The Best Friend Of My Sister

Escrito por Steph | Revisado por Luh

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Capítulo 1

  — Qual o problema de eu ir estudar contigo na tua casa? — perguntei e a bufou chateada encostada no seu armário.
  — O babaca do meu irmão, depois de dois anos sem me ver ou ver a minha mãe ele alugou um duplex no prédio ao lado da minha casa e minha mãe obriga ele a ir lá três vezes na semana.
  — Deixa eu adivinhar, essa é uma delas?
  — Exatamente... — ela murmurou.
  — Relaxa, estudamos na minha casa.
  — Eu estou de castigo até sexta, esqueceu? Minha mãe não vai acreditar que eu vou na sua casa pra estudar.
  Ela disse e o sinal tocou.
  — Escuta, fingimos que seu irmão não existe e estudamos em paz.
  — Ótimo, você aproveita e janta lá.
  Ela disse e voltamos pra aula. Depois da aula, fomos pra casa dela.

   POV
  — Está trabalhando? — ela fazia uma pergunta atrás da outra. — Arquitetura?
  — Sim, mãe... — respondi entediado.
  — Então, como está seu namoro com a ?
  — Bem... — menti.
  — Que ótimo meu filho, e quando vão se casar?
  — Mãe! Eu tenho 23 anos! Sou novo pra arruinar minha vida não acha? — me indignei e ela riu.
  Logo a porta se abriu, minha irmã chegando da escola. Desde que minha mãe me obriga a visitar ela, eu tive que voltar a falar com a . Só que ela não estava sozinha, estava acompanhada de uma garota.   — Oi, encosto — murmurou quando elas passaram por trás do sofá.
  — ... — a amiga repreendeu. — Esquece... — disse baixinho e voltaram a caminhar pro quarto da .
  — Quem era aquela garota? — perguntei sem o mínimo interesse.
  — Amiga da sua irmã. , se eu não me engano.
  — Sim.... mas é calada, não?
  — Timidez filho — ela riu.
  — Bom... eu já vou indo — disse me levantando do sofá.
  — Não filho, fica pro jantar.

   POV
  — Timidez, hã? — ela riu quando entramos no quarto dela e eu bufei.
  — E o que eu ia falar com ele? Seu irmão, 5 anos mais velho e ainda por cima não conheço. Não, obrigada — disse e ela riu de novo.
  — Eu me divirto com a tua anti-socialidade.
  — Que bom, eu não posso dizer o mesmo — disse e ela continuou rindo.
  — Esquece os livros, vamos conversar — ela pediu com um biquinho e eu ri.
  — “Esquece a formatura, vamos ficar mais um ano na escola” — rimos.
  Me sentei na cadeira da escrivaninha e ela na cama dela.
  — Como você consegue ser inteligente? — ela perguntou.
  — Eu não sou inteligente, tiro no máximo B+.
  — Tem matérias que você tira A.
  — Ou porque é fácil ou porque o professor não faz cover de zumbi durante a aula — expliquei rodando a cadeira e ela riu.
  — Cover de zumbi... gostei — ela disse ainda rindo.
  — Fico feliz.
  Um tempo e muita conversa jogada fora depois bateram na porta. disse para entrarem e era o irmão dela.
  — Jantar — ele disse simplesmente, saiu e fechou a porta.
  — E você não deixa eu chamar aquilo de “encosto”! — ela disse brava.
  — Calma — disse me levantando e ajudando ela a levantar —, não sabemos o que aconteceu antes dele vir pra cá.
  Ela bufou e descemos pro jantar. Por acaso, acabei sentando do lado do . Mas não trocamos uma palavra, minha vergonha não ajudava em nada mesmo. Algumas pessoas achavam que eu era arrogante, mas era totalmente diferente. Depois do jantar, me despedi e fui embora, mas o irmão dela segurou minha mão.   — Espera, está tarde, eu te acompanho até sua casa.
  — Valeu — disse em tom baixo e podia jurar que minhas bochechas estavam coradas.

   POV
  Certo que eu tive um dia ruim, mas eu não ia deixar a garota sair pela rua sozinha aquela hora! Ficamos calados por um tempo, mas logo ela quebrou o silencio.
  — Então, você é sempre assim?
  — Sempre assim como? — perguntei com as mãos nos bolsos do sobretudo.
  O inverno em Nova Iorque deveria ser descrito como “inferno ao contrário”, não somente “muito frio”.
  — “Encosto” — ela imitou a e eu contive o riso. — Ou só teve um dia ruim, como eu deduzi? — perguntou e eu suspirei.
  — Dia ruim...
  — O que aconteceu? — ela perguntou preocupada.
  — Minha namorada — respondi com um sorriso que logo se fechou. — E meu ex melhor amigo... bom, eu não preciso continuar.
  — Ah... sim, eu sinto muito — ela disse um pouco avoada.
  Ingênua…
  — Mas e você? É sempre assim? Quietinha?
  — Só quando eu não conheço a pessoa — respondeu com um sorriso amigável nos lábios.
  — Percebi que logo passa — disse com um sorriso que apareceu involuntariamente e ela riu.
  — Depende da pessoa... — ela disse ainda sorrindo olhando os próprios passos.
  Logo ela parou e olhou para um prédio de tijolos.
  — Chegamos — disse olhando pra mim. — Até mais ! Obrigada! — ela disse ainda com um sorriso, acenou e correu até o prédio.
  Mandei uma mensagem pra dizendo que ia direto pra casa. E assim fiz, peguei um taxi e quando cheguei no meu apartamento estava na sala vendo televisão. O que ela estava fazendo ali?
  — Oi, docinho — ela sorriu. — Está tudo bem?
  Tirei o sobretudo e coloquei no cabideiro ao lado da porta. Ela se levantou e veio me abraçar.
  — Você está tenso... — ela disse passando a mão pelo meu peito coberto pelo suéter. — O que aconteceu?
  Você tem um caso com meu melhor amigo, não termina comigo e tem a pachorra de me perguntar “o que aconteceu?”?! Nunca bata em uma mulher, lembre-se do que seu pai te ensinou... nunca bata em uma mulher ...
  — Ah... nada, eu... gosto de frio mas não precisava tanto — disse e ela riu.
  — Vamos deitar? — não.
  — Eu... vou tomar um banho quente primeiro — disse tirando o braço dela do meu peito e fui tomar um banho.
  Como ela conseguia...? Cinco anos de namoro e tudo que eu ganho são chifres?! Ela tem orgulho de me chamar de corno para as amigas?! “Ah... o ! Aquele babaca que atura meus caprichos e me come há 5 anos!”. Depois do banho, coloquei meu pijama e me deitei. me abraçou mas eu ignorei e dormi.

   POV
  — E aí? Foi tudo bem com o ontem? — perguntou quando chegamos na escola.
  — Eu não sei porque você implica tanto com ele — disse ajeitando a bolsa em um ombro.
  — Eu sou irmã dele, é meu dever encher o saco dele.
  — Um-hum, sei... — murmurei enquanto caminhávamos pelo corredor.
  — Você me entenderia se convivesse com ele — ela continuou.
  — Não é que eu não te entenda, você sabe que eu odeio meus irmãos. Mas nem por isso eu chamo eles de “encosto”, e pode acreditar, ele tinha motivos pra estar de mal-humor.
  — Jura? Quais?
  — Pergunta pra ele, não sou fofoqueira — disse com a cara fechada.
  — Poxa amiga... magooei — ela resmungou com um biquinho.
  — Ah, é? Então senta e chora — disse brava.
  — Foi mal...
  — Relaxa.
  E era sempre daquele jeito, todo dia aquilo se repetia e eu me indignava. Garotos do time de basquete olhando pra mim de jeito indecente. Eu odiava atenção, até usava roupas discretas pra não causar algazarra, mas nada funcionava. Parecia uma disputa pra ver qual me agarrava primeiro, e outra disputa das líderes de torcida se esfregando neles pra chamar atenção. No fundo eu agradecia a elas...
  — Ignora — sussurrou vendo que eu já estava quase saindo correndo de lá. — Eles não tem jeito.
  — Eu não sei o que eles vêem em mim.
  — Uma nerd gostosa, que além de satisfazer eles na cama ainda pode ajudar nos estudos.
  — Isso é nojento — murmurei com raiva.
  — Fazer o quê? São adolescentes... — ela suspirou junto comigo quando chegamos na sala. — Vai lá em casa amanhã?
  — Claro, não tem dia melhor que sábado pra fazer dever de casa — disse e e ela riu.
  — Nós podemos sair e comer pizza depois.
  — Pizza... — disse já com água na boca. — Dane-se que engorda, quem não gosta de pizza? — perguntei e ela riu.

   POV
  Era só o que me faltava, depois de ter que desenhar o projeto de um prédio enorme ainda tinha que almoçar com minha sogra. Será que ela sabia que a filha dela me traia? Bom, não importava, o que importava era que eu estava com fome e ia terminar com a em breve.

Capítulo 2

   POV
  Quando chegamos na casa dela, o “encosto” estava conversando com a mãe no sofá.
  — Oi — disse baixinho e virou a cabeça sorrindo.
  — Oi, — ele disse amigável e voltou a atenção a mãe.
  Continuamos caminhando e quando chegamos no quarto dela eu joguei minha mochila na cama dela pra pegar meu caderno e meu estojo.
  — Está bem... — ela murmurou desanimada. — O que temos pra fazer?
  — Acho que... só responder umas perguntas de filosofia e uns cálculos de matemática — respondi dando de ombros.
  — Só você pra não ver problema nisso...
  — Ué, é por isso que você me ama — disse e ela riu.
  — Agora vamos falar de algo que importa: o que você acha de convidarmos a Lucy pra ir com a gente?
  — Boa idéia, ela é legal. Mas espera, desde quando você anda com líderes de torcida, ?
  —Ela saiu das líderes de torcida, relaxa.
  —Coitada, foi mais uma vítima delas — rimos um pouco e começamos a fazer o dever.
  Depois de uns 45 minutos acabamos. A me ajudou a me arrumar e descemos pra sala onde estava com a mãe.
  — Aleluia, pensei que vocês iam putrefar fazendo... dever...

   POV
  Era definitivo, aquela amiga da era muito gostosa. Não era burra e ainda tinha um papo legal. Não... você não está interessado na amiga pirralha da tua irmã! Ela nem fez dezenove ainda! Você conheceu ela ontem e já vai fazer 24! Segura esse pau moleque!
  — Vamos? — ela perguntou pra .
  — Pra onde? — eu sendo intrometido, mas que novidade...
  — Pra uma festa no centro — deu de ombros. — Chama seus amigos e vem com a gente, vai ser legal — ela disse sorrindo como sempre.
  — É, encosto, vem com a gente — incentivou subindo as escadas. — Faz companhia pra ele , já que os amigos dele vão eu tenho que me arrumar mais um pouco. Sinceramente, você é a única pessoa que consegue aturar ele! — ela gritou e nós rimos.
   sentou ao meu lado no sofá e logo estávamos conversando sobre tudo.
  — Eu não acredito, você nunca namorou? — perguntei perplexo e ela riu.
  Aqueles adolescentes eram cegos ou só muito burros?! Se aquela garota estivesse na minha escola um tempo atrás ela não seria nem mais virgem!
  — Não, meus pais nunca deixaram. Eles são... você sabe...
  — Sei... fanatismo religioso...
  — Pois é... destruiu minha adolescência — disse e eu ri.
  Não era possível que eu não me importasse em gastar meu tempo e saliva com aquela garota. Eu nunca tinha ficado totalmente confortável em uma conversa daquela duração. No máximo um “bom dia” pra Rachel e uma rápida conversa com os vizinhos no elevador. Passar 20 minutos conversando com uma pessoa que eu tinha conhecido a tão pouco tempo era novidade pra mim. E o papo não morria, o que só me fazia acreditar que eu estava indo pelo caminho errado. Quer dizer, caminho certo: o caminho certo pra começar a gostar daquela garota mais do que devia.
  E ficamos lá, conversando sobre assuntos aleatórios pelo maior tempão.
  Logo – logo porra nenhuma, meia hora depois – a desceu. Fomos pro carro e quando chegamos lá, as duas entraram apressadas e foram logo pro bar.
  — , vai chamar a Rachel ou ficar aqui sozinho vendo a gente beber? — a perguntou.
  — Mas não mesmo! — decretou colocando o copo de vodka na bancada. — Vem — sorriu me oferecendo a mão.
  Peguei a mão dela e logo estava seguindo ela até a pista de dança. A música (link - http://www.youtube.com/watch?v=jagBu2bqI7c) era bem convidativa e eu decidi não comentar o fato de que era de uma das minhas bandas favoritas. Ficamos dançando juntos até que ela começou a olhar pra minha boca. Eu sinceramente não sabia o que fazer. Se eu a beijasse, das duas, uma: ela retribuía e eu teria que me entender com a em casa ou me dava um fora e eu ainda teria que me entender com a em casa. Você deve estar pensando que era muito a perder, mas era muito a ganhar também. Já estávamos aproximando nossos rostos quando a gritou de longe:
  — ETHAN! VEM! VAMOS EMBORA! A MAMÃE DISSE QUE EU PRECISO ACORDAR CEDO AMANHÃ PRA AJUDAR ELA COM AS COMPRAS DO MERCADO!
  E ainda perguntavam o porquê de eu odiar minha família.
  Eu nunca tinha usado tanto o meu auto controle. Mas já a , levava numa boa, como se nada tivesse acontecido. Bom, nada aconteceu mas um minuto atrás eu já estava arrumando uma desculpa pra se ela me visse agarrado com a amiga dela! O que seria difícil, já que a desculpa de eu ter ficado bêbado não funcionaria.
  E sim, eu provavelmente me mataria assim que chegasse em casa por ter feito uma burrice daquelas. Eu NÃO gostava daquela garota, não podia gostar, só precisava convencer meu cérebro daquilo. No carro, ela ficou conversando com a e antes de deixar ela – a – em casa, deixei a no prédio dela. Quando olhei no relógio, eram quase 01:00. Tínhamos ficado lá mais tempo do que eu imaginava. Tomei um banho, coloquei o pijama e me joguei na cama.
  Mas quem disse que eu consegui dormir? Fiquei me revirando na cama feito uma criança com insônia. Era óbvio que eu estava preocupado, e se acontecesse alguma coisa entre a gente? A ia... sei lá, se jogar de um penhasco gritando “vida cruel” ou coisa do tipo? E não, eu não estou exagerando.

  Na noite seguinte...

  — Então você não dormiu com ela? — Derek, meu amigo amigo, perguntou.
  Estávamos em um bar bebendo cerveja.
  — Não, e me orgulho disso.
  — Não devia, ela era gostosa.
  — Ela tem 18 anos e é a melhor amiga da minha irmã. E depois? Com certeza a desconfiaria. Sem falar da Rachel, que é o meu querido cão de guarda.
  — Esquece a Rachel, já está com ela há 5 anos e o viado do Matt come ela.
  — Eu estou pouco me fudendo pra Rachel, ela vai acabar é contando pra se suspeitar de alguma coisa, nisso que eu me preocupo.
  — Ué, simples. As férias estão chegando, não estão? E ela não mora sozinha? — ele perguntou e eu assenti. — Fala com a e convence ela a convidar a pra passar na casa da sua mãe. Pronto, terá dois meses pra terminar com a Rachel e se acertar com aquela garota.
  — E a ? — ele bufou provavelmente se perguntando se eu era o cara mais burro do mundo.
  — Quem disse que ela precisa saber, seu babaca?

Capítulo 3

  — Está bem, , por que você quer que eu chame a pra passar as férias aqui?
  Obrigado, maninha, tudo o que eu precisava era um interrogatório sobre isso.
  — Eu sei lá, foi só uma sugestão — dei de ombros.
  — E desde quando você se preocupa comigo?
  — Desde quando você me interroga?
  — Desde que você envolveu o nome da nisso. O que você quer com ela?
  — Eu, hein! Nada, ! A amiga é sua e eu que quero alguma coisa com ela?
  — Os dois, sem briga — minha mãe interviu.
  Eu nunca quis tanto dizer “obrigado” pra ela.
  — Ele que começou! — nós dissemos simultaneamente apontando um para outro.
  — Eu disse para pararem — ela repetiu e nós bufamos. — Agora, peçam desculpas, os dois.
  — Desculpa — murmuramos.
  — E , o está certo. Seria uma boa idéia convidar a pra vir aqui nas férias.
  AGORA sim eu nunca quis tanto agradecer à minha mãe!
  — Então está bem, eu vou falar com ela amanhã e você nos busca na escola. Ok? — ela perguntou e eu assenti.

   POV
  No dia seguinte, na escola, a me chamou pra passar as férias na casa dela. Eu aceitei extasiada, seria muito bom não ter que passar as férias sozinha e na casa dos meus pais. No fim da aula, eu estava mais extasiada ainda!
  — Tchau, ! — disse e fui apressada deixar minhas coisas no armário.
  Eu estava assobiando baixinho quando ouvi risos de uma voz masculina atrás da porta do armário. Fechei a portinha do armário e lá estava ele apoiado no armário da ... o meu pior pesadelo... só nós dois, sozinhos no corredor.
  — , amor... — ele sorriu colocando minha franja atrás da orelha.
  — O que você quer Tyler? — gaguejei recuando um pouco.
  Era óbvio o que ele queria, eu. De todos os garotos, ele era o mais determinado de que ia me comer, não importava o custo.
  — É simples amor, eu te amo... — ele pareceu sincero.
  Óbvio que ele amava. Meus peitos, minha bunda e meu cérebro.
  — Tchau, Tyler — disse baixo não querendo causar confusão me virando pra ir embora.
  — Ninguém me dá o fora, garota — ele disse me puxando pelo braço e me prensando contra meu armário.
  — Que amor... agora me solta, está me machucando.
  — Só se você me der um beijo e admitir que me ama.
  Se eu admitisse quem amava... provavelmente seria a que estaria fazendo aquilo comigo.
  — Tyler! Me larga! — disse me contorcendo, mas o desgraçado era forte.
  — Você não vai à lugar nenhum se não me beijar — ele esbravejou apertando meu braço.
  — Tyler... — disse com a voz contorcida pela dor. — Eu tenho namorado — com sorte, terei se sair viva daqui. —, e isso está machucando. Me solta, por favor... — disse com uma lágrima na bochecha.
  Mas ele ignorou, também queria acabar com aquilo logo. Então começou a aproximar o rosto do meu. E eu a gritar “me larga Tyler!”
  — Larga ela, AGORA! — esbravejou quando chegou na escola.
  O que ele estava fazendo ali...?
  Tyler ignorou ele também mas dois segundos antes dele conseguir me beijar agarrou ele pela Jaqueta o afastando de mim. Óbvio que o Tyler se assustou e recuou um pouco, um cara forte 4 anos mais velho de quase um 1,85 bufando de raiva na tua cara não ia te fazer sorrir! Mas não tinha acabado por aí, logo a expressão de medo de Tyler se transformou numa expressão de fúria. Senti minhas pernas vacilarem e minha vista ficar turva assim que levou um soco perto da boca. Mas ele riu, passou o dedo no corte nos lábios e revidou o soco. Tyler caiu no chão e se levantou tonto. bateu o pé e Tyler saiu correndo. Eu estava quase caindo dura no chão pela adrenalina quando os fortes braços me seguraram.
  — Está tudo bem — ele suspirou sorrindo. — Já passou.
  — Eu vou te matar! — disse e ele riu.
  — Por quê?
  — Tudo bem?! Olha esse machucado — disse analisando o corte e ele continuou rindo.
  — Preferia beijar aquele babaca?
  Preferia beijar você!
  — Beijar ele não ia te machucar — disse chateada.
  — ... — ele disse me puxando pra um abraço. — Foi só um soco, não doí tanto quanto você pensa...
  — Podemos pelo menos ir pra minha casa pra eu limpar esse corte? — pedi com voz manhosa e ele fez carinho no meu cabelo.
  — Não precisa...
  — Mas eu quero — disse e ele riu.
  — Eu já disse que você é a pessoa mais teimosa que eu já conheci?
  — Acabou de falar, agradeço o elogio. Agora vamos antes que eu jogue álcool nisso.
  Ele riu e caminhamos pro carro dele. Chegando em casa, sentei ele no sofá e fui no banheiro pegar o kit de primeiros socorros. Me olhei no espelho e suspirei. Como podia deixar uma pessoa que eu gostava tanto levar um soco por culpa minha e sequer dar um beijo nela?! Mas eu iria resolver aquilo em pouco tempo. Peguei a caixa de primeiros socorros e voltei pra lá.
  — Vê se fica quieto — disse enquanto limpava o ferimento com gaze e ele riu.
  Sorri pra ele e quando acabei de limpar o machucado me aproximei ainda mais e fiz carinho no rosto dele.

   POV
  Ela ia aprontar alguma coisa que se a visse só Deus sabia o que ia acontecer. Então ela sentou no meu colo, entrelaçou os braços no meu pescoço e colou os joelhos na minha cintura colando nossos corpos em um abraço bem forte e que eu gostei bastante. Aconcheguei as mãos na cintura dela e ela colou o rosto no meu. Eu não acreditava que uma adolescente conseguia causar aquele efeito em mim. E estava começando a sentir que aquilo passaria de um abraço em pouco tempo, nossos lábios estavam colados. Já sentia seu perfume me deixando maluco e foi ai que eu cedi, beijei ela calmamente e ela não ofereceu resistência alguma.
  Pelo contrário, encaixou uma mão no meu ombro e a outra deslizou até a minha nuca fazendo carinho lá e se aconchegando no meu colo. Ela estava gostando...
  Eu não acreditava naquilo, estava apaixonado por uma adolescente! Mas não era aquilo que ia me parar, tínhamos esperado tempo demais por aquele momento. Ainda a beijando, deitei ela com cuidado e carinho no sofá e continuamos nos beijando como se o mundo fosse acabar ou coisa do tipo.
  Não que eu já tivesse beijado muitas garotas, mas o beijo dela era diferente. Ela me beijava com vontade, como se tivesse esperado muito tempo pra fazer aquilo. E mesmo os beijos sendo um pouco vorazes, ela fazia com que também tivessem carinho. Nem parecia que eram seus primeiros amassos, e muito menos que provavelmente eu seria seu primeiro namorado. De algum modo, eu a deixava à vontade, e aquilo me enchia de orgulho e alegria ao mesmo tempo.

   POV
  Finalmente, eu e o nos beijamos. Foi tão bom... eu não imaginava que uma coisa tão simples como um amaço fosse tão boa! Até que ele colocou as mãos nos meus braços repentinamente e quando abri os olhos lá estavam aqueles olhos cor de mel me encarando.
  — Me desculpa — ele gaguejou e se levantou.
  Eu ri e me sentei no sofá.
  — ... — disse sorrindo. — Está tudo bem...
  Disse e ele sorriu sem jeito.
  — Vem cá — disse puxando ele pro meu lado no sofá.
  Ele me aconchegou em seus braços e eu deitei a cabeça no peito dele. Pouco tempo depois ele ergueu meu rosto e me beijou. Levantamos do sofá e caminhamos até a cama. Sim... eu estava feliz com ele e aproveitaria muito bem aquela noite.

Fim.


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