The Half Angel

O fim no começo...

  Bonnie estava com muito medo. Não podia ser verdade. Luc não podia ser aquilo, não podia ser aquele ser.
  Bonnie andava rapidamente, queria chegar ao quarto de Luc o mais rápido possível, mas parecia ser muito longe, quando estivera ali antes achou que tinha durado apenas segundos, mas agora ela tinha a impressão de horas.
  As luzes amareladas não ajudavam muito com a iluminação, o que fez Bonnie tropeçar umas 3 vezes.
  - Merda – ela disse ao tropeçar em um carrinho de controle remoto.
  Bonnie rapidamente abriu a porta, sem fazer cerimônia. Encontrou Luc desenhando como costuma fazer quando estava feliz ou triste. Nesse momento ela não sabia como ele estava, mas só queria saber o que ele realmente era.
  - Por que não me contou antes?
  Luc guardou seu caderno de desenho e olhou para Bonnie.
  - Como assim, Bo?
  - Não me venha com “Como assim, Bo?”, você me fez de idiota. Não preciso de ajuda pra ser mais idiota do que sou.
  - Você não é idiota. Você não sabe o que é ser idiota.
  Uma lágrima escorreu do rosto de Bonnie. Ela a secou rápido.
  - O que você é? – Outra lágrima escorreu.

Chapter 1

  Primeiro dia de aula naquele inferno chamado ‘escola’. Bonnie sempre odiou escolas novas, pessoas novas, professores novos. Ela até se considerava anti-social e esse foi o apelido que seus pais lhe deram.
  Bonnie só tinha 17 anos, mas já tinha morado em mais de 15 estados dos Estados Unidos e 14 países, devido ao trabalho dos pais. Atualmente estava no Vale de Loire, interior da França. Ela odiou isso, primeiro era interior e segundo estava no meio de um bimestre.

  Bonnie entrou na sala de aula e ficou torcendo para o professor não pedir pra ela se apresentar.
  - Srtª Keep, está atrasada.
  - É, desculpe-me, tive uns probleminhas pessoais e...
  - Não chegue mais atrasada – O professor interrompeu e virou para a lousa.
  Bonnie correu direto para sua carteira atrás de uma garota de cabelos compridos e olhos relativamente claros. Abriu seu caderno com a maior rapidez possível e começou a escrever o que estava no quadro.
  De repente um rapaz de calça skinny e camisa do Pateta entrara na sala.
  - Desculpa a demora, professor. – Ele encarou o professor.
  Bonnie gamou logo na voz dele, era tão sexy e encantadora. Seu cabelo era preto, extremamente liso e ia até o ombro, do jeito que Bonnie gostava. Ela começou até calcular as probabilidades de ficarem juntos, o que ela sempre achou idiota, porque nunca ficava com quem calculava.
  - Tudo bem Luc. Mas não volte a cometer este erro. – O professor sorriu.

  Então seus olhos se encontraram e ele sorriu e seguiu pra sua carteira. MÃE, PAI, ELE SORRIU PRA MIM. Bonnie ficou sem jeito, mesmo feliz.
  Bonnie era uma garota muito bonita. Seus cabelos eram preto azulados e iam até a cintura. Extremamente branca e de olhos azuis.
  Felizmente as aulas terminaram e Bonnie seguiu para seu carro para voltar pra casa. De acordo com as leis da França, ela ainda não podia dirigir, mas ela era uma cidadã americana, não ia respeitar as regras francesas.
  Ela entrou no carro e deu a partida. Prendeu seu cabelo e abriu a janela do carro, preparando-se para sair. Então, Luc a surpreendera colocando a mão em sua porta.
  - Você não é meio nova pra dirigir? – Ele disse sorrindo.
  - Talvez – Bonnie sorrira.
  - Te vejo por ai?
  - Sim. – A garota fez careta.
  Ambos sorriram. Ela acenou e engatou a marcha o deixando pra trás.

Chapter 2

  Bonnie jogou sua mochila em cima da cama e ficou olhando pra mesma, pensando.
  Ela gostaria de vê-lo. Ela gostaria muito de vê-lo. Ela gostaria de conhecê-lo melhor, mas ela mal sabia o seu nome. Não sabia de onde tinha vindo, para onde iria, o que queria fazer da vida. Ela só queria saber como era a sua pele.
  Bonnie estava ficando vidrada no rapaz, parecia que ele era o ferro e ela era o ímã, pois ela se sentia bastante atraída por ele. Então, ela se deitou na cama e continua a viajar em seus pensamentos.

  Alguns meses depois

  Bonnie se encontrara com o Luc no corredor. Ele queria falar com ela. Ela estava extremamente estressada com ele.

  Flashback Mode On

  - Para de me seguir.
  - O que eu fiz de errado, Bo? – Luc perguntou com inocência.
  - Não se faça de idiota.
  - O que eu fiz? Bonnie, me diz! Eu ainda não entendi! – Sua voz soara desesperada.
  - Você me fez... – Sua voz sumiu.

  Flashback Mode Off

  Ele olhou nos olhos de Bonnie e ela deu um olhar frio para ele.
  - Por que você não me conta as coisas? – A garota tinha voz de choro.
  - Eu não posso contar. – Luc tentara dar um selinho nela.
  - Claro que pode, não é seu segredo? Os meus segredos você já sabe.
  - Meus segredos não chegam perto dos seus segredos. Se uma dessas pessoas que me odeiam soubesse, eu preferiria ir pro inferno, lá ia ser mais calmo.
  - Mas você ia querer me deixar?
  - Não foi isso que eu quis dizer. – Luc a repreendera.

  Luc deixou no carro de Bonnie seu diário. Bonnie nunca esteve nem ai para diários, mas como era de seu namorado resolveu ler para ver se achava algo sobre si própria.
  Mas o que achou foi sobre um segredo, um segredo tão obscuro que não poderia nem ser relatado naquelas páginas.
  - Eu não posso contar, Bo. Você tem que descobrir.
  - Me dê pelo menos dicas. – Sua voz era suplicante.
  - Conhece a guerra dos céus?
  - Sim.
  - Quem foi expulso?
  - Anjos.
  - E o que eles são hoje?
  - Anjos caídos?
  - Exatamente. Onde eles vivem?
  - Na Ter... E o que você tem com isso?
  - Onde eles vivem, Bonnie?
  - Na Terra.
  - Preciso ir. – Ele a beijou e saiu em direção à porta da escola.

  Bonnie ficou extremamente encucada, o que o segredo dele tinha a ver com aquelas perguntas?
  Ela por um momento achou que ele tinha deixado o diário no carro de propósito. Ele queria que ela descobrisse, mas como ela o faria?
  Ela já estava ficando chateada com isso. Ela queria saber que segredo era esse. [N. A. Que mulherzinha curiosa. ahahhha]
  Não iria descansar até descobrir. Bonnie resolveu ir pra casa, naquele dia seus pais não estariam lá. Não se preocuparia com eles.

Chapter 3

  Bonnie entrou em casa e foi direto para seu computador. Digitou no Google “Anjos Caídos”.
  Milhares de resultados. Páginas e mais páginas.
  Bonnie abriu um resultado que lhe chamara a atenção.

  A garota ficou de boca aberta, não sabia o que pensar ou o que fazer. Estava insana, queria se matar queria matar Luc, não era possível, ele não podia ter mentido a tal proporção para ela.
  Bonnie saiu de casa e foi direto para a casa de Luc, queria saber a verdade a todo custo, mas dessa vez, teria que vir dele.
  Ela estava com muito medo. Não podia ser verdade. Luc não podia ser aquilo, não podia ser aquele ser.
  E se ele fosse o que aquela página dizia? Ele seria tão mal daquele jeito?
  Bonnie andava rapidamente, queria chegar a casa de Luc o mais rápido possível, mas parecia ser muito longe, tão longe quanto a última vez que tinha ido lá.
  Lágrimas escorriam dos olhos dela e ela as limpava rapidamente, sua respiração estava cansada.
  Ela tinha as chaves da casa dele, assim como ele tinha da casa dela. Ao entrar as luzes estavam apagadas e ela foi ligando uma por uma. No corredor as luzes eram amareladas o que não ajudava muito com a iluminação, e Bonnie tropeçou umas 3 vezes.

  - Merda – ela disse ao tropeçar em um carrinho de controle remoto. – Será mesmo que ele ainda brinca com isso?
  Bonnie rapidamente abriu a porta, sem fazer cerimônia. Encontrou Luc desenhando.
  - Por que não me contou antes?
  Luc guardou seu caderno de desenho e olhou para Bonnie.
  - Como assim, Bo?
  - Não me venha com “Como assim, Bo?”, você me fez de idiota. Não preciso de ajuda pra ser mais idiota do que sou.
  - Você não é idiota.
  Uma lágrima escorreu do rosto da Bonnie. Ela a seca rápido.
  - Eu só quero saber, mas tem que vir da sua boca. O que eu pesquise... – sua voz morreu – Não pode ser verdade – sua voz se tornou um choramingo.
  - O que você concluiu?
  - Você é um...
  - O que eu sou?
  - O que você é? – Outra lágrima escorreu.
  - Eu sou filho de um anjo caído. Eu sou metade anjo caído.
  - Filho de um anjo? Tipo aqueles da Bíblia?
  - Sim, eu sou filho de um anjo da Bíblia.
  Bonnie ficou de boca aberta.
  - E seu pai ainda existi?
  - Creio que sim.
  - Nossa! É muita informação pra digerir.
  - Realmente, Bonnie.
  - Você tem que me contar. Não estamos juntos? – Ela se aproximou dele.
  - Sim. Mas...
  - Me conta. – Ela sentou em seu colo.
  - Você não vai entender.
  - Eu vou tentar.

  Luc olhou em seus olhos profundamente. Então começou a contar para Bonnie sua história. Contou sobre seu pai, o porquê dele ter escolhido lutar pelo lado errado.
  - E eu não queria ser filho dele. Agora tenho que ser metade anjo.
  Bonnie ficou encarando as suas próprias mãos.
  - Eu vou ficar com você. – Ela disse por fim.
  - Não quero te fazer sofrer. Escolha com sabedoria.
  - Eu quero ficar com você – Disse firmemente.
  Ambos sorriram e se beijaram.
  - Agora que você sabe, teremos que tomar cuidado. Não quero que se submeta a isso tudo. Muitos tentam me matar ainda, muitos morreram porque souberam meu segredo.
  Ela sorriu pra ele novamente.
  - Eu te amo – o primeiro ‘eu te amo’ que disse com sinceridade.
  - Eu te amo, também. – Ele olhou para os olhos dela, profundamente.

Fim