, Max apresenta o tal rapaz que estava no meu lugar, não é por nada, mas... A Kelsey tinha razão, ELE É UM GATO!!! Ele é loiro, tinha mais ou menos 1, 90 de altura, olhos azuis, corpo bem malhado... Resumindo: ele era um sonho. E o nome dele é Chris, e os dois são amigos há algum tempo, parece que eles frequentam a mesma academia. De cara, nos demos bem. Quando ele pediu pra tocar, eu fiquei meio tímida, mas fui com a cara e a coragem. Ele me mostra as aparelhagens, os CDJ’S, que por minha sorte, eram iguais as que meu irmão tinha, isso facilitou a minha vida. Então, eu tiro a música que estava tocando com o efeito que o CDJ tem, com isso, o pessoal começou a protestar. E eu pego o microfone e começo a falar:
- Boa noite, galera!
Todos começam a gritar.
- Primeiramente, quero agradecer a todos pela presença. Desculpe a demora, é que tive um contratempo. Quero agradecer o Chris por me substituir nesse tempo. Quero agradecer especialmente ao aniversariante, não é porque é meu amigo, mas obrigado por me convidar a tocar na sua festa.
- Chris, seu lindo! - gritam umas meninas em coro e ele fica todo vermelho.
- Meninas, não deixem o rapaz encabulado! – falo, brincando. - Tomara que a festa seja assim, com essa vibe positiva que está tendo até agora. Vamos começar a festa assim...
Coloco a música e todos começam a dançar.
- Essa é a minha amiga! - grita Tom.
Enquanto isso, Chris olha pra mim com ar de espantado com o que fiz.
- Como que você...
- Tocava com o meu irmão onde morava e ele tinha um par desses – respondo.
- Tá explicado.
- Aliás, tenho que aprender a mexer nisso, porque faz tempo que não vejo um desses.
- Para quem está destreinada, até que tá mandando bem.
- Ah... Obrigada – digo, sem jeito.
Quando estava no meu momento revival com os CDJ’S, aparecem Siva e Nathan para me cumprimentar, depois vieram as minhas amigas.
- Até que enfim, você veio - disse Andreza.
- Estava atrás de vocês. Onde estavam?
- Na cozinha, dando os últimos reparos - disse Karol.
- Ah tá...
- E esse visual, hein?! Arrasou, amora! – disse Dani.
- A garota tá chique! - disse Andreza.
- Desse jeito, vai ter separação! - disse Bruna.
- Vocês são do mal, hein?! - eu disse.
- Nós? Do mal? Imagina... – disse Karol.
- É verdade que o Jay sumiu? – pergunto.
- Ah, desde que chegamos não vimos ele - disse Andreza.
- O que será que aconteceu, hein?! - eu disse.
- O pior é que ninguém sabe – disse Bruna.
- A gente tá te atrapalhando, né?! - disse Karol.
- Tá nada! – respondo.
- Depois a gente conversa – disse a Dani.
Então, elas saem e continuo o que estava fazendo. A cada música que tocava, o pessoal vibrava, isso me encheu de alegria. Depois de alguns minutos, ouço gritaria bem abafada, mais tarde parece que vejo cabelos voando, pensei “mal a festa começou, já tem barraco?”, depois, acalmou tudo. Depois disso, Dani e Karol vão até onde estou, me contam que teve barraco entre Andreza e a Lucy, ex-ficante do Max. Elas me contam que essa Lucy ficou dando em cima do Max, a Andreza não gostou e mandou ela sair, pois ela não foi convidada, Lucy começou a provocar e a Andreza, furiosa, foi em cima dela, dando umas bofetadas. Max tentou apartar a briga, mas o pessoal ajudou a fazer isso.
- Eita, porra! – digo, espantada.
- Você perdeu, menina! - disse Karol.
- Mas aquela Lucy é muito cara de pau de aparecer na festa – disse Dani.
- E o Max? – pergunto.
- Tentou apartar a briga, coitado! - disse Dani.
- Ele não conhece a Andreza como conhecemos – disse Karol.
- E cadê a Bruna? – pergunto.
- Tá nos amassos com o Nathan - disse Dani.
- Ainda bem que eles não viram nada – eu disse.
- Vocês estão sabendo o que aconteceu? – disse Bruna, chegando perto da gente.
- Apareceu, margarida?! - disse Karol.
- Engraçadinha! - disse ela, sem graça.
- Estamos contando para a Dê agora - disse Dani.
- Muita cara de pau essa Lucy – disse Bruna.
- Dizem que ela veio de penetra pra festa – disse Karol.
- É queeeeeeeengaaaaaaaa! – eu disse.
As meninas não aguentam de rir.
- Ficaremos com você, tá?! – disse Bruna.
- E cadê o rango? E as bebidas? – disse, levantando os braços.
- Eu vou lá pegar e já volto – disse Dani.
- Você comeu alguma coisa, colega? – eu disse.
- Não. Só bebi água - diz o Chris.
- A minha amiga foi pegar umas coisas pra gente, tá legal? - eu falo.
- Tudo bem. Se quiser ficar com as suas amigas, eu fico aqui - disse ele.
- Valeu, Chris – eu digo.
Então fico com as meninas, depois chega a Andreza arrumando os cabelos.
- Chegou a Andreza Quebra Barraco! – disse Karol.
- Você tá bem, Drê? - eu pergunto.
- Estou. Não acredito que aquela vaca teve a cara de pau de aparecer aqui. Como queria destruir a cara dela - disse Andreza.
- Mas você deu uma lição nela - disse Bruna.
- Dei. E falei pra ela se ela aparecer aqui de novo, eu mato ela e o Max junto – disse Andreza, furiosa.
- Calma, Drê - disse Dani.
- Acho que ela não vai aparecer mais - eu disse.
- Tomara - disse Dani.
- Não é por nada, mas... Tô sentindo falta de alguém – disse Karol.
- É verdade. Ele não apareceu até agora - disse Andreza.
- Onde estará? – eu pergunto.
- Se ele sumiu o dia todo... – disse Bruna.
- Nem apareceu pra nos ajudar - disse Andreza.
- Sério?! - eu digo.
- É. Se não está aprontando alguma coisa – disse Karol.
- Também acho – disse Andreza.
- Mudando de assunto... E esse DJ, hein?! - disse Karol.
- Ele é um fofo – eu disse.
- Fofo? Ele é um gato! - disse Karol.
- Ai, se eu não tivesse namorado...! – disse Andreza.
- Mas ele é um pedaço de mau caminho... – disse Bruna.
- É verdade. Ele tem uma beleza fora do normal – eu disse. - É uma beleza...
- Asgardiana? – disse Bruna.
- Isso mesmo! Ô um desse na minha humilde residência... – eu disse.
- Falou tudo – disse Bruna.
Depois, chega a Dani com uma bandeja tamanho família, cheio de salgados e alguns copos de bebidas para todos nós.
- É por isso que te amo, Dani – eu disse.
- Nossa! Não precisava - disse Chris.
- De nada – disse ela, com sorriso no rosto.
Então dividimos entre a gente e nos empanturramos.
- Não é por nada, mas... Onde que o Max arranjou essa beldade? – disse Dani.
- Eles são amigos de academia - eu respondo.
- Vou começar a frequentar essa academia - disse Dani.
- Todas querem! - disse Andreza.
Ficamos rindo, nos divertindo, até que...
- Até que enfim apareceu! - disse Karol.
- Quem? – disse Bruna.
Então, todas olham para o que a Karol estava se referindo. Quando olhamos, era o Jay! Estava mais lindo que já era, quando o vi, meu coração começou a palpitar mais forte. Mas... Desconfio que tem algo errado. Quando ele entra, aparece uma garota atrás dele, vejo que estão de mãos dadas e do nada, se beijam. Eu não acreditei quando vi aquela cena, fiquei paralisada, em choque, sem reação e sem chão. Com isso, deixo o copo que continha bebida cair no chão, uma lágrima salta em meu olho, e saio pra fora em direção à varanda que tem na casa. Então, as meninas vão atrás de mim para saber o que houve comigo para sair daquele jeito.
CAPÍTULO 03 - Desilusão, Consolo e... FESTA!
Chego na varanda desabando no choro, logo depois, as meninas chegam para saber o que houve.
- Por que ele fez isso comigo? - digo aos prantos.
- Não fique assim, Dê – disse Bruna.
- O quê?! Como que você quer que eu fique? Ele me iludiu, me enganou! E eu fui inocente em acreditar nas promessas dele! Como fui burra! – eu digo.
- Não acredito que ele te trocou pela aquela sem sal – disse Andreza.
- Sem sal? Ela é uma fuinha, isso sim! - disse Karol.
- Karol! - disse Dani, chamando a atenção dela.
- Mas ela é fuinha mesmo, não minto - insiste Karol.
- Então, é por isso que ele sumiu o dia todo, estava com ela – disse Andreza.
- Não acredito que ele me fez de trouxa! - eu disse.
- Bem, eu nem sei o que dizer... - disse Bruna.
- Ah, mas eu tenho: ele é um safado, cachorro, sem vergonha, canalha... – disse Karol.
- Agora chega, Karol – disse Dani.
- Dá uma vontade de sumir daqui. Eu vou embora... - eu disse.
- Não vai embora, Dê. Isso vai piorar ainda mais - disse Dani.
- Ele prometeu que teríamos uma relação mais séria. Ele prometeu! Ele... – digo, desabando de chorar.
Ao ver meu estado, as minhas amigas começam a me abraçar, me consolando. Depois, chega a Nareesha toda preocupada.
- O que aconteceu, meninas?
Quando ela me vê com olhos d’água, fica toda comovida.
- O que foi?
- Ela viu o Jay com outra garota - disse Dani.
- O quê? Ele está com a Kelsey? - disse Nareesha.
- Hã?! - disse as meninas.
- Ela se chama Kelsey Ann, é amiga da namorada do Tom - explica Nareesha.
- Espere aí. Aquela fuinha tem nome? - disse Karol.
- Chega, Karol! - disse Dani.
- Ela chegou ontem à noite de viagem com a Kels - disse Nareesha.
- Ah, bom saber. Por isso que ele sumiu o dia todo, né?! - disse Andreza.
- Também percebi isso, meninas – disse Nareesha. - Não acredito que ele fez isso com a Denise, ela não merece isso. Ah, se fosse o Siva fazer isso comigo...
- Eu não sei se continuo nessa festa - eu disse.
- Você vai sim. Só erguer a cabeça e fingir que não aconteceu nada - disse Nareesha.
- Eu... Eu não vou conseguir... – eu digo.
- Vai sim! Estamos com você, e isso não se faz com ninguém - disse Andreza.
- É isso aí! - disse Nareesha.
Então, vou até o banheiro e lavo o meu rosto, refaço a minha maquiagem e volto com elas, como não houve nada. Antes de voltar ao meu posto e dou um tempo, porque vejo Jay conversando com o Chris numa boa. Depois que ele foi embora, eu vou para onde estava antes de ver aquela cena. Explico ao Chris o que aconteceu de eu sair daquele jeito.
- Se quiser ficar com as suas amigas... - disse Chris.
- Depois eu fico. Não se preocupe – eu disse.
- Eu sei como está. Quando você saiu daquele jeito, ele te viu e ficou branco como papel. Até que ele ia atrás de você, mas a garota que estava com ele não deixou - disse Chris.
- Ah, é?! – eu disse.
- Sério mesmo. Eu estava conversando com ele sobre você e queria pedir desculpas.
- Ele querendo pedir desculpas? - disse irônica. - Agora é tarde demais!
- Mas o que ele fez com você foi sacanagem, uma pessoa legal como você não precisava sofrer com isso.
- Fui enganada, Chris! Como ele pode fazer isso comigo? - eu disse, com voz embargada.
- Esquece e volte o que estava fazendo e vou ao banheiro – disse ele.
- Ok. E Chris...
- Oi?
- Valeu pelo apoio.
- Que nada! Foi só um conselho... – disse ele, sem jeito.
Então, volto a tocar e agi como não aconteceu nada. Depois, chega Tom e Max muito preocupados comigo, pois souberam o que aconteceu.
- Você está bem? – pergunta Tom.
- Eu to... – eu respondo.
- Nós precisamos conversar – disse Max.
- Deixa o Chris e a gente conversa – eu disse e eles concordaram.
Então, o Chris chega e falo pra ele que vou conversar com os meninos, ele aceita e vamos para um canto que ninguém nos veja.
- Soube o que aconteceu. Olha, eu sinto muito... – disse Max.
- Eu não sabia que a Kelsey vinha. Pegou a gente de surpresa, desculpa a gente? – disse Tom.
- Olha, eu acho que a culpa não é de vocês, a culpa é dele de não ter dito nada para mim. Ele me fez de trouxa, falando que me amava, falando que queria começar um compromisso sério comigo. E eu acreditei...
- Não fica assim... - disse Tom.
Depois chega Nathan e Siva para saber o que estava acontecendo.
- Oh, Dê. Você está bem? – disse Nathan, me abraçando.
- Se falar que sim, estarei mentindo – eu disse.
- A Nare me contou, eu achei um absurdo - disse Siva.
- Aliás, todos nós achamos - disse Max.
- E é por isso que ele sumiu o dia todo – disse Siva.
- É mesmo – disse Nathan. - A gente tem que conversar com ele.
- Tem mesmo - disse Max.
- Não precisa, gente – eu disse.
- Claro que precisa! – disse Tom. – O que ele fez, não se faz com ninguém! Principalmente com você, que é nossa amiga.
- Não precisam ficar preocupados comigo – eu digo.
- Precisa sim! Você é como fosse a nossa irmã – disse Nathan.
- Por que vocês são tão fofos...? – eu disse.
E eles me dão um abraço coletivo bastante acolhedor e consolável.
- Espere. Ninguém foi encoxado, né?! - eu disse e eles começam a rir.
- Achei engraçado a Karol – disse Siva.
- O que tem ela? – disse Nathan.
- Ela começou a falar “Não acredito que aquele tapado do Jay trocou a minha amiga por aquela fuinha!” - disse Siva, imitando a Karol.
Ninguém aguenta de rir, nem mesmo eu. Comecei a rir de lágrimas.
- Essa Karol é uma figura mesmo – disse Tom.
- Se acostumem que ela é assim mesmo – eu disse. – Ela é meio louca.
- Se fosse só ela... – disse Max, com a maior cara de cinismo.
- Ah, seu besta! – eu disse. - Vamos voltar pra lá...
Depois desse gostoso consolo, voltamos para a festa. Eu segurei o Tom como cavalinho nas minhas costas, imaginem eu carregando aquela pessoa...? Na hora que voltamos, as meninas começam a rir.
- Esses dois são maluquinhos mesmo! - disse Dani.
- Ai, esse é meu namorado! - disse Kelsey.
- Essa é a nossa amiga! - disse Andreza.
- Tudo bem com você? - pergunta Karol para mim.
- Agora eu estou - eu respondo.
- Soube o que aconteceu. Olha, eu sinto muito mesmo. Tinha me esquecido que você e ele... - disse Kelsey.
- Não precisa se desculpar, Kels. Quem tem culpa é ele e não vocês – digo a ela e nos abraçamos.
- Você é uma garota muito bacana – disse Kelsey.
- Bacana? Ela? “Magina”... Ela é uma pessoa maravilhosa! – disse Karol.
- Não é pra tanto - digo sem graça. - Vou voltar para o meu posto.
- Vai lá – disse Nareesha.
Então, volto para o meu posto, mais tranquila, pois tem pessoas que estão no meu lado e que se preocupam comigo depois do acontecido, da suposta traição.
- Eles gostam muito de você mesmo – disse Chris.
- É... - eu disse, com um leve sorriso no rosto.
- Não é à toa que o Tom te considera como irmã – disse ele.
- Irmã gêmea, por sinal! - eu digo.
- Como assim? - pergunta Chris.
- É que você não quando junta eu e ele numa balada. Como dizemos, nós “causamos” – eu respondo e ele dá risada.
- Sério mesmo? – disse ele.
- É, colega - eu digo.
Quando coloquei uma música eletrônica, do nada, Tom começa a dançar loucamente, Max começa acompanhar o amigo. Foi o festival de risada. Logo depois, Nathan “abrindo roda” como um B.Boy, e em seguida chega Siva tentando dançar “break”, ninguém aguentou de rir. Confesso que nunca ri tanto na minha vida, o Chris agachava pra rir, ele ria de chorar, e eu também chorei de rir. Nessa hora, chega o Casal 20 como não aconteceu nada e finjo que não os vejo e continuo rir daqueles loucos que chamo de amigos. Quando acaba a música, eles se abraçam e comemoram a façanha e o pessoal começou a ovacionar aqueles malucos, enquanto isso, eu e Chris não parávamos de rir. Ah, como esses meninos são hilários!
- Essa foi pra você, Denise! – disse Tom.
Eu fiquei até lisonjeada com a homenagem, e quando ele falou isso, os meninos começaram a reverenciar. Fiquei até feliz por isso.
- Você que ensinou a eles essas coreografias? – pergunta Chris.
- Não! Eles que são loucos – eu respondo, com ar de riso.
- Esses caras são demais! - disse Chris. – É muito legal ter amigos como eles.
- E como é – eu concordo.
Enquanto a música rola, Chris e eu estávamos conversando. Além de ele ser lindo, é um cara legal, atencioso. Mas, teve uma hora que nos abraçamos, e o pessoal começou a gritar: “Aêêê!” (imaginem a cara do Jay quando viu a cena...).
- Aí sim, hein?! – disse Karol.
- Se deu bem, hein?! - disse Bruna.
- Minha “irmã”, porra! - disse Tom, chamando atenção e ninguém aguenta de rir.
- Olha o que você fez, Chris? – digo, rindo sem graça.
- Desculpa, foi sem querer. Abraçar não arranca pedaço – disse Chris.
- O que meu “irmão” vai pensar de mim? Que vergonha! – digo brincando.
- Depois me acerto com ele! – disse ele, com cinismo e começamos a rir.
Então, nós voltamos o que estávamos fazendo e minha cara estava queimando de vergonha. Quando olho para ver como está o movimento, vejo ele aos beijos com aquela... Estranha. Aquilo foi como um balde de água fria, ao ver aquela cena, machucava mais o meu coração. Tantas vezes pensei em ir embora, pois pra mim é como fosse uma tortura, mas eu fiquei por causa dos meus amigos, mas aquilo era demais para aguentar, me doía mais e mais.
- Olha, eu sei que você está sentindo agora ao ver isso. Quer um conselho? Não fica se torturando por causa disso. Enxuga essas lágrimas e bola pra frente. A fila anda – disse Chris.
Então, ele me abraça e enxuga as minhas lágrimas.
- To me sentindo uma adolescente - digo rindo. - Mas valeu pelo conselho, farei isso.
- Isso aí – disse ele.
Então, ergo a cabeça e volto o que estava fazendo. Depois, Tom me chama de canto para conversar.
- Você está bem mesmo? – pergunta ele.
- Eu... To bem - eu respondo. - Não se preocupe.
- Pode falar a verdade, você não está bem. No fundo, você não está bem. Está arrasada por dentro. Dá pra ver em seus olhos que não está nada bem. Sei o que ele fez contigo foi uma palhaçada, estou muito puto com ele, não só eu, mas os caras também estão. Eu vi quando os viu no amasso. Vi que você está... - disse Tom.
- Destruída? - interrompo ele. - Sim, estou acabada, desolada! Por que ele mentiu pra mim, Tom? Por quê...?
Comecei a chorar e ele me abraçou fortemente. Ele se preocupa muito comigo, não é à toa que eu o considero como irmão, além de se preocupar, ele me protege de tudo e de todos.
- Não fique assim, maninha. Vou ter uma conversa com ele. Jay está fodido na minha mão! - disse Tom.
- O que está acontecendo? – disse Max, chegando na conversa. - Dê, você está bem?
- Agora estou bem – digo, enxugando as lágrimas.
- Estou tão sem graça, nem sei o que dizer – disse Max.
- Ah, eu tenho. Depois dessa festa acabar, vou ter uma conversa bem séria com Jay - disse Tom, furioso.
- Não só você, como nós todos temos que ter, Tom. O que ele fez foi palhaçada... To “pocesso” com ele – disse Max.
- Eu to é puto com ele! - disse Tom. - Aquele filho da puta magoou a pessoa errada!
- Valeu pela preocupação de vocês, meninos - eu digo.
- Não precisa agradecer, Dê - disse Max. - Mas... Mudando assunto, eu queria um favor de vocês.
- Qual seria? – disse Tom.
- Estou até com medo desse favor – eu disse.
- Não se preocupe, é coisa boa. Como é meu aniversário, eu queria que vocês dessem uma “cantadinha” - disse Max.
- Por mim, tudo bem – disse Tom. – Sabe que faço tudo por você, cara.
- Que papo é esse? - eu disse, arregalando os olhos. - Eu não ouvi isso...
- Calma! Não é nada que está pensando, sua maliciosa - disse Max.
- Se é assim... – eu disse.
- Mas então, posso contar com vocês? – disse Max.
- Pode sim! – disse Tom.
- Mas como assim “cantadinha”? – digo sem entender, mas depois eu me toco do que ele estava se referindo. – Ah... Não!!! Nem pensar!!
- Por favor, Denise – disse Max.
- Minha voz é horrível. Vocês estão loucos?! - eu disse.
- Mas eu te ajudo – disse Tom.
- Vai, Dê. Por favor...? - disse Max, fazendo biquinho.
- Ah... Tá bom! – eu digo.
- Eba! – disse Tom.
- Sabia que podia contar com você - disse Max.
Os dois me abraçam.
- Vou falar com o Chris sobre isso – disse Max.
- Vou pegar o meu violão – disse Tom.
- Vou voltar para o meu posto - eu disse.
Nós três voltamos como não aconteceu nada, e estava me sentindo um pouco.
- Você está bem? – disse Chris, todo preocupado.
- Agora eu to, valeu a preocupação – eu disse.
- O aniversariante falou... – disse Chris.
- Sei o que ele falou – eu disse. - O Max é louco! E quando junta com Tom... Deus nos acuda!
- Imagino... – disse Chris. – Mas... Você sabe que música vai cantar?
- Tenho uma em mente. Eu vou falar com o Tommy – eu disse.
- Ui, to até com medo da música escolhida – disse Chris, rindo.
Quando a festa está agitada, chega Tom todo alegre com o violão na mão.
- Já sabe a música que vai cantar? – pergunta ele.
- Sim, eu sei – eu respondo.
Chega o Max pra saber se está tudo certo, nós confirmamos. Então, ele pega dois banquinhos e dois pedestais e improvisamos um mini palco na frente da mesa de som. Chris tira a música que estava tocando e todos começam a protestar, Max pega o microfone e começa a falar.
- Como vai, galera?
Todos gritam.
- Primeiramente, quero agradecer a todos pela minha festa. Desculpa qualquer coisa. Agora... Vai ter “Momento Acústico”. Dois dos meus amigos vão dar uma palinha para gente. Vai ser o Tom... E a Denise.
Todos começam a gritar e as meninas começam a gritar o meu nome como líder de torcida, aquilo queimou mais a minha cara de vergonha.
- Já falei demais. Agora vocês ficam com eles – disse Max e ele fala no meu ouvido. – Hora do show, Denise!
Estava tremendo mais do que bambu de nervoso, mas estava certa da música que iria cantar. Tom começa a falar com a galera.
- Boa noite, gente! Quero agradecer ao meu amigo Max pela oportunidade. Bem... Eu não vou cantar, vou ser só backing vocal, quem vai cantar mesmo é a nossa querida Denise. Pronto, falei!
- Larga de ser mentiroso, Thomas! – eu falo.
- Acreditem, essa menina é muito talentosa. Além de DJ, ela canta e dança muito bem - disse Tom.
- Está falando isso porque é sua “irmã”! - disse Nathan e todos caem na risada.
- Não liguem, o Nathan está com ciúmes – eu disse. - Nath, nós te amamos também!
- Mas o que disse é verdade, ela é talentosa – disse Tom.
- Não esquece que ela te imita muito bem! – disse Siva.
- Esta parte pula, Seev! – disse Tom, envergonhado e eu caí na risada.
- Ele não gostou disso! - eu disse, imitando a voz dele e todos caem na risada e quem gostou disso foi Nathan, que chorava de rir.
- Você me paga, Denise! - disse Tom, irritado.
- Desculpa, Tom - disse, abraçando ele.
- Então, vamos cantar, né, dona Denise? – disse Tom.
- Vamos! Mas, garanto que minha voz é horrível, gente. Me perdoem – eu disse.
- Não é nada. Deixa de ser modesta! - disse Tom. - Sabe que música vai cantar, DJ?!
Quando ele fala isso, aparece o Jay com aquela Kelsey Ann a tiracolo. Isso me machucou ainda mais, mas fui forte.
- Sei sim, Tom. Vai ser... “White Horse”, da Taylor Swift – eu disse firmemente.
Quando falei o nome da música, Karol olhou pra mim surpresa, na hora percebeu o motivo dessa música e ela já tinha visto o clipe.
- Legal! - disse Tom. – Então, vamos lá...
Ele toca os primeiros acordes da música e enquanto isso, respiro fundo pra começar a cantar. A raiva tomou conta do meu nervosismo, pois ver Jay com aquela estranha foi demais pra mim. Quando comecei a cantar:
“Say you're sorry
That face of an angel comes out
Just when you need it to...”
Minhas amigas olharam pra mim com ar de espanto, menos a Karol que sabia o motivo, mas todos estavam curtindo não sabendo de nada. Nesse exato momento, Jay olha pra mim com ar de culpa, querendo pedir desculpa pelo o que fez. A cada verso, olhava pra cara dele como fosse um monte de faca, querendo atingir ele com cada palavra, de tanta raiva que estava. No refrão da música, Tom fez backing vocal para quebrar o clima que estava.
“Maybe I was naive, got lost in your eyes,
I never really had a chance...”
A cada verso que cantava me dava vontade de chorar, pois lembrei dos momentos que passei com ele. Dava raiva de mim mesma, por ser inocente e ter acreditado nele.
“Now it's too late for you and your white horse to
Catch me now....”
No último verso, olhei diretamente para os olhos dele, querendo dizer o quanto estava magoada com ele. Quando acabou a música, me segurei para não chorar e todos aplaudiram. Então Tom me abraça e desabo no choro.
- Você foi muito bem, Denise – disse Tom. – Agora ele sabe o quanto está magoada com ele.
- Obrigado pela força, Tom! – digo, com voz embargada.
- Amigo é para essas coisas! – disse Tom.
Então, enxugo os meus olhos e olho para o Tom e começamos a rir, tentando disfarçar.
- Falei que essa menina é talentosa?! - disse Tom.
- Tava tão nervosa, que não acredito que cantei a música inteira! Até chorei de alegria – eu disse, disfarçando.
- Vamos cantar mais uma, Denise? – disse Tom.
- Vamos! Demoro! – eu disse.
Cantando aquela música, me aliviou muito. Falam que tem letra de música que é tipo uma indireta para a pessoa, agora eu sei o motivo. Adoro!
Depois desse “Momento Acústico”, a festa continuou normalmente.
CAPÍTULO 04 - Provocação, Barraco, Desilusão e... FESTA!
Depois do momento “Banquinho e Violão”, todos os meus amigos me abraçaram e me elogiaram.
- Aê Denise! Soltando o gogó - disse Nathan.
- Que orgulho de você - disse Siva.
- Não é pra tanto - digo sem jeito.
- Até que você canta bem. Você tem voz boa - disse Kelsey.
- Ah... Obrigada – eu disse.
- Vocês têm que ver ela dançando – disse Karol.
- Ah é?! – disse Nareesha.
- Chega! - eu falo.
- Ela ficou sem jeito... – disse Kelsey.
- Vocês são muito sem graça para o meu gosto! - eu disse.
- Mas ela dançando é demais! – disse Tom.
- É verdade - disse Kelsey.
- Ah, vocês são suspeitos para falar - eu falo.
- Opa! Quem sabe dançar? – pergunta Max.
- Denise! - disse Tom, apontando pra mim.
- Seu boca aberta! Eu te mato! – disse, batendo no ombro dele e ele rindo.
- Que legal! – disse Chris “gansando” na conversa.
- Vocês dois nem pensam em fazer isso, já basta me fazerem cantar - eu falo para a dupla dinâmica.
Ao falar isso, a dupla dinâmica (traduzindo: ToMax) se olha com o sorriso maroto.
- Ah não... – eu disse, meio que arrependida.
- Você acabou de dar ideia para esses dois – disse Kelsey.
- Merda! O que foi que fiz? - eu disse.
- Se prepara que vamos lhe usar! - disse Max.
- Ai meu Deus! - eu digo, colocando a mão na minha testa.
Todos começam a rir e fico todo sem graça.
- Deixa, eu voltar o que estava fazendo que eu ganho mais – eu falo.
- Prepare-se! Já começa a alongar desde já, porque... Você vai dançar! – disse Tom.
Não falo nada, apenas mostro o dedo do meio pra ele e ele cai na risada. Que merda que fiz?! Tenho medo desses dois, juro!
- Então, é verdade? - disse Chris.
- O que? - eu digo.
- Você sabe dançar?
- É... Meio que me arrisco - eu falo.
- Ah, essa eu quero ver.
- Vai ver porra nenhuma! Vai ficar na vontade! - eu disse e ele começa a rir.
- Mas acho que você tem que o que sabe.
- Por que você está falando isso?
- Mostrar para ele o que perdeu.
- Ah... – digo pensativa.
Ele está certo, tenho que mostrar a ele o que perdeu me trocando pela outra. Graças a Deus, festa estava tudo bem, tirando aquela briga que teve entre a Andreza e a Lucy. Depois do momento acústico, me senti mais leve, mais calma. Mostrar o que estava pra ele através de música, foi muito bom, ele me olhava com ar de culpa, como que tava me pedindo desculpas. Música indo e música vindo, o pessoal estava bastante empolgado, até que... Vejo a Kelsey conversando com amiga que tem o mesmo nome, até aí tudo bem. Mas teve uma hora que a Kels aponta pra mim, a amiga dela me olha com ar de desprezo. Aquilo me gelou na hora e ao mesmo tempo queria pegá-la pelo cabelo, mas disfarcei. Até que Andreza e a Bruna aparecem do nada.
- Oi! – disse Andreza.
- Ai, que susto! – falo.
- O que foi? Você tá bem? - pergunta Bruna.
- To. Por quê?
- Nada – disse Bruna.
- Nós temos uma pergunta pra você - disse Andreza.
- E qual é a pergunta? - digo com receio.
- A primeira música que você cantou... Era pra ele, né?! - pergunta Bruna.
Não falo, apenas confirmo com a cabeça.
- Poxa, Dê. Não fica assim - disse Andreza.
- Mas foi bom pra mostrar pra ele o que está sentindo por dentro de viu ele com aquela baranga – disse Bruna.
- Baranga não... Fuinha! - disse Andreza.
Nós três começamos a rir.
- Por falar nela, era a impressão minha ou estava falando mim? - eu falo.
- Sim! Estava falando de você – diz Bruna.
- Putz! - eu disse.
- A Kels estava falando para aquela amiguinha do seu “ex” relacionamento com Jay – disse Andreza.
- Ela não fez isso? - eu disse.
- Sim, ela fez – disse Andreza.
- Não acredito! Então, é por isso que ela me olhou com ar de desprezo? – eu deduzo.
- Ela fez isso? – disse Bruna.
- Sim, ela fez isso – eu disse.
- Mas que... – disse Bruna.
- Fuinha!! - disse Andreza.
- Se eu fosse você, daria uns petelecos nela – disse Bruna.
- Não vale a pena brigar por causa de homem – eu falo.
- Não é por causa de homem, Denise. É a sua reputação! Ela te olhou com tipo “Não acredito que o Jay teve coragem de ficar com aquela... coisinha?”. Se é comigo, eu já tiro satisfação na hora – disse Andreza.
- É, eu vi – eu disse.
- Então, não fique pra baixo, Dê. Mostre que é melhor que ela – disse Bruna.
- Ela já está mostrando. Ela cantou, está como DJ da festa... Imagina como ela está se corroendo por dentro - disse Andreza.
- É... – eu digo com ar de maldade.
- Mas não fique assim, amada. Aliás, amei quando você imitou o Tom – disse Bruna.
- É verdade. Ele ficou mega puto da vida, ninguém aguentou de rir – disse Andreza.
- Só vi o Nath chorando de rir. Só assim para ele perder a linha – eu disse.
- É verdade - disse as duas.
- To com medo de uma coisa – eu disse.
- Do quê?! - disse Bruna.
- Do que aquela dupla dinâmica vai aprontar.
- Dupla dinâmica? - disse Bruna.
- Tom e Max – eu disse.
- Ah... Daqueles dois, espero de tudo – disse Andreza.
- Por que você está falando disso? - disse Bruna.
- Já me fizeram cantar, só falta me fazer dançar – eu disse.
- Só falta mesmo - disse Andreza.
- Já voltamos, Dê – disse Bruna.
- Ok – eu disse.
Então, as duas vão embora e continuo o que estava fazendo. Quando estava conversando com elas, Chris tinha sumido do nada. Mais tarde, Dani perguntou da Karol para mim, se tinha visto ela, disse que não, até que estranhei uma coisa: se ele sumiu, e ela também... Será que os dois...? Hum... (Falo nada, só observo).
Depois de um bom tempo, Chris volta como não aconteceu nada.
- Onde você estava, mocinho? – pergunto.
- Ah... Eu... – disse ele coçando a cabeça. - Eu fui ao banheiro.
- No banheiro?
- É.
- Hum... E essa marca no pescoço, por um acaso caiu no banheiro? – pergunto.
Ele ficou todo sem graça, ficou até vermelho.
- Na boa... Não fique assim, colega. Te entendo. Dar uma fugidinha é normal, esfria um pouco a mente – eu disse, pondo a mão no braço dele.
- Sua sem graça! – disse ele com ar de riso.
- Eu vi que você sumiu...
- Ah, você estava conversando com as suas amigas, queria que eu fizesse o quê?
- Participava da conversa, ué!
- O quê?! - diz ele espantado.
- Estou brincando, relaxa!
- Mudando de assunto... Eu vi quando aquela “ficante” do Jay te olhou. Pelo jeito ela não gostou de você.
- Você acha isso? Eu tenho é certeza!
Ele começa a rir.
- Mas não esqueci de uma coisa.
- Do que?
- O fato que você sabe dançar. Ainda quero ver.
- Ai meu Deus! Eu mato aqueles dois...
Enquanto estava conversando com o Chris, aquela Kelsey Ann me lançava um olhar fulminante, depois ela abraçava e acariciava o Jay na minha frente. Eu nem dei bola para o que ela estava fazendo e continuei conversando e rindo, mas ofuscava a cena. Depois chega uma pessoa e pega na minha cintura, quando olho para trás, era Jack, irmão de Max. Logo ele me abraçou e me deu um beijo no rosto e cumprimentou o Chris.
- Pensei que não vinha mais - eu disse.
- Ah, tá! Eu sou louco de perder a festa de aniversário do meu irmão – disse Jack. -Você e ele...
- Somos os DJ’s da festa – disse Chris.
- “Nóis” que manda no “baguio”, mano! – eu disse.
- Que legal! Pensei que você estaria com o Jay... – disse Jack.
- Ixi! Essa é uma longa e triste conversa - eu disse.
- Por que você está falando isso? - disse Jack, logo ele olha o Jay com a tal ficante. – Não acredito que ele fez isso?
- É, é, ele fez isso – disse com ar triste.
- Você não sabe o quanto ela ficou arrasada – disse Chris.
- Tadinha da minha gatinha – disse Jack, me abraçando.
- Mas eu estou bem - eu disse.
- O que é isso aí?! Que putaria é essa? – grita Tom.
- Meu irmão, tá, Denise?! - grita Max.
- Vai pro inferno, cara chato!! – eu respondo.
- Vocês são loucos – disse Chris, rindo.
- É porque você não viu nada, rapaz! - disse Jack.
- Imagino... – disse Chris.
- Vou falar com eles e... Seja forte, gatinha – disse Jack.
- Vou ser – eu disse.
Então ele vai falar com os meninos. Mais tarde, aparecem Dani e Karol, com isso, Chris fica todo sem graça, isso confirma a minha teoria: SIM! Ele e a Karol se pegaram; mas eu disfarço. Do nada, aparece Andreza e Bruna e me chamam para conversar.
- Agora é a minha vez de dar uma fugidinha - eu disse.
- Engraçadinha! - ele disse.
Então, eu vou de encontro com elas, quando saio da mesa de som, Kelsey Ann me mediu com olhar com aquela cara de nojo, e Max bate na minha bunda e me chama de gostosa. Dou vários tapas no ombro dele e ele cai na risada. Ai, como eu odeio ele! Então, nós três fomos para a varandinha.
- Vocês perceberam uma coisa? – eu pergunto.
- O quê? - disse Andreza.
- Quem acha que a Karol e o Chris se pegaram levanta o braço... – eu digo.
Ao mesmo tempo, nós três levantamos as mãos e caímos na risada.
- Que babado, gente!! - disse Bruna.
- Essa festa está acontecendo de tudo! - eu disse.
- Essa festa vai ficar para história - disse Andreza.
- Está acontecendo de tudo: barraco, cantoria... – disse Bruna.
- Traição - eu disse.
- Essa parte pula, Dê. Isso nem vale a pena lembrar – disse Andreza.
- Mas é difícil esquecer - eu falo.
- Não fiquei assim... – disse Bruna.
- Mudando de assunto... Vocês viram que quando a Karol apareceu ele ficou todo sem gracinha...? - eu disse.
- Eu vi – disse Andreza.
- Também vi – disse Bruna. - Acho que os dois têm futuro juntos.
- Eu concordo plenamente – disse Andreza.
- To vendo que todo mundo está se dando bem na festa, sou a única azarada da turma – eu disse.
- Não fale assim, Denise. Você vai se dar bem. Não se torture – disse Bruna.
- Você não é azarada, você só não achou a pessoa certa – disse Andreza.
- Isso mesmo. Vai que o seu futuro é com Jack – disse Bruna.
- Mal curei o meu coração partido, já estão me empurrando outro? - eu disse.
- Só não queremos te ver triste – disse Bruna.
- Acho que depois dessa, não vou querer saber de relacionamento tão cedo – eu disse.
- Também não é assim, Dê. Você vai arranjar uma pessoa melhor que ele – disse Bruna.
- É verdade. Não fique assim, amiga – disse Andreza.
- Tenho sorte de ter amigas maravilhosas como vocês - eu disse.
- Te adoramos, sua linda! - disse Andreza.
Quando pensamos voltar a festa, vejo o Max e o Nathan na porta com braços cruzados.
- Vão ficar de fofoca, mesmo? – disse Max.
- Vi que sumiram. Vocês falam muito! - disse Nathan.
- Ah, vocês estão com ciúmes! - eu disse.
- Isso mesmo! - disse as duas.
Então, começamos a rir, voltamos juntos, mas a dupla dinâmica me pega pelo braço e me levara até o meio da pista, bem que tento me soltar, mas sem sucesso. Max pede para parar a música e pega o microfone.
- E aí, galera?! - disse ele.
Todos vibraram.
- Agora é o segundo round. A minha amiga aqui já ta botando o pessoal pra dançar, já cantou, mas... Agora, É A VEZ DELA DANÇAR!
Todos gritam, as meninas gritam o meu nome e fico totalmente com vergonha. Tentei até sair do meio da pista, mas Tom e Siva me seguraram.
- Eu lançarei um desafio: eu gostaria que vocês sugerissem uma música, o Chris toca e ela dança. Ela vai mostrar todo o seu gingado para nós.
Ele me olha com ar maroto.
- Max, você me paga! - eu disse.
- Você sabia que ia lhe usar – disse Max.
- Te odeio, Maximillian! - falo entre os dentes.
- Ixi... Te chamou de Maximillian? Então a porra vai ficar séria! - disse Tom e todos caem na risada.
- Algum palpite? - disse Max.
Quando estava tudo em silêncio, alguém levanta a mão e Max vai até a tal pessoa, e era... aquela Kelsey Ann. Eu gelei na hora, prevendo que vem bomba. Ai meu Deus!
- Eu sugiro... “End Of Time”, da Beyoncé - disse ela.
Nossa! Como a voz dela é irritante! Ao dar o seu pitaco, ela olhou diretamente pra mim como fosse me desafiando mesmo, Max olhou pra mim com ar de medo da minha reação, Tom pensou que ia pra cima dela, fiquei normal, mas deu vontade de ir pra cima dela.
- Você sabe dançar essa música, dona Denise? – pergunta Max, indo a minha direção.
- Não, mas posso tentar – eu respondo.
- É assim que se fala, garota!! – disse Tom.
- Por que você diz isso? - disse ele.
- Como diz de onde venho: “Sou brasileira e não desisto NUNCA!!”
As meninas começam a gritar “É isso aí!”, ela fica com cara amarrada, a dupla ToMax começa a rir. A expectativa era grande, faz tempo que não dançava.
- Você está pronta, Dê? - diz Max, pegando na minha orelha.
- To tremendo mais que uma vara verde, mas estou bem – eu disse.
Então, a música começa... Eu to numa mistura de ansiedade, medo, frio na barriga. Mas como fui desafiada, tive que esquecer tudo. Vou até onde o pessoal estava e perguntei se podia improvisar, a dupla dinâmica aprovou a idéia. Improviso é comigo mesmo!
Deixo a música invadir o meu corpo e minha mente, depois disso esqueço de tudo e de todos. Então, começo a dançar... E o pessoal começa a vibrar. Fui improvisando as coreografias, lembrei de passos que vi num filme, ou de um artista... Quanto mais improvisava, mais o pessoal gritava.
“Boy come to me
Let me turn your rain into sun...”
Nessa hora, eu mexi com o Chris, tipo chamando ele. Todos começam a gritar e nós dois começamos a rir. Continuo a dançar, até que... Teve uma parte que fiz, tipo slow motion, igual aos bailarinos da Beyoncé fazem. O pessoal foi a loucura, os meus amigos ficaram de boca aberta, paralisados, não acreditando no que estavam vendo. Quando continuei a dançar normal, depois do efeito slow motion, o pessoal começou a gritar.
Ao final da música, eu olho para cara daquela que me desafiou com passo final. Quando acaba a música, os meus amigos vão até mim e me abraçam.
- O que foi isso, garota? – disse Siva.
- Menina, você dança muito! - disse Nathan.
- Cara, eu estou muito orgulhoso de você! – disse Max.
- É disso que to falando, caralho!! Você é foda!! - disse Tom, me abraçando fortemente.
- Deixa eu respirar, gente – eu falo e eles riem.
- Pra quem não dança faz tempo... Até arrebentou – disse Max.
- Valeu pela força, gente - eu falo.
Na hora, fiquei feliz que o pessoal gostou da minha performance, pois faz tempo que não dançava desse jeito. Minhas amigas foram me abraçar.
- Você simplesmente arrasou, menina! - disse Dani.
- Eu não sabia que você dançava desse jeito – disse Bruna.
- Gostei de ver – disse Andreza.
- Que orgulho de você! - disse Karol.
Na hora em que elas estavam me abraçando, olho para cara da Kelsey Ann, e ela estava com uma cara feia (mais feia que já é! Rs), se roendo de raiva. Depois, Max se aproxima de mim e me puxa pelo braço.
- Tenho honra de ser seu amigo, sabia?! - disse ele, me abraçando. - Posso fazer uma pergunta, DJ?
- Fala! - eu disse.
- Por um acaso, você já fez aula de dança?
- Eu nunca fiz aula de dança – eu respondo e todos ficaram espantados.
- E como sabe dançar desse jeito, garota?
- É como diz Dean Winchester “São negócios de família” – respondo e todos caem na gargalhada.
- Tem alguma coisa a dizer, DJ?
Todos gritam “discurso” e fico sem jeito e ele passa o microfone pra mim.
- É...
Quando que pensei em falar, Tom, Siva e Nathan começam a gritar me fazendo rir pra caramba e minhas amigas gritando o meu nome loucamente.
- Primeiramente, obrigada por essa hospitalidade - eu disse, toda educada. - E... Max, você me paga! - ele começa a rir. - Vou pegar essa sua cabeça careca e arrastar no asfalto! – eu falo.
- Eita porra! Você tá fodido!! – disse Tom, rindo pra caramba.
- Continuando... O que eu fiz aqui, mostra que brasileiro não sabe só dançar samba e fazer caipirinha, sabe dançar Beyoncé também!
Quando falei isso, Karol, Andreza, Dani e Bruna começaram a gritar, Kels e Nareesha não paravam de rir e a Kelsey Ann me olhava com ódio, pois venci o desafio dela.
- Linda! - disse Andreza.
- Gostosa! - disse Karol.
- Casa comigo! - disse Bruna.
- Mais alguma coisa a dizer? - disse Max.
- Ah... – disse sem jeito. - Obrigada pelo carinho de todos.
Depois disso, a festa continuou normalmente, Max mais uma vez me abraça.
- Gostei de ver, foi do caralho a sua performance - disse ele.
- Valeu, cara! – eu disse.
- Não vai chorar, né?! - disse ele.
- Vai catar coquinho, Max! - eu disse e ele começou a rir. - E para de me abraçar, pois a Andreza ta vendo e não quero ser pivô de briga de casal.
- Relaxa! - disse ele.
- Que é isso, Maiximillian?! Larga a minha irmã, cara! – disse Tom.
- Vai se foder, Tom! A amiga é minha! - disse Max.
Começo a rir e vou ao meu posto. A “coisinha” fica toda bravinha (traduzindo: ela ficou puta da vida!) e saiu da pista com o Jay a tira colo. Aquilo não me abalava mais, pois estava feliz e ao mesmo tempo vingada. Quando eu volto a mesa do som, Chris me olha de um jeito... Diferente.
- O que foi pra me olhar desse jeito? – pergunto.
- Nada – disse ele.
- Está mentindo. O que está me olhando desse jeito, meu rapaz?
- Eu... Só gostei de ver você dançando. Até que você dança bem - ele disse.
- Ah, obrigada.
- Já tentou ser dançarina profissional?
- Ah... Já pensei, mas acho que pra isso, tem que fazer aula, né?!
- Nada disso. Você tem o dom de dançar. Você consegue rapidinho.
- Será?!
- Só não desiste.
- Valeu pelo incentivo.
- Pelo jeito, aquela “namoradinha” do Jay não gostou da sua performance.
- E eu to ligando pra ela? Quero que ela se exploda!
- Ainda não acredito que o Jay trocou uma garoa incrível como você por aquela sem sal daquela menina.
- Como diz a Karol: “Aquela fuinha”!
Nós começamos a rir.
- A Karol é uma figura. Adoro ela – eu disse.
- É mesmo – disse ele.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Pode.
- Por que você quando viu ela você ficou sem graça?
- Eu não fiquei sem graça!
- Por um a caso você e ela...
- Hã?! Oi?!
- Não me engana, amigo!
- Está tão na cara assim?
- Uma coisa eu falo: cuida bem dela, senão... O “côro vai come”.
- Isso é uma ameaça?
- Veremos...
Depois disso, começamos a rir.
- Mas sério mesmo, gostei de te ver dançando. Você mostrou a ele o que perdeu.
- Valeu, Chris!
Então, ele me abraçou carinhosamente.
- Que palhaçada é essa? – disse Karol.
- Karol, não é nada do que estava pensando – disse Chris assustado.
- Calma, to brincando! - disse ela.
- Sua besta! Nunca mais faz isso – eu disse. - Tadinho dele.
- Dê, você viu a cara dela? – disse Karol.
- Da Fuinha? - eu falo.
- É – disse Karol.
- Ela ficou com cara feia – eu disse.
- Mais feia que já é – disse Karol e começamos a rir.
- Vocês são más – disse Chris.
- Nós? Más? Imagina... - disse Karol.
- Eu só mostrei a ela do que sou capaz - eu disse.
- Mostrou pra ele o que perdeu, aquele tapado – disse Karol.
- E ela é meio sem sal mesmo - disse Chris.
- Ela é uma fuinha, meu amor! Isso não pode negar! – disse Karol.
Depois disso, o casal saiu e falou que ia voltar. Então, fico sozinha na mesa de som. Vendo os meus amigos acompanhados, me deixou com aperto no peito, até a Karol se deu bem!
Até uma pessoa me chama, quando olho, era o Nathan fazendo gesto de que fiquei “de vela”. Que ódio dele! Eu o ameacei que ia tacar o fone de ouvido e ele cai na risada. Depois, vai até mim e me abraça docemente.
- Calma, to brincando – disse Nathan.
- Brincando? Sei... – eu disse.
- Sei que está meio tristinha porque é a única que está sozinha, mas não fica assim, tá?
- Não se preocupe. Antes só do que mal acompanhada.
- Está me dizendo que sou uma péssima companhia? A Bruna sabe disso?
- Credo! É só um modo de falar.
- Ah bom. Mas você vai ficar bem, não é?!
- Vou sim, anjinho!
Ele me dá um beijo no rosto e volta onde estava. Alguns minutos depois, chega o Chris e falo que vou ao banheiro. Quando penso em voltar, eu esbarro em alguém sem querer, e esse alguém é... Kelsey Ann, a “Fuinha”.
- Ai, me desculpa – eu disse, toda sem graça.
- Olha por onde anda, sua tapada! - disse ela, com aquela voz irritante.
- Estou te pedindo desculpas na maior humildade e você fala isso? Mas é uma mal agradecida mesmo – eu falo.
- Pra mim, foi provocação. Está fazendo por causa dele, né?! - disse ela.
Quando ela fala isso, meu sangue começou a subir, mas disfarcei.
- Eu sei que você... Ficou com ele.
- E o quê que tem?
- Uma coisa eu falo, queridinha: o Jay é meu! Só meu! E você fica fora disso.
- Uau! Se é assim, ele teria uma coleirinha de com seu nome estampado - eu digo.
Depois que falei isso, saio da frente dela e vou a direção da mesa de som, mas ela pega no meu braço.
- Você é engraçadinha, hein?! Queria saber o que ele viu em você?
- Eu pergunto o mesmo nesse momento.
- Tá se achando a poderosa, né?! - disse ela.
- Para o seu governo, eu nunca me achei. Ao contrário de muitos, sou humilde. Não fico me aparecendo por aí.
- Que lindinha – disse ela, toda irônica.
- Você está assim porque eu venci o seu desafio, não é?! Uma coisa eu falo: o que vem debaixo, não me atinge, meu amor! - eu disse.
- Por que você não volta de onde veio? - disse ela.
- Porque não é da sua conta! - eu disse.
- Você está querendo brigar, não é?! - disse ela.
- Não. Porque brigar por causa de homem não vale a pena. E também não quero sujar as minhas mãos – eu disse.
- Você está me irritando - disse ela.
- Que bom! - digo ironicamente.
- Aceite: Jay tem namorada e sou eu! Você foi apenas um caso, um... Trágico... Mísero... Caso. Como ele pode se rebaixar desse jeito ficando com uma vadia como você?
- Olha como você fala comigo! Você nem me conhece e não te dei liberdade de falar desse jeito! - eu disse a ponto de estourar a cara dela.
- Ora, ficou bravinha, é?! - disse ela, ironicamente.
- Só não te dou um tapa nessa sua cara de paisagem, pois não quero estragar a festa do meu amigo e mais: graças a Deus, minha mãe me deu educação. Agora se sua mãe não deu, o que eu posso fazer?! É uma pena, né?! Agora, vou saindo e voltar para o meu trabalho. Com licença – eu disse.
Quando penso em virar para trás, ela me dá um tapa na minha cara e me olha com ar sarcástica, pra mim foi a gota d’água. Então, vou pra cima dela e assim, a briga começa. Eu começo a dar vários socos nela e ela puxava o meu cabelo, quando ela me batia eu revidava. Só sei que essa briga foi mais feia do que a briga que houve entre a Andreza e a Lucy. Teve uma hora que a derrubei no chão, e comecei a dar vários chutes (a famosa “bicuda”), depois ela me deu um rodo e ficou em cima de mim dando vários tapas e eu puxava aquele cabelo de palha dela. É a primeira vez que brigo desse jeito, eu nunca tinha brigado na escola e nem na rua, mas estava tão virada no Jiraya, que não via nada, pois ela me irritou muito. Bem que tentou nos separar, mas sem sucesso, pois estávamos grudadas como dois gatos. Mas conseguiu nos separar, Max e Tom conseguiram segurar a Kelsey Ann e o Siva (sozinho!) me segurar. Com isso, a briga cessa e a festa para.
- Que porra é essa?! Vocês estão loucas?! – disse Tom.
- Pergunta para essa sua amiguinha o que ela falou pra mim – disse a Kelsey Ann.
- Está com medo, sua vaca? Vem aqui se for mulher! - eu disse.
- Denise, chega! – disse Siva, todo assustado.
- O quê?! Ela me provoca, dá um tapa na minha cara e tudo bem?! - eu disse.
- Calma, Denise – disse Max.
- Calma o caralho! Essa filha da puta me provocou a festa toda e tenho que ficar calma?! Vai tomar no cu!! – disse, toda furiosa.
- Vamos para a cozinha cuidar dos seus ferimentos – disse Siva.
- Não precisa, Seev. To bem – eu disse.
- Não, você não está bem. Vai ter que cuidar esses ferimentos, sim! - disse ele.
- Tá bom – eu disse.
Então, ele e Tom me levam até a cozinha para cuidar dos meus ferimentos por causa da briga. Só ouço o Tom falando “Tá vendo o que você causou? Está feliz?!”, ele disse isso ao Jay que estava totalmente sem graça por causa do acontecido.
- Olha que ela fez comigo, amorzinho – disse Kelsey Ann na maior cara de pau.
Ah, como queria arrebentar a cara dela nesse momento! Então, chego na cozinha, puxo uma cadeira e sento. Tom pega gelo, embala com o pano de prato e põe na minha têmpora.
- Ai! - eu reclamo.
- Isso é para você aprender a não brigar na festa dos outros – disse Tom.
- Mas a Andreza brigou também - eu disse.
- Mas você é diferente... Você era a DJ da festa.
- E ela era namorada do aniversariante – eu falo.
- Não adianta mudar de assunto, mocinha.
- Estraguei a festa. O Max está furioso comigo – eu disse, toda envergonhada.
- Tá meio chateado, na verdade.
- Ai que vergonha. Nem quero ver a cara dele.
- Posso te dizer uma coisa?
- Pode.
- Eu... Gostei da sua atitude.
- O quê?! Você gostou, Tommy?
- Eu adorei! Isso demonstrou que estava sentindo, expressou a sua raiva.
- Mas ela me provocou, Tom! Não queria deixar barato.
- Não é à toa que somos irmãos.
- Tom, seu besta! - eu disse e caímos na risada.
Logo depois, chega Andreza e Max para saberem o meu estado.
- Dê, você está bem? - disse Andreza.
- To bem, Drê. Não se preocupe.
- Tudo bem mesmo, Anderson Silva? - disse Max.
- To. Pô, Max, desculpa por estragar a festa, eu nem sei o que dizer, eu...
- Relaxa! Eu estava reparando que ela estava te provocando a festa toda. Vou pedir pra ela ir embora - disse Max.
- Não faz isso. Eu vou embora, então – eu disse.
- Não! Você é DJ da festa, não pode fazer isso.
- Eu falo para o Chris segura as pontas. Aliás, já queria ir embora faz tempo – eu disse.
- Tem certeza? – disse Max.
- Tenho, Max. Me desculpa de verdade.
- Tudo bem. Você só queria relaxar - disse ele.
Depois chegam Bruna, Karol, Dani e Nareesha e os meninos saem.
- Você está bem? – disse Nareesha.
- Estou sim, não se preocupe – eu respondo.
- O que foi aquilo? Quando vi, fiquei impressionada! - disse Dani.
- Parecia cena de filme – disse Karol.
- Caraca! Parecia que estava assistindo “As Panteras”! - disse Bruna e começamos a rir.
- Além de ser DJ da festa, ela dança, canta e ainda por cima luta! - disse Nareesha.
- To falando que ela é cheia de atitude?! - disse Andreza.
- Mas eu gostei de você dando alguns sopapos naquela fuinha. Ela merecia – disse Karol.
- Também acho que ela merecia. Não fui com a cara dela... – disse Bruna.
- Nem eu. Vadia! Mexeu com a Denise, mexeu com a gente! – disse Andreza.
- E a Kels? - eu pergunto.
- Tá com a amiga dela - disse Dani.
- Aff... – disseram Bruna e Karol.
- Mas parece que está dando a maior bronca por causa da briga – disse Dani.
- Bem feito! - disse Bruna.
- A fuinha mereceu! – disse Karol.
- Não é por nada, mas... Também gostei de ver a Denise dando uns sacodes nela – disse Nareesha.
- Todas nós gostamos – disse Bruna.
- Mas... Você vai embora mesmo, Dê? - disse Andreza.
- Eu vou, Drê – eu respondo.
- Não vá, Denise – disse Dani.
- Eu não consigo ficar no mesmo lugar que aquela vagabunda. Se eu vir ela de novo, com certeza, terá 2º round.
- É verdade – disse Nareesha.
- Mas você vai dar vitória pra ela, menina - disse Karol.
- Não to nem aí pra ela. Eu quero que ela e o Jay se fodam! Não quero me machucar mais do que estou.
- É. Literalmente – disse Nareesha e começamos a rir.
- É melhor que vá mesmo, assim você descansa um pouco. O dia foi cheio pra você – disse Dani.
- É... – eu disse.
Então saímos da cozinha, fomos direto pra pista, falo para o Max que estava indo embora, ele fica meio tristinho e me abraça. Converso com o Chris, falo que estou “vazando”, ele aceitou numa boa. Me despeço dos outros meninos numa boa, mas antes, me zoaram e me chamaram de Chuck Norris e de Van Damme, já basta ser chamada de Anderson Silva? Ninguém merece!
- Se cuida, irmãzinha – disse Tom.
- Vou me cuidar – eu falo.
Ao sair de lá, vejo gente olhando pra mim com ar de admiração.
- Gostei de ver! - disse uma garota.
- Você dança muito! - disse um cara.
- Quero que você toque na minha festa! - disse uma outra garota.
Com isso, fiquei sem jeito, dou até risada sem graça. Quando estava quase pondo o pé pra rua, sinto que alguém pega no meu braço, e era...
- Precisamos conversar.
- Ah, oi, James! Tudo bom com você? Agora que você me viu? - eu respondo irônica.
- Não gosto que você fale assim comigo!
- E como eu tenho que falar com você?! - eu disse.
- Não é isso também. Escuta...
- Eu não tenho que escutar. Você me magoou muito!
- Olha... Eu sinto muito...
- Pelo o quê? Pelo papelão que passei na festa? Vendo você com aquela... Vaca?! Você não sabe como eu fiquei quando vi. Você me fez de trouxa! Fui muito ingênua em acreditar em você...
- Olha... Tudo tem uma explicação...
- O QUÊ?! Depois de tudo isso que houve, tem uma... Explicação?! E agora você veio falar comigo? Depois que dei umas porradas na sua nova namoradinha?
- Ela não é minha namorada.
- Ah, então ela o quê?! Sua irmã, sua prima? Jay, eu confiei em você, pensei que começaríamos uma história juntos.
- Eu nem sei o que dizer, estou bastante envergonhado com isso.
- Ah, agora está com vergonha? Você não sabe como fiquei quando te vi com aquela vagabunda. Queria sumir naquele momento.
- Desculpa, é que tive uma recaída, tá legal?! Ia contar sobre o nosso relacionamento, só que esqueci.
- Você esqueceu? Esqueceu?! Eu não ouvi isso... Esqueceu da nossa conversa, esqueceu o que passamos juntos, esqueceu de falar pra ela? Só não esquece a cabeça, pois está grudada! Como você pode fazer isso comigo?
- Já disse, eu sinto muito. Sei que está magoada...
- Não, estou mais que magoada. Estou destruída, ferida, arrasada. Quer saber, eu nunca mais quero olhar pra sua cara, não quero saber de você e nunca mais quero ouvir o seu nome, tá legal?!
- Mas você ainda confia em mim?
- Eu... Confiei em você!
Então, eu saio sem olhar pra trás, quase desabando no choro. Quando finalmente saio, vejo um casal no maior amasso, quando vejo bem... Era a Dani com o Jack. Caraca! Até a Dani se deu bem! Sou muito azarada mesmo. Saio de lá arrasada, vou em direção a um ponto de táxi próximo, quando estava caminhando, passa um carro e buzina pra mim, quando vejo, era o Jack.
- O que uma mocinha está fazendo na rua há essa hora? - disse ele, brincando.
- Eu estou bem, Jack – eu respondo.
- Entra no carro e te levo pra casa.
Sem pensar duas vezes, eu entro no carro dele e ele me leva até em casa. Quando chegamos, ele olhou pra mim.
- Você está bem, de verdade? - disse ele.
Não falo nada, apenas abro o berreiro e ele me abraça.
- Isso mesmo. Chora, pois faz bem e passa.
- Eu confiei nele, como posso ser tão burra? - eu disse aos prantos.
- Não fique assim, florzinha!
Até que na hora, me deu uma idéia... Inusitada.
- Jack, me espere aqui - eu disse.
- O que você vai fazer, sua maluca? - disse Jack.
Então, saio do carro dele, entro em casa correndo, pego minha mala e a arrumo com umas mudas de roupas, pego meu passaporte, deixo um recado para as minhas amigas em cima da mesa. Tranco a porta, deixo a chave debaixo do carpete, volto para o carro dele com a mala na mão.
- O que você vai fazer? – disse ele.
- Eu vou voltar pra casa, Jack – eu disse.
- Espere aí. Casa?
- Jack, eu estou voltando para o Brasil por tempo indeterminado. Não sei quando voltarei a Londres.
- Você enlouqueceu?
- Não. Estou decidida.
- Se é assim...
- Mas não conte a ninguém.
- Ok...
Então, ele me leva até o aeroporto e me despedir dele deu um nó na garganta e uma dor no coração. Pego o primeiro vôo para São Paulo, carregando na mala tristeza, decepção e desilusão. Se vou sentir falta das minhas amigas? Sim, vou sentir e muito! Mas não dava mais aguentar a dor que estava sentindo naquele momento. Adeus, Londres! Sentirei sua falta, até um dia... Eu acho!
CAPÍTULO 05 - Voltando pra casa...
Eu chego no Brasil de surpresa, quando chego na casa dos meus pais para descansar. É impressionante que nada mudou, está do mesmo jeito que estava quando fui para Londres. Toco a campainha, minha mãe aparece e me olha com surpresa e abre o portão. Depois que abre o portão, ela me abraça fortemente.
- O que você está fazendo aqui? - ela disse.
- Senti falta desse abraço... – eu disse com voz embargada.
- O que aconteceu para você aparecer?
- Eu voltei, mãe.
- E por quanto tempo?
- Ai, mãe! Parece que não me quer mais aqui!
- É lógico! - disse ela, rindo.
- Mas só falo que a história é longa...
Então, eu entro em casa com a mala, e vejo que nem a casa mudou. Coloco a mala no canto e deito no sofá.
- Como foi de viagem?
- Foi bem...
- O que é isso na sua cara? Por um acaso, brigou com gato?
- Não! – digo sem graça. – Me envolvi numa briga.
- O quê? Virou homem? Você não é de brigar.
- Calma, mãe. Eu te explico...
Conto tudo o que aconteceu a ela, de quando eu cheguei em Londres até a festa do Max. Conto das novas amizades que fiz, ou seja, tudo.
- Ah... O tempo que você ficou lá aconteceu tudo isso?
- Tudo isso.
- Hum... Usou camisinha?
- Mãe!
- Calma! To brincando. Não precisa ficar desse jeito.
- Tá bom – eu disse e começamos a rir.
- E como são esses seus amigos?
- Totalmente pirados e malucos! Mas são legais...
- A sua cara...
- Eu tenho algumas fotos, você quer ver?
- Claro!
Então, eu pego o meu celular e encontro o cabo USB na minha mala e interligo no computador, mostro um por um a ela, até mostro as meninas. Vendo aquelas fotos, me deu até saudades daqueles malucos, das nossas farras e bebedeiras. Até que... Aparece uma foto minha com o Jay, fiz questão de pular, pois fiquei com vergonha, mas...
- Espera! Deixa eu ver essa foto.
- Qual?
- Aquela que você passou rápido.
Então, com a cara queimando de vergonha, eu volto a foto que ela pediu.
- Menina! Quem é esse gato?
- É... Bem... - digo sem jeito. - Esse é James, mas chamam ele de Jay.
- Bonitinho, hein?! E por um acaso, ele era seu “peguete”?
O modo dela falar, me fez rir.
- É, mãe.
- Que “noro” lindo eu arranjei!
- O problema é que ele tinha namorada.
- Então, é por isso que está aqui? É pra esquecer o gato?
Eu não falo nada, fico quieta quando ela disse isso.
- Não fique assim. Na vida tudo passa...
- Até a uva?
- Também. Mas falando sério, essa dor que está sentindo vai passar.
- Ele prometeu que ia ficar comigo. Quando foi na festa, me aparece com outra garota. Mãe, você não sabe a dor que senti quando vi a cena...
- Eu sei. Não fica se torturando, tá?!
Continuamos a ver as fotos, tiveram algumas até inusitadas que caímos na risada. Depois de ver as fotos, bateu cansaço e minha mãe pede pra dormir um pouco na cama dela, pois afinal, a viagem foi um pouco... Cansativa. Então eu vou ao quarto e desmaio na cama dela. Quando acordo, me sinto um pouco melhor, vou até a sala e vejo meu pai, ao me ver, ele toma um susto.
- Eita! Você por aqui?!
- “Suspresa!” – digo, meio sonolenta e ele me dá um abraço.
- Tudo bem?
- Tudo.
- Sua mãe me mostrou as fotos.
“Ih... Fodeu!”- eu penso.
- Mas tá tudo bem mesmo? - disse ele.
- To. O quintal está vazio.
- Seu irmão conseguiu alugar uma casa perto daqui. De vez em quando, ele aparece aqui pra encher o saco.
- Que legal - eu digo.
Mais tarde chega minha sobrinha com o namorado. Ela me dá um abraço forte.
- O que você está fazendo aqui, “muié”?
- Matando a saudade.
- Que legal.
Então, nós conversamos e rimos muito. Afinal, matei saudade das minhas origens. Então, entro no Facebook e escrevo “De volta ao meu aconchego...”.
Passa-se mais ou menos 1 mês e meio que estava na casa dos meus pais. Eles me acolheram com tanto amor que não vi esse tempo todo passar. Eu entrava no Facebook de vez em quando, mas teve uma vez que entrei, vi as fotos de minhas amigas, e uma dessas fotos eu estava. Vi uma postagem da Bruna, tinha uma foto que estava eu e ela no maior “chamego” e escreveu “Há um mês, a alegria virou tristeza. Sinto a sua falta, Dê” e me marcou na foto. Aquilo me cortou, pois ela foi a Londres por minha causa e deixei ela lá, me sinto culpada por causa disso. Mas ela está com as meninas, mas não é mesma coisa quando está comigo. Deixo um recado na foto: “Também sinto a sua falta, sua linda!”.
Não aguento e vou para o álbum de fotos e vejo as imagens que me deixaram uma pontada de saudade. Saudades das nossas festinhas, nossas bagunças, nossas farras...
Até que uma voz aparece atrás de mim.
- Bateu saudade, hein?!
- Que susto, mãe!
- Eu vi que você estava meio distraída vendo as fotos. Você sente falta, né?!
- Oi?
- Não adianta dar uma de louca, menina. Você ouviu muito bem o que disse: você sente falta, né?
- É... Mais ou menos.
- Mais ou menos? Dá pra ver que está morrendo de saudade deles, principalmente do gato.
- Que gato?
- Aquele bonitinho... O James.
Quando ela fala isso, confesso que fiquei meio balançada.
- Caramba! Guardou até o nome dele?
- Claro! É meu futuro “noro”.
- Seu ex-futuro “noro”, quis dizer.
- Nunca é tarde, Denise. Você fica falando assim, mas no fundo, ainda gosta dele.
- Mãe!
- Você não me engana. Uma coisa eu falo: se quiser voltar, pode voltar, não se preocupe comigo e com seu pai. Pelo menos, você está vivendo a sua vida. E... Acho que ficou tempo demais aqui.
- Peraí, você está me expulsando?! - digo rindo.
- Não, sua besta! Só acho que lá é seu destino, e não aqui cuidando de dois velhos.
- Você acha isso?
- Eu acho. Você é muito nova, tem muito que viver, tem que beijar muito. Só não faça coisa para não se arrepender depois.
Quando ela fala isso, fico um pouco pensativa. Então, ela fala que vai fazer a janta e sai. Mas... Será que ela tem razão? Será que estou tempo demais em casa? Será que vir para o Brasil para esquecer o Jay foi a melhor opção? Só sei de uma coisa: eu não aguento mais ir a festa de parente e ficarem perguntando se tenho namorado, o que estava fazendo em Londres... Que saco!
Teve uma festa que teve na semana que cheguei de viagem, uma prima minha já com ar de maldade comenta de que viu uma foto minha no Facebook que estou marcada, e era... Uma foto que estava com a dupla dinâmica (tradução: ToMax). Já até imaginei a foto qual era.
- Eu vi uma foto sua com dois caras no Face. O que você estava fazendo lá nos Estados Unidos? - disse ela.
- Hã?! Não é Inglaterra? - eu corrijo.
- Sei lá! Só sei que vi a foto. Sei não o que rolou entre você e eles.
- Não rolou nada, pois eles são meus amigos!
- Amigos? Eles? Sei não, hein?! A sua cara às vezes engana.
- Por que você está falando isso?
- Essa sua carinha de santa não me engana. Só mesmo sua mãe acredita em você.
- Sua idiota! Não aconteceu nada entre eu e eles. Os dois têm namoradas, e eu não teria nada com cara que tem namorada, eu não sou periguete!
- E aquele bonitinho que vi na foto? - disse a minha mãe.
- Bonitinho? - disse minha prima.
- Mãe! – digo, chamando a atenção dela.
- Você tem que ver, ele é mó “tchutchuco” – disse minha mãe. - Está com o celular aí, Denise?
- Ah, eu to - digo sem jeito.
- Mostra pra ela! - disse minha mãe.
Então, pego o celular, coloco na tal foto, mas louquinha pra matar a minha mãe, aquela boca aberta. Ao ver a foto, deu pra ver que minha prima ficou de boca aberta, não falou nada... Só observou.
- É... Ele é bonitinho mesmo – disse ela, desdenhando.
- E é meu “noro”! - disse minha mãe.
- Mãe! Ele não é seu “noro”! - eu disse sem graça.
Ela estava jogando uma pra mim, querendo dizer “fala que ele é seu ‘mino’, sua trouxa!”, assim minha prima acredita.
- Mãe... Não era pra falar isso. Você prometeu segredo – eu digo.
- Não consegui guardar, né?! - disse ela com ar maroto.
- E por que ele não veio? – disse minha prima.
- Ah... Esqueci de avisar a ele – eu respondo.
- Cuidado! Senão vão roubar ele de você... – disse ela.
“E o pior é que já o perdi” – penso tristemente.
- Mas na próxima vez, chama ele para conhecer a família - disse ela.
- Pode deixar – eu disse.
- Mas... Ele bebe?
- Sim. Por quê?
- Então, ele é “firmeza”! Já gostei do meu mais novo primo! – disse ela e sai.
Depois que ela sai, eu e minha mãe começamos a rir.
- Mãe, você é má.
- Eu? Má? Imagina... Eu só queria ver a cara dela ao falar dele.
- Mas você sabe que não estamos juntos.
- Ainda. Pois nunca se sabe - disse minha mãe.
- Será?
- Confia em mim.
Depois dessa e de outras festas familiares, passam-se alguns dias. Depois, vi uma chamada no Whatsapp em meu celular. Quando vejo, era chamada de... Karol! Saudades dessa maluca. Então, eu respondo a sua chamada.
- Oi, sua louca! Tudo bem? - eu digo.
- Tudo bem, sim - disse ela. - Que saudade de você...
- Eu também estou. Eu vi as fotos de vocês, me bateu um aperto no coração.
- Imagino. Dê, volta pra casa... Londres não é mesma coisa sem você aqui, a sua alegria faz falta.
- Mas... Eu não sei se estou pronta pra voltar.
- Como assim? Já passou quase 2 meses e tá me dizendo que não está preparada? Qual é, menina?! Todo mundo sente a sua falta.
- Todo mundo?
- É. Todo mundo. O seu “irmãozinho” querido não para de falar de você.
- Tadinho... Que saudade dele.
- É. Você faz falta.
- Hum... Eu já queria falar com você sobre isso, para saber como o pessoal está.
- Menina, aconteceu cada babado.
- Então, me conta...
- Bem, é o seguinte...
Ela me conta que depois que fui embora, a festa continuou normalmente, mas não foi a mesma coisa depois da briga que houve entre eu e Kelsey Ann. Jack voltou pra festa como não aconteceu nada, só que me levou pra casa, mas não disse que fui embora de vez de Londres. Logo após a nossa “conversa”, Jay vai embora da festa acompanhado da Fuinha (leva ela pra casa). Depois de algumas horas, a festa acaba, mas a falação continua.
Nathan resolve levar a Bruna para casa, o resto da turma ficou lá. Chegando em casa, foram para a varanda pra ficar a sós (se é que vocês me entendem). Ao entrar em casa, ela vê um tipo de envelope e abre, vê que era o meu bilhete de despedida. Ela cai no choro e mostra ao Nathan, que fica muito abalado, não acreditando no que leu. Bruna liga pra Karol sobre o acontecido aos prantos e ela conta a Dani e Andreza e eles voltam para casa.
Chegando lá, Bruna está com os olhos vermelhos e segurando o bilhete e Nathan abraçando ela. Dani pergunta o que aconteceu e Bruna mostra o bilhete e elas (Dani, Andreza e Karol) leem e ficam com os olhos cheios d’água. E estava escrito:
“Meninas, estou voltando para o Brasil. Vou sentir muitas saudades de vocês e dos meninos, mas meu coração está aos pedaços e não aguenta de dor.
Se cuidem,
Denise.”
Depois disso, as meninas começam a chorar.
- Não acredito nisso – disse Andreza.
- Como assim ela foi embora? – disse Dani.
- Isso não pode ser verdade! Não estou acreditando nisso – disse Karol.
- Nem eu estou. To muito triste... – disse Bruna.
Depois, chegam os meninos, não entendendo a cena e eles perguntam o que tinha acontecido, pois eles estavam se despedindo do pessoal. Quando Bruna mostra o bilhete a eles, eles ficam sem saber o que fazer.
- Isso quer dizer... – diz Siva.
- Sim! A Denise foi embora de vez – diz Nathan.
- Cara! Não to acreditando – diz Max com voz embargada.
- Ela nos deixou, e agora? - diz Siva.
- Puta que pariu! Ela não deveria fazer isso com a gente - Diz Tom com voz quase de choro.
- Por que ela fez isso com a gente? - diz Max.
- Uma resposta: coração partido – disse Karol.
- É verdade. Ela estava um caco, deu dó dela – diz Nareesha.
- E tudo isso foi culpa minha – disse Kelsey.
- Amor, não foi culpa sua - disse Tom. – O culpado de tudo foi o James! Vou matar aquele arrombado! Ele tá fodido na minha mão!
- Não é pra tanto – disse Dani.
- Como assim? Ele magoou a nossa amiga. Ele vai se ferrar – disse Andreza.
- Eu não queria estar na pele dele - diz Siva. - Mas o que ele fez foi errado.
- Vou metralhar ele! – disse Max.
- Eu... Não queria falar isso, mas... Sabia que ela fez isso – disse Jack.
- E por que você não falou nada para gente? – disse Bruna.
- Prometi a ela que não ia contar, que ia guardar segredo – disse Jack.
- Mano, a gente não te culpa – disse Max.
- Culpamos o James, aquele safado! - disse Karol.
- E cadê ele? - disse Nathan.
- Foi levar a Kelsey pra casa – disse Nareesha.
- Aff! - disseram Bruna, Andreza e Karol.
- Será que ele vai dormir lá? - disse Dani.
- Tomara. Porque estou louquinho pra quebrar a cara dele. Mexeu com a Dê, mexeu comigo! - disse Tom.
Minutos depois, chega Jay. Todo mundo olha para ele querendo fuzilar só com olhar, com isso, um silêncio paira no ar. Até que... Do nada, Tom se aproxima dele e dá um belo soco, com isso ele cai no chão e os caras seguram o Tom.
- Vou te matar, seu filho da puta! - disse Tom.
- Calma, cara – disse Nathan, assustado com a cena.
- Calma o caralho! Vou acabar com esse arrombado, filho da puta! - disse Tom, furioso.
- O que foi que aconteceu? – disse Jay, não entendendo nada.
- Você ainda pergunta?! - disse Max com olhar fulminante.
Eles não falam nada, apenas dão o bilhete que escrevi a ele. Ao ler, ele fica sem ação e boquiaberto.
- E-eu não to acreditando nisso - disse Jay.
- Está feliz agora? – disse Tom. - Por sua causa, a Denise não está mais aqui! Foi embora para o Brasil para sempre!
- Merda! O que foi que fiz? E-eu nem sei o que dizer.
- Você fez cagada, seu trouxa! - disse Max.
- Sabendo que estava “ficando” com ela, por que você apareceu com a Kelsey Ann? – disse Jack. – Que vacilo, hein?!
- É que... Que...
- “É que...” porra nenhuma! Graças a sua mancada, Denise não está mais aqui – disse Tom.
- É que não consegui “dar o fora” na Kelsey, tá legal?! Ia contar sobre a Denise a ela, mas eu não consegui – disse Jay.
- Eu não ouvi isso... – disse Max.
- Tentei pedir desculpas a ela, mas não aceitou e disse que não confia mais em mim – disse Jay.
- Você fez o quê?! Não acredito nisso... Você não sabe o quanto ela sofreu, chorou muito. Ela queria até ir embora, a gente que não deixou – disse Max.
- Ela ficou arrasada, as meninas que foram consolar. Até nós fomos consolar, ela tava um caco – disse Tom.
- Não é por nada, mas... Você pisou na bola, e feio – disse Siva.
- Você não sabe como ela ficou quando te viu com a Kelsey. Deu muita pena dela - disse Nareesha.
- Nunca a vi daquele jeito. Você a magoou muito – disse Andreza.
- Por que você prometeu a ela? Me diz?! Agora ela foi embora desiludida e enganada. Tudo por sua culpa, pela sua mancada. Olha, eu nem sei o que dizer... – disse Tom.
- Eu sei o que fiz, eu sei que foi errado. Eu... Vou atrás dela – disse Jay.
- Tarde demais! - disse Tom.
- Como assim?
- Quando cheguei aqui, ela me mandou mensagem dizendo que já estava a bordo – disse Jack.
- Ah não... – disse Jay.
- Feliz? Viu o que fez? Agora já está com a consciência, né?! - disse Max.
- Como diz um ditado: “A gente só dá valor quando a gente perde...” – disse Tom.
Então, todos saem e o deixam sozinho, segurando meu bilhete com cara de choro e, ao mesmo tempo, envergonhado do que fez. A partir desse dia, o clima ficou super chato entre eles. Depois disso, ninguém mais falou com ele, nem mesmo as meninas. Envergonhado, ele resolveu arrumar suas coisas e ir para a casa de sua mãe, para esfriar a cabeça e esquecer do que fez. Quando o pessoal ficou sabendo, eles ficaram um pouco... Tristes.
- Acho que pegamos pesado com ele – disse Kelsey.
- Eu não acho. Foi bom, assim ele vê o que ele fez. Já leva isso como lição - disse Bruna.
- Confesso que fiquei triste com sua partida - disse Nareesha.
- Fez bem ele fazer isso. Já não queria mais olhar pra cara dele – disse Tom.
- Mas pelo menos sabe que fez, ele ficou arrependido - disse Andreza.
- Acho que ele se arrependeu tarde demais para o meu gosto. O que ele fez com ela, não se faz com ninguém – disse Karol.
- Isso é verdade. Se fosse outro, não estava nem aí para os sentimentos dela. Não é por nada, mas... Vocês viram como ele ficou quando soube que ela foi embora? - disse Nareesha.
- Vi. Ele ficou arrasado – disse Andreza.
- Isso é um sinal de uma coisa: ele a ama de verdade - disse Dani.
- Mas acho que ele fez bem afastar um pouco, para não se torturar pelo que fez – disse Nareesha.
Duas semanas depois, os meninos não aguentam de saudade daquele geek, então, foram atrás dele. Conversaram e se reconciliam e ele resolve voltar para a casa, e assim, a paz voltou a reinar no lar. Mas durante a sua estadia na casa da sua mãe, ele resolve se encontrar com a Kalsey Ann, a “Fuinha”. No dia seguinte, ela liga para sua amiga contando o que aconteceu, mas ela estava chorando muito e falou que Jay deu um fora nela. Então, a Kels comentou isso com as meninas, e elas ficaram chocadas... Mas felizes com a notícia.
(Imagino como a Karol, Bruna e a Andreza ficaram.) Nessas conversas, eu e Karol ficamos quase 2 horas no telefone.
- Nossa! Nesses quase 2 meses que estou longe, aconteceu tudo isso? – eu disse.
- Tudo isso – disse Karol.
- Fico até... Perplexa.
- É, amada. É pra ficar mesmo. Você perdeu tuuudo isso. Fora que teve outra festa. Mas não foi a mesma coisa sem você aqui.
- Jura?
- É. E... Teve outro barraco.
- Caramba! Outro? Quem foi?
- A Andreza.
- De novo? Ela tá muito barraqueira.
- To vendo. E ela brigou com uma ex ficante do Max.
- Não vai me dizer que a Lucy apareceu de novo?
- Não, não foi a Lucy. Foi uma outra... Ela se chama Nina. É uma modelo.
- Eita! Só o cara começar a namorar, as ex brotam.
- É verdade. E a Drê deu uma lição na modelete. Os dois quase terminaram por causa disso.
- Eita porra!
- E teve uma ex que apareceu também.
- Do Max?
- Não. Dessa vez do Nathan.
- O QUÊ?!
- É. Uma tal de... Ariana, se não me engano. Ela stalkeava o garoto. Imagina como a Bruninha ficou. Ela quase voou na menina.
- Eita porra!
- É, menina. Você perdeu os melhores momentos.
- E... Os dois?
- Estão bem, graças a Deus. E... Eles se firmaram de vez.
- Como assim?
- Os dois começam a namorar.
- Own... Que fofos! Sabia que Brunathan é real.
- Mas são fofos, mesmo.
- E você e o Chris?
- Ah... Estamos nos conhecendo ainda.
- Ainda?!
- Dá um tempo, criatura!
- Mas estou pasma com uma coisa.
- Com o quê, menina?
- Ele... Deu o fora naquela Fuinha. Não to acreditando.
- É, minha filha. Quando Kels nos contou, fingimos que ficamos chocadas. Depois, começamos a pular de alegria.
- Que maldade, gente!
- Maldade nada! Se não fosse por ela, você e o Jay eram para estar juntos de vez.
- Nem me lembre disso.
- E sabe o que significa isso?
- O quê?
- Ele gosta de você de verdade. Ele te ama, menina. E outra coisa.
- O que?
- JAYNISE EXISTE!!!
- Ai Karol... – eu falo rindo. - Não é pra tanto, também. Se ele me amasse de verdade, não teria feito que fez.
- Ele é meio inocente, mas dá pra ver nos olhos dele o quanto te ama. Ele ia atrás de você, a gente que não deixou.
- Nossa! Mas de resto... Tudo bem, né?!
- Tá tudo bem. Mas pense bem... Acho que você deveria voltar pra cá. Todos sentem a sua falta, você é a peça chave da turma, é a alegria que está faltando. Volta pra Londres, mesmo que não esteja pronta.
- Vou pensar no caso.
- Isso aí. Porque não dá pra viver sem você aqui, não! Quem é que causa nas baladas?
- Não sou só eu que causo.
- Mesmo assim... Londres não é a mesma coisa sem você aqui. Volta pra casa, pela gente... Pense direito, tá?
- Tudo bem. Prometo que vou pensar.
Então, nos despedimos e desligo o telefone. Ela falou com a voz tão... Embargada para voltar para Londres, mas acho que o meu orgulho besta não deixa. Vejo que a bateria do meu celular estava quase acabando, pego o carregador e o deixo carregando. Com tanta notícia que fiquei sabendo, confesso que fiquei meio... Balançada. Que saudade da minha turma louca... Saudade dele. E pensar que ele deu fora na Fuinha... Fico até feliz por dentro. Será que estou pronta para perdoá-lo?
Converso com a minha mãe e ela disse para deixar pra lá e perdoar ele, passar uma borracha no que houve. Alguns dias depois e resolvo tentar usar o Skype, até que... Consigo mexer naquela coisa. Vejo um monte de convite para amizade, alguns eu aceito, outros não. Até que me deparo com o convite de... Nathan. E claro, eu aceito na hora. Meu sobrinho me ajuda a instalar o webcam, pois tinha um sobrando e ele me deu. No dia seguinte, decido entrar para testar e... Não é que deu certo! E vejo alguém me chamando para conversar, e era... O Nathan. E claro, eu aceito a chamada, mas ele não estava sozinho, tinha uma outra pessoa com ele, era... O Siva! Saudade desses meninos.
- Denise! - disseram os dois ao mesmo tempo.
- Amores da minha vida! Que saudades de vocês! - eu digo.
- Tudo bem com você, amada? - disse Siva.
- To bem. E vocês?
- Mais ou menos... – disse Nathan.
- Por quê?
- Aqui está sem graça sem você – disse Nathan.
- Ô mondeuzo! Vocês não sabem o quanto estou sentindo saudade de todo mundo.
- Peraí. De todo mundo? - disse Siva.
- É. De todo mundo.
- Sem exceção? - disse Siva.
- Sem exceção.
- Bom saber, amada! - disse Nathan.
- Cala a boca.
- Como está aí? – pergunta Siva.
- Tirando festa chata de parente e de parente enchendo saco, está tudo bem.
- Ah... – os dois dizem ao mesmo tempo e dão risada.
- Por que vocês falaram “sem exceção”?
- Por nada, Dê – disse Nathan.
- O que vocês estão aprontando?
- Nós? Nada... – disse Siva.
- Hum... Estou até com medo de vocês.
- Mudando de assunto... Você está sabendo das coisas que aconteceram por aqui? - pergunta Nathan.
- Dos babados? Da festa que fizeram sem mim? Sim, to sabendo.
- Ué! Quem te contou? – disse Nathan.
- A Karol me contou.
- Ela é uma estraga prazeres – disse Siva.
- Ela tá ferrada na nossa mão – disse Nathan e começo a rir.
- Então, tentamos fazer uma festa, mas não é a mesma coisa sem você aqui – disse Siva.
- Awn...
- Ah, e teve outro barraco – disse Nathan.
- Já to sabendo. Mas essa Andreza é barraqueira mesmo.
- Mas vocês brasileiras são muito briguentas – disse Siva.
- A Drê é, eu não.
- Como não?! Quem foi que deu uma de Anderson Silva na festa do Max? - disse Nathan.
- Essa parte pula, Nath... - eu disse envergonhada.
- Mas aquele dia me deu medo de você, nunca te vi tão furiosa daquele jeito – disse Siva.
- Não sei como você conseguiu segurar ela sozinho – disse Nathan.
- Ah, eu fui com a cara e a coragem – disse Siva.
- Tadinho! Lembro dele falando: “Calma, Denise...”. E eu tava tomada no Jiraya.
- Não é à toa que você é “irmã” do Tom – disse Siva.
- É... - disse Nathan.
- Seus ciumentos!
- Nessa festa perguntaram de você – disse Nathan.
- Sério?!
- É. Você deixou uma legião de fãs aqui - disse Siva.
- Nossa! E a outra foi? - eu perguntei, fingindo que não sabia de nada.
- Quem? A Kelsey Ann? Depois que o Jay deu um fora nela, nunca mais apareceu – disse Nathan.
- Po, Nath! Você contou a novidade que a gente ia falar – disse Siva.
- Ah... Foi mal – disse Nathan.
- Não se preocupe, eu já sabia disso.
- A Karol te contou? - disse Nathan.
- Aquela fofoqueira – disse Siva.
- Ela nos paga! - disse Nathan.
- Olha como falam da minha amiga...
- Mas ela é fofoqueira mesmo! - disse Siva.
- Ela te contou até que parte? - disse Nathan.
- Da Drê brigando com a modelete que era uma das ex’s do Max.
- Ah... – disseram os dois.
- Ela não contou tudo – disse Siva com cara marota.
- Hã?! - digo sem entender.
- Agora a gente pode contar, né?! – disse Nathan.
- Contar o quê?
- É que... Aconteceu uma coisa na festa – disse Siva.
- O que aconteceu?
- Pode contar ou não? - disse Nathan.
- Contar o quê?
- Conta logo! – disse Siva.
- Tá, eu não vou contar – disse Nathan.
- Puta que pariu! Vai contar nada? – digo sem paciência.
- Calma! Curiosidade mata – disse Nathan.
- Eu vou te matar já, já.
- Ih... Tá ferrado – disse Siva, rindo.
- Eu não sei como começar... – disse Nathan sem jeito.
- Ai, ai... – eu digo.
- Mas... Gravamos o vídeo da festa – disse Siva.
- Que legal! Pode passar pra mim?
- Claro! É pra já - disse Siva.
Então, eles me mandam o tal vídeo da festa, falo que ia ver e já voltava a falar com eles. Começo a perceber que o vídeo da festa tem a ver comigo. Aparecem aqueles malucos acompanhados pelo Tom. Então, eles vão na direção da varanda, parecia que eles estavam procurando alguém, até que aparece uma pessoa sentada, com ar de tristeza e com uma garrafa de cerveja na mão. Quando vejo, era...
- E aí, James! O que está fazendo aqui? – disse Tom, com ar de brincadeira.
Pelo jeito, não era a primeira cerveja que ele estava bebendo. Dava pra ver que ele estava meio bêbado.
- Ah... Eu nem vi vocês chegarem... – disse ele com voz meio mole.
- Cara, você tá bem? - disse Nathan, preocupado.
- Eu... Não sei... – disse Jay.
- Jay, você não está nada bem... - disse Siva.
- Será?!
Quando ele olha pra eles, seus olhos estavam vermelhos, não sei se era de embriaguez ou era de... Choro.
- O que está acontecendo, cara? - disse Siva.
- Cara, você não está nada bem – disse Tom.
- Sinto falta – disse Jay.
- Falta de que? - disse Nathan.
- Falta dela – disse Jay.
- Dela quem? – disse Tom.
- Ah, como eu fui um burro, um fraco. Como pude fazer aquilo com ela... Ela não merecia... – disse Jay.
- Ela quem? - disse Nathan.
- Denise... - disse Jay com voz embargada.
Ao falar o meu nome, os três ficaram quietos e ficaram olhando para cara dele com uma pena.
- Sinto tanta falta dela – disse Jay.
- Todos nós sentimos falta dela, cara. Não fique assim – disse Nathan.
- Por causa da minha burrice, da minha fraqueza, ela não está aqui. Ela nunca mais vai voltar pra cá. Como pude ser tão idiota?! – disse Jay.
- Não fica se torturando, cara – disse Siva.
- Era para ela estar comigo, acho que já até arranjou outro cara pra me esquecer – disse Jay.
- Acho que não – disse Tom.
- Vocês acham isso? Será que ela não me esqueceu? – disse Jay.
- Jay, eu não sei... – disse Siva.
- Sinto falta dela. Sinto falta da alegria, daquele sorriso sincero e doce dela... Como gostaria de voltar atrás... - disse Jay.
- Todos nós sentimos muito falta dela, Jay. Só não fique desse jeito – disse Tom.
- Mesmo que ela não volte, eu só queria... Que ela me perdoasse, só isso – disse Jay.
- Cedo ou tarde, ela vai te perdoar. Conheço aquela cabeça-dura – disse Tom.
- Valeu, cara... – disse Jay.
Então, ele abraça o amigo e o vídeo acaba nessa parte.
Ao acabar de ver o vídeo, percebo que estou com olhos cheios d’água. Aquilo me comoveu muito. Então, vou ao banheiro e desabo no choro, minha mãe não entendeu nada o que tinha acontecido. Como assim? Ele deu um fora na outra por minha causa? Ele realmente sente a minha falta? Só sei que ao ver vídeo, uma coisa confirmou: SIM! Ele me ama de verdade! Com isso, fico totalmente feliz.
Lavo o meu rosto e volto onde eu estava, vejo se eles estavam online ainda, e pra minha sorte, eles ainda estavam.
- Denise? Tá aí ainda? – disse Siva.
- Sim... Eu estou.
- Você viu o vídeo? - disse Siva.
- Sim, eu vi.
- O que você achou? – disse Nathan.
- Eu já disse que odeio vocês? - eu disse e eles caem na risada.
- Sabia que ia falar isso – disse Siva.
- Vocês querem me matar do coração?!
- Não, amada! Só achamos que o vídeo é sobre... Seu interesse – disse Nathan.
- Ah...
- Então, o que você achou? - disse Siva.
- Achei... Comovente.
- Mostramos esse vídeo para todo mundo e optaram de mostrar para você – disse Siva.
- Ele ficou arrasado com a sua partida. Se você não voltar nunca mais, pelo menos perdoa ele – disse Nathan.
- Volta pra casa, por ele... Vocês nasceram um pro outro – disse Siva.
- Ai, meninos! Vocês mexeram com os meus sentimentos mostrando esse vídeo. Mas como disse a Karol, não sei se estou pronta, vou pensar no caso.
- Isso! Pensa mesmo. Porque a gente não aguenta de saudade de você - disse Siva.
- Nem ele – disse Nathan.
- Tá bem...
Então, nos despedimos e saio do Skype. Não saía da minha mente a última frase que ele disse: “Mesmo que ela não volte mais, só queria que ela me perdoasse...”. Bem que falam que quando a pessoa bebe demais, fala algumas verdades. E ele não mentiu em nada, dava pra ver em seus olhos que estava triste, triste de ter me perdido. E ele achou que deu fora na Fuinha à toa, pois eu não estava lá. Contei isso para minha mãe e mostrei o vídeo a ela, e ficou comovida.
- Ô judiação... Tadinho dele – disse minha mãe.
- Isso me cortou o coração – eu disse.
- Perdoa ele, menina.
- Ah... Eu não sei...
- Larga de ser besta! Deixar esse gato a Deus dará é um erro. Ele tá na sua! Falando sério: você vindo pra cá foi o pior erro que você cometeu. Invés de enfrentar o problema, você correu.
- Mas mãe, eu não sabia o que fazer na hora. Estava magoada com o que ele fez.
- Eu sei, mas... Se eu fosse você, voltava pra lá antes que seja tarde demais.
- Você... Acha isso?
- Claro! Corre atrás da sua felicidade antes que se arrependa.
Fico quieta pensando no que ela disse. O pior é que ela está certa, tenho que correr atrás antes que seja tarde demais e não deveria voltar para o Brasil, era para ter enfrentado o problema e não fugido. Mas do jeito que estava muito magoada, não consegui suportar. Dias depois da conversa no Skype, não tirava aquele vídeo da minha cabeça e no que minha mãe disse. Então, tomo decisão em voltar para Londres. Comuniquei a minha família, e eles aceitaram numa boa, com tristeza, mas me deram uma baita força. Logo na manhã do dia seguinte, meu irmão me leva até o aeroporto e nos despedimos tristemente, mas sabia que estava indo atrás da minha felicidade e prometo que voltaria para visitar. Estava morrendo de ansiedade para reencontrar meus amigos... E ele. Estou louca para reencontrá-lo e dizer que o perdoo. Cheguei em Londres com bastante entusiasmo, ansiedade e felicidade. Primeiro, eu pego um táxi e vou onde eu trabalhava e procuro pelo gerente. Ele fica bastante feliz ao me ver, não só ele, mas o pessoal todo gostou de me ver.
- Saudades de você, menina! - disse o gerente.
- Mas eu estou aqui! Eu voltei... – eu disse.
- Ficamos sabendo sobre o motivo da sua partida para o Brasil. Seu amigo nos contou, o... Tom – disse o gerente.
- Ah... - eu disse.
- Mas agora, Londres está alegre.
- É. E quero falar uma coisa...
- Sobre o seu cargo? Infelizmente foi preenchido. Pensei que não fosse voltar mais, coloquei uma garota no seu lugar.
- Ah... Que pena.
- Mas... Fiquei sabendo do que você fez na festa de um amigo seu.
- O quê?
- Que... Você foi a DJ da festa.
- Ah... Nem me lembro disso. Fiquei tanto tempo fora...
- E por causa disso, vou te mudar de cargo. Você vai ser DJ daqui.
- Hã?!
- Isso mesmo, mocinha. Você começa na próxima semana.
- Que legal! Obrigada!
Abraço fortemente o gerente e agradeço muito por me dar uma segunda chance e de quebra, me leva até em casa. Chegando lá, meu coração palpitava mais e mais, quase saindo pela boca, minhas mãos suavam. Ele me deixou até na porta, aí meu coração foi a mil. Me despeço dele, pego a minha mala e vou com a cara e a coragem. Percebo que estava um silêncio, não ouvi a voz de ninguém, quando girei a maçaneta, estava trancada. Merda!
Aí eu me lembrei que tinha deixado a chave embaixo do carpete, tentei a sorte, e estava no mesmo jeito que deixei quando fui embora. Então, eu destranco a porta, entro na casa e é incrível que continue a mesma coisa. Para não dar suspeita, eu vou até o closet e deixo a minha mala lá e saio da casa. Onde elas teriam ido? Até que... Pensei que elas estariam na casa dos meninos, então, vou até lá a pé e tentando a sorte. Quando chego na porta, quase tenho um ataque do coração, mas eu vou com a cara e a coragem. Chegando lá, a porta estava aberta e ouvia as vozes. Então, entro sem dar nenhuma suspeita, e ao entrar, ouço as vozes das meninas, conversando e rindo. Mas cadê os meninos? Só sei que estava morrendo de saudade de tudo... E de todos.
Mal entrei, eu vejo Nareesha e Kelsey, depois vejo as outras meninas. Saudades...
- Nossa! Eles estão demorando muito – disse Nareesha.
- Falaram que só iam comprar bebida. Até agora... NADA! - disse Kelsey.
- Vou ligar para eles – disse Andreza.
- Ai, meninas. Do nada, bateu uma saudade - disse Bruna.
- De quem? – disse Nareesha.
- Da Denise - disse Bruna.
- Nem me fale. Sem ela aqui, está tão chato – disse Kelsey.
- Já se passou um mês e meio, já. Parece uma tortura sem ela aqui – disse Andreza.
- É. Ela faz muita falta mesmo – disse Nareesha.
- Eu implorei pra ela voltar, mas ela disse que não estava preparada – disse Karol.
- Não acredito nisso... – disse Kelsey.
- Você acha que perdoar é fácil?! - disse Karol.
- Nisso ela tem razão. E do jeito que estava na festa, fez bem ela ir embora – disse Andreza.
- Mas sinto tanta falta dela – disse Karol.
- E eu não?! – disse Kelsey.
- Eu também sinto falta dela – disse Nareesha.
- Eu também... – disse Bruna.
- Todas sentem, né?! – disse Andreza.
Do nada, e para a surpresa delas, eu apareço falando:
- Hey! Que bagunça é essa que ninguém me convida?
CAPÍTULO 06 - Retorno, Reconciliação e... FESTA
Quando acabo de falar isso, todas olham pra trás e me veem. Elas não acreditaram no que estavam vendo, pensavam que fosse um sonho.
- É você mesmo? - disse Kelsey.
- Surprise! – eu disse.
Então, todas começam a gritar e foram logo me abraçar freneticamente. Mas uma cena me comoveu muito: ao me ver, Bruna me abraçou e começou a chorar.
- Você voltou... – disse ela.
- Não fica assim, florzinha. Eu voltei e você vai ter que me aturar muito – eu disse.
- Estava morrendo de saudade de você.
- Eu também, amada.
- Mas quando você voltou? – disse Nareesha.
- Agora há pouco – eu respondo.
- Você não faz ideia do quanto você fez falta - disse Kelsey.
- Imagino – eu disse. - Eu também tava com saudade de vocês. Não aguentava ir à casa de parente.
- Ficamos sabendo. Sua prima foi muito saliente pro meu gosto – disse Andreza.
- Mas sua mãe foi demais. Gostei da atitude dela – disse Karol.
- Ela é a mina! - eu digo.
- E... Cadê a Dani? – pergunto.
- Bem... Ela foi embora - disse Nareesha.
- Como assim? - eu falo.
- Acho que ela estava com muita saudade de casa, então do nada, ela resolveu voltar para o Brasil - disse Karol.
- Ah... Que pena - eu digo, um pouco triste.
- Mas o que importa é que você voltou - disse Bruna.
- Agora a festa vai ficar mais animada. A nossa peça-chave voltou!! - disse Andreza.
Nós comemoramos e depois chegam os rapazes, não entendo nada da cena.
- Que porra é essa que está acontecendo aqui? - disse Tom.
- É isso mesmo. Que porra é essa? - disse Max.
As meninas não falam nada, apenas dão um passo para o lado e então, eu apareço.
- Tcharam!
Eles começaram a gritar loucamente e foram logo me abraçar loucamente.
- Não acredito nisso... – disse Nathan.
- Você por aqui! - disse Siva.
- Puta que pariu! Você voltou!! - disse Max.
- Minha irmãzinha voltou, cara! Tô feliz! - disse Tom.
- É, eu voltei – eu disse.
- Mas como? Quando? – disse Max.
- Cheguei agora há pouco - eu repondo.
- Deve tá cansada, não é?! - disse o Nathan.
- Ah, um pouco... – eu falo.
- Por que você não descansa um pouco? - disse Siva.
- É verdade. Você está com a cara tão cansada... - disse Max.
- Dorme um pouco no sofá... Ou em nosso quarto - disse Nathan.
- Como? Não... Eu estou bem – eu disse.
- É melhor você dormir um pouco. Não quero você dormindo pelos cantos – disse Tom.
- Tá bem, vocês venceram – eu disse.
Então, eles me levam até um dos quartos deles para dormir. Percebi uma coisa: estava faltando alguém, mas nem me toquei na hora e caio na cama e durmo como uma pedra. Eu acordei com o meu celular tocando, quando vejo... Era alarme. Ai que ódio!! Então eu desligo e resmungo um pouco. Vou até a cozinha para beber um pouco de água. Ao descer as escadas, sinto um certo... Silêncio. O que eles estavam aprontando? Então, eu vou em direção a cozinha e vejo uma pessoa arrumando a geladeira e resmungando pra caramba. Eu olhei e percebi que não era estranha essa pessoa. Quando vira o rosto, era... O Jay! Como assim ele de cabelo... Curto? No momento, eu estranhei, mas... Não é que ele ficou bem de cabelo curto. Quando penso em ir para a pia, o meu telefone toca, quando olho era o atentado do Tom e, claro, eu atendo.
- O que é agora? - eu disse.
- Acordou, meu Raio de Sol! – disse Tom.
- Engraçadinho.
- Tivemos que dar uma saidinha.
- É. Percebi.
- Temos uma surpresa para você.
- Se for o que estou pensando, eu já vi.
- Ah, não. Sério?!
- Acertei?
- É. Você acertou.
- Vi que você não é bom com surpresas.
- Engraçadinha.
- Não demora, tá?!
- Você é que pensa.
- Idiota.
- Sem graça!
Começamos a rir e desligamos os telefones. Quando me viro, vejo aqueles lindos olhos me olhando todo surpreso. Tomei um susto na hora, meu coração bateu mais forte, minhas mãos começaram a suar e minha garganta ficou seca. Ficou esse clima por alguns segundos que para nós pareciam horas, ou uma eternidade.
Até que... Vamos de encontro.
- Oi... - eu disse timidamente.
- Você voltou... - disse Jay, todo surpreso.
Depois disso, ficamos em silêncio, apenas nos olhando. A minha vontade é de abraçar ele, de beijar e falar que eu o perdoo, mas tive que me conter.
- Precisamos conversar - falamos juntos.
Começamos a rir, pois tivemos o mesmo pensamento e fomos para a cozinha para conversar, ou seja, para nos acertar de vez.
- Olha, eu nem sei onde começar... – disse Jay.
- Por que você cortou o cabelo? – eu pergunto.
- Ah... Foi a ideia do Max. Ele...
- Vou matar aquele careca! É hoje que eu pego aquele cabeção e arrasto no asfalto!! Mas por que ele fez isso?
- É que fizemos uma aposta, eu perdi e ele... Fez isso.
- Não acredito nisso. Vocês são loucos!! – eu disse, rindo.
- Aí fui no cabeleireiro arrumar.
- Ah... Mas até que ficou bom. Eu gostei.
- Jura?
- É. Ficou legal.
- Valeu. Mas por que você voltou?
- Digamos que tive uma ajudinha...
- Como assim?
- Minha mãe me aconselhou e me deu a maior força para voltar.
- Aconselhou?
- Ela me disse que voltando para o Brasil foi o pior erro que cometi e que deveria enfrentar o problema e não fugir.
- Mãe sabe de tudo.
- É...
- O que você fez lá?
- Ah... Eu descansei um pouco, fui em casa de parente. Nada demais.
- Então você nem saiu pra balada?
- Não tive vontade, pra falar a verdade.
- Por quê?
- Não é a mesma coisa como aqui. Com quem iria “causar”?
- Imagino.
- Fiquei sabendo que fizeram uma festa.
- Quer dizer, tentamos.
- Como assim “tentamos”?
- É que... Não é a mesma coisa sem você.
- Você não é a primeira pessoa a falar isso.
- Quem mais falou isso?
- A Karol, o Nath, o Seev...
- Peraí. Eles falaram com você?
- Sim, eles falaram.
- Filhos da puta! Eu vi que teve um dia que eles sumiram do mapa e não falaram nada.
- A Karol me contou do barraco da Andreza...
- Você perdeu. Parecia luta de UFC.
- Sério?! E ela era quem?
- Talvez... O Minotauro.
- Então, a coisa foi feia.
- E como foi...
- Já até imaginei a cena. Foi como no aniversário do Max?
- Não, foi pior.
- Eita!
- Até a Bruninha entrou na briga.
- Menino, eu fiquei sabendo. Quem diria uma menina com ar meigo viraria uma fera.
- Eu tenho medo de vocês.
- Só não mexer com a gente.
- Vou ficar até na minha depois dessa – ele disse e eu começo a rir.
- Mas sou tranquila.
- É... Eu vi isso na festa do Max.
- Essa parte pula. Os meninos até me chamaram de Van Damme, Chuck Norris, Anderson Silva...
- Eles são terríveis – ele disse, rindo.
- São mesmo. Tive que aturar isso.
- Depois que você foi embora, o clima ficou chato.
- A Karol falou. Imagino como o clima ficou aqui. E fiquei sabendo da sua briga com o Tom.
- Não foi exatamente uma... Briga. O Tom que me deu um soco. Aquele baixinho é forte, hein? - ele fala e começo a rir.
- A Karol me contou tudo o que aconteceu. Até quando que... Você deu fora naquela Kelsey Ann.
- Ela contou? Mas essa Karol é uma linguaruda mesmo.
- Mas ela fez isso para saber o que estava acontecendo aqui.
- Humph... Sei! Quando vocês se juntam, tenho até medo do que vai sair.
- Somos tranquilas.
- Sei...
- Somos sim! - digo com ar de riso. - Lembra quando te falei que conversei com Nathan e Siva?
- Sim. Lembro. O que tem?
- Bem, eles me mostraram um vídeo da festa que teve.
- Que vídeo? Não vai me dizer que é do barraco da Andreza.
- Não, não é isso. Esse vídeo... É um dos motivos de estar aqui.
- Como assim? Não entendi.
- Você não lembra de nada?
- Ixi... Não lembro. Aconteceu tanta coisa.
- Deu pra ver que não lembra de nada.
- Não lembro mesmo. Desculpa.
- Só lembro de uma coisa que tinha no vídeo: “Mesmo que ela não volte, só queria que ela me perdoasse”.
Quando eu disse isso, foi como um “clique” em sua cabeça. Ele percebeu do que estava falando.
- Não vai me dizer que...
- Sim! Eles te gravaram bêbado e com cara de choro.
- Pensei que eles não estavam gravando. Eles me pagam! O que mais falei no vídeo?
- Falou que sentia a minha falta, que se arrependeu do que fez. E...
- Agora eu lembrei. Não vou negar.
- Bem que falam que bêbado só fala a verdade.
- É por causa do vídeo que você está aqui?
- Também. Estou aqui por causa da turma, principalmente a Bruna, pois prometi a mãe dela que ia cuidar dela.
- Hum...
- E... De você.
Quando disse isso, ele me olhou espantado, não acreditando no que estava ouvindo.
- Por mim?
- É. Quando eles me mostraram o vídeo, o seu jeito de falar, vi que estava sendo sincero, era de coração. Eles me mostraram aquele vídeo, fiquei comovida e me disseram que quando todos viram esse vídeo, perceberam que deveriam mostrar isso pra mim porque eles querem o nosso bem. Quando minha mãe me deu o conselho de voltar pra cá, ela estava se referindo a você. Ela viu a nossa foto, percebeu que tinha um sentimento entre nós só de olhar por uma simples foto. Você é a razão do meu retorno, eu não saberia viver sem você.
- Então, você me perdoa?
- Mas tem uma condição.
- O que?
- Vamos esquecer tudo que aconteceu? Vamos passar a borracha e começar do zero?
- Você não sabe o quanto senti a sua falta.
Ao falar isso, ele me abraça e me beija intensamente. Um disse ao outro que sentiu falta e ficamos num clima de reconciliação por algum tempo. Até que... Fomos interrompidos por gritos e aplausos. Quando vimos, era o pessoal feliz da vida com a nossa reconciliação. Com isso, ficamos morrendo de vergonha.
- Aleluia! - disse Siva.
- Vamos glorificar esse milagre, irmãos! - disse Karol.
- Será que eles estão por trás disso? - disse Jay.
- Você acha? Tenho certeza! – eu disse.
Todos foram nos abraçar e a nossa cara estava queimando de tanta vergonha.
- Não fiquem assim. Saibam que estamos felizes por vocês – disse Siva.
- A gente tava torcendo por vocês se acertarem. Não aguentava ver esse cara com cara de cachorrinho que se perdeu na mudança – disse Kelsey.
- Cuida bem da minha “irmã”. Senão... Você sabe – disse Tom.
- Tudo bem. Ela está em boas mãos – disse Jay.
- Assim espero – disse Tom.
- Nós temos uma coisa para falar - disse Andreza.
- O quê?
- JAYNISE É REAL!!! – disseram todos e comemoram.
- Não é pra tanto, pessoal – eu disse.
- É sim. Vocês se merecem – disse Nareesha.
- Agora que a festa vai ser boa! – disse Max.
- Espere aí. Festa? – eu disse.
- É – confirma Max.
- Você sabia? – eu disse.
- Sabia, é por isso que eles me pediram para abastecer a geladeira - disse Jay.
- Ah tá – eu disse.
- O otário caiu – disse Max.
- É – disse Tom, rindo.
- Como? – disse Jay, sem entender.
- Era parte do nosso plano, seu besta! – disse Max, rindo.
- Que plano? – disse Jay.
- Ah, é hoje que vou pegar vocês dois!! Venham aqui... - eu disse.
Eles saem correndo e eu vou atrás deles e todo mundo caiu na risada. Até que consigo os alcançar e pego na orelha de cada um.
- Ai ai ai... – disse Tom.
- Pô! Pega leve, Denise – disse Max.
- Tem sorte que é a orelha, não em outro lugar – eu disse.
- A gente fez pelo bem de vocês! - disse Max.
- Pô, irmãzinha! É verdade, tivemos um plano instantâneo - disse Tom.
- Ah vá! É mesmo? - eu disse.
- O que a gente não sabia que ia dar tão certo – disse Max.
- É. Perdoa a gente? – disse Tom.
- Ah... Tá bom! Eu perdoo vocês – eu disse.
Eles me abraçaram carinhosamente, que parecia que me fizeram um “sanduíche”. Ah, esses dois.
- Eu estava com saudades disso – disse Kelsey.
- Eu também. Realmente ela fez falta – disse Andreza.
- Que bom que ela voltou! - disse Kelsey.
- Verdade. Ela não saberia viver sem a gente – disse Andreza.
- Nem a gente sem ela – disse Kelsey.
- Concordo – disse Andreza.
- Hey, vocês duas! Venham dar um jeito nesses dois! - eu disse.
- Isso mesmo! Dá um jeito nesses dois, não estou gostando do que estou vendo – disse Jay.
- Ixi! Tá com ciúmes, é?! - disse Tom.
- Claro! Eu tenho que cuidar o que é meu – disse Jay.
- Relaxa, cara. “Mi casa, su casa” – disse Max.
- Que nada! A casa é só minha. Dá licença! – disse Jay, pegando na minha mão.
Quando ele fala isso, todo mundo cai na risada, e nós dois fomos para a varanda para ficar um pouco a sós.
- Esses meninos são loucos – eu disse, rindo.
- Ué! Pensei que estava acostumada? – disse Jay.
- É. Mas... Estava com saudade de tudo isso.
- Você estava com saudade?
- Claro! Saudades das bagunças, das farras... De você.
- Parece passou um ano ou mais sem você aqui. Sei lá, não é a mesma coisa sem você aqui, parece que você agita tudo aqui. Não sabe o quanto senti a sua falta. Depois da festa do Max, parecia que tinha um vazio na turma. E quando ficou um clima chato aqui, resolvi passar uns tempos na casa da minha mãe.
- A Karol tinha contado isso para mim.
- Estou vendo que vocês puseram o papo em dia.
- Lógico! Ficamos quase 3 horas no telefone para você ter ideia.
- Vocês falam, hein?!
- Você está com ciúmes, isso sim!
- Vocês brasileiras me dão medo.
- Larga de ser medroso, menino!
- Eu to tão feliz que você está aqui. Não sou só eu, mas os caras também... É bom ver eles assim.
- Senti muita falta desses doidos.
- Põe doidos nisso.
- E por que vai ter festa hoje?
- É uma festa surpresa.
- Como surpresa que ninguém tá fazendo aniversário hoje?
- É uma outra surpresa.
- Ah...
- Posso te fazer uma pergunta?
- Pode.
Na hora que respondi, ele pega na minha mão e olha nos meus olhos profundamente. Minha garganta fica seca, as minhas pernas ficaram bambas e meu coração bateu mais forte e acelerado.
- Denise, você aceita namorar comigo?
O QUÊ?! Como assim ele me pede em namoro? Não falei nada, só fiquei olhando para a cara dele totalmente sem ação.
- Você está bem? - disse ele, com receio.
- E-eu? T-tô bem. Mas...
- E aí? Você aceita namorar comigo ou não?
- Bem... É que...
- Que...?
- Pensei que a gente já estava namorando no momento em que te perdoei.
- Isso é um sim?!
- Claro, seu bobo!
Os seus olhos se encheram de água, ele deu um doce sorriso, me abraçou e me beijou. Ficamos nesse clima romântico por algum tempo, mas o que a gente não sabia é que todo mundo estava vendo aquele momento. Depois de rolar esse momento só nosso, todos começaram a ovacionar e gritar. Ai que vergonha!
- Aee!! - gritam todos.
- É disso que estava falando! – disse Tom.
- Ai, que bonitinhos! – disse Bruna.
- Aprendeu direitinho comigo. Esse é meu garoto! – disse Max.
- Eles não... – eu disse.
- Sim! Eles viram – disse Jay, sem jeito.
- Ai que vergonha! – eu disse.
- Será que a gente não pode ter um pouco de privacidade? - disse Jay.
- Pode até ter, mas... Cara! Tá tudo em família – disse Tom.
- Tá bom. Na próxima vez, vou arrancar a orelha de todo mundo! - eu disse.
- Não precisa ser violenta, Dê – disse Jay.
- Com eles tem que ser, principalmente com os senhores Thomas e Maximillian - eu disse.
- É. Os dois são terríveis mesmo - Jay concorda.
Depois disso, o pessoal começou a nos parabenizar, a gente estava se sentindo o casal Real Britânico. Ajudei eles nos preparativos da tal festa surpresa, os meninos me pediram (quer dizer, suplicaram) para fazer as bebidas, pois falaram que na última vez que teve festa, estava muito forte e só eu sei fazer do jeito que eles gostam. Folgados! Mas é claro que a Karol me ajudou em algumas partes. Quando estava quase tudo pronto para a tal festa, eu e as meninas fomos para a nossa casa nos arrumar, somos filhas de Deus. Chegando lá, foi a maior bagunça, as meninas começaram a me chamar de Sra. McGuiness, vê se pode?! Nem cheguei a casar com ele, já estão me chamando assim? Só elas mesmo...
- Que bom que vocês se acertaram. Fico feliz por vocês - disse Bruna.
- É verdade. Não aguentava ver aquela carinha dele triste – disse Andreza.
- Lembrei dele na festa. Fiquei com dó do bichinho – disse Karol.
- É. Agora ele tá feliz que a “mina” dele voltou – disse Andreza.
- Isso mesmo. Agora tá todo mundo feliz! - disse Bruna.
- Meninas, vocês estão me constrangendo – eu disse.
- Larga de ser besta, menina! Estamos felizes pela sua volta – disse Karol.
- É uma pena que a Dani não está mais aqui – eu disse.
- Verdade. Mas ela preferiu voltar pra casa, fazer o quê? - disse Andreza.
- Mas... Ela brigou com alguém? - eu pergunto.
- Pior que não. Deu a louca nela, do nada foi embora - disse Karol.
- Acho que ela sentiu saudade de casa – disse Bruna.
- Também acho - eu disse.
- Mas agora, bola pra frente, que atrás vem gente. O importante é que a nossa alegria voltou... – disse Andreza.
- E JAYNISE SE TORNOU REAL!! - disseram Bruna e Karol.
- Vocês me matem de vergonha - eu disse.
Enquanto a gente conversava, a gente se arrumava. Até que a Karol recebe uma ligação misteriosa, não sei de quem é, mas desconfio que é o Chris. Depois, ela fala com as meninas e elas ficam felizes com que estavam falavam. Não falei nada, só observei a “zuera”.
- O que está acontecendo? - eu disse.
- Nada - disseram as três juntas.
- Conheço vocês. Estão aprontando alguma coisa – eu disse.
- ‘Tamo nada! – disse Bruna.
- Está muito desconfiada pro meu gosto - disse Andreza.
- Isso mesmo! - disse Bruna.
- Já tá se achando só porque se tornou Sra. McGuiness. Que isso, jovem?! - disse Karol.
- Vão pro inferno! - eu disse.
- Volta aqui, sua chata. A gente te ama – disse Andreza, me abraçando.
Elas me abraçaram carinhosamente. Ah, como estava com saudades dessas doidas, desse abraço múltiplo.
- Agora, chega de abraço coletivo e vamos para festa – eu disse.
- É. Hoje vai ser A festa – disse Bruna.
- E essa vai para história - disse Andreza.
- O que vai acontecer? – eu disse.
- Ah, é surpresa – disse Karol.
- Não acredito que vocês não vão me contar?! - eu disse.
- Desculpe, quanto menos gente saber, melhor – disse Andreza.
- Credo! Fiquei ofendida agora – disse triste.
- É melhor você contar para ela - disse Bruna.
- Ah, tá bom! – disse Andreza.
Então, Andreza me conta o motivo da tal festa, confesso que fiquei chocada.
- É sério isso?! - eu disse.
- É – disse Andreza.
- To chocada! - eu disse.
- Imagina quando a gente soube – disse Karol.
- Mas guarda segredo, viu?! – disse Bruna.
- Tudo bem. Minha boca é um túmulo - eu disse.
- Ai de você abrir a boca – disse Karol.
- Calma! Eu não vou abrir a boca, relax, amada - eu disse.
- É bom mesmo! - disse Andreza.
- Karol, posso te fazer uma pergunta? - eu falo.
- Pode, criatura – disse ela.
- Como vai você e o Chris? Já estão namorando?
- Ixi... Tamo nada.
- Por quê? Ah, vocês estão demorando para se amarrar de vez.
- Acontece é que... Não estamos mais juntos.
- O QUÊ?!
- Depois que a gente se falou, eu e ele nos encontramos poucas vezes. Semana retrasada, ele teve que voltar para Austrália, por motivos pessoais e decidimos ser bons amigos.
- Como assim você deixou aquele Monumento ir embora????! - eu disse, levantando as mãos pra cima.
- Não ia largar tudo para ir com ele.
- É. Você está certa.
- Mas já estou com outra pessoa.
- Mas já?! A fila andou rápido, hein?!
- Engraçadinha. Mas a gente está se conhecendo, ainda.
- Como aconteceu com o Chris.
- Sua besta! Dessa vez é diferente.
- Me conta, amada!
- Ah... O nome dele é Anthony, ele é meio japa.
- Japa? Adoooro!!
- Para, menina! Mas ele é um fofo e louco. Você tem que conhecer ele.
- Que bom que você está com outra pessoa.
- É. Mas chega de conversa e vamos nos divertir e você está precisando.
- É verdade.
Então, fomos para festa com garbo e elegância. Chegamos na festa parecendo Divas. Não vi muita gente, era só a gente mais alguns amigos (graças a Deus aquela Fuinha não estava), meio íntima para falar a verdade. E dessa vez, foi diferente, a última festa que estive, tive decepção amorosa, mas nessa festa, estou me sentindo a garota mais feliz do mundo, pois tem gente me esperando lá. Quando chegamos, todos começam a assoviar, a gritar, ficamos morrendo de vergonha.
- Agora a festa começou!! – disse Nathan.
- Aí sim, hein?! - disse Siva.
Começamos a dançar e nos divertir, até que... Aparece mais gente para tal festa. Era uma garota e dois caras, e quando eles chegaram, todos fizeram a festa, as meninas foram logo abraçar a tal garota e fiquei sem entender nada, só observei a “zuera”. Depois desse momento, a Karol vem até mim com aquele trio.
- Dê, esses são Anthony, Thomas e Rosane. Gente, essa é a Denise – disse Karol com entusiasmo.
- É um prazer conhecer vocês – eu disse, toda sem jeito.
- A gente diz o mesmo – disse Anthony.
- É bom conhecer a famosa Denise – disse Thomas.
- Eles não paravam de falar de você – disse Rosane.
- Sério?! – eu disse.
- É. Dá pra ver que você é muito querida por eles – disse Rosane.
- Percebi – eu disse.
- Aliás, eu vi um vídeo seu dançando Beyoncé no Youtube – disse Anthony.
- Peraí. É ela dançando? - disse Thomas.
- É sim. De cara, eu vi que era ela – disse Anthony.
- Aee Dê! Tá famosa, hein?! – disse Karol, com o sorriso largo.
- Dá um tempo, Karol! – eu disse, sem graça.
- Menina, você dança muito bem – disse Anthony.
- Ah, obrigada - eu disse, toda sem jeito.
- No dia em que ela dançou, era DJ da festa – disse Karol.
- Jura?! – disse Thomas.
- Karol, você está me deixando sem jeito... – eu disse.
- Então, ela tem múltiplo talento – disse Rosane.
- Karol, você me paga! - eu disse.
- Que legal! Agora sei quem eu vou contratar para tocar na minha festa de aniversário - disse Rosane.
- Contrata mesmo! Ela faz com maior gosto – disse Karol.
- Uma coisa eu falo: o cara que namorar ela vai tirar a sorte grande – disse Thomas.
- Já tem o cara de sorte. Né, Dê?! - disse Karol.
- É... – disse sem jeito.
- Sério?! Quem é? – disse Anthony.
- Não vai me dizer que é... - disse Rosane.
- Ele mesmo – disse Karol.
- Que fofo! - disse Rosane.
- Então é por isso que ele tava muito triste na festa. Era por causa dela – disse Anthony.
- Exatamente – disse Karol.
- Ai meu Deus... - eu disse, toda sem graça.
- Ele é um cara legal – disse Thomas.
- Cuida bem dele, viu?! - disse Anthony.
- Eu vou cuidar, não se preocupe – eu disse.
Então, os meninos saem e ficam só nós três.
- Como que vocês se conheceram? – eu pergunto.
- Para falar a verdade, a gente já se conhecia antes. Eu moro nos Estados Unidos, só vim pra cá para matar saudade dessa doida – disse Rosane.
- Que legal – eu disse.
- As meninas eu conheci na festa mesmo – disse Rosane. - Foi por um acaso que conversei com elas. Tudo começou por causa de uma briga...
- A briga da Andreza? – eu disse.
- Também - disse Rosane.
- Lembra que falei daquela modelete que deu em cima do Max? – disse Karol.
- A tal Nina? – eu disse.
- É - disse Karol.
- O que tem ela? - eu pergunto, curiosa.
- Depois do barraco da Andreza, ela deu em cima do Thomas – disse Karol.
- Do Thomas?! - eu disse.
- É. Ela deu em cima do meu noivo. Mas eu dei um corretivo naquela vaca! - disse Rosane.
- Que vagabunda!! – eu disse.
- Põe vagabunda nisso. Ela deu em cima de dois caras na mesma festa. Que cara de pau! - disse Karol.
- Uma coisa eu falo: essa aí É UMA QUEEENGA!! - eu disse e começamos a rir.
- Falou tudo, Dê – disse Karol.
- E quem chamou ela na festa? – eu disse.
- Aposto que aquela vaca veio de penetra – disse Rosane.
- Como a Lucy? - eu disse.
- É – disse Karol.
- Quem é essa? - disse Rosane.
- Isso é uma outra história... – disse Karol.
- Então, o Thomas é seu noivo? – eu disse.
- É sim - disse Rosane.
- Que legal! Não esquece de quando for o grande dia, chama a gente – eu disse.
- Claro que não. Você vai ser a DJ da festa – disse Rosane.
- Pode deixar! – eu disse.
Depois disso, ela sai e só ficamos eu e Karol.
- Gostei dela. É uma garota legal – eu disse.
- Sabia que você ia gostar dela! - disse Karol.
- Ah... E você me constrangeu, viu?!
- Larga de ser “bestagem”, menina. Só falei a verdade.
- Ah tá... A minha cara queimava de vergonha.
- Para de besteira. Tem que se soltar um pouco. Tem que relaxar.
- Humpf...! E bem que você falou.
- O que?
- O japinha é lindo!! Ô lá em casa...
- Tá muito assanhada, menina. Fica com o seu Bird que ganha mais.
- Tá com ciúmes?!
- To nada. Só cuidando que é meu.
- Tá certo...
- Senti sua falta, maluca.
- Eu também.
- Vamos arrasar?
- Demoro.
Então, nós duas fomos nos divertir com as meninas. Eu e a Kelsey inventamos passinhos e as outras nos acompanharam. Até a Rosane entrou na bagunça. Quando tocou “Gangnam Style”, todo mundo começou a dançar, foi muito divertido e como ri. Gostei muito do novo pessoal, eles sabem se divertir. Depois, o pessoal para dançar a mesma música que dancei no aniversário do Max. Eu recusava e morrendo de vergonha, mas o pessoal insistia tanto que dancei. O trio ficou boquiaberto do começo ao fim. Quando acabou a música, todos começam a gritar, e eles foram falar comigo.
- Caraca! Você é muito talentosa – disse Anthony.
- Eu gostei – disse Rosane.
- Você dança pra caralho! - disse Thomas.
- Valeu, gente! - eu disse.
- Por um acaso, você já fez aula de dança? - pergunta Anthony.
- Nunca fiz. Para falar a verdade, aprendi sozinha – eu respondo.
- Que legal! - disse Thomas.
- Gostei muito! - disse Rosane.
- Hey, Denise. Faltou uma pessoa – disse Nareesha.
- Quem? - eu disse.
- O Chris – disse Kelsey.
- Nem me fale - eu disse.
- Quem é Chris? - disse Rosane.
- Era um... Amigo nosso – disse Nareesha.
- Como ele era? - disse Rosane.
- Lindo, maravilhoso... – disse Andreza.
- Uma perfeição – disse Bruna.
- Um monumento do outro mundo – eu disse.
- E por que ele não está aqui? - disse Rosane.
- É que ele teve que voltar para a sua terra natal – disse Kelsey.
- Ele é australiano - disse Karol.
- Não acredito que aquele monumento foi embora... – disse Andreza.
- Nem eu – dissemos eu e Bruna.
- Vocês não têm uma foto dele? - disse Rosane, curiosa.
- Eu tenho. Espere aí – eu digo.
Pego o meu celular, e vou procurando uma foto dele. Até que acho e mostro a ela e fica boquiaberta.
- Meu Deus! Como ele é lindo! - disse Rosane.
- Eu não te disse – eu digo.
- Não é o cara que a Karol... – disse Rosane, baixinho.
- É ele mesmo – eu respondo.
- Karol, como você deixou esse monumento ir embora? - disse Rosane.
- Pô! Até você, Rose?! Me poupe!! - disse Karol e começamos a rir.
- Mas... Ele é muito lindo. Ô um desse na minha humilde residência – disse Rosane.
- É... - eu disse.
- Ele não está, mas o sósia está – disse Karol.
- Quem? – disse Andreza.
Karol não fala nada, mas aponta para o Jay e nós começamos a rir. Essa menina não presta mesmo.
- Não é que ele lembra mesmo? – disse Rosane.
- É verdade – disse Bruna.
- Nunca pensei nisso – disse Andreza.
- Pode crer! Eu vi na festa do Max que ele lembra alguém - eu disse.
- Aê Denise. Se deu bem, hein?! - disse Karol.
- É, to vendo – eu disse.
- Sua sortuda - disse Bruna.
Começamos a rir e voltamos a dançar. Depois começou a tocar uma música bastante conhecida pela minha pessoa.
- Isso é... - eu disse.
- Funk – disse Karol.
- Quem trouxe? - eu pergunto.
- A Rosane – disse Andreza.
- Relaxa, mulher. É só os antigos. Tá tocando só ruins no Brasil – disse Rosane.
- É. Eu tive lá esses tempos e tá ruim mesmo. A moda agora é Funk Ostentação. Esses antigos marcaram a minha adolescência. Lembro dos passos até hoje – eu disse.
- Sério? Mostra aí? – disse Kelsey.
Eu comecei a mostrar o passo, depois mostrei a elas e os meninos só olhando.
- Que legal! Eu gostei! - disse Kelsey.
- Eu também – disse Nareesha.
- Era assim que a gente dançava – eu disse.
- Qualquer dia, eu te levo onde trabalho para ensinar as meninas – disse Kelsey.
- Por mim, tudo bem – eu disse.
- Você... Não se importa mesmo? – disse Kelsey.
- Claro que não – eu disse.
- Que legal! - disse Kelsey, toda feliz.
Quando disse, Bruna e Andreza me olham de um jeito estranho, não acreditando no que falei. Então, a Kelsey e a Nareesha saem.
- Você não se importa mesmo? - disse Andreza.
- Não. Por que vocês estão me olhando desse jeito? - eu disse.
- Você sabe quem... Trabalha com ela? - disse Bruna.
- Sei, mas ignorar a presença daquele ser. O que vem debaixo não me atinge – eu disse.
- É isso aí!! - disse Karol.
- Não estou entendendo nada – disse Rosane.
- Minha querida Rosane, é porque ela teve uma briga feia com a amiga da Kels – disse Bruna.
- Vocês estão falando da Fuinha? - disse Rosane.
- Essa mesmo – disse Karol.
- Aquela Água de Salsicha - disse Andreza e começamos a rir.
- Essa foi boa, Andreza - eu disse.
- Mas ela é mesmo?! - disse Andreza.
- É melhor a gente parar de fofocar e vamos farrear – disse Bruna.
A gente para de conversar e voltamos o que a gente estava fazendo. Quando penso em pegar uma garrafa de cerveja, o Jay me pega pela cintura e me beija de uma forma carinhosa e calorosa.
- O que vocês conversam tanto? - disse ele.
- Nós? Nada? - eu disse, disfarçando.
- E por que a Karol apontou pra mim naquela hora?
- Ah... - eu começo a rir. - É que ela disse que você seria o sósia do Chris.
- Ah... Sabia! Já me confundiram com ele.
- Jura?
- É. Já me perguntaram se eu era o irmão ou primo dele.
- Eita! Então, a Karol estava falando a verdade.
- Ela é muito engraçadinha pro meu gosto.
- Deixa ela!
- Uma coisa eu falo.
- O que?
- Tenho um sósia aqui comigo.
- Mesmo?
- É.
Então, nos beijamos e ficamos nesse clima romântico (e fofo) por muito tempo. Até que a dupla dinâmica (traduzindo: Tomax) pigarreando.
- Interrompemos? – disse Max.
- Nossa! Se não falasse... - eu disse.
- Credo! Sua má – disse Tom.
- To “bincando” - eu disse.
- Você está sabendo do motivo da festa? - disse Max.
- Sim. A Andreza falou – eu disse.
- Ela contou? – disse Tom.
- Eu a obriguei falar – eu disse.
- Jay, olha aonde você se meteu - disse Max.
- Cala boca! - eu disse.
- Então, é isso que vai ser acontecer, só que disfarça – disse Tom.
- Tudo bem - eu disse.
- E mais: faz aquelas bebidas que só você faz pra gente? – disse Max.
- Já acabou? Vocês bebem, hein?! - eu disse.
- Por favor... - disseram Tom e Max.
- Tá, eu faço – eu disse.
- Legal! - disse Max.
- Mas não abusem da minha boa vontade – eu disse.
- Tá bom, irmãzinha – disse Tom.
Então, vou na cozinha para fazer a tal bebida, chegando lá, vejo as meninas conversando.
- Ué! Vocês vão fazer as bebidas também? - eu disse.
- Não. É que... Pedimos para mentir para você vir pra cá – disse Kelsey.
- Vocês me pagam! - eu disse.
- Você tem a noite toda pra ficar com seu namorado. Estamos aqui por uma causa boa – disse Karol.
- Tudo bem – eu disse.
- O que me falaram é que a Andreza te contou o motivo da festa – disse Kelsey.
- Sim – eu afirmo.
- Mas queremos que ninguém desconfie – disse Kelsey.
- Como que todo mundo sabe do motivo? - eu disse.
- É. Mas tem gente que não sabe, então... Disfarce – disse Kelsey.
- Ok - eu disse.
Então, voltamos para a festa, como não aconteceu nada. Depois de alguns minutos, abaixam o som e a dupla dinâmica começou a fazer um discurso.
- Agora, nós vamos falar umas coisinhas – disse Tom.
- Primeiramente: queremos dar boas vindas à Anthony, Thomas e Rosane. Bem vindos a nossa turma – disse Max.
- Que parece mais um manicômio – eu disse.
- Denise! - disse Max.
- Mas é verdade mesmo – eu disse e todos começam a rir.
- É uma pena que a Dani não está mais entre nós. Ela vai fazer falta, mas ela só seguiu o coração dela e espero que ela seja feliz – disse Max.
- Não esquece do Chris! - disse Kelsey.
- É verdade. O Chris não está também, ele teve uns problemas pessoais e voltou pra casa... - disse Tom.
- Não acredito que aquele monumento foi embora – disse Andreza.
- Aquela Beleza Australiana – eu disse.
- Australiana, não. Asgardiana – disse Bruna.
- Boa, Bruna – eu disse e fizemos o hi-5.
- Vocês estão muito saidinhas para o meu gosto – disse Tom.
- Isso mesmo. Achei ofensivo! - disse Max.
Enquanto isso, o trio (Rosane, Anthony e Thomas) não parava de rir.
- As meninas têm razão, ele era lindo – disse Rosane.
- Até tu, dona Rosane?! - disse Tom.
- Essa é das nossas. Eu gostei! - eu disse e ela se acabando de rir.
- Vocês são doidas - disse Nathan.
- São assanhadas, isso sim! - disse Max.
- Isso mesmo – disse Jay.
- Continuando... É uma tristeza de verdade – disse Tom.
- Nosso Finnick – disse Bruna, baixinho.
- Ah, nem me fale – eu disse baixinho e começamos a rir.
- Mas temos momentos de alegria também. Há quase dois meses, uma pessoa foi embora e aqui ficou muito triste e um clima chato. Os dias foram passando, bem que tentamos fazer uma festa, mas sentimos que faltava alguma coisa e não foi tão legal a festa. Mas hoje, Londres está mais colorido porque a nossa alegria voltou e essa alegria é uma estrela que se chama... Denise - disse Max.
Quando ele disse isso, meus olhos encheram d’água, e deu um nó na minha garganta.
- Cara, você não faz ideia o quanto você fez falta, muita mesmo. Sentimos falta da sua alegria, da sua risada, das suas loucuras, do seu sorriso, do seu carisma e do seu brilho... Desde quando a nossa amizade começou, sabia que você era uma pessoa especial, gente como você não existe... Saiba que você é mais que uma amiga, você sempre será minha irmãzinha gêmea louca. Nós te amamos muito – disse Tom.
Eu abraço os dois com maior emoção, depois, vieram os outros três. Ganhei a melhor coisa; a amizade desses 5 caras mais loucos que conheço e que adoro muito...
A cena foi muito comovente, todo mundo começou a chorar. Depois dessa cena comovente, eles pediram para fazer discurso, enxugo os meus olhos e começo a rir.
- Vocês são fodas mesmo. Me fizeram borrar a minha maquiagem, seus loucos - eu disse.
- Mas foi por uma boa causa – disse Nathan.
- Fale alguma coisa, mulher! - disse Karol.
- Ah, nem sei o que dizer. Amo esses doidos, não saberia viver sem eles – eu disse.
- Nem a gente, sua linda! - disse Max.
- Gostosa! - disse Tom.
- Casa comigo!! - disse Nathan.
- Vocês estão vendo, né?! Olham o que eu passo com esses meninos. Eu vim pra cá por convite da Drê, e puxei a Bruna junto. Mas eu não sabia o que iria encontrar aqui. Mais ou menos um mês, eu acho, comecei a trabalhar na boate como bartender, mas como sou uma pessoa desastrada, me deram chance de ser hostess. E deu certo e nesses tempos nesse cargo, conheci Tom. E foi amizade instantânea. Lembro que ele só de me ver, abria o sorrisão e o segurança viu que eu conhecia, deixava entrar. Teve uma vez que a dupla tava junta, e queriam entrar, jogaram até lero nos seguranças para entrar, quando me viram, o Tom já foi me abraçando, e o Max acompanhou o amigo. Minha cara queimou na hora, aí o segurança deixou eles entrarem. Foi muito engraçado.
- Foi mesmo – disse Tom.
- Desde então, a nossa amizade foi crescendo e crescendo, depois conheci os outros três. Confesso que no começo, eu tinha medo das meninas, pensei que elas não foram com a minha cara, tinha até medo delas não gostarem de mim. Até tinha comentado com eles sobre isso. Até que... Comecei a conversar com a Kels, foi legal pra caramba. Teve um dia que causamos na balada, eu até perdi o meu sapato que mal tinha comprado.
- Eu lembro desse dia - disse Kelsey, rindo.
- Cheguei até meio cambaleando, a Drê olha para mim e fala: “Isso são horas de chegar?” e eu olho pra cara dela e digo: “Eu tô bem”. Foi muito engraçado. Mas ela brigou comigo. Lembro que teve um dia estava eu, a Drê e a Bruna não sei aonde, encontramos o Trio Parada Dura. Foi um pouco engraçado, eu e o Tom percebemos que estava rolando um certo... Clima entre certas... Pessoas, e ele me inventa de fazer festa de última hora. Aí, teve a tal festa e... Formaram novos casais. E eu... Fiquei de vela.
- Mentira!! - grita Nathan.
- Larga de ser mentirosa, garota! - disse Siva.
- É verdade, gente - eu disse.
- Claro que é mentira!! - disse Tom.
- Que coisa feia mentindo desse jeito, Dê! - disse Max.
Quando eles começam a protestar, eu não aguentava de tanto rir.
- Fale a verdade AGORA!! - disse Tom.
- Vocês são chatos, hein?! - eu disse.
- Fale logo, menina! – disse Nathan.
- Tá... Eu não fiquei de vela – eu disse.
- Aee!! - gritam aqueles doidos e eu morro de rir.
- Isso aí!! - disse Max.
- Esse não foi o nosso primeiro... Contato. A gente já tinha amizade antes - eu disse.
- Mas sempre rolava um clima – disse Tom.
- Cala boca, Thomas. Eu vou arrancar seu nariz! - eu disse.
- Concordo com o Tom, sempre rolava um climinha – disse Nathan.
- Fica quieto. Vou pegar uma pinça e vou arrancar sua sobrancelha fio por fio – eu disse.
- Eita! Não está mais aqui quem falou – disse Nathan.
- Isso mesmo! Tá fazendo certo – disse Andreza.
- Ai meu Deus – disse Rosane, rindo muito.
- Continuando... A gente tinha uma amizade, mas naquela tal festa... Aconteceu. De vez em quando, a gente dava uns beijinhos, tal... Sabem, sem compromisso – eu disse.
- Não eram beijinhos, eles se pegavam pra valer – disse Nathan.
- Isso mesmo! - disseram Tom e Max.
- Meninas, cadê a pinça pra tirar sobrancelha? - eu disse.
- Tá bom, parei – disse Nathan.
- Cara, você tá fodido! – disse Tom, rindo pra caramba.
- Ai, que vergonha! Esses meninos só me fazem pagar mico! Então... Eu nem lembro que estava falando, eles estão atrapalhando – eu disse, toda sem graça e eles rindo da minha cara.
- Deixem ela falar, seus chatos – disse Bruna.
- Valeu! Então, continuando, como dizem por aí: a gente estava se conhecendo melhor – eu disse.
- Hummm... – disseram os meninos com ar de malícia.
Eu não disse nada, apenas mostrei o meu dedo do meio para eles e se acabaram de rir.
- Aí, aconteceu uma coisa chata que não gosto nem de comentar, que foi um dos motivos de ir para o Brasil.
- A pergunta que não quer calar: o que você fez lá? - disse Nathan.
- Aí, eu te respondo: não fiz nada! Só ia para casa de parente, já não aguentava mais - eu disse.
- Teve aquela sua prima atrevida – disse Karol.
- Como assim? – disse Rosane.
- Ela falou que os meus pais confiam muito em mim, que me faço de santa, mas não tenho nada – eu disse.
- Nossa – disse Kelsey.
- Isso é inveja - disse Andreza.
- Desculpa, Dê, mas a sua prima é uma Fuinha – disse Karol.
Quando ela fala isso, ninguém aguenta de tanto dar risada.
- Não precisa se desculpar, ela é uma Fuinha mesmo – eu disse. - Se estou de volta, é por causa de 4 pessoas.
- E quem são? – disse Max.
- Minha mãe, pois ela viu o meu estado quando cheguei de viagem, e também lembro que ela falou uma coisa que não saiu da minha cabeça: “Corre atrás antes que seja tarde demais...” - eu disse.
- Gostei da tia – disse Andreza.
- A segunda foi a Karol. Aquelas duas horas e meia no telefone valeram a pena. Lembro que ela falou: “Volta pra casa, Londres não é a mesma coisa sem você”. Aquilo ficou martelando na minha cabeça por dias. E as outras pessoas foram uma dupla dinâmica, vamos dizer assim. Vou dizer que foram as cerejas do bolo. Pra quem não sabe quem são essas pessoas, vou falar... É o Nathan e o Siva. Eles foram as peças fundamentais do meu retorno. Porque esses meninos me fizeram chorar quando a gente estava se falando por skype, eles sabem do que estou falando. Lembro que contei pra minha mãe e ela achou legal por parte deles. Obrigado por tudo, gente. E por estar aqui, fiz uma família aqui: ganhei dois irmãos atentados, um primo, um sobrinho que está mais para irmão mais novo. E... Ganhei um príncipe – eu disse.
- Aaawwww - disseram todos e começam a ovacionar e gritar.
- Agora chega, gente. To quase chorando aqui - eu disse.
- Nós queremos o beijo oficial do novo casal – disse Max.
- Isso mesmo – disse Tom.
- Vão ficar querendo – eu disse.
- Queremos agora! Chega de cerimônia! - disse Tom.
- Eu vou bater neles – eu disse.
- Pode ficar a vontade - disse Jay, rindo.
De tanto insistir, a gente se beija e aquelas bestas começam a gritar e comemorar. Depois disso...
- Chega! Deixa o resto pra depois – disse Max.
- Aliás, senhor Maximillian Alberto George, é com você que quero falar – eu disse.
- Ih... - disseram todos.
- Ixi, a porra tá séria – disse Tom.
- Põe séria nisso – disse Nathan.
- O que foi? - disse Max, com receio.
- “O que foi?” nada! Que história é essa de você cortar o cabelo do Jay? – eu disse.
- Ih... Fodeu – disse Tom.
- Poxa, maninha... Foi uma aposta. E ele perdeu - disse Max.
- Na próxima vez, eu vou raspar o seu cabelo! - eu disse.
- Há! Você sabe que sou careca! - disse Max.
- Mas lá embaixo, não! - eu disse.
- Eita porra! - disse Max.
- Tá avisado – eu disse.
- Tá bom – disse Max, levantando as mãos.
- E você... Larga de ser besta desses dois, estão te fazendo de trouxa. Na próxima vez que você cair na lábia deles, vou queimar a sua coleção do Avatar – eu disse.
- A coleção não! - disse Jay, com voz chorosa.
- A sua coleção sim! - eu disse. - E Thomas Anthony Parker, senhor já está avisado.
Max olha para o amigo e faz o sinal de “Sujou, cara!”, com essa cena, ninguém aguenta de rir.
- Isso mesmo. Põe ordem mesmo - disse Nathan.
- Você não pode falar nada, irmão do Sid! Na próxima vez, vai ficar sem sobrancelha – eu disse.
- Ih! Agora você pegou pesado – disse Nathan e Bruna não aguentava de rir.
- É bom mesmo. Quero pedir desculpa pro pessoal que chegou agora. É que por freio nessa turma – eu disse.
- Gostei de ver!! – disse Siva.
- Seev... – eu disse.
- Tá, parei – ele disse.
- Só ela consegue fazer isso – disse Andreza.
- É verdade, só eu consigo – eu disse.
- To vendo – disse Thomas, chorando de rir.
- Você está me dando medo – disse Anthony.
- Sou muito tranquila... – eu disse.
- É porque você não a viu dando uma de Anderson Silva – disse Siva.
- Esta parte pula, Seev... – eu disse.
- É tão feio assim? - disse Thomas.
- Põe feio nisso – disse Siva.
- E tenso – disse Nathan.
- Ela fica com “sangue no zóio” - disse Siva.
- Fico mesmo – eu disse.
- Ela fica “tomada no Jiraya” – disse Nathan.
- Lembro que segurei ela sozinho e ela se debatia e falava “Me solta!Me solta!” - disse Siva.
- Não é aquela briga que você teve com... – disse Rosane.
- Ela mesmo – eu confirmo.
- Vish! - disse Rosane.
- Calam a boca vocês dois! - eu disse.
- Vocês são doidos – disse Rosane, rindo muito.
- Se acostumem. É assim mesmo – disse Siva.
- Percebe-se - disse Rosane.
Todos começam a rir. Então, as meninas me chamam para falar sobre o tal motivo da festa.
- Você achou aquele lá? - disse Bruna.
- Achei – eu disse.
- Beleza – disse Kelsey.
Depois disso, eu disfarço e falo para os meninos que tá tudo certo. E então, o grande momento chegou.
- Está todo mundo falando, fazendo discurso... Eu também quero falar – disse Siva.
- Desembucha, cara! - disse Jay.
- Primeiramente: Rosane, Thomas e Anthoy, bem vindos a turma. No começo, é de se estranhar, mas no final, se acostumam e entram na bagunça. Dê: bem vinda de volta, prima! Você é a nossa peça chave, a nossa vida é um saco sem você. Cuida bem do Jay, desejo toda felicidade do mundo, pois vocês merecem - disse Siva.
- Valeu, primo! - eu disse.
- E tem mais uma coisa que quero falar... – disse Siva.
Depois que ele fala isso, surge uma música de fundo. Era “A Thousand Years”, da Christina Perri. As meninas ficam com olhos d’água, ele chama a Nareesha e ela vai até ele.
- Nareesha, a gente tá junto há tanto tempo. A cada dia que passa, te amo ainda mais. E eu quero te perguntar uma coisa...
- O que seria? - disse Nareesha.
Ele não fala nada, apenas se abaixa e fica de joelho na frente dela. Os olhos dela rapidamente se lacrimejaram.
- Ai meu Deus! - disse Bruna.
- Ele ficou de joelhos – disse Andreza.
- Ai meu “corassaum das marge prácidas*”! - eu disse.
- Que lindo! - disse Rosane.
- Não to acreditando no que estou vendo...! – disse Kelsey.
- Nareesha McCaffrey, aceita se casar comigo? - disse Siva.
Enquanto rolava essa linda cena, a música rolava.
- Sim, eu aceito! - disse Nareesha, com voz embargada.
Quando ela disse, todos começam a gritar, comemorar, pular como loucos. Então, eles se beijam e todos se emocionam.
- Agora, tá tudo lindo! - disse Andreza.
- Temos um novo casal... - disse Max.
- E futuramente, vamos ter um casório! - disse Kelsey.
- Aee!! - gritam todos.
- Agora que percebi: estamos todos em casais... – disse Nathan.
- É verdade! Temos aqui: Tomsey, Siveesha... – eu disse.
- Thomane, Karonthony... – disse Andreza.
- Andrax, Brunathan... – disse Karol.
- E JAYNISE!!! - gritam todos.
- Vamos fazer um brinde? - disse Max.
- Vamos! - eu disse.
- A nós... E que a felicidade e harmonia esteja sempre conosco – disse Tom.
- A nós... – todos disseram.
- IIIIHHHHAAAAAA!!! - eu gritei e todos começam a rir.
- Agora vamos bagunçar porque a noite é uma criança – disse Karol.
Então, a gente começa a bagunçar. Até que... A Karol coloca uma música que ela tirou lá do fundo do baú.
- Lembra dessa música, Dê? - pergunta ela.
Quando ela põe a música para tocar, era a música “Na Boquinha da Garrafa”.
- Nossa! De onde você tirou isso, mulher?! - eu disse.
- Quando ouvi essa música, lembrei de você na hora – disse Karol, rindo.
- Quando tocava essa música, tinha mais ou menos 8 anos - eu disse.
- Tá veia! - disse Rosane.
- Pior que to mesmo – eu disse, rindo.
- Gente, a Denise vai dançar uma música que marcou a infância dela! - disse Karol.
- Não! Eu me recuso a fazer isso! - eu disse, morrendo de vergonha.
- E qual é a música? - disse Tom.
- No final dos anos 90 no Brasil, teve uma música que estourou, que se chama “Na Boquinha da Garrafa”. É assim: a garrafa fica no meio, paradinha. E a pessoa tem que descer até na boca da garrafa. Entenderam? Ou querem que desenhem? – disse Karol.
- Entendemos sim, tia – disse Nathan.
- Que isso de “tia”, menino? – disse Karol.
- Então, a nossa amiga vai mostrar como é descer na boquinha da garrafa, né, Dê?! - disse Andreza.
- Não mesmo! Nem pensar!! - eu disse.
- Então, mostra aí, Dê? - disse Max.
- Não vou...! Gente, estão malucos... Não vou mesmo – eu disse, toda envergonhada.
- Mostra! Mostra! - gritam todos em coro.
- Ah, tá bom! Eu mostro – eu disse.
- Aaaeeee!!! - gritam todos.
- E... Karol: você em paga! - eu disse e ela começa a rir.
Então, ela solta o som e mostro mais ou menos como era a tal coreografia. Os caras ficaram boquiabertos e eu morrendo de vergonha. Depois disso, peço pra Karol tirar a música.
- Chega! Chega! - eu disse e todo mundo começa a ovacionar.
- Que isso, “mulé”?! Até que você mexe bem... – disse Rosane.
- Aí Jay! Se deu bem, hein?! - disse Anthony, abraçando o Jay.
- Imagina agora ela fazendo isso, na boquinha da sua garrafa....?! - disse Thomas.
- Uuuuuuuuuiiiii! - todos disseram.
- Se é, senão já desceu – disse Max.
- Rosane, eu posso bater nele? - eu disse.
- À vontade – disse Rosane, morrendo de rir.
- Ro! - disse Thomas.
- Eu vou cortar o cabelo e vai ficar igual o Max. Você quer? - eu disse.
- Não, isso não - disse Thomas.
- É bom mesmo. Como pode falar assim de mim? - eu disse rindo.
- Você que provocou dançando... Isso - disse Thomas.
- Gente, agora é a vez da Karol descer na boquinha da garrafa – eu disse.
- Eu não! - disse Karol.
- Você sim! - eu disse.
Então, ela começa a dançar na boquinha da garrafa, até que... A garrafa cai e todo mundo começa a rir.
- Ixi! Ela vai quebrar a garrafa do Anthony - disse Max.
- Pode crer! - eu disse, morrendo de rir.
A bagunça continua, até que Jay e eu tivemos um momento a sós na varanda.
- Por que você está me olhando desse jeito? - eu pergunto.
- É que... Não to acreditando que você está comigo, que estamos juntos de vez. Pensei que nunca mais ia te ver mais – disse Jay.
- Eu também.
- E não acredito que sua mãe deu a maior força pra gente.
- Coração de mãe não se engana. Ela sabia que a minha felicidade estava aqui e não lá no Brasil.
- E você está feliz de estar comigo?
- Me sinto a garota mais feliz do mundo.
Então, nos beijamos e ficamos nesse clima de ternura por muito tempo, que parecia uma eternidade, depois voltamos para a festa. Em Londres ganhei amigos, um emprego e um namorado, agora sim me sinto muito feliz. Liguei para minha mãe e contei para ela a novidade, e ela ficou mega feliz. Enquanto isso, a festa de noivado surpresa rolou até de manhã e ainda continuou no outro dia, afinal... A FESTA NUNCA ACABA!!
FIM
N/A²: Como vocês viram, entraram novos personagens na fic. Para quem não sabe, Anthony e Thomas são na verdade Anthony Ladao e Thomas Augusto, do grupo Midnight Red. Coloquei os dois pois as minhas amigas surtam demais nesse grupo e tive ideia de colocar na fic.
N/A³: Em uma das falas da fic, coloquei o meme "ai meu corassaum". É que uso muito como comentário no Facebook. E é o que mais gosto. E pra quem não sabe, Finnick é o personagem da saga Jogos Vorazes, ele aparece no segundo livro "Em Chamas", é o personagem mais... lindo (e foda) da saga, e ele faz muito sucesso entre as meninas. Para quem assistiu o filme, sabe do que estou falando.
E tenho uma novidade: VAI TER A SEGUNDA PARTE DA FIC!!! Se preparem, minha gente! Terá muitas emoções por aí, vai legal quanto a primeira parte.
Bem, é isso gente. É triste deixar aqui, mas em breve eu volto. Não vão se livrar de mim tão cedo...
Beijokas