The Love's Servants
Escrito por Peagne | Revisado por Peagne
Capítulo Único
Parte do Amigo Secreto 2 - Equipe 2014
Há muitos anos atrás a humanidade decidiu que para evoluir deveriam extinguir algo considerado inútil, que atrasava a raça humana: o amor.
Ainda seria permitido os carinhos maternal, paternal, fraternal; mas o sentimento carnal e profundo, entre um casal, tornou-se proibido.
Todas as uniões deveriam ser arranjadas, estritamente para a reprodução e estabilidade social, qualquer violação aos códigos de proibição do amor resultaria em uma punição severa.
***
Duas figuras esgueiravam-se pela cidade, camufladas pelas sombras da noite mal iluminada.
O casal dirigia-se à um galpão abandonado, que ficava ligeiramente afastado do centro da cidade, escondido por algumas árvores.
Após entrarem, e se abrigarem do frio cortante lá fora, retiraram os casacos, podendo verem-se melhor, mesmo com a fraca luz da lamparina que acenderam assim que chegaram.
A iluminação do local não deveria ser demasiadamente forte, pois não podiam correr o risco de chamar atenção do “Centro de Controle de Transgressões - CCT”, as consequências seriam terríveis, sempre eram.
O galpão era grande, haviam alguns fardos de feno guardados para o inverno rigoroso que se aproximava, era feito com uma madeira boa, que não permitia que o frio o invadisse, tornando o lugar agradável o suficiente para ficarem ali por um tempo.
se sentou no monte de feno mais próximo, esfregando as mãos para esquentá-las.
- Até que aqui é bem confortável, não é?! – sorriu e se aninhou ao rapaz, assim que ele se sentou ao se lado.
Harry sorriu e a abraçou; ele realmente não entendia o porquê daquilo ser proibido. Era tão bom estar ao lado da , sorrir com ela, sentir o cheiro dela, o toque suave de sua pele, seu jeito único... isso não era justo! Por que ela foi prometida àquele “almofadinha” de nome esquisito e não à ele?
- Queria que as coisas fossem diferentes, que você fosse legalmente minha e pudéssemos ficar juntos para sempre! – disse o moreno num misto de carinho e tristeza.
- Eu aceito, aceito ir com você, até o fim do mundo se for preciso. Eu não vou me casa com o Dietrich, nem que eu precise fugir a minha vida inteira com você, Harry. Prefiro morrer com você à viver com ele. – a garota olhava fixamente para ele, determinação brilhava em seus olhos castanho-escuros.
Ao ouvir a última frase Harry estremeceu.
- Não fale esse tipo de coisa, . Nada de morte, por favor! – ele a segurava em seus braços, como se fosse perdê-la ao soltá-la.
olhou fixamente nos olhos dele, se aproximando lentamente, eram raras as chances que ela tinha de sair e se encontrar secretamente com Harry, ela não perderia a chance de sentir os lábios dele colados aos seus.
CRACK
A garota se alarmou com o ruído, quase caindo de onde estava sentada para o chão, se segurando para não fazer nenhum som. Harry arregalou os olhos assustado, apagando rapidamente a lamparina para que não fossem vistos.
Alguns minutos de silêncio se passaram, os dois na escuridão esperando que o perigo passasse. Harry levantou-se lentamente caminhando em direção à porta, ouvindo o barulho da chuva parecia ter se iniciado à pouco.
- Aonde você vai?? – o pânico evidente na voz sussurrada dela.
O garoto fez sinal para que ficasse calada e baixado, enquanto verificava se havia algo lá fora, através de uma pequena fresta na porta.
Tudo estava calmo, a chuva caía com pouca intensidade e tudo permanecia escuro e quieto como antes. “Talvez tenha sido um animal” ele pensou. Normalmente os agentes do CCT eram impacientes, se os tivesse encontrado já teriam entrado, não ficariam esperando sorrateiramente do lado de fora; pelo menos pelo que ele havia ouvido falar. Harry nunca tinha visto um agente de perto, e se sentia aliviado por isso, não era algo muito agradável, afinal.
O CCT era amplamente conhecido pela sua crueldade, eles eram responsáveis por todos os crimes possíveis, desde os mais leves, como um pequeno furto, aos crimes mais graves, como assassinato e a proibição 1 (nome dado ao crime de se apaixonar).
Harry suspirou, aliviado de ter sido só um susto, e voltou a se sentar ao lado de .
A morena tocou o braço dele suavemente, subindo a mão de leve, até entrelaçar os braços em seu pescoço, chegando o rosto cada vez mais perto. As respirações se misturavam lentamente, e Harry deslizava os dedos pela cintura dela, de forma doce e tranquila. não queria soltá-lo, queria sentir o perfume dele para sempre, aquele perfume que a inebriava, a deixava sem chão.
Os lábios se tocaram de leve, com muita calma, como se tivessem todo o tempo do mundo. sentiu os lábios formigarem levemente, como se não aguentasse mais esperar por aquilo, e a sensação constante de algo remexendo em seu ventre, talvez borboletas no estômago? Não, borboletas não seriam suficientes para toda aquela movimentação, talvez uma revoada.
Harry pediu passagem, mordendo gentilmente o lábio inferior dela. As línguas se tocaram suavemente, movendo-se em uma sintonia sem igual. O aperto na cintura se tornando mais forte. As mãos da garota bagunçavam o cabelo dele de leve.
sentiu a mão fria subindo por baixo de sua blusa e se arrepiou, enquanto sentia a palha roçar em suas costas, sem nem notar que havia deitado.
CRACK
A garota puxava impacientemente a camisa de Harry, tentando sentir seu peito nu.
CRACK
solta um gemido contido quando o rapaz aperta levemente seu seio sobre o sutiã.
CRACK
BOOM
O casal se separa rapidamente, quase num pulo, enquanto ajeita as roupas, ainda confusos com toda a situação.
Da porta derrubada entram dois homens vestindo terno, enquanto podem ser vistos alguns soldados do lado de fora. O homem da frente, um pouco mais alto que os outros dois e cabelo ruivo sorri, um sorriso frio e assustador.
- Acho que encontramos um casalzinho, que gracinha! – o homem ruivo se aproximava lentamente.
e Harry chegaram para trás, tentando se afastar, o máximo possível, do homem.
O outro homem de terno, o mais jovem, digitava incessantemente em um aparelho na sua mão. Parecia extremamente concentrado no que fazia.
- Encontrei – disse o mais jovem com um grande desconforto, parecia nervoso pelo seu primeiro dia como agente. -, Harry Styles e .
- Ótimo. Levem os dois! – o ruivo parecia se divertir com a situação.
Vários soldados entraram no galpão, arrastando o casal para fora.
- !!! Deixem ela em paz, seus miseráveis! – Harry gritava e tentava se soltar, tentando alcançar sua amada. A garota chorava copiosamente, soluçando o nome do rapaz.
O agente ruivo continuava rindo enquanto assistia a cena, ao lado do parceiro que pareia se sentir um pouco incomodado.
***
A sede do CCT se localiza, exatamente, no centro da cidade. Muitos dizem ouvir gritos horríveis no meio da noite, sons de completo desespero. As pessoas levadas para lá normalmente voltam assustadas, tão traumatizadas que são internadas em um hospital psiquiátrico que fica no prédio da frente; um tipo de acordo bizarro do governo. Mas, também é dito que quando entra um casal, eles nunca voltam.
N/A: Eu ainda não conheço bem a minha amiguinha secreta, mas, pelo que eu ví, a Feer parece ser uma pessoa legal... Espero que tenha gostado, flor! Eu não conheço
muito bem o fandom, mas tentei o meu melhor. Além disso eu não sou muito boa com cenas românticas e tal, e tenho um certo probleminha com finais felizes... kkkkk.
Eu sei que sou uma verdadeira "corta-clima", espero que não me matem. ;)