The end is okay

Escrito por Izadora Nunes | Revisado por Isadora

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  “Minha mãe sumiu, meu pai morreu quando eu ainda era bebê, e agora minha avó, aquela que eu chamava de mãe, aquela que me deu todo o carinho do mundo, não está mais ao meu lado, agora voltarei a estar sozinha nesse mundo, só com minhas primas, que primeiramente nem as conheço pessoalmente mas que ficaram comigo até eu ficar de maior. Não sei explicar a dor que estou sentindo... A primeira coisa a fazer quando eu chegar a Londres será tirar uns bons cochilos, isso é, se conseguir, por que pelo jeito que minha avó falava das minhas primas elas aparentam ser bem arengueiras e barulhentas...” esse era o pensamento da após a perda de sua avó.
  - Anda , não podemos deixar nossa prima esperando por nós no aeroporto né? – falou a prima da mais velha.
  - Paciência, , estou me ajeitando, você não quer que a primeira impressão da nossa “querida” prima sobre mim, seja a mais vergonhosa né? – falou usando aspas na palavra Querida, todos ali já sabiam que a não ia muito com a cara da , por que a própria dizia, que sua avó gostava mais de do que dela.
  Chegando ao aeroporto, que já havia visto a antes, foi procurá-la, pois o seu voou já havia pousado. Quando viu aquela menina baixinha e bonita, viu que era ela, e foi ao seu encontro, enquanto estava lá no carro a esperar as duas.
  - é você? Ouw prima que saudades estava de você, quando a vi pela última vez você ainda era um pequenina e a vovó ainda estava viva. – essas foram as palavras de fazendo com que a pequena chorasse quando ela se referiu a sua avó.
  - Oi , Ué cadê a ? Eu queria vê-la também. – disse a já enxugando as lágrimas que já corria em seu rosto.
  - A ? Ela está... No carro, é ela está no carro nos esperando. Vamos? – assim foram e ao encontro da que estava no carro, esperando-as.
  - Oi , estava com saudades apesar de nunca ter visto você, mas nunca nos falamos, nem por telefones. – falava sem saber que todas as vezes que ela ligava para prima a mesma desligava os telefonemas.
  - Oi prima. Pois é, todas as vezes que você me ligava eu estava meio ocupada. Mas vamos, temos muito a conversar né? – dizia com uma tamanha falsidade, que já sabia de suas falsidades, ficou calada.
  Chegando à casa das meninas, ficou impressionada com o tamanho daquela casa, a dela era grande mais essa já passava de grande.
  - Uau, que casa grande... – disse , que já havia jogado suas coisas no sofá e estava dando voltas na casa, rindo.
  - É sim, mas e aí, quer conhecer seu quarto? Venha! – disse a ajudando com as malas, enquanto já havia subido para seu quarto.
  Chegando ao quarto, logo se deitou sem pensar, se quer, em arrumar suas bolsas. Foi uma longa viajem e fazia já dois dias que não dormia direito, precisava descansar.
  - , vai querer Comer alguma coisa? Eu vou na lanchonete aqui embaixo com a , se quiser alguma coisa, eu trago! – falou , entrando ao quarto de
  - Ah, tudo bem, pode me trazer um hambúrguer e um refrigerante?
  -Claro, quando a gente chegar eu te chamo!
  Assim que as meninas saíram, deu um pequeno cochilo, até acordar com um barulho de música, que parecia vir da casa vizinha! Então se levantou, foi tomar um banho e arrumar suas coisas, quando as primas delas, chegaram ela estava terminando de arrumar o seu guarda roupa.
  - ? Já está acordada? Já sei acordou com os barulhentos aí do lado né? – falou , apontando para a janela da casa dos vizinhos, que por final ficava de frente para o quarto da !
  - É! Mas eu já estava acordando mesmo! Mas e aí? Trouxeram a comida? Estou faminta! – falou, dando um nó em seu cabelo.
  - Sim, trouxemos, e desculpa a demora, é que a , parou na casa do namorado, e passou mais de horas lá! – falou e rindo da cara que a fez.
  As três desceram as escadas e foram para a cozinha comer, sentaram-se e a começou a perguntar coisas a .
  - , você namora? Ou já namorou? Tem quantos anos mesmo? Gosta de sair? – perguntava sem se quer parar um minuto.
  - Bom, eu não namoro, já namorei, mas terminei, tenho 16 anos, e não sou muito de sair, mas gosto de ir à praia! Por quê? – respondeu, avexada querendo comer sem ser interrompida.
  - É que hoje, vai ter uma festa na casa dos vizinhos, então quero que vá com a gente! – falou, percebendo que a já sabia que ela iria aprontar algo para a pobre .
  - Vou pensar não estou muito para ir para festa! A nossa avó morreu a dois dias, e eu não estou preparada fisicamente para comemorar! – disse abaixando a cabeça e levantando-se da mesa.
  - Vai ser bom para você, esquecer um pouco da vida, ou talvez até arrumar um namorado... – implorava para a ir, até que a interrompeu-a.
  - , não está vendo que ela não quer ir, deixa a menina em paz! – falou repreendendo a .
  - Meninas, eu vou ver se vou ou não, além disso eu não tenho nem roupa apropriada para essas festas. – falou para as primas.
  - E que tal, se formos até a cidade para fazer compras? A vovó deixou a herança para nós três nos divertimos né? – falou .
  - Que tal depois, estou tão cansada, que acho que vou tentar tirar uns cochilos, se é que os vizinhos deixam. – falou dando aquela sua risada baixa.
  Quando subiu e se deitou, , ficou falando com a , explicando, que a era muito apegada com a avó e que ela ainda não tinha se conformado com tudo isso.
  - E qual o seu plano de hoje? Por favor não vá fazer nada que machuque a , sei que você não gosta dela, mas ela ainda é nova aqui e não conhece nada direito. – falou pegando os pratos e levando a pia, enquanto a estava serrando as unhas e nem um pouco preocupada.
  - Minha querida irmãzinha, não se preocupe que não vou fazer nada que magoe a nossa pequena prima, não por enquanto! – falou, saindo da cozinha e indo assistir TV!
  - Espero! Ei mocinha, pode voltar, vai guarda a louça agora! – falou puxando a e a entregando um pano de enxugar louça!
   A não estava conseguindo dormir, primeiro por causa da música que tocava na casa vizinha, que lembrava muito sua avó! Era a música preferida dela, do cantor preferido dela! Elvis Presley, a música era a “Dog’s Life”, logo a música parou. E a mesma estava pensando no que sua prima falou.
  “Será que devo ir a essa festa? Será que vai me fazer bem?” se questionava, e resolveu descer para avisar a suas primas que ela iria para a festa.
  Descendo as escadas, ela viu rostos que ela nunca tinha visto antes, foi até a sala e viu três garotos sentados na sala conversando com a e a .
  - Oi, , conheça nossos amigos e o namorado da . – falou quando viu a descer as escadas.
  “Sorte minha, que eu me ajeitei antes de descer as escadas, imagina só...” pensava isso enquanto se aproximava dos meninos.
  - Oi eu sou a prazer! – falou apertando a mão do primeiro menino, que era muito bonito e simpático – Meu nome é . – o primeiro falou.
  - O meu é – o segundo falou.
  - O meu é... – e antes que o rapaz terminasse de falar a interrompeu-o.
  - e é o meu namorado. – falou olhando para a e fazendo uma cara tipo de “Não encoste, ele é só meu”.
  - Bom, eu só desci, meninas, para avisar que eu vou para a festa com vocês, mas primeiro tenho que ir a alguma loja para comprar alguma roupa. – falou sorrindo para as meninas.
  - Ah, então a mocinha também vai para a nossa festa? Bom saber, mais uma convidada! – falou que ao se levantar da cadeira ficou arrodeando a com um olhar malicioso.
  - É, sim, ela vai, , mas saiba que ela é muito nova para você. – falou olhando para fazendo com que o mesmo se sentasse novamente.
  - Bom, é só isso, vamos então meninos? Acho que está na hora de começar a arrumar as coisas. – falou empurrando o que puxava o para ir para casa.
  Assim que eles saíram, elas pegaram as bolsas e foram para a cidade comprar as roupas.
  - Vamos entrar aqui? É que parece que é tudo mais barato, e eu não tenho tanto dinheiro. – falou ao ver um lojinha de roupas.
  - Quê? Que conversar é essa? Nós vamos ao shopping, lá sim tem roupa que preste, e não se preocupe eu te empresto dinheiro. – falou fazendo uma cara de nojo ao ver aquela loja.
  Quando chegaram ao shopping, logo foi puxando para a loja preferida da mesma, enquanto a , foi comprar soverte para as mesmas, se encantou por um vestido assim que viu, mas a achou que era muito longo para a mesma, então escolheu os três vestidos e comprou, saindo direto para loja de sapatos e bolsas.
  - O que achou desse sapato? Combina com o vestido certo? – falou mostrando os sapatos que coube perfeitamente no pé da mesma!
  - É está lindo e fica perfeito com esse bolsa que comprei para você. – falou, percebendo que estava lhe chamando para uma conversar particular – , fica olhando aqui as joias que eu vou aqui, e já volto. – foi em direção à irmã e logo falou – O que foi dessa vez ? Não me diga que você não gostou do vestido. – falou para a , que por sinal não estava tão bem.
  - Você ainda me pergunta o que foi? Até hoje de manhã você não suportava a , e agora está comprando até roupa para ela, me poupe o que você está aprontando? – falou, sussurrando, com a , para que a não ouvir-se.
  - Não estou tramando nada, apenas quero que ela seja recebida bem, calma irmãzinha está tudo bem...
  -Espero! – respondeu , indo em direção a loja de joias aonde se encontrava .

  Compras feitas, as três foram para o salão, ajeitar as unhas e cabelos, quando já estavam prontas, olhou a hora e viu que já estava tarde, então foram para casa se ajeitar.
  - Meninas, já estou pronta, você já estão? – falou indo ao quarto da , que ficava ao lado do quarto da .
  - Eu já estou pronta, agora vamos esperar a que é mais devagar que uma tartaruga! – Ffalou saindo de seu quarto.
  - Calma, meninas, já estou pronta e linda! – falou saindo do seu quarto.
  Assim que as três chegaram à festa, deram de cara com o , que foi logo puxando a para dançar, o que não tirava os olhos da e o que não parava de olhar a .
  - Olá moça bonita! Quer dançar? – perguntou para a , que estava muito perdida.
  - Hãm...? Não Obrigado, não gosto de dançar. – falou que saiu com a , para a varanda, aonde se encontravam algumas pessoas.
  - querida, vou dançar um pouco com o , me espera aqui tá? – falou já saindo da varanda.
  - Está gostando da festa? – falou o , fazendo com que a tomasse um susto, e quase melar a roupa com refrigerante.
  - Ah! Estou sim, só não estou muito animada sabe? Quase morri de um susto agora. – falou levantando-se da cadeira, a qual ela havia derramado o refrigerante.
  - Vem dançar comigo! Por favor, olha suas primas estão dançando, a com o e a com o , vem vamos. – ele puxou-a para a pista.
  Sem que a mesma percebe-se ele colocou algo na bebida dela, fazendo-a ficar tonta. Com isso ele a levou para um lugar onde o mesmo havia combinado com a . Chegando lá, colocou a mesma em uma espécie de baú e trancou-a! Mas logo a sentiu falta da e foi a procura dela.
  - você viu a ? O que você fez com ela? Ela não está aqui! – falou quando encontrou a irmã na cozinha, que acabará de sair do quartinho com .
  - Calma irmã, eu não vi ela não, vai ver ela foi para casa ou sei lá! – falou olhando para e rindo como se nada houvesse acontecido.
  - A última vez que a vi, ela estava dançando com você , o que você fez com a ? – falou se aproximando do que se esquivou quando a mesma chegou perto.
  - Calminha aí, eu não fiz nada com a sua prima, ela falou que ia ao banheiro e não vi mais ela.
  - Espero. E o que vocês dois estavam fazendo aí dentro desse quartinho? Que eu saiba você namora com o ! Estou certa? – falou olhando para dentro do quartinho, de onde os mesmos vinham.
  - Nós...? Bom a gente... Nós estávamos... Pegando algumas bebidas, é isso, pegando bebidas. – falou gaguejando e fazendo com que a não acreditasse.
  - Ah! É mesmo? E cadê as bebidas? Acabaram? E agora aí é o freezer? – falou , querendo entrar no quartinho.
  - É que a gente se lembrou de que as bebidas já estão todas na geladeira. – falou .
  -Eu posso dar uma olhada aí dentro? Só por curiosidade? – falou já desconfiada de algo.
  - Irmãzinha você vai perder a festa por causa disso? Olha o está vindo aí, que tal vocês dois dançarem um pouco e esquecer isso? – falou , para entreter a .
  - Eu quero entrar aí e vou entrar. Dá licença? pode vim comigo? – falou empurrando o e a do caminho, e puxando o .
  Ao entrar logo escutou um barulho meio distante e foi seguindo esse barulho, que o levou para o baú e abrindo o mesmo, viu a quase desmaiada já. Imediatamente, pegou a mesma e levou-a para o hospital, chegando lá os médicos fizeram exames na mesma, e chegaram a conclusão, que haviam colocado algo na bebida, logo percebeu que a bondade toda da com a tinha dado nisso, chegando à casa das meninas, logo levou a para seu quarto para a mesma descansa.
  - Já conversou com a ? – falou descendo as escadas falando com a .
  - Ainda não, amanhã converso com ela e vou dar uma boa lição para ela. – falou , sentando-se ao sofá.
  - Bom já esta tarde, tenho que ir, chegar em casa também vou conversar com o . – falou já indo a direção da porta.
  - Está bem, amanhã conversamos. – falou levantando-se e indo a direção da porta aonde se encontra.
  No Quarto da , a mesma falava no telefone com o .
  - Ela bem pensa que acabou por aqui, mas esse é só o começo. – dizia .
  - Eu sei que é só o começo e já penso qual o próximo plano.
  - Vou ter que desligar irmã chata está vindo.
  - , amanhã teremos uma boa conversa sobre o que aconteceu hoje na casa dos meninos. – falou para a mesma, que parecia não ligar para o que a irmã dizia.
  - Tudo bem. Agora pode sair do meu quarto? – falava que virava para o outro lado, fazendo com que a irmã saísse do quarto.

  No dia seguinte, levantou-se logo cedo e foi para a sala assistir um pouco, enquanto as suas primas ainda se encontravam dormindo. A única coisa que não saia da sua cabeça era o rosto do que a socorreu, a mesma ficou imaginando aquela cena, até que a desceu da escada, e acordou-a de seus pensamentos.
  - ? Está tudo bem? Parece meio no mundo da lua. – falou rindo da cara de susto que a fez ao vê-la.
  -Hãm? Oi, estou bem sim, eu só estava pensando, o que aconteceu ontem? Só me lembro de que o me segurava nos braços. – falou levantando-se do sofá e indo a geladeira pegar algo para beber.
  - É uma longa conversa, prima, mas antes quero que você escute o que eu vou contar. – falava pegando na mão da prima e levando-a para o sofá – Independendo da sua reação quando eu contar o que aconteceu ontem, quero que você saiba que eu gosto muito de você e não vou deixar nada acontecer com você.
  - Você me assustou um pouco com o que acabou de dizer, pode ser mais clara? O que aconteceu ontem a noite? – antes que a respondesse a , vem descendo as escadas sorrindo como se nada houvesse acontecido.
  - Ah reunião de família e ninguém me chama, é isso? – falava sentando-se junta as mesmas no sofá.
  - Que bom que você chegou , precisamos conversar sobre ontem. – falou para a quando a mesma tentou levantar-se – Você não vai a lugar nenhum se sente aqui.
  - Gente vocês estão me deixando nervosa, o que aconteceu ontem a noite? E por que eu estou com uma pulseirinha de hospital? – falava já desesperada com tanta preocupação.
  - Prima, acontece que a junta com o , aprontaram para você. Eles colocaram uma substância na sua bebida, fazendo com que você ficasse bêbada e eles poderiam levar você e lhe esconder dentro de um baú que, por sorte, o ouviu você quase inconsciente pedir socorro e lhe levou ao hospital. – falava vendo o olhar de raiva que fazia para a .
  - Por que você fez isso comigo? Se você não me quiser por perto poderia dizer, mas me envenenar? Isso já é demais. – falava quase partindo para cima da quando chegou os três meninos.
  - Epa! Meninas sem brigas por mim, por favor! – falava separando as duas.
  - , quieto, você veio até aqui para pedir desculpas para a e não ficar dando cantada nela. – falou tirando dos braços do garoto.
  - Seu canalha, você me chamou para dançar para fazer isso, bem que desconfiava, se bem que me lembro de uma coisa, , a está te traindo com o , ela só está com você por causa de seu dinheiro. – falava já com lágrimas em seu rosto e correndo para seu quarto, assim fazendo com que e fossem atrás. Chegando ao quarto da mesma, estava jogada na cama sem vida, e chorando.
  - não fica assim, vem, vamos à praia, você está bem, vamos comemorar nós três, eu você e a , vamos. Anima-se, sei que não é fácil, mas vamos! – falava tentando animar a .
  - Pensando bem, eu não corro nenhum risco de vida né? Então vamos!
  - Não , você não corre nenhum risco de vida, mas eu não vou poder ir com vocês, tenho que terminar os trabalhos da faculdade, amanhã volto das férias então, por que não vão vocês dois? Divirtam-se por mim. – falava fazendo um ar de cansada ao se referir a faculdade.
  - Tá, vamos princesa? – falava , no momento em que a saóa do quarto, percebendo que a ficou envergonhada com o que o mesmo disse.
  - Vamos! Espera-me um pouco vou me arrumar.
   terminou de se ajeitar e os dois saíram no carro do , enquanto a e ficaram em casa estudando, e os outros estavam ensaiando.
  - Você não tinha que está ensaiando para o festival? – questionava o .
  - Claro, mas prefiro ir à praia com você, só acho que o tempo está um pouco frio, não sei mas meu intuito diz que vai chover. – falava , olhando para a estrada que estava um pouco molhada, pois havia chovido na noite anterior.
  - Não importa se chover, eu quero aproveitar e mais nada. Minha barriga acabou de roncar, podemos parar na lanchonete aqui perto? É que eu não tomei café. – falava , como sempre com fome.
  Pararam em uma lanchonete um pouco velha, mas que parecia ter uma boa comida, pelo cheiro. Entraram e viram ela quase vazia, ao lado direito da porta um casal de senhores que tomava café, do outro três mulheres que não paravam de olhar para o .
  - Estou com vergonha, elas não param de olhar para mim. – falava sussurrando ao ouvido da .
  - Espera um pouco, pode pedir nosso café, vou cuidar disso para você. – falou levantando-se da cadeira e indo a direção das mulheres.
  - O que você vai fazer?
  - Espere e verá! – falava dando aquele sorrisinho dela meio de lado – O que vocês querem olhando para o meu namorado? Não está vendo que ele está acompanhado? – falava para as três mulheres que ficaram assustadas com o que ela disse, assim como o também ficou.
  - Desculpe, mais não parece que vocês namoram vocês entraram aqui nem de mãos dadas estavam, então pensei que fossem amigos. Desculpe-nos. – falava a moça que aparentava ser a mais nova.
  - É que não gostamos de nos expor, estão desculpadas mas não olhem mais para ele. – falou e saiu se segurando para não dar uma daquelas grandes risadas que ela gostava de dar – E aí o que achou? – falou chegando perto do e já dando umas boas risadas.
  - Incrível! Você seria uma boa atriz. – falou pegando as sacolas com as comidas e indo para o carro.
  Chegando ao carro, os dois logo foram comer, quando terminaram já estavam perto da praia e foi quando começou a chuviscar, fazendo com que os mesmos saíssem do carro e fossem para uma barraquinha que havia de frente a praia.
  - Nossa, estou tão cheia, nunca comi tanto! – falava enquanto sentava-se ao lado de uma pedra, aonde a mesma colocou sua bolsa.
  - Pois é, percebi isso, mas e agora como vamos voltar para o carro? Está longe! – Falava percebendo que a chuva engrossou.
   - Não sei, só sei de uma coisa, vamos tomar banho de chuva? Não eu tomei banho de chuva desde que eu sai do Brasil, vamos? – pedia saltitando que nem uma criança quando quer uma bala.
  - Mas está muito frio, é bem capaz de pegarmos um resfriado.
  - Hum, está com medinho de um resfriado? Logo você , sei não viu?! Vamos. – falava puxando para fora da barraca.
  Os dois logo caíram na água do mar, e sem perceber estava ficando tarde, então pegaram suas coisas e saíram em direção ao carro, quando tropeçou e caiu sobre os braços do , fazendo assim os mesmos derem seu primeiro beijo, em meio à chuva.
  - Me desculpa, é sério. Desculpa, não quero causar problemas a você, não deveria ter te beijado. – falou ajudando a a levantar-se.
  - Sem problemas, por que causaria problemas comigo? Foi só um beijo, não a nada demais em um beijo. Certo? Ninguém precisa saber, mas foi bom. – falava correndo para o carro quando a chuva piorava cada vez mais.
  Entrando no carro, os mesmo ficaram se entreolhando, que era muito vergonhosa, ficava vermelha a cada vez que o olhava para ela, os dois foram o caminho todos assim, se olhando e calados, quando chegaram na casa da , já estava na porta a espera da mesma.
  - Onde vocês estavam? Eu estava preocupada já! Vocês tomaram banho de chuva é isso? você vai pegar um resfriado, entre se banhe e toque de roupa, preciso conversar com o . – falava , que pelo visto não estava nada bem. entrou enquanto falava com .
  - O que aconteceu? Por que você está assim ? – questionou.
  - A , ela saiu de casa, o ligou chorando, e disse que ela fugiu com o , por isso fiquei preocupada, não podemos deixar a andar sozinha por aí, sabe lá o que aqueles dois são capazes de fazer. – falava , observando para ver se a não estava ouvindo.
  - Ah, pode deixar, quando precisar estou a ordens, estou de férias a 6 meses então tenho tempo suficiente. – falava espremendo sua camisa que estava molhada.
  - É isso que quero falar com você, se importaria se ficar aqui essas três noites? É que eu vou fazer um trabalho da faculdade na outra cidade e não quero deixá-la sozinha, confio em você, mais do que em qualquer pessoa! – falava , mostrando as bolsas que estavam no carro já.
  - Claro, sem problemas, não se preocupe vai ficar tudo bem, nada vai acontecer com a !
  Logo, vai para casa trocar de roupa e levar suas coisas para a casa das meninas, enquanto a falava com a sobre o que estava acontecendo.
  - Vai ficar tudo bem, certo? – falava dando um abraço na , quando o chega à sala.
  - Onde coloco minhas bolsas? – pigarreou ante de perguntar, com uma mala que mais parecia que moraria ali.
  - Pode colocar nesse quarto ao lado do da , quero que vocês durmam bem perto para garantir que nada vai acontecer. – falava , apontando para o quarto e saindo com suas bolsas – Tchau, para vocês, e juízo não vão fazer festas aqui hein?
  - Está bem, tchau e divirta-se. – falava levantando-se da cama e indo fechar a porta.
  - Bom o que vamos fazer? Que tal assistir um filme? – falou sentando-se ao lado da no sofá.
  - Sempre é bom um filme, que tal você ir a locadora alugar um filme enquanto faço o jantar. – falava .
  - Não posse te deixar sozinha aqui, vocês não tem filmes? – perguntava mexendo em algumas caixas que havia ali na estante da televisão.
  - Eu acho que temos, olhe aí, vou fazer o jantar enquanto você procura. – falava indo em direção à cozinha.
  Enquanto testava alguns filmes, preparava uma pizza, quando a campainha toca.
  - pode atender a porta? Se não a pizza queima. – falava olhando para dentro do forno.
  Logo que o abre a porta, era a e o , o mesmo tem um medo, e corre em direção a cozinha aonde se encontrava a , os dois o seguiu.
  - O que você faz aqui ? disse que você não morava mais aqui. – falava tentando proteger a .
  - Calma Rob, só vim dar um boa noit, e pegar minhas roupas, estou indo ao Brasil, visitar a família do com ele. – falava dando aquele seu risinho que matava qualquer um de medo.
   subiu com o enquanto estava com os olhos grudados na e a mesma terminava de preparar a pizza. Os dois desceram e saíram sem se quer darem tchau, logo foi fechar a porta na chave e terminar de procurar filmes.
  - A pizza está pronta, tem refrigerante na geladeira, pode pegar para a gente? – falava tirando a pizza do fogo, e já levando para a sala.
  - Claro e já sei que filme vamos assistir, que tal “Karatê Kids”? – falava pegando o refrigerante da geladeira.
  - Não, já assisti esse filme muitas vezes, que tal assistir “Um Amor Para Recordar”? Esse filme é o mais perfeito que já vi! – falava já com um pedaço de pizza na boca.
  - Tá ok, sorte sua que eu gosto de romance viu? – falou , quis rir com o que ele disse.
   pegou um lençol que estava do lado da poltrona e se deitou, no sofá com a cabeça no colo do .
  - Esse filme é muito bom mesmo, e parabéns sua pizza estava uma delícia. – falou olhando para a com um olhar desejador.
  - Eu simplesmente me emociono com esse filme, já chorei muito aqui, acho que você percebeu. Obrigada, deu para perceber que você gostou, comeu quase toda. – falava tirando o DVD que já havia acabado, e rindo do que ela disse.
  - Engraçadinha, bom já esta tarde e acho que você deve estar cansada certo? – falava levantando-se do sofá.
  - Não, nem um pouco, ao contrário, estou super disposta, queria sair sei lá, me divertir ainda são dez e meia. – falava levando as coisas para a cozinha.
  - Então que tal a gente subir se arrumar e irmos para a rua, sei lá, fazer um luau quem sabe na praia? Eu levo meu violão e a gente acampa lá. – falava , já com o violão na mão.
  - Isso, boa ideia, vou pegar meu casaco e você pega a barraca, é pequena mais cabe nós dois, está no guarda roupa da . – os dois subiram e foram se ajeitar.

  Chegando à praia, logo montaram uma barraca e acenderam a fogueira, levaram comidas e ficaram comendo e o tocando.
  - Agora estou cansada, vou me deitar. – falou já entrando na barraca e tirando seu casaco.
  - Ah, também vou dormi, já são meia-noite, estou cansado. Então como vai ser a dormida, eu durmo desse lado e você desse aí? – perguntava entrando na barraca.
  - Pode ser. Sem problemas. – logo se deitaram e ficaram se olhando por vários minutos, até chegar mais perto de beija-la, a coisa foi esquentando e quando foram ver já havia acontecido o esperado.

  Amanhecendo, os dois voltaram para casa, tomaram um banho e em seguida tomaram café e o foi assistir TV enquanto a estava na internet no sofá da sala ao lado do mesmo.
  - Está tudo bem? Você está tão quieta! – questionava a que imediato balançou a cabeça dizendo que sim, havia algo errado.
   - Sabe o que está errado? É a minha primeira vez, e eu não me sinto bem, sei lá, foi bom, mais é só? O que vai ser da gente? Minha prima confiou na gente. – falava , indo para mais perto do .
  - Ela precisa saber? Eu gosto de você e se a gente contar ela nunca vai nos querer juntos, eu sei como é a , ela não vai entender, vai dizer que eu me aproveitei de você, e não vai querer que a gente se veja mais. – falava , encarando a fazendo com que a mesma largasse o notebook e caisse em seus braços, fazendo assim o clima ficar cada vez mais quente, quando a campainha tocou.
  - Pode deixar, eu atendo. – falava indo em direção a porta ajeitando já sua roupa que já não se encontrava em um bom estado. Ao abrir a porta, entra com todo gás.
  - Onde estão eles? Onde estão aqueles dois? Fala-me agora! Eles estão escondidos aqui né? – falava desesperado como se tivesse morrido alguém.
  - Calma ! O que aconteceu? Eles quem? A e o ? É isso? Bom se for vou logo avisando não há ninguém aqui a não ser nós três. – falava tentando acalmar , que parecia um camarão vermelho de tanta raiva.
  - Sim, eles não estão aqui? Que Merda, pensei que eles tivessem, eu quero quebrar a cara do , ele não poderia me trair assim, não podia. Então gente desculpa, se atrapalhei algo, Tchau! – Falando e saindo, que nem um louco atrás dos dois.
  - Onde terminamos? – foi a falando e a partindo para cima.
  Depois de alguns cochilos, os dois acordaram e a vai fazer o almoço, quando o telefone toca, era a .
  - Oi , o que houve? – atendeu.
  - Oi Rob, como estão às coisas por aí? Algum sinal da ? questionou.
  - Ela veio aqui pegar algumas roupas e disse que ia ao Brasil, mas não confiamos muito nisso. – disse.
  - Ah, é bom não confiar! Bom e cadê a ? Posso falar com ela? – questionou .
  - Está aqui fazendo o almoço, vou chamar ela. – respondeu . Caminhou até a cozinha e entregou o telefone a .
  - Oi , estou com saudades prima. – disse.
  - Prima também estou com saudades e estou votando amanhã de noite. comentou.
  - Estaremos te esperando.
  - Tá ok, vou ter que desligar, tchau.
  - Está bem, até amanhã, beijos.
   desligou, colocando o telefone sobre a mesa e caminhando até a sala.
  - Ela vem amanhã. E aí o que vamos dizer a ela? – falou , sentando-se no sofá.
  - Não vamos contar nada, vamos deixar passar alguns dias e aí falamos com ela, pode ser? – falava enquanto subia as escadas – Quando o almoço estiver pronto me chame.

  Logo, os dois almoçaram e resolve sair e ir para a sua casa enquanto lavava a louça, enquanto ele saiu, apareceu com o , e tentaram pegar a por trás, a mesma que estava lavando a panela, viu o reflexo da , quando se virou.
  - , o que está fazendo aqui? Você não disse que ia ao Brasil? – falava a que já se encontrava com a panela ameaçando bater na cabeça de um.
  - Calma, prima, eu ainda vou, mais antes, queria me despedir de você, pode me abraçar? Não se preocupe não vou te machucar. – falava , tentando conquistar a confiança da , quando a mesma abraçou-a, tirou uma faca que havia em seu bolso e atacou a , fazendo com que a faca entrasse, profundamente, em sua perna esquerda.
  No mesmo momento que o chega e a socorre, com muito sangue, a leva para o hospital, enquanto o tomava conta do e da .
  - Doutor, é urgente aqui, por favor, ela levou uma facada, está perdendo muito sangue, por favor, ajuda ela! – , estava desesperado quando o médico já levava a para a sala.
  - Fique calmo, vai ficar tudo bem, já estão fazendo o procedimento, sua amiga vai ficar bem. – Dr. Reynolds tentava acalmar .
  - Ela é a minha namorada, minha vida, não consigo viver sem ela, ajude-a doutor, não deixe ela morrer. – falava já pegando o celular para ligar para a , quando o chega dizendo que o e a foram presos e que ele já havia ligado para a . Enquanto isso a se encontrava acordada e fraca pois estava perdendo muito sangue.
  “Primeiro, foi minha mãe, minha avó, será que a minha vez chegou? Será que vou encontra-las logo? Meu Senhor o que fiz para merecer isso?” esse era o pensamento de quando a mesma dormiu, por causa da anestesia que haviam aplicado nela.
  Depois de uma hora, chegava ao hospital; desesperada, correu para abraçar que não parava de chorar, , que também não havia se conformado, tinha ido à enfermaria pegar alguns comprimidos para acalmar e .
  - Como isso pode acontecer ? Estava tudo tão bem, eu percebi na voz da que ela estava feliz. Como será que está a pequena? – falava , já se sentando na poltrona do hospital.
  - Eu não deveria ter saído de perto dela, é que eu achei que não ia acontecer nada e fui pegar meu carro, estávamos planejando de ir passear essa tarde, é tudo culpa minha. – falava , sem se conformar, quando de repente o doutor aparece.
  - E aí doutor, como está a minha prima? Eu posso vê-la? – , falava desesperada quase já sem voz.
  - A Srta. está bem, sorte que não pegou nenhuma veia, ela só vai ter que ficar de repouso e em observação, Sr. , a sua namorada pediu para falar com você. – quando o médico disse isso deu um alivio nos mesmos, mas a olhou para o e perguntou:
  - Namorada? Como assim? Vocês estão namorando? E por que não me disseram? – questionava , que não parecia estar zangada com o fato deles estarem namorando, e sim por que não contaram a ela.
  - , depois conversamos, vou olhar a . Licença. – falava que estava vermelho e saiu, deixando a com o .
  Chegando a sala onde se encontrava , ele ficou parado observando-a quando a mesma o chamou para mais perto.
  - Oi meu amor, como você está? Ainda está doendo muito? Quando eu pegar aqueles dois eu não sei nem o que eu faço. – falava sentando-se em uma cadeira que estava encostada ao lado da cama.
  - Eu estou bem meu amor, só dói um pouco quando tento mexe-la, mas é normal, não vai fazer besteira hein? A enfermeira já me falou que eles foram presos, é verdade? – falava que estava sentando-se com a ajuda do .
  - É verdade e eu tenho uma notícia, descobriu que estamos namorando. – falava rindo lembrando-se da cara que a e o fizeram quando descobriram.
  - Sério? Meu Deus e o que ela disse? Ela brigou? Ela está aí? Ai meu Deus estou perdida, por que você está rindo? – falava desesperada e incomodada.
  - Sério sim, ela ficou mais chateada por que a gente não contou a ela, sim ela está aqui, por isso tenho que ir, para que ela possa entrar para lhe ver. – falava dando um beijo em sua testa e saindo para chamar a .
   entrou na sala, e elas começaram a conversar e conversar, falou tudo que havia acontecido entre ela e , e contou que enquanto ela estava fora, ela conversou muito com o ,e eles dois estavam juntos. Depois de 24h saiu do hospital e foi para casa, começou a fazer alongamentos para que não ficasse parada muito tempo. Depois de um mês a sua perna já estava bem melhor, estava noiva do e ela do . começou a fazer faculdade para direito, e e continuaram a sua banda com um novo integrante que era primo deles. terminou a faculdade e já estava empregada. iria passar 20 anos na cadeia, mas ela fugiu, e ninguém mais ouviu falar nela, morreu de overdose. Depois de 2 anos e meio, e se casaram já com um filho de 6 meses, pediu em casamento. E assim eles foram levando a vida, felizes, claro com algumas dificuldades.

FIM



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