The Heart Never Lies
Escrito por Clara Fernandes | Revisado por Marii Luck
Um
Fazia duas semanas que eu começara a sair com John O'callaghan. Conheci ele no estúdio de gravação, foi um tanto parecido com um conto de fadas ou filmes de romance.
Eu estava caminhando com alguns papeis, com letras rabiscadas e a melódia da musica que eu estava compondo para a minha banda. Eu iria mostrar para o nosso produtor, e eu estava tão nervosa... Nós nunca tínhamos sido contratados por uma gravadora, não eramos uma banda considerada grande. E de repente, John esbarra com tudo em mim.
Foi meio estranho encontrar com o vocalista de uma das bandas que me inspiram no estilo da minha própria banda, não pude deixar de aproveitar e o convidei para beber. Ele aceitou a proposta.
E duas semanas depois, nós estamos nós encontrado pela... Bom, nós já nos encontramos muitas vezes, talvez duas vezes por dia, ou três.
- Você pode vir pra cá a hora que quiser. A casa e praticamente sua. - Falei.
Escutei a risada rouca de John na linha.
- Tudo bem. Acabo de me arrumar e passo aí, tudo bem-
- Eu vou esperar por você.
- Vou me arrumar o mais rápido que puder, eu sinto sua falta e quero te ver logo.
Sorri automaticamente ao ouvir a ultima frase.
- Você me viu ontem, John...
- Não posso mais ser romântico com a minha garota-
Se ele falasse mais alguma coisa fofa, eu não aguentaria.
- Claro que pode, Senhor-Eu-Sou-Romântico.
Nós rimos.
- Te vejo mais tarde.
- Vou esperar por você.
Desliguei o telefone e corri para o chuveiro, tomaria um banho rápido e esperaria por John.
Dois
Esperei por John uma, duas, três horas e nada dele aparecer.
Liguei para o telefone dele umas quarenta vezes e não consegui nenhum sinal de fumaça, ia direto para caixa postal.
Eu já havia trocado de roupa e acabei adormecendo no sofá, vendo algum filme idiota na televisão.
Vi uma luz intensa ir contra os meus olhos e tentei abri-los devagar, mas só consegui depois de muito esforço. A janela estava aberta e o sol batia no meu rosto.
O telefone, que ficava ao lado do sofá, estava tocando.
Estendi meu braço para pega-lo e atendi.
- - Aonde você está- Faltam cinco minutos pra a van passar aqui no estúdio. Temos um show no Burn Club, caso você se lembre.
Bati a mão na testa.
- Mas é claro! - Como eu poderia ter esquecido. - Em quinze minutos eu estou aí, tudo bem- Enrole o pessoa, diga que eu tive uma... uma dor de barriga.
- Tudo bem... - Jordan era meu protetor na banda, sempre que ele podia, me ajudava com alguma coisa. Era também, meu melhor amigo desde que eu me entendo por gente - Mas vá de pressa, ok-
- Obrigada! - Desliguei o telefone.
Tomei o banho mais rápido de toda a minha vida e coloquei uma muda de roupa para o show na minha mochila.
Na maioria das vezes, eu trocava minha roupa no camarim, assim eu não suava antes dos shows.
Em menos de vinte minutos, eu já estava no jardim da casa de Jordan, não foi preciso entrar já que todos estavam do lado de fora me esperando.
Levei uma pequena bronca do nosso produtor - eu já estava acostumada a receber esporro quando me atrasava ?, e entramos na van.
No caminho, Jordan recebeu uma ligação estranha, ele ficou um pouco tenso depois que desligou o telefone e disse que precisava falar comigo antes de eu subir no palco.
Eram 13 horas. Nós estávamos repassando e fazendo alguns ajustes finais na setlist.
- Eu queria fazer aquele cover de The Heart Never Lies do McFly, adoro aquela musica.
Eu sempre lembrava de John quando escutava essa musica.
- Boa! A galera pediu esse cover no último show, mas não deu tempo. - Ryan comentou, escrevendo o nome da musica em uma folha de papel. - A agora a setlist tá fechada.
De cinco minutos, mesmo conversando com os garotos, eu dava uma olhada no celular.
John não havia mandado noticias, não havia mandando uma mensagem e muito menos ligado.
Algo estava errado.
Jordan continuava tenso, mas tentava disfarçar.
Três
Assim que chegamos no camarim, fui direto para uma mesa aonde havia alguns petiscos e meus chocolates. Era a minha única exigência nos shows.
Joguei a mochila em um canto do camarim e comi meus chocolates como se não houvesse amanhã, os meninos ficavam falando que eu ia fazer o show rolando, mas eu não ligava.
Chocolate me fazia ficar alegre e um tanto hiperativa, quando eu ficava triste.
Quando meus chocolates acabaram, tomei um banho rápido e troquei de roupa no banheiro do camarim, os meninos já estavam todos prontos e em menos de meia-hora nós entraríamos no palco.
Um dos organizadores do evento, veio nos cumprimentar e disse que a casa estava praticamente lotada e que seria um show e tanto. A maioria da galera estava comprando nossas camisetas e ele tinha certeza que mais da metade das pessoas no lugar eram nossos fãs, já que haviam mais três bandas que tocariam com a gente: A Rocket To The Moon, We The Kings e He Is We.
- , precisamos conversar. - Jordan me puxou para um canto.
- O que aconteceu- Você ficou tão sério depois que recebeu um telefonema...
- Você sabe que o John era amigo meu também, não sabe-
Balancei a cabeça positivamente.
- A Jenny, mãe do John, me ligou naquela hora. Disse que queria falar com você, mas eu não achei que seria uma boa hora para dizer isso e ela estava tão nervosa para te dar uma noticia assim... - Seus olhos enxeram d'água e eu não conseguia pensar em nada.
- O que aconteceu, Jordan- Foi alguma coisa com o John- Aonde ele está- - Peguei meu celular no bolso e disquei o número de John.
Jordan tirou o celular da minha mão sem fazer força nenhuma e me abraçou.
- Não adianta ligar pra ele, . Ele não pode atender. - Jordan disse no meu ouvido, sua voz soava tão desesperada e fraca.
Senti suas lágrimas molharem minha blusa.
Eu ainda não estava acontecendo, minhas mãos estavam tremulas e eu não sabia o que pensar.
- Jordan, - ele se afastou - só me diga aonde está John. Por favor. - Eu praticamente implorava.
- 10 minutos, pessoal! - nosso produtor disse, abrindo a porta e a fechando logo em seguida.
Os outros meninos repararam que Jordan estava com os olhos vermelhos e o quão eu estava assustada, não perguntaram nada, mas estava nitidamente prestando atenção na conversa.
- Vou tentar ser rápido... - Jordan disse, me olhando nos olhos - John ia pra sua casa ontem, não ia- Mas antes, ele passou pra pegar o carro na oficina. Quando ele estava indo para sua casa, você sabe, tem tantos loucos no trânsito, ... Não foi por falta de cuidado dele, você entende?
- O que você quer dizer com isso- - Perguntei.
Meu coração não sabia se batia o mais forte que podia, ou se simplesmente parava.
- Ele está no hospital, . Em... em coma.
Respirei fundo três vezes e tentei juntar as palavras que ele tinha me dito.
Algumas lágrimas vieram, muitas.
Parecia que eu não entendia o que havia acontecido.
- Eu preciso vê-lo, Jordan! AGORA! - Falei.
Peguei minha mochila e abri a porta do camarim para sair.
- , temos um show... - Jordan me segurou pela mão.
- Mas... Jordan, é o John. Eu preciso saber melhor, o que aconteceu direito... E se ele acordar- Eu tenho que estar lá.
Várias coisas começaram a passar pela minha cabeça.
Nosso primeiro primeiro encontro em um bar que não tinha nada a ver com a nossa cara, o show que o The Maine fez na ultima semana e eu fui com ele...
Jordan me puxou pela mão e fechou a porta do camarim.
- ... é um show importante, você sabe. - Ryan colocou as mãos nos meus ombros. - Assim que acabar, nós vamos até o hospital com você, tudo bem- - Ele olhou para Jordan - Você sabe o nome do hospital, não sabe Jordy- - Perguntou.
Jordan balançou a cabeça positivamente.
- Ele está bem, ok - - Jordan me abraçou.
Nosso produtor, Mark, entrou no camarim e nós avisou que estava na hora.
Os meninos explicaram a situação para ele e ganhei mais cinco minutos antes de entrar no palco.
Quatro
(Coloque para carregar.)
- Agora... É um cover de uma das minhas bandas prediletas, McFly. Vocês devem conhecer essa musica. - Um rodie me entregou o violão e eu sentei em um banquinho que estava no centro do palco. - Mas antes, eu queria dedica-lá para alguém muito especial pra mim, que agora, não está muito bem e infelizmente não está presente hoje, mas... Essa musica é pra você, John! - A galera começou a gritar.
Por causa das luzes, eu não conseguia ver nitidamente o número de pessoas que havia lá, mas eu acho que era o maior show que eu já tinha feito.
(Coloque para tocar)
Dedilhei a introdução da musica no violão.
- Some people laugh,
Some people cry,
Some people live,
Some people die.
Some people run
Right into the fire
Some people hide
Their every desire
But we are the lovers
If you don't believe me
Than just look into my eyes
'Cause the heart never lies
Lembrei da primeira vez que John tinha dito que me amava, ele me olhava nos olhos para ter certeza de que eu deveria saber que ele não está mentindo.
John tem o habito de falar olhando nos meus olhos, o tempo todo. Às vezes eu me sinto como se estivesse completamente nua interiormente. E quando ele disse que gostava de mim, eu pude ver em seus olhos que não era mentira.
- Some people fight,
Some people fall,
Others pretend
They don't care at all
If you want to fight
I'll stand right beside you
The day that you fall
I'll be right behind you
To pick up the pieces
If you don't believe me
Just look into my eyes
'Cause the heart never lies
Todo mundo aplaudia, gritava e cantava junto. - Another year over
Ryan chegou perto da galera para jogar uma palheta e quase arrancaram a camisa dele.
Eu acho que as coisas estavam começando a dar certo para a banda agora.
And we're still together
It's not always easy
But I'm here forever
'Cause we are the lovers
I know you believe me
When you look into my eyes
'Cause the heart never lies
Cinco
Assim que o show acabou, me despedi de todo mundo e joguei algumas palhetas e garrafas de água para todo mundo, estávamos todos animados, mas eu só queria sair de lá e ir direto para o hospital.
O telefone de Jordan começou a tocar e eu corri para perto dele.
- Sra. O'callaghan! Pode falar... - Ele me olhou, sem mostrar expressão nenhuma.
Silêncio e mais silêncio.
Jordan só ouvia o que ela dizia e eu ficava mais nervosa ainda.
- O que ela está dizendo- - Perguntei.
Ele fez sinal com as mãos para que eu esperasse.
Agora, sua expressão não era nada boa.
Eu conhecia Jordan o suficiente para saber quando algo estava machucando ele o bastante para que ele ficasse com vontade de chorar.
Ele desligou o telefone e me encarou, seu rosto estava calmo e ao mesmo tempo demonstrava confusão.
Ele balançou a cabeça negativamente e abriu os braços para que eu pudesse abraça-lo.
- , eu sinto muito...
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YAY! Espero que tenham gostado e comentem me dizendo o que acharam da fic. Eu realmente não tenho uma opinião formada sobre essa história, mas espero de coração que vocês tenham gostado e consigam entende-la.
Eu tenho essa mania estranha de matar as pessoas em acidentes de carro nas minhas fanfics hahaha Qualquer coisa podem me procurar no @99deatheaters. xx