The day I met you…

Escrito por Agatha Mello | Revisado por Andy

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Parte do Amigo Secreto 2 - Equipe 2014

  Todos os dias eu a desejava. Todos os dias eu lutava contra este desejo. Todos os dias eu a via chorar por seu "amado" marido que não a queria como eu.
  Desde o dia em que ele me apresentou a ela, tudo mudou. Eu comecei a ver tudo diferente, era como se o desejo falasse mais alto e, se ela estivesse por perto, a razão se esvaia de minha mente, deixando com que a emoção tomasse partido de algo que eu ainda nem desconfiava.
  Porém, como um rei poderia cometer tamanha traição se punia os traidores?
  E toda essa confusão começou naquele dia...

  "Aquela reunião já durava horas e parecia que não terminaria tão cedo. Eu precisava de um tempo para pensar e tomar a minha decisão.
  Deveríamos ou não entrar nesta guerra?
  Provavelmente ela só traria dor e destruição. Apesar dos anões terem sido muito leais no passado, não significa que a geração atual será.
  Tenho então um grande dilema em questão.
  Caminhava calmamente pelos corredores do castelo, após anunciar que seria realizada uma pausa, onde todos desfrutariam de alguns minutos para descansar. Meus pensamentos estavam em um conflito entre entrar ou não nesta guerra, porém assim que a vi, tudo ao redor sumiu.
  A criatura mais magnífica que já tinha visto. Fiquei vidrado em cada movimento seu e assim que ela notou a minha presença se assustou, mas sorriu em seguida, lhe retribui o sorriso e comecei a andar em sua direção.
  Porém, quando estava próximo o suficiente, meu grande amigo a abraçou por trás. No mesmo momento um sorriso diferente do que ela me lançou iluminou seu lindo rosto e a mesma se virou na mesma direção que ele, deixando seus corpos presos em um encaixe. Senti meu peito se apertar e no segundo seguinte me senti traído assim que ele a beijou.
  Não foi um beijo romântico, apenas parecia que ela era o seu troféu particular e o mais complicado de se ter conquistado. Senti vontade de o socar e lhe mostrar como uma dama como ela deveria ser tratada, mas tudo o que fiz foi continuar o meu caminho, os ignorando.

  {...}

  O salão do jantar ou de qualquer outra refeição estava lotado. Todos comiam com calma e destreza de sempre.
  Logo a minha atenção, e a pouca paz, foi voltava para o casal que adentrava naquele ambiente. Os olhares de todos os seguiam. A seguiam!
  Assim que seus olhos se encontraram com os meus, pude ver a confusão preenche-los.
  Eu estava sentado em meu trono desta vez, ela por sua vez entendeu perfeitamente bem quem eu era e o que representava ali dentro. Não demorou muito para que ambos se aproximassem. Fizeram uma reverência e me encararam. O que eles esperavam que eu fizesse? O que queriam que eu fizesse?
  - Boa noite! - saudei, quebrando todo o silêncio que tomou aquele local.
  - Majestade! - saudou ele, chamando de volta a minha atenção. - Quero que conheça a minha esposa, !
  - Prazer conhecê-la! - disse sinceramente. - Devo dizer caro amigo, mas com todo o respeito, que sua esposa é magnificamente belíssima. - elogiei. A cada palavra que saía de minha boca eu alternava o olhar entre os dois, sempre demorando mais nela.
  - Obrigado senhor! - agradeceu ele. Apenas balancei a cabeça concordando com algo.

  - Diga-me, ? - perguntei e ela assentiu. - O que está achando de toda está mudança de cultura até agora? - perguntei sutilmente deixando claro toda a minha simplicidade.
  - Ela está... - começou ele, mas eu levantei a mão em um sinal para que ele se calasse.
  - Por favor! Senhora? - a encorajei.
  - Bom... - começou ela antes de dar uma olhada em direção a seu marido. Ele a encarou sério e vi seus ombros murcharem. Foi ali que percebi que ela não deveria ser dele. Ele não a merecia e talvez nunca a merecesse. - Estou achando tudo muito diferente, mas extremamente agradável. - disse ela me olhando nos olhos.
  - Certo, ! Seja bem vinda e aproveite o banquete. - desejei com um sorriso sincero nos lábios.
  Rapidamente ambos se afastaram de minha mesa e eu balancei a cabeça negativamente, tentando afastar todos os pensamentos impuros que acabei tento por apenas olhá-la.
  Terminei meu jantar o mais rápido que consegui e me retire daquela sala."

  Aquele foi o dia da minha ruína emocional e racional!
  Eu com o tempo consegui me aproximar dela e quanto mais eu descobria a seu respeito mais me encantava, e eu sabia que o final dessa situação seria complicado.

   Anos se passaram...

  - Você deveria parar de fugir de seus sentimentos! - falei para que escutasse perfeitamente bem.
  - E você deveria parar de tentar me fazer confessar algo que não posso. - acusou-me ela.
  - Não estou lhe forçando a nada. Eu só estou pedindo alguma prova de que devo continuar tentando algo com você, ! - falei cansado. - É como se eu vivesse em um circulo vicioso que sempre me leva a você, mas que não me traz nenhum benefício. - confessei. Pude ver seu belo rosto empalidecer e logo se apaziguar, tirando aquela careta descontente que reinava em seu rosto.
  - Peço desculpas por ter sido tão egoísta! Realmente nunca foi a minha intenção machucá-lo tão profundamente com um gesto impensado, Majestade! - se desculpou ela timidamente. Poderia haver criatura melhor e mais bela que ela?

  Apesar desta situação não lhe disse mais nada, apenas suspirei e comecei a andar de volta para o palácio. Ouvi passos começarem a me seguir e eu pedi intimamente para que ela desistisse antes que eu fizesse algo que me arrependesse.
  Meus pensamentos eram conflitantes e os passos tornaram-se mais apressados. Por instinto me virei e senti um corpo frágil se chocar contra o meu, fazendo com que o mesmo acabasse tombando para trás, mas por reflexo a segurei pela cintura.
  Encontrei os olhos assustados de me observando, dei um sorriso fraco e a coloquei firmemente no chão.
  Ficamos nos encarando por incontáveis minutos e assim que tomei uma decisão de voltar a caminhar, ela pareceu que começaria a dizer algo, mas sua voz não saiu, lhe lancei um sorriso e voltei a andar.
  Em menos de alguns segundo senti suas mãos me segurarem e assim que me virei, senti seus lábios tocarem os meus.
  Os problemas do mundo pareceu sumirem e eu só sabia me concentrar em sentir os finos lábios de minha doce contra os meus.
  Gentilmente coloquei minha mão esquerdo sobre seu rosto e a minha direita segurei firmemente sua cintura. Ela, por sua vez, colocou suas mãos ao redor de minha nuca.
  Ela me puxou contra seu corpo. Nos separamos pelo falta de oxigênio em nossos pulmões.
  Novamente nos encaramos, mas a diferença ali era o brilho em nossos olhos e o sorriso bobo presente em nossos lábios.

  - Acho que isso prova alguma coisa! - comentou ela sorrindo. Apenas assenti positivamente.
  - Eu preciso ir agora. - falei grudando nossas testas.
  - Não se preocupe! Eu irei lhe aguardar.
  Com um sorriso bobo nos lábios caminhei de volta para o palácio.

  {...}

  Meses depois...

  {...}

  A "coisa" que eu estava construindo com ficava a cada dia que passava mais forte e muito mais perigoso.
  Perigoso pelo fato de seu marido estar de volta ao reino, depois de meses desaparecido em meio a guerra, ele voltou.
  Confesso que desejei com todas as minhas forças para que ele estivesse morto. Mas, depois que vi minha bela amada feliz com sua volta me arrependi amargamente, porém eu senti meu peito doer intensamente assim que ele a beijou. Aqueles lábios deveriam me pertencer!
  Agora, dias depois de sua volta, temos nos mantido afastados ao menos até que toda a "alegria" passe.

  Dois dias depois...

  Finalmente, consegui tempo para encontrar . Assim que cheguei àquela cabana abandonada, pude ver seu sorriso sincero aparecer em seus lábios rosados. Retribui o gesto e meticulosamente adentrei o local.
  Olhei para todos os lados antes de fechar a porta e depois que a fechei me virei para minha amada.
  Ela estava sentada em cima de vários cobertores e lençóis segurando uma taça de vinho. Me aproximei em algum momento a qual não percebi e só notei estar parado em pé a sua frente, quando ela se levantou e me abraçou antes de juntar nossos lábios.
  - Acho que agora é hora de conversarmos seriamente, meu rei! - falou ela assim que se afastou.
  - Claro!- concordei prontamente.
  - O que você quer, realmente, comigo? - perguntou ela. Direta? Jamais!
  - Eu quero tê-la comigo por todo o sempre, ! Eu quero tê-la como minha rainha! Eu quero apenas que você seja minha... - falei sinceramente.
  Ela sorriu e grudou nossos lábios.
  Eu não tinha a certeza do que aconteceria a seguir, mas eu sabia o que queria fazer e foi por isso que eu simplesmente a segurei com mais firmeza. Naquele momento eu estava segurando o meu mundo e nada poderia estragar aquela sensação.
  Lentamente deitei o corpo dela em cima daqueles panos e me coloquei por cima. Nosso beijo se tornou algo mais feroz e com a medida que íamos avançando, roupas eram tiradas.
  Eu me perdera no mesmo encanto de sempre. Em seu toque, na forma como seus lábios tocavam a minha pele, como seus dedos traçavam o meu corpo. Eu me perdi na delicadeza em que ela trocara as nossas posições, na paciência em que ela teve ao livrar-se de minhas peças de roupas restantes. Eu senti cada um de seus beijos, de seus toques, de suas carícias. Eu tremi quando seus olhos me admiraram como jamais alguém fez. E, então, eu gemi pela primeira vez quando senti sua língua me explorando em lugares inimagináveis.
  Troquei nossas posições e explorei seu corpo, assim como ela havia feito como o meu. Lhe dei o máximo de prazer possível.
  Me protegi e me posicionei no meio de suas pernas, logo a penetrei.
  Gememos juntos em êxtase. Os movimentos de vai e vem se seguiram, vez ou outra ela rebolava, causando um prazer maior para ambos. Depois de incalculáveis minutos chegamos ao nosso clímax. Me retirei de cima (e de dentro) da mesma, caindo cansado ao seu lado.
  Nada naquele momento poderia estragar aquele momento.
  Absolutamente nada...



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