The Boys You Do

1 - The boys you do?

  Eu já estava cansada daquele namoro ioiô, mas aquilo era inaceitável. , meu agora ex-namorado, havia resolvido passar um tempo com ela, . De todas as criaturas existentes na Terra, tinha que ser justamente ela, que já tinha deixado claro que não ia com a minha cara? Tudo bem que eu mesma não era grande fã dela, mas as coisas que ela inventava de mim era fora do normal. tinha certeza que aquela seria só mais uma das coisas que eu perdoaria, mas não dessa vez. Estava cansada de aguentar tudo aquilo vindo dele e aquela era a gota final. E ele iria se arrepender.

  Eu e , minha melhor amiga, estávamos no meu quarto, pensando em algo diabólico, porém divertido para por em prática, quando The Summer Set começou a tocar, me dando uma ótima ideia.
  - Vou dormir com todos os amigos dela.
  - Você vai ser canonizada por tanta caridade. - fez uma careta.
  - Melhor, todos os amigos de .
  - Isso seria divertido e diabólico, só deixe fora disso. - Ela falou sorridente, se referindo ao namorado. Eles eram tão idiotas juntos que doía.
  - Certo. - Peguei um bloquinho e comecei a listar os amigos de que me agradavam como se fossem ítens da minha lista de supermercado e a pendurei do lado de dentro da porta do meu guardarroupa.

  Warped Tour, a Nárnia da vida real. Primeiro dia do meu plano, entrei confiante acompanhada por . Usando nossos óculos escuros, procuramos discretamente o meu alvo.
  - Ali - apontou com a cabeça. Bingo, pensei.
  Nos aproximamos da dupla com um sorriso nos lábios.
  - Oi! - Sorri com confiança.
  - Oi. - também os cumprimentou.
  - Ah, oi. - A garota sorriu com timidez, mas meus olhares estavam diretamente no jovem moreno e alto.
  - Oi - ele sorriu - O All Time Low trocou de stand com a gente, estão do outro lado do park.
  - Não estamos procurando por eles - Eu respondi.
  - Ah - Ele sorriu.
  Deus, com certeza aquele primeiro passo seria extremamente fácil e prazeroso, naquela noite, ele seria meu.

2 - Aim your arrows high

  Depois de um dia inteiro vendo shows e queimando no sol daquele dia absurdo de verão, chegou a noite, mas o calor não pensou em dar uma trégua.
  Com a noite, veio também a after party, parte essencial para o meu plano perfeito. Por ironia, ou somente para provar que carma é uma vadia mais ordinária do que eu, a festa era do All Time Low.
  - Você sabia disso? - Perguntei para .
  - Não...
  Andamos pelo estacionamento, chegando perto da caixa térmica cheia de cervejas.
  - Oi. - se aproximou de nós e me cumprimentou, levando minha amiga para longe.
  - Boa sorte - Pude ler em seus lábios enquanto ela se afastava.
   olhou para mim e sorriu, mas eu estava disposta em fazê-lo se arrepender por tê-lo feito.

  Peguei uma cerveja gelada e dei alguns goles para tomar coragem e caminhei até onde Blake estava, com e Sierra.

  Ele era um cara legal, estávamos conversando há um bom tempo, e Sierra já tinha desistido de tentar acompanhar nossa conversa estranha. Blake seria um bom amigo, pena que no momento ele era apenas uma peça em meu jogo, e eu estava jogando bem.
  As bebidas em nossas mãos esvaziavam rapidamente graças ao calor daquela noite e eu já estava risonha quando ele perguntou se eu queria um casaco.
  - Sim - Eu respondi, sabendo bem que era uma desculpa para me levar para o ônibus dele, estava quente demais para usar uma regata, o que dirá um casaco. Caminhei ao lado dele para longe, rezando para que estivesse me olhando, ou aquilo seria a toa. Sem resistir, olhei para trás e aqueles olhos estavam cravados em mim. Ótimo. Risonha, entrelacei meu braço ao de Blake, que sorriu para mim de volta.
  Eu achava que estava indo para o ônibus da banda, mas adivinhem só, VersaEmerge não tem um. Na verdade, eles têm uma van qualquer.
  Entramos na tal van e ficamos sentados lá, jogando conversa fora e eu pensava se queria ir adiante. já tinha me visto sair com o Blake, o que aconteceria a seguir não precisava passar disso.
  - Blake - Eu comecei, mas perdi totalmente a linha de raciocínio quando aqueles lábios quentes tocaram o meu. Sua mão firme foi para o meu pescoço e eu sentia o seu cheiro almiscarado. Estava entorpecida, ele era hipnotizante. Não ofereci muita resistência quando ele tirou minha regata, muito pelo contrário, me levantei por poucos momentos - e por levantar eu quero dizer, me curvar, já que estava dentro de uma van - e tirei voluntariamente o meu short enquanto ele fazia o mesmo com suas calças. Eu estava com minha lingerie especial para sexo que tinha um gostinho de vingança, já que era extremamente cara e tinha sido paga por , mas Blake obviamente não sabia disso e não fez grandes cerimônias ao arrancá-la do meu corpo. Blake parecia um jovem selvagem, sua vontade em me ter era excitante. Logo eu estava fazendo o que havia prometido nunca fazer: sexo em uma van. Mas se eu posso dizer algo, valeu muito a pena, Blake era incrível, pena que aquilo não duraria muito.
  - Você quer continuar isso no hotel? - Ele falou no meu ouvido enquanto eu ainda tentava me recuperar, ofegante. Continuar? Eu estava acabada e ele parecia estar só no aquecimento.
  - Ah, pode ser. - Falei sorridente e caminhamos até o hotel que era perto dali. Mandei uma mensagem para , informando do meu paradeiro e meu plano para a manhã seguinte.
  Blake me deu trabalho aquela noite, quando finalmente caiu exausto ao meu lado, já era quase três horas da manhã. Ele adormeceu rapidamente e eu observei o seu torso úmido se movimento no ritmo de sua respiração. Como ele era lindo. Bom trabalho, .
  Na manhã seguinte, com muito cuidado, tirei o braço dele de minha cintura e me vesti. Pé ante pé, fui até a porta e saí do quarto. Liguei para que estava no mesmo hotel, no quarto de .
  - Pronta para ir, Casanova?
  - Vamos de uma vez! - Ri, empurrando-a para fora do hotel.
   nos dirigiu para casa enquanto eu contava os detalhes da noite com Blake. Já estávamos em nosso quarto e ainda falávamos sobre o assunto.
  - Então nós vamos seguir a Warped Tour? - Ela falou empolgada.
  - Sim, mas não agora. Essa semana é a última do Versa na Warped, vou evitar Blake por uns tempos.
  - Então tá. - Ela tentou disfarçar a decepção por não ficar com o namorado.
  - E , ficou como?
  - Ele ficou visivelmente murcho quando te viu saindo com Blake e depois encheu de perguntas que as encaminhou para mim, mas deixei claro que tinha que se preocupar com o que ia fazer comigo e não com o que Blake estava fazendo com você.
  - Ótimo - Falei rindo enquanto riscava Blake Harnage da minha lista.
  - Quem é o próximo?
  - Você vai adorar.

3 - Something that?s no good

  - Você tem certeza disso? - Perguntei pela milésima vez enquanto caminhávamos para a academia.
  - Pela última vez: sim. Ele falou no Twitter que estava indo malhar.
  - Mas ficar suada e fedida não é bem minha técnica para conquistar garotos.
  - Vamos fazer isso antes de você suar - Ela riu para mim.
  Entramos na academia que era gigante, com certeza suaríamos antes de encontrar meu segundo alvo.
  - Ali - mostrou o homem malhando ouvindo seu iPod - Vou aproveitar que estou aqui e vou correr um pouco, me procure nas esteiras quando tiver terminado. - Assim que ele terminou uma série, eu me aproximei.
  - Benjamin? - Toquei em seu braço definido.
  - Só minha mãe me chama assim, - Ele levantou e sorriu - Eu te abraçaria se não estivesse todo suado.
  - Não abraçaria não - Eu ri lembrando que, ao contrário de seu gêmeo, Benji Madden não gostava de dar abraços. Ele sorriu também e eu sabia que meu tempo estava acabando - E aí, tanto tempo que não saímos, o que você vai fazer esse fim de semana?
  - Nós vamos gravar um clipe novo!
  - Nossa, que legal! Aqui na cidade?
  - Sim! Ia ser legal se você aparecesse!
  - Ah, legal, me mande o endereço por mensagem!
  - Claro, nos vemos no fim de semana então. - Isso! Ponto para mim.

  Finalmente sábado chegara, eu estava ansiosa. Fomos até o endereço indicado por Benjamin e logo vimos muita gente ali. Velhos conhecidos, além do Good Charlotte, também estavam lá metade do Boys Like Girls - Martin totalmente estaria na minha lista se fosse solteiro - e dois quintos do The Maine - John definitivamente estava em minha lista -, abraçamos todos e estávamos botando a conversa em dia quando Josh Forbes, o diretor, apareceu com uma cara preocupada.
  - A atriz que deveria filmar o vídeo está doente. Ela está na maquiagem agora, mas acho que nem por um milagre conseguimos fazer com que ela não pareça que está morrendo.
  - Por que a agência a mandou se ela está doente? - Joel perguntou.
     - Ela não disse nada a eles, falaram que podem mandar outra garota, mas ela vai demorar no mínimo uma hora para chegar e mais meia hora para ficar pronta.
  - Então quer dizer que nós vamos ter que esperar? - Billy se sentou no sofá.
  - É, a menos que... - Josh olhou para mim - Você quer participar do clipe?
  - Ah, pode ser. - Encolhi os ombros, sem acreditar na minha sorte.
  - Certo, maquiagem e figuro - Ele me pegou pelo pulso - Você também. - Ele apontou para que nos seguiu. Meia hora depois, estávamos prontas e no set. Aquilo tudo estava sendo extremamente divertido.

  - Agora você coloca chantilly na boca dele e o beija - O diretor gritou e eu, como uma boa atriz que sou, obedeci, puxando o rosto de John para perto de mim.
  Quando eu achei que aquilo era tudo, Josh me pediu para beijar Benjamin também. Isso é o que eu chamo de matar dois coelhos com uma cajadada só.

  Mais tarde naquele dia, já em casa, não conseguia parar de sorrir.
  - Mal posso esperar para ver esse vídeo - Falei riscando o Benjamin Madden da minha lista.
  - Você não riscou John.
  - Aquilo foi só um aperitivo, John merece um pouco mais de atenção. - Fechei a porta do armário.
  - Você já fez suas malas? Temos Warped Tour amanhã!
  - Sim!
  - Pelo o que eu sei, esse novo alvo não será difícil de conquistar.
  - Assim espero. - Falei, fechando os olhos.

4 - Who are you pretending to be tonight?

  Mais um dia na Warped Tour. sumiu no momento seguinte que entramos, ela não gostava muito do meu novo alvo e estava com saudades de . Dei algumas voltas sozinha e finalmente os vi.
  - Acho que estou vendo estrelas - Falei, fazendo uma piadinha sem graça com o nome da banda, mas mesmo assim recebi risadas vindas de Devin, Zach e Brent.
  - Oi - Devin sorriu e me lembrou do porque ele estava na minha lista, aquele garoto era incrivelmente lindo.
  As coisas com Devin foram muito mais fáceis do que com Blake, ele logo estava dando sinais óbvios de que estava na minha mão e não eram nem oito da noite.
  - Vocês estão no hotel aqui no outro quarteirão? - Perguntei prevenida, imaginando que I See Stars também não tinha um ônibus.
  - Sim, você quer ir para lá? - Certo, ele realmente estava na minha mão.
  - Mais tarde. - Sorri para ele, olhando para os lados, faltava uma peça final nesse jogo.
  Fiquei andando pelo park com Devin por meia hora e por Deus, aquele garoto não parava de falar. Eu já estava cansada de ouvir a voz dele quando vi . Sorri e caminhamos até ela, que estava com e . Não era , mas aquilo chegaria aos seus ouvidos.
  - Você já está indo? Está rolando uma festa...
  - Eu e Devin vamos para o hotel. - Falei sorrindo - Nos vemos amanhã.
  Eu ainda não acredito que no fim das contas terminei mesmo no quarto de Devin, tinha razão, ele era um chato completo. Eu o beijei somente para manter sua boca ocupada e impedi-lo de falar mais, não aguentava mais ouvir sua voz. Ele me deitou em sua cama e eu definitivamente não queria estar ali.
  - Certo, nos veremos amanhã. - Me levantei e caminhei até a porta, deixando Devin falando alguma coisa sobre seus planos para aquela noite serem diferentes. Devin Oliver seria riscado definitivamente de minha lista, para o resto da vida.
  Subi um andar e estava no corredor que levava ao meu quarto. Cai na cama e ao ficar encarando o teto, me perguntava se isso valia a pena, quem ela aquela garota fazendo de tudo para entrar em calças alheias. Lembrei de e o porquê daquilo tudo e que até agora eu estava me divertindo - se esquecermos o momento Devin.

  - Ok, garota, a noite ainda não foi perdida, hora de trocar de roupa e vamos para a festa da Warped! - Disse a mim mesma. Coloquei um vestido para variar e calcei sapatilhas pretas.

5 - If these walls could talk they would have so much to say

  Fui para a festa e recebi uma olhada confusa de . Fui até ela, que estava com e Flyzik, que se afastou antes que eu chegasse.
  - O que você está fazendo aqui? Achei que estivesse com Devin...
  - Você sabe como esses jovens não duram muito, não é mesmo? - Falei rindo, pegando a cerveja de e dando um gole.
  - Acho que tenho que pegar uma nova para mim - Ele sorriu para e a beijou.
  - All Time Low está me dando um gelo, é isso?
  - está magoado.
  - Não, não está, ele só não gosta do fato que eu resolvi fazer o que ele sempre fez. Que pensasse nisso antes de se engraçar com aquela garota.
  - E qual é o plano agora?
  - Seguir com a lista - Falei olhando para o grupo mais adiante.
  - Minha fangirl interior está com muita inveja de você nesse momento - Ela disse ao me ver andar em direção a eles.
  - ! - Falei abraçando o canadense pelas costas. Também cumprimentei Steve, Cady Grooves e Deryck Whibley, que estavam com ele - Isso é uma reunião de canadenses? E Cady, é claro.
  - Eu disse o mesmo ao me juntar a eles - Ela falou, colocando a mão no ombro de . Certo, então eu tinha certa concorrência aqui.
  Eu e Cady travamos uma árdua batalha, mas acho que não percebeu - ou estava gostando da atenção. Estava decidida a entregar os pontos, não sou garota de disputar homens, muito menos com Cady Grooves, quando vi com . Os dois estavam conversando, mas ele olhava diretamente para mim.
  - Eu vou dar uma volta - Disse, jogando minha ultima carta. Por favor, , jogue comigo.
  - Ah, eu vou com você - Ele disse.
  - Nos vemos mais tarde, Cady. - Disse antes que ela se pronunciasse e o arrastei para longe dela. Já estava bem mais confiante quando passou o braço pelo meu ombro. Ainda podia ver a festa e as pessoas a distância quando ele parou e me beijou. Eu confesso que queria correr até e ficar pulando e gritando histericamente, mas obviamente que não podia fazer isso.
  - Estive esperando um bom tempo para fazer isso - ele falou e eu sorri. Ah, se ele soubesse que isso é só um jogo - Você quer sair daqui?
  - Pode ser...

  Entramos no quarto receosos, algo me dizia que ele não queria que aquilo parecesse muito premeditado, mas era exatamente o que estava na minha cabeça desde o momento em que dei oi. O beijei novamente, desta vez com mais vontade, se ia fazer aquilo, iria fazer direito. me despiu com a calma de um homem maduro, diferente da pressa de Blake. Beijou de um ombro a outro, gastando um bom tempo em meu pescoço. Passou o dedo suavemente pela renda do sutiã, beijando o meu colo. Voltando a beijar meus lábios, abriu meu sutiã sem problemas e eu o despi também. Eu não sei se é uma característica dos canadenses, mas ele foi extremamente cauteloso, porém firme, carinhoso, no entanto determinado. Ele foi incrível e eu esperava que o isolamento do quarto fosse bom, porque se as paredes falassem, diriam que eu sou escandalosa.
  Na manhã seguinte, acordei ao lado de , se eu tivesse 16 anos, teria ficado ao seu lado para sempre, mas estava em uma missão. Beijei seus lábios por uma ultima vez e saí de fininho e fui para o meu quarto, um andar abaixo dali.

6 - Baby, don?t stop now

  Eu e já estávamos de volta em casa. Eu sabia que ela estava odiando o fato de ter que se separar de o tempo todo, mas ela não falaria nada.
  - , você não precisa ficar comigo. - Falei enquanto riscava diversas vezes o nome de Devin em minha lista e fazia uma linha terminando em um coração no nome de .
  - Não quero que você fique sozinha, sem falar que a Warped não tem graça sem você.
  - Mentirosa. - Falei rindo - Você vai para o Texas e eu vou pro Arizona.
  - Arizona?
  - Acho que está na hora de riscar John de minha lista - Falei sorrindo.
  - Se o não estiver lá, não vai contar para o plano.
  - John é mais como um bônus pessoal. - disse fazendo-a gargalhar - Quando voltar do Arizona, sigo com a lista.
  - Quanto falta para acabar?
  - Com John, quatro.
  - Bom, isso é muita lingerie sexy, né?
  - Ainda bem que gostava de me dar presentes.

  Arizona. Quente. Muito. Felizmente estava com pouca roupa e já sabia para onde ir.
  Festa na piscina de John, não aquele, o outro. O que agora era Kennedy. Enfim, festa, piscina, parecia bom.
  Cheguei lá e recebi um abraço de Jess Bowen, ela era quem havia me convidado. Aparentemente eles já estavam bebendo há um bom tempo.
  - Você está aqui! - Ela me deu um copo vermelho cheio de algo que logo estava descendo pela minha garganta.
  - John está aqui? - Perguntei como quem não quer nada.
  - Qual deles? - Ela riu - Gomez está ali - ela apontou - Johno está ali - ela me virou na direção dele - E Kennedy ali, mas acho que ele não conta. - Ela deve ter apontado, mas meu olhar ainda estava grudado no segundo John.

  As coisas com John foram bem naturais, estávamos na cozinha procurando algum gelo para o meu drink e achei um tubo de chantilly. Resolvemos continuar da onde paramos naquele clipe. O caminho pelas escadas foi automático e logo estávamos na cama de alguém em algum cômodo da casa de Kennedy. Devo agradecer o clima do Arizona e a falta de camisas de John porque só precisei tirar duas peças de roupa e ele estava como veio ao mundo. Uma versão muito mais sexy, crescida e tatuada, mas ainda assim. Ele teve um pouco mais de trabalho, mas eu estava disposta a ajudá-lo. John era incrível, ele tinha um jeito diferente, como se quisesse aproveitar cada momento. Os ruídos que ele fazia, na verdade ele gemia, junto com sua respiração pesada, me fazia querer não terminar aquela noite. Suas mãos firmes apertavam o meu quadril enquanto seus lábios iam do meu pescoço ao umbigo e voltavam, mordiscando minha pele no caminho. Ele me beijou, parando apenas para grunhir quando arranhei suas costas, sorrindo em seguida. Ainda sentido o seu sorriso dele contra meus lábios, estava extasiada e ainda estávamos no aquecimento.

  Eu estava esgotada, deitada sobre o seu peito úmido e quente. Ele colocou a mão em meus cabelos e eu podia sentir que ele estava sorrindo.
  - Você quer ir para minha casa? - A voz arrastada dele tão perto do meu ouvido me arrepiou toda.
  - Pode ser - Respondi quase sem fôlego.

  Chegamos a casa dele e John foi direto para a cama, mas não estava querendo dormir. Ele era delicado, mas com um toque firme. E meu Deus, como era firme. Quando terminamos, caímos ambos fatigados e sem nenhuma energia, adormecendo em seguida.
  Acordei assustada na manhã seguinte. O relógio no criado mudo dizia que passava das nove da manhã, eu tinha que sair naquele momento. Levantei-me e olhei para John deitado na cama, usando somente uma boxer branca. Caminhei até ele e voltei a me deitar, havia algo nele que não me deixava ir embora, não assim. Aninhei-me em seu peito e senti seu braço me trazendo mais para perto. Oh droga, não, não, não, não era esse o plano.

7 - ... Get back at you

  Eu não segui com o plano. Fiquei no Arizona ao invés de reencontrar na Warped e passei dois dias incríveis com John. Queria poder dizer algo de fato sobre essas 48 horas, mas tudo se resume em incontáveis horas de sexo, chantilly e morangos, em suas várias combinações.
  - Você tem mesmo que ir? - Estávamos na cama dele, envolvidos apenas pelo lençol macio que estava amarrotado.
  - vai para o Canadá, quero falar com ela antes dela ir - Disse contornando a tatuagem do peito dele com o indicador.
  - E você não pode ligar para ela?
  - John, ela é a minha melhor amiga, minha irmã, não vou deixá-la ir pro Canadá sem falar com ela antes.
  - , é o Canadá, não o Afeganistão.
  - Você não entende - Eu ri - Nós nunca ficamos tanto tempo separadas e nunca saímos do país sem a outra.
  - Eu só não queria que você saísse dessa cama.
  - Podemos só mudar de cama, ao invés da sua, vamos para a minha.
  - Parece uma boa ideia, desde que você continue com a mesma quantidade de roupas que está usando agora - Ele piscou para mim e eu tentei não suspirar.

  Chegamos a minha casa, logo estaria lá.
  - Certo, eu vou tomar um banho, você pode ficar a vontade - Eu joguei a mochila dentro do meu armário e o fechei de qualquer jeito, correndo para o chuveiro. Eu daria qualquer coisa por um banho de banheira, mas não deixaria John esperando. Tomei meu banho em 20 minutos, quando saí do chuveiro, o banheiro todo estava cheio de vapor. Me sequei e me enrolei na toalha, indo para meu quarto.
  - John? - Deve estar no andar de baixo, pensei. Abri o meu armário e coloquei meu roupão macio, se iríamos perder as roupas, não tinha motivos para vesti-las, certo?
  Fechei a porta do meu armário e foi ai que me lembrei. A lista idiota. Voltei a abrir o meu armário e ela não estava lá. Caralho.

  Estava na minha escrivaninha:

  boys to do list:
  Blake Harnage
  Benji Madden
  Devin Oliver
  Sebástien Lefebvre<3
  John O'Callaghan
  Sean Foreman
  Gabriel Saporta
  Pete Wentz

  O nome dele estava riscado e a caneta estava largada em cima do papel. Parece que carma era realmente mais ordinária do que eu.

8 - Don?t trust a hoe

  - E o que você vai fazer agora? - estava sentada na minha cama, segurando a lista na mão.
  - Não sei.
  - Seguir o plano?
  - Não - Cruzei os braços - Eu... Eu não sei, queria explicar tudo para John.
  - também quer falar com você.
  - Ele que causou tudo isso, não quero falar com .
  - Onde você acha que ele está?
  - Não sei... Com Dirk? Talvez Benjamin... Ele não conhece muita gente por aqui, acho.
  - O Good Charlotte está indo para o Canadá agora, ele deve estar com Dirk.
  - Ou ele voltou para o Arizona.
  - Você tem que acha-lo.
  - E você tem que fazer sua mala para o Canadá.
  - Eu não vou para o Canadá e deixar você aqui desse jeito.
  - Eu to bem, acredite.
  - Sei... Qual o número de John?
  - Eu não sei.
  - Você dormiu com o cara e nem sabe o número dele?
  - Não enche, a gente não teve muito tempo para isso...
  Ela rolou os olhos e pegou o celular.
  - Dirk? Oi, é . John por acaso está ai? Ah sim, você já está sabendo de tudo então? Certo. Não, não sei. Certo. Certo. Eu sei que vocês são super amigos, mas você acha que podemos fazer isso? Oh, não. Tudo bem então. Você vai para o Canadá? Certo, eu volto em dois dias. Isso. Ok - Ela desligou o telefone - John está voltando para Phoenix. Acho melhor você dar um tempo a ele...
  - Não é como se eu tivesse outra alternativa, certo?

  Último dia da Warped. Eu estava na Califórnia, do outro lado do país, andando pelo estacionamento do park.
  - , se anime, lembra de como nos divertíamos por aqui? - e seu sorriso idiota na cara me irritavam ainda mais do que o sol escaldante daquela tarde de verão.
  - Warped e o inferno são sinônimos para mim agora.
  - Culpa sua que resolveu dar para todos os caras daqui.
  - Que eu me lembre, você achou minha ideia genial.
  - Tanto faz. Você pode ficar tranquila, eu confirmei, todos os caras que você pegou já estão em casa, menos , mas ele não conta.
  - Claro que conta. Você vai ficar grudada no e eu não vou ter escolha a não se ficar olhando para aquela cara idiota do .
  - Feche os olhos então - Ela falou sorrindo olhando para frente e eu sabia que aquele sorriso patético só era dirigido a uma pessoa. Segui o olhar dela e vi e caminhando em nossa direção. e ficaram com aquele papinho mole de como sentiram falta um do outro e tudo mais que casais retardados fazem, independente de quanto tempo ficaram separados. Rolei os olhos, agradecendo por estar de óculos escuros. Olhei para e ele me encarava. Era exatamente o que me faltava.
  - Podemos conversar? - Ele me olhou sério e eu pensei que não tinha mais nada a perder. Caminhei ao seu lado em silêncio, até que ele começou a falar - Eu não entendo você. Você terminou comigo e eu parto para outra e de repente você está dando mole para todos esses caras. Fica difícil achar que não é pessoal.
  - Eu não terminei com você. - falei incrédula - Você saiu por aí pegando aquele projeto de gente mal acabado pelas minhas costas. Eu estou cansada de ficar aguentando as merdas que você me faz aturar, . Se você pode ficar por aí se engraçando para a primeira que se impressiona com seu sorrisinho bobo, eu também posso.
  - Você me ligou, nós brigamos, você desligou na minha cara. Entendi isso como um término.
  - Entendeu errado. - eu baixei o olhar - Mas isso não importa mais.
  - Então nós...
  - Não existe mais nós, .
  - Você sabe que isso não é verdade. Nós sempre corremos em círculos - Ele deu um sorriso fraco e eu não pude resistir e sorri também - Então isso não é um adeus e sim um--
  - Até logo? Você é muito cafona, . - Falei sorrindo.
  - Não, ia dizer que é um até um de nós ficar extremamente bêbado - Ele deu de ombros. Não resisti e gargalhei com ele - Amigos?
  - Claro, acho que isso nunca vai mudar - Eu o abracei.
  - Você não pegou o John Ohh, pegou?
  - Talvez - Falei soltando-o.
  - Ah, isso explica porque ele está nos encarando com cara de poucos amigos.
  - Merda. - Falei sem me virar - Onde?
  - Bem atrás de você, do lado da Jac Vanek e do Dirk Mai.
  - O que ele está fazendo aqui?
  - O que houve entre vocês dois?
  - Longa história. Resumindo, eu estraguei tudo.
  - Hm, certo. Eu adoraria poder dizer que queria poder te ajudar, mas não quero - Ele deu de ombros sorrindo - Se é para ficar com um magrelo, pelo menos que seja um que pode comprar roupas, - Eu ri, mas minha mente estava a mil tentando descobrir um jeito de falar com John.
  - Certo, melhor eu ir - Acenei de longe, caminhando até John - Hm, hey - Eu cumprimentei o trio, recebendo abraços calorosos de Dirk, um sorriso de Jac e absolutamente nada de John. Bom começo.
  - Jac, vamos procurar um lugar legal para tirar umas fotos - Dirk puxou a garota esquelética pelo braço, me deixando sozinha com John.
  - Sutil - John falou ironicamente, com seu sorriso torto.
  - John, você não deveria estar no Arizona? - Eu comecei mais por medo dele acabar saindo e me deixando sozinha ali e não por realmente saber o que dizer.   - Voltar para a minha cama com seu cheiro no meu travesseiro? Não, obrigado - Ele falou sem rodeios.   - Olha... Eu sei que fui extremamente idiota com você, mas me deixa tentar explicar o que aconteceu.
  - Você fez tudo aquilo para conseguir a atenção do seu namoradinho e pelo o que eu notei, deu certo.
  - Nem eu sei mais o motivo por qual eu comecei tudo isso, o que mostra quão fútil ele era, mas o que nós tivemos, John, não foi um jogo, não foi sem sentido. Pelo menos não pra mim - Disse com a voz baixa.
  - E por que você não me falou a verdade? As coisas podiam ter sido diferentes.
  - Quando eu estava com você, não pensava em mais nada - Sorri fracamente, me sentindo nostálgica - Esquecia de qualquer plano mirabolante - Ele olhou para mim e eu queria saber o que ele pensava, mas John preferiu guardar o que ocupava sua mente para si. Em silêncio, ele continuava a me encarar e eu não sabia o que fazer - Podemos começar de novo?
  Ele sorriu e por um momento eu achei que nem tudo estava perdido.
  - Eu adoraria, mas não acho que vai dar. Não assim. - E ele andou para longe de mim, como se eu fosse uma estranha que tivesse pedido as horas. Eu fiquei parada, vendo John se distanciar, até se perder na multidão. Meu plano era fazer o cara por quem eu era apaixonada se arrepender por brincar com meus sentimentos, mas quem se arrependeu fui eu, ao fazer a mesma coisa com John.

9 - You belong with me

  Eu já não sabia em que número minha lista de motivos para ir aquela festa estava, mas nada parecia amolecer , que dirigia ignorando o meu apelo em dar a volta.
  - Dirk é um querido e é aniversário dele, nós vamos sim.
  - , John vai estar lá.
  - Talvez sim, talvez não, você só vai saber quando chegarmos lá. E outra, já se passou dois meses desde então, você deveria deixar isso ir, sabe?
  - Você não entende, eu nunca vou superar John.
  - Claro que vai!
  - O que eu sinto por John é diferente - Falei encarando meus joelhos.
  - Como assim? - perguntou sem tirar os olhos da estrada.
  - Eu não sei, ele simplesmente não sai da minha cabeça - Eu disse e ela sorriu, ainda sem olhar para mim.
  - Você está apaixonada.
  - Por Deus, não! Acho que não? Espero que não - Eu olhei para a janela enquanto Every Avenue tocava, a única coisa que impedia o silêncio de dominar o carro. Olhei para e ela continuava com um sorrisinho debochado nos lábios - Você acha que estou?
  - Só tem um jeito de descobrir.

  Estávamos no elevador que levava ao loft onde a festa acontecia. Eu e nos olhávamos no reflexo do espelho, eu usava uma calça de couro e uma blusa regata branca com sweater de caveira e ela usava um vestido preto com renda no colo.
  Eu nunca teria me preparado psicologicamente o suficiente para aquilo, assim que nós entramos na festa, eu tinha certeza que o que me impedia de girar sobre meus calcanhares e correr para casa era a falta de coordenação entre meu cérebro e minhas pernas. Eu e abraçamos Dirk e trocamos nossos apertos de mão especial. John estava bem ali, fingindo não ter notado minha presença, exatamente como eu fingia não ter notado a dele. Cada célula do meu corpo parecia ter suspirado quando o vi rir de algo que Halvo havia dito. Esforcei-me para voltar minha atenção para a conversa que estava acontecendo bem em minha frente, e Dirk falavam sobre alguma coisa que eu ainda não havia entendido o que, mas sorria e balançava a cabeça nos momentos que me pareciam adequados. Foi mais difícil manter a compostura quando Erin, uma das modelos amigas de Dirk, se aproximou de John. Ela sorriu escandalosamente inclinando o corpo para trás enquanto uma de suas mãos pousava no peito de John. Virei o rosto fechando os olhos, aquilo era tortura, aquele peito me pertencia, bem como todo o restante daquele garoto. Dirk e ainda conversavam e meu copo estava vazio. Não conseguiria sobreviver àquilo sem álcool.
  Caminhei até o bar e apanhei a garrafa de tequila.
  - Você é o único homem na minha vida, José - Me servi de uma dose dupla e virei sem misericórdia.
  - Vá com calma - Ouvi uma voz atrás de mim enquanto me servia da segunda dose dupla. Era ele, Austin Gibbs.
  - Eu to só começando, Gibbs - Falei ainda sentindo minha garganta quente.
  - O que foi? Ninguém apela ao José dessa maneira a não ser que tenha algum problema.
  - É mais para uma questão biológica... Homens e mulheres deveriam ser considerados espécies diferentes.
  - Ah, eu acho que ouvi algo sobre isso - Ele sorriu. Deus, como eu nem ao menos cogitei em colocá-lo em minha lista? Lista, certo. Aquela porcaria que me colocou onde estou agora, tomando tequila como se não houvesse amanha enquanto vejo John com uma magricela com um corte de cabelo muito ruim. Estava pronta para colocar mais uma dose em meu copo quando ele segurou a garrafa, me impedindo de entorná-la. Olhei para ele e Austin continuava a sorrir e, inevitavelmente, fiz o mesmo, havia algo nele que era irresistível. Olhei de relance para John, meio que inconscientemente e, ao contrário do que eu esperava e pela primeira vez naquela noite, ele estava me olhando. Claro, ele tinha que olhar para mim justamente quando estava tão próxima de Austin que poderia dizer a marca do perfume dele e nós dois sorriamos como se aquela garrafa em nossas mãos estivesse cheia de diamantes. No breve momento que nossos olhares se encontraram, pude ver o que ele sentia e já tinha visto seus olhos daquele jeito antes. John estava decepcionado.
  - Ele acha que ainda estou jogando.
  - Desculpe? - Disse Gibbs, me lembrando de que não estava sozinha.
  - Oh - Ajeitei uma mecha de cabelo atrás da orelha e cruzei os braços envergonhada - John. Longa história.
  - Você quer me contar? Tenho tempo e sou um péssimo ouvinte, mas disfarço bem - Ele voltou a sorrir. Caramba, Austin fazia tudo parecer tão fácil.
  - Acho melhor não. Não faz diferença de qualquer jeito, eu estraguei tudo. Ele me odeia.
  - Ele não ficaria olhando para você de cinco em cinco segundos desde que você chegou se te odiasse.
  - Ele me olhou uma única vez desde que cheguei aqui e parecia bem furioso.
  - Não, na verdade, você o pegou te olhando somente uma vez. Quem sabe ainda dê para arrumar as coisas - Gibbs indicou com a cabeça onde John estava. Finalmente o garoto estava desacompanhado, olhando algumas fotos expostas nas paredes. Aquela era minha única chance, eu tinha que ir até lá, mas minhas pernas não se moviam. E se ele simplesmente me ignorasse? - Boa sorte - Austin disse, me empurrando levemente em direção a John. Hesitante, caminhei até ele, olhando algumas vezes para trás, vacilando em minha decisão, mas o olhar firme de Gibbs me fazia seguir em frente.
  Cheguei ao lado de John e virei-me, olhando para a foto que ele encarava. Austin Chandler Gibbs. Eu era uma garota de sorte, só que ao contrário.
  - Seu jogo não deu certo? - Ele continuava olhando para a foto.
  - Eu não estou jogando, John.
  - Não mais.
  - Não mais - Eu repeti - Eu me arrependo por ter começado, na verdade, mas não posso voltar no tempo, posso? - Não esperava realmente uma resposta, mas mesmo assim o encarei por alguns momentos, até que ele finalmente olhou para mim.
  - O que você quer de mim, ? Que eu diga que você me magoou? Que eu não esperava que fosse me pegar desse jeito? Que eu achava que era só mais uma coisa qualquer e me peguei remoendo por noites, pensando porque você tinha que ser tão complicada?
  Eu não sabia como reagir àquilo, ele estava sinceramente se abrindo para mim e eu não esperava aquela franqueza toda. Ele olhou para mim e eu permaneci em silêncio. John suspirou e passou a mão pelos cabelos e deu um passo para longe de mim.
  - Eu me sinto do mesmo jeito, John - Falei sem pensar. Eu não o deixaria sair assim, não desta vez - Não era parte do plano gostar tanto de você, mas eu gosto. Eu me sinto exatamente do mesmo jeito que você. Eu sinto muito pelo jeito que as coisas aconteceram entre nós, mas como eu já disse, eu não posso mudar o que já fiz. Eu só quero entender porque nós dois temos que ficar separados quando queremos ficar juntos.
  Novamente ele sorriu, mas dessa vez eu não achava que havia conseguido consertar as coisas.
  - Por que não podemos voltar ao começo e tentar mais uma vez? - Insisti.
  - Certo - Ele falou e eu senti algo diferente no meu peito, um calor inexplicável - Alguma coisa em você é incrivelmente viciante e irritante ao mesmo tempo, sabia? Algo que a torna irresistível. Vamos voltar ao começo então...
  Eu sorri e senti o peso do mundo saindo dos meus ombros. Ajeitei minha postura e estendi a mão.
  - Oi, meu nome é , eu odeio insetos, consigo viver de frozen yogurt e tenho uma criatividade imensa para bolar planos mirabolantes.
  - Eu não esperava voltar tanto assim - Ele puxou meu braço estendido e levou a mão firme ao meu rosto, me beijando em seguida.
  - Você quer sair daqui? Quem sabe ao invés de voltar ao começo, podemos continuar da onde paramos?
  - É, parece uma boa ideia - Ele sorriu. Caminhamos para fora do flat, de mãos dadas e dispostos a não nos soltarmos mais. Eu tinha uma nova chance e faria dar certo.