Terzetto

Escrito por Jessie O. | Revisado por Mariana

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   olhou para o relógio pela décima vez desde que acabara de se arrumar. Finalmente os cinco minutos passaram. 22h. Sentiu o estômago revirar, exatamente como no início da tarde, ao chegar em casa e encontrar aquele envelope bordô.

  “Rua Albert Camus, 152, apt. 12. 23h.
  Não se atrase, linda.
  .”

  Linda. Só de lembrar da sua voz pronunciando a palavra próxima ao seu ouvido se sentiu molhada. Uma breve olhada no espelho – desculpa para respirar fundo e tomar coragem antes de sair – e encarou a noite. Estava quase tirando o celular da bolsa para chamar um táxi quando o viu. O Rolls-Royce preto já estava aguardando junto à calçada e por um segundo ela podia jurar que era ele quem dirigia. Infelizmente, foram olhos castanhos que encontraram os seus quando ela se aproximou. “Srta. , por favor.” O motorista abriu a porta com mais floreio do que o necessário. quis lhe perguntar seu nome, era justo já que ele sabia o dela, não era? Mas quando ele fechou a porta, um sorrisinho levemente sacana enfeitava seu rosto e sentiu raiva. Será que aquele motorista sabia o que ele faria com ela? Não. Não era possível. Então por que aqueles olhos castanhos pareciam tão astutos toda vez que cruzavam com os seus ao olhar pelo retrovisor? Foda-se. Mesmo que ele soubesse, não voltaria a encontrá-lo... Era a última vez que cedia aos chamados dele. E repetindo esta frase mentalmente por um milhão de vezes, nem notou quando o carro foi estacionado em frente ao prédio espelhado. Sentiu os joelhos falharem ao descer do carro. Murmurou um “Obrigada” ao motorista dos olhos castanhos e entrou.
  Na enorme recepção uma jovem loira digitava algo no computador. Sorriu simpática quando notou a presença em sua frente.
  - Boa noite. Em que posso ajudar?
  - Boa noite. Apartamento 12, por favor. - não conseguiria retribuir o sorriso da loira por mais que tentasse. Estava nervosa demais pra isso. Viu a mulher retirar o telefone do gancho antes de perguntar:
  - Qual o seu nome?
  - .
  - Oh! Srta. . Perdão. Pode subir direto pelo elevador à esquerda. O Sr. já lhe aguarda. - E lá estava aquela astúcia novamente, mas dessa vez sob um olhar verde e carregado de rímel barato. Pela segunda vez naquela noite sentiu como se soubessem mais do que deveriam sobre ela. Porra, será possível que ele resolveu contar aquela história para a cidade toda?
  - Qual é a senha? - Perguntou seca.
  - A mesma de sempre, srta. . - A mulher ainda sorria astutamente, mostrando muitos dentes perfeitamente alinhados e brancos.
   virou sem agradecer e seguiu até o elevador. Notou que tremia ao estender a mão até o painel a sua frente. 1053. As portas fecharam e ela fechou também os olhos, suspirando alto. Tinha que se acalmar. Não era mais aquela adolescente. Já tinha perdido a conta de quantos homens haviam passado pela sua cama. Agora talvez tivesse até acumulado tanta experiência quanto ele. Tinha total controle sobre o seu corpo e não deixaria que ele a dominasse de novo... Certo?…
  Abriu os olhos quando notou que o elevador havia parado. As portas abriram, revelando a ante-sala de um apartamento absurdamente elegante. Tudo era branco e preto. Alguns detalhes vermelhos, como as rosas do maravilhoso buquê que enfeitavam a pequena mesa de mármore preto. Qualquer um que entrasse ali pela primeira vez perderia alguns minutos admirando as belas obras de arte que pendiam nas paredes do corredor a direita. estava acostumada de tal modo que não perderia um segundo sequer reavaliando todos aqueles quadros. Seguiu com passos firmes até a sala do piano. Com as luzes apagadas, a vista da cidade pela enorme janela de vidro parecia ganhar vida. Todos aqueles pontinhos de luz brilhavam como se fossem estrelas. Ouviu passos atrás de si, e sentiu sua presença muito próxima antes que sua voz inundasse seus ouvidos.
  - Pontualíssima, como sempre, minha linda. - Suas mãos fortes viraram seus ombros, e encarou aqueles olhos.
  - Por que me chamou aqui? - Sentiu a voz fraquejar a medida que sentiu os dedos dele escorregando pelos seus braços.
  - Estava com saudades. Depois de tanto tempo… - Sua mão grande prendeu com facilidade os dois punhos de para trás, e a outra retirou o longo cabelo preto do pescoço dela, colocando a mecha para trás da orelha, fazendo um leve carinho durante o percurso.
  - Eu... – Respire, . Respire. – Eu disse que não queria mais te ver.
  - E eu disse que não ia desistir de te ter. - Sentir seu nariz roçando seu pescoço de leve, e seus lábios depositando suaves beijos por sua mandíbula não facilitava a árdua tarefa de manter a sanidade. gemeu baixinho quando sentiu aquela língua quente desenhar o contorno dos seus lábios. - Você não esqueceu que eu adoro sua boca com batom vermelho. - mantinha os olhos fechados, apertando as pálpebras o máximo que podia, então se surpreendeu quando ele iniciou o beijo, forçando a passagem de sua língua, enquanto apertava seu queixo com força, ainda impedindo que os braços da garota pudessem realizar qualquer movimento.
  Definitivamente, não era mais possível manter o autocontrole. decidiu se render e retribuiu o beijo, sugando, lambendo e mordendo o quanto podia, tornando óbvio o tesão que ela tentou reprimir por tanto tempo. Cedo demais ele partiu o beijo. Perdendo-se na vista do busto dela subindo e descendo rapidamente, por conta de respiração descontrolada.
  - Eu sabia que você também tinha saudades. Mas vamos com calma. Daqui a pouco a nossa visita chega, e não queremos que ele se assuste, não é? - Visita? Que visita? Ele não tinha avisado nada sobre visita naquele cartão. E ainda seria um homem. Que porra tava acontecendo ali?
  - Do que você tá falando? Quem é essa pessoa que vai chegar?... - Estava tão apreensiva que mal tinha percebido que ele a estava levando até a suíte principal.
  - Oh, darling, não se precipite. É uma surpresa minha especialmente para você. Tenho certeza que você vai gostar… - E sorriu aquele sorriso. Puta merda. sabia que aquele sorriso sempre escondia algo pesado demais.
  - Agora, vamos nos concentrar em nós dois, sim? Me conte mais sobre você. O que tem feito? Soube que está fazendo tanto sucesso que agora só atende clientes pré-selecionados. É verdade? - Ela permanecia congelada, bem no meio do quarto, onde ele a havia deixado para buscar o vinho e as taças no pequeno bar que mantinha ali dentro. Viu ele retirar o paletó e jogá-lo sobre o balcão. Desabotoou as mangas da camisa social e as puxou para cima, evidenciando seus músculos. Pegou o abridor de vinho e começou a retirar a rolha da garrafa. observava cada passo e cada movimento dele, como um animal acuado observa seu predador prestes a dar o bote.
  - Sim. É verdade. Mas não se preocupe, você se encaixa nos padrões da seleção. - Ele gargalhou alto, fazendo ela se sentir estúpida.
  - Linda, nós dois sabemos que eu não preciso pagar pra te comer. Muito menos passar por alguma seleção ridícula. Montrachet Domaine Ramonet, safra de 1990. - Ela apenas encarou a taça, sem coragem de mover um músculo sequer.
  - É francês e caro. Exatamente como você gosta. Beba. - Ele elevou ainda mais a taça, dando mais um passo em sua direção. arrancou a taça de sua mão e virou de vez, sentindo o líquido gelado escorrendo pela sua garganta, sem parar para apreciar o sabor. Se estava mesmo ali, com ele, fazendo aquilo novamente, precisaria de álcool correndo em suas veias. Ele gargalhou mais uma vez.
  - Quase me esqueci de como me divirto com seu nervosismo. Mas vá com calma, linda. Não quero que você saia daqui em coma alcoólico. - Tomando a taça de volta, ele devolveu os objetos ao bar. Logo em seguida tornou a virar-se de frente, encarando de longe. Seus olhos flamejavam de luxúria, e ela se sentia nua, embora ainda não tivesse removido uma peça de roupa sequer. Caminhou em direção a ela, com a sua natural confiança, em passos lentos. Estava saboreando o medo que exalava de cada poro daquela pele macia mais do que saboreou o vinho. Ele gostava disso. Gostava de saber que sua presença a deixava tão apreensiva que ela tremia involuntariamente. Parou exatamente atrás dela, tão próximo que o calor da pele dela aquecia a pele dele, mesmo sem se tocarem. não queria ceder. Não queria virar para olhá-lo porque sabia que era exatamente isso que ele esperava. Ele esperava a sua fraqueza. Mas ela já havia cedido desde o momento em que ele a olhou nos olhos pela primeira vez…
  Então sentiu um puxão na sua nuca. Ele tinha agarrado seus cabelos e forçado sua cabeça para trás e para o lado, obrigando-a a encarar aquela íris.
  - Chega de jogos, linda. Esse vestido preto ficou ótimo em você, mas eu quero ver você despindo-o pra mim. Agora. - A última palavra foi quase um rosnado, e ele a empurrou com força para perto da cama. Sentou na poltrona perto da janela e manteve aquele sorrisinho de superioridade enquanto acenava para ela andar logo.
   tropeçou nos saltos e teve que se apoiar na cama para não cair. Virou de frente para ele e começou a descer o zíper lateral do vestido sentindo a raiva lhe transbordar os olhos. Porra, não queria chorar. Não na frente dele. O zíper enfim estava completamente aberto, e ela começou a escorregar o vestido pelo corpo, fazendo-o cair ao chão. Sua lingerie minúscula de renda preta quase não lhe cobria nada.
  - Pronto, .
  - Shh... Darling, você sabe que só pode falar qualquer coisa quando eu autorizar, não é? Agora dê uma volta em si mesma, bem devagar, para eu relembrar o quão gostosa você é. - chutou o vestido para o lado, se virando devagar, conforme ele havia instruído. Quando voltou a ficar de frente, viu que estava mordendo o lábio inferior. Ele passou a mão pelos cabelos loiros visivelmente impaciente.
  - Porra... Venha aqui, . - Ela caminhou em silêncio. No fundo, era isso mesmo que ela queria. Ter logo aquelas mãos explorando todo o seu corpo.
  - Vire-se.
  Merda. Basta um comando e ela se entrega daquele jeito. Ela tinha prometido a si mesma que não ia mais se submeter a ele…
  - Boa garota…
  O estalo chegou aos seus ouvidos ao mesmo tempo que o ardor percorreu a pele de sua bunda. Com certeza os seus cinco dedos ficariam marcados ali até amanhã. Mas ela não ia gritar. Não ia dar a ele essa vitória. Percebeu que ele havia se levantado e no mesmo instante sentiu seus cabelos sendo puxados de novo.
  - Sabe, , eu poderia ter mais paciência contigo, se você não tivesse fugido de mim por tanto tempo. Mas agora eu vou fazer você entender de uma vez por todas que eu faço o que eu quero com seu corpo. - Ele a arrastou até a cama, e a jogou deitada lá, com as costas no colchão.
  Ela nunca tinha visto tanta fúria nele. A camisa foi retirada com tanta pressa que vários botões voaram pelo quarto. Ele abriu o cinto e o puxou com pressa, fazendo um estalo no ar ao fim do movimento. Instintivamente, se encolheu na cama. Ele notou seu medo e sorriu fraquinho, como se estivesse zombando da cara dela.
  - Não seria uma má ideia, linda. Mas agora não. Estou com pressa para meter logo em você. Não quero perder tempo com castigos. - Ele continuou se despindo até estar somente com a boxer preta. Se colocou em cima dela na cama e lhe beijou de novo, com violência.
  Era exatamente disso que ela gostava. É bem verdade que não admitia, mas gostava dessa ferocidade vinda dele. Gostava de saber que ele não conseguia controlar seu desejo ao vê-la. Era somente ela quem provocava essas reações nele. Aquela altura já havia desistindo de levantar qualquer muro entre os dois. Ele queria foder ela. Ela queria ser fodida por ele. Pra quê mentir? Retribuía seus beijos com vontade, enterrando suas mãos naquele cabelo loiro e macio. Levantava ainda mais o rosto quando ele atacava seu pescoço e gemia sempre que ele lhe dava uma pequena mordida. Sentia suas mãos percorrendo todo seu corpo, como se quisesse tocá-la por inteiro de uma vez só. Parou apenas quando chegou aos seios, onde rasgou a renda do seu sutiã, destruindo a peça e jogando-a longe.
  - Era francês e caro, . Exatamente como você gosta. - Ela não pôde evitar de repetir suas frases e se divertir com isso, rindo baixo no seu ouvido.
  - Foda-se, . Eu compro um lote de lingerie francesa pra você depois, sim? - Ele desceu os beijos do seu pescoço para os seus seios, beijando e sugando um, enquanto apertava um pouco forte demais o outro, revezando em seguida.
   não se incomodava mais em gemer baixo. Ela tinha certeza de que o prédio inteiro já podia ouvir sua voz chamando pelo nome dele.
  Descendo ainda mais, chupou com força perto do seu umbigo, fazendo uma mancha arroxeada aparecer instantaneamente.
  - Essa mancha é a minha assinatura em você, . Seus clientes pré-selecionados, quando forem te comer, vão saber que você pertence a mim. - olhou para assim que escutou sua voz, e pôde notar que além da raiva, havia mágoa naquela sentença. Mas não conseguiu se concentrar na informação por muito tempo, porque tal como seu sutiã, a sua calcinha de renda também havia sido despedaçada. Cacete, ele precisava mesmo destruir sua lingerie? Respirou fundo para reclamar, mas foi interrompida.
  - Nem pense em outra piadinha, darling. - E então sentiu suas mãos separando suas pernas e aquela língua lambendo sua vagina.
  - Porra, ... - Ele reagiu automaticamente ao escutar seu nome sendo pronunciado pela voz dela. Intensificou os movimentos, ora lambendo seu clitóris, ora enfiando a língua em sua vagina.
  Há tanto tempo ele sonhava em provar de novo daquele gosto. Sonhava com seus gemidos, imaginava que ela rebolava contra sua cara mais uma vez. E agora que estava realizando seus devaneios, ele percebeu que nenhuma cena projetada chegava aos pés da realidade.
  , por sua vez, achava que não tinha mais nenhuma centelha de racionalidade dentro de si. Era só sensação. Calor, calafrios, arrepios, contração. A língua de parecia ter sido treinada para acertar seus pontos fracos, e então ela começou a sentir aquela energia se juntando no seu baixo ventre. Enterrou as unhas compridas e vermelhas na pele branca dos ombros dele. Respirou fundo, para logo em seguida ficar sem ar, com o orgasmo arrebatador eletrizando cada célula de seu corpo. sentiu o corpo dela amolecer embaixo do seu. Subiu de volta até próximo de seu rosto e colou suas testas antes de falar.
  - Agora é a minha vez, linda.
  Levantou-se e levou consigo. A equilibrou nos saltos, próximo aos pés da cama, a deixando de frente para o colchão e de costas para ele.   Percorreu suas mãos grandes desde os quadris, passando pelas suas costas, até a sua nuca, depositando um beijo leve atrás de sua orelha.
  - Abaixe-se, linda. E empine essa bunda deliciosa pra mim.
  Ainda sem raciocinar direito, obedeceu. Sentiu uma das pernas dele entre as suas, afastando seus joelhos, enquanto suas mãos buscavam seus cabelos, enrolando-os como uma rédea no punho esquerdo. Os dedos de sua mão direita apertaram seu quadril ao mesmo tempo que ele se enterrou de vez dentro dela, fazendo os dois urrarem ao mesmo tempo. permaneceu dentro dela por alguns segundos, sentindo que gozaria logo caso se atrevesse a fazer qualquer movimento. Porra, tinha se esquecido de como ela era apertada para ele. Seu pau pulsava por toda extensão das suas oito polegadas. E lentamente ele começou a se movimentar, entrando e saindo num ritmo suave. Até que começou a sentir a garota rebolar.
  - Porra,
  Aquilo era demais para ele, fechou os olhos sentindo que não ia se controlar por muito tempo, e aumentou o ritmo das investidas. Foi quando sentiu uma sensação de estar sendo observado, e encarou o enorme espelho que havia em sua frente. Reconheceu o moreno pelos olhos azuis elétricos, e sorriu de forma sacana para ele, que respondeu com o mesmo gesto. Puxou a garota pelos cabelos, elevando seu tronco até certa altura, o suficiente para que ela pudesse enxergar o espelho por onde poderia vê-lo. Aumentando ainda mais o ritmo, ele notou que ela estava de olhos fechados.
  - Linda, nosso convidado acabou de chegar. Agora seja educada e diga oi para o . - gelou ao ouvir aquele nome. Não podia ser o mesmo . Não. Ele estava brincando com ela, certo? Reunindo o máximo de coragem que pôde encontrar dentro de si, ela abriu os olhos e reconheceu o homem que agora já estava afrouxando a gravata e desabotoando a camisa.
  - Olá, . Há quanto tempo. É sempre um prazer te reencontrar, ainda mais na atual situação em que lhe vejo. - E ainda sorrindo ele sentou-se na poltrona, se tocando obscenamente por cima da cueca branca, que era a única roupa que ainda lhe cobria.
  - ... Mas o que... O que você?... Não. , por favor, pare. - tentou se livrar das mãos dele, mas só conseguiu fazer com que o homem apertasse ainda mais o seu quadril contra o dele, puxando seu cabelo até ela ficar imóvel.
  - Ora, mas por quê, darling? veio até aqui justamente para nos assistir. Não o decepcione. Vamos dar a ele um grande espetáculo.
  - Vamos lá, , não é como se eu nunca tivesse visto o comer você. A diferença é que agora eu e estamos do mesmo lado.
   estava confusa. O homem atrás de si gritou algo inteligível quando gozou dentro dela. Mas ela estava indiferente. Na sua cabeça, cenas do passado surgiam como um filme. Ela e na cama. abrindo a porta. Xingamentos e socos. descontrolado. tentando separar os dois. chorando sem parar enquanto a expulsava de casa.
   já havia se deitado na cama, exausto, quando finalmente se mexeu. Sentou na cama, puxando um pedaço do lençol na tentativa de se cobrir, e encarou .
  - O que está acontecendo aqui, ? - Perguntou com a voz fraquinha. - Você e o ... Eu não entendo…
  - Honey, depois do... episódio em que eu te vi pela última vez, eu fui atrás do . Estava louco, sedento por vingança. Sabia que ele estava fodido, com uma mão na frente e outra atrás, e cheio de dívida. Então ofereci dinheiro pra caralho em troca dele me ajudar a me vingar de você.   Com a ajuda dele eu consegui lhe tirar tudo. Você ficou sem teto, sem emprego e sem dinheiro por minha causa. No fundo, eu esperava que você viesse até mim rastejando, implorando pelo meu perdão. Eu só não podia prever que você ia começar a vender sua boceta e superar essa crise. - abaixou a cabeça envergonhada. Ouvir falar assim fazia tudo parecer pior do que já era. - Apesar da raiva, eu ainda gostava de você, . E saber que você tinha virado puta me machucou pra cacete. E adivinha quem me ofereceu um ombro pra chorar? - caminhou até onde estava sentada e se abaixou até estar na mesma altura que ela, sussurrando - Eu até entendi por quê você abriu as pernas pra ele tão rápido, sabe? Ele sabe ser muito carinhoso quando quer. E é realmente delicioso.
   arregalou os olhos, perplexa.
  - Como é que é?
  - Claro que isso arruinou completamente meu plano inicial de foder com sua vida e acabar com o em seguida. - levantou e caminhou até o bar, se servindo de um copo de whisky e falando descontraído, como se comentasse sobre o clima. - No fim das contas, eu não consegui acabar com você e fui literalmente fodido pelo . Não é engraçado?... Sabe o que nos juntou, linda? A raiva que nós dois sentimos por você.
   se mexeu ao lado da garota, levantando da cama e se dirigindo ao banheiro. Ao passar pelo bar, parou na frente de , colocando a mão em sua nuca e beijando-o demoradamente.
  - Hmm... - sorriu abertamente. - Gosto de . Bom. - Viu seguir seu caminho gargalhando.
   ainda permanecia em silêncio, após tantas revelações. Então tudo sempre foi um grande teatro. Uma grande armação planejada por aqueles filhos da puta. Eles sempre estiveram por trás de cada merda. Porra. E ela passou todos esses anos se culpado pelo mal que achava que tinha causado... Sua vida era um inferno, e era seu demônio particular. O moreno atravessou o espaço que havia até a cama, segurou o queixo dela com uma estranha delicadeza, fazendo-a a olhar para cima.
  - Não pense demais, honey. Não vale a pena. Vou te ajudar a entender o que é isso tudo aqui: é a cereja do bolo. O Grand Finale. Eu e te trouxemos aqui para usarmos você de todas as maneiras que quisermos. E fazer você gostar disso. Você vai se odiar por sentir tanto prazer e tanto desejo justamente pelos dois homens que você mais devia detestar. Você é uma fraca, . Você sabe disso. - Ela não percebeu que tinha voltado a chorar, até sentir o pingo cair em seu colo. Se levantou decidida.
  - Eu não sou uma fraca, . E vou embora daqui agora. - Catou o vestido jogado no chão e começou a se vestir, arrepiando ao ouvir a risada dele depois de tanto tempo. chegou até sua frente segurando seu punho, dessa vez mais firme. A fez soltar o vestido e colocou a mão da garota sobre o seu peito, deslizando devagar.
  - Nós dois sabemos que você quer ficar, . - Sua voz rouca ecoou pela mente, agora vazia, da mulher. Cacete, ele continuava absurdamente gostoso, e sua pele ainda era quente como brasa. Por mais que a razão mandasse ela se afastar, seu corpo insistia em fazer exatamente o contrário. deu o passo que faltava para separar a distância, colando os seios no tórax dele, sentindo-se instantaneamente molhada com o toque. A última coisa que viu foram aqueles olhos azuis elétricos, antes de se perder no beijo molhado e quase carinhoso. Continuou descendo a mão por conta própria, até invadir sua cueca. Passou as unhas levemente pela extensão do seu membro, sentindo-o gemer na sua boca.
   enlaçou sua cintura com os braços, caminhando para trás até encontrar a poltrona. Sentando-se nela, trouxe a mulher para o seu colo com as pernas abertas, um joelho de cada lado. Quebraram o beijo quando puxou o cós da cueca para baixo, apenas o suficiente para libertá-lo do tecido. Ainda com as mãos, iniciou o movimento de vai-e-vem, enquanto se ocupava espalhando pequenos beijos pelo colo e seios dela. Viu o homem fechar os olhos, num anúncio de que o orgasmo não demoraria a chegar, e decidiu parar com a provocação. Há tantos anos ela estava esperando por aquilo. Quase não conseguia controlar a urgência que sentia de tê-lo dentro de si. Elevou o quadril o suficiente para sentar em seu membro. gemeu alto quando sentiu que estava penetrando nela. A garota subia e descia num ritmo rápido, quase furioso, e jogava a cabeça para trás, apertando com força os quadris dela. Quando percebeu as unhas arranhando com força seu peito, voltou a encará-la. Se perdeu naquele abismo castanho quando sentiu que ela se contraía ao seu redor, deixando o orgasmo dominar seu corpo, gritando no mesmo instante que ela.
  - Mas vejam só! Os dois já se entenderam. Eu estava esperando ouvir seus gritos e reclamações a qualquer segundo, . - saia do banheiro com os cabelos molhados e uma toalha branca ao redor da cintura. - Eu até prefiro assim. Nos poupa tempo para diversão! - mantinha a cabeça apoiada na curva do pescoço de . A raiva, antes tão latente dentro de si, estava dando espaço para o cinismo. Sentia-se em uma obra teatral bizarra, e decidiu interpretar o personagem que lhe cabia. Afinal, ele havia lhe pedido um grande espetáculo, não foi? Enchendo-se de coragem, rebateu o loiro:
  - Você fala demais, . E especula demais também. Me surpreendi ao ver aqui, mas resolvi relembrar os velhos tempos. Tenho que admitir que todos esses anos não o mudaram em nada. – Fez questão de encarar antes de prosseguir. – Ele continua sendo o responsável pelo melhor orgasmo que já tive. - admirou satisfeita cerrar os punhos e apertar os lábios em desagrado. Ouviu o moreno rindo baixinho e não perdeu a chance de irritá-lo também:
  - Qual a graça, ? Não seja tão metido. Preciso te lembrar que tem um pau maior que o seu? Acho que você sabe bem disso. - ficou imediatamente carrancudo, e a afastou de seu colo. A mulher levantou e foi até o bar, colocando mais do vinho já aberto na taça.
  - Eu preciso agradecer a vocês, sinceramente. Nem nos meus melhores sonhos eu teria imaginado transar com vocês dois no mesmo dia. Foi uma experiência incrível. Obrigada. - E sorriu falsamente, tentando ao máximo manter a pose de mulher forte e bem resolvida, ainda que por dentro quisesse apenas correr para bem longe.
  - Mas nós sempre podemos nos superar, querida. E a noite ainda não acabou, nós temos um último número a ser apresentado, especialmente para você. - O olhar possessivo de fez a garota sentir a espinha gelar.
  - Na verdade, ela é a protagonista agora, . - também olhava para , e ela não estava nem um pouco satisfeita com a cumplicidade entre os dois.
  - E… Qual é... esse... número? - Questionou indecisa, sem saber se realmente queria ouvir a resposta.
  - É um número de improviso, linda. Venha até aqui, que nós ajudamos você. - estendeu a mão em direção a , que ponderou se devia mesmo se aproximar. Droga. Ela já estava metida nessa confusão, não estava? Já tinha deixado claro que seu corpo desejava aqueles dois, mais do que sua mente podia reconhecer. De que adiantava tentar evitar agora? Traçou mentalmente um plano rápido, que envolvia sair correndo daquele quarto assim que possível, mudar de aparência e de identidade, e fugir do país, somente para se convencer de que nunca mais precisaria estar cara a cara com aqueles dois. Aproveitou os segundos de esperança que o plano maluco lhe trouxe e se aproximou. Deu a mão a , que a puxou para colar-se nela, abraçando-a como se fosse conduzir uma dança. Ao mesmo tempo que o loiro acariciava seu pescoço com a ponta do nariz, sentiu em suas costas, levantando seus cabelos com as mãos e beijando sua nuca calmamente.
   fechou os olhos e se permitiu alguns segundos de paz. Afastou a culpa, a raiva, e qualquer outro sentimento negativo que ainda restava. Iria se entregar aquele momento sem tentar imaginar consequências.
  Passou os braços ao redor do pescoço de e pendeu a cabeça para trás, alcançando o ombro de . O loiro desceu sua carícia, agora roçando os lábios pelo colo da garota, enquanto ela virou o rosto para encontrar a boca de , e beijá-lo com paixão. As mãos dele soltaram seus cabelos, escorregando pela lateral de seu corpo, chegando aos quadris. Desenhou o contorno da bunda de , que se empinou para trás instintivamente. agora se concentrava em seus seios, sugando-os com maestria, ao mesmo tempo que os massageava ritmadamente. viu quando elevou a mão até sua boca, oferecendo dois dedos que ela prontamente sugou. Ela não conseguiu conter o gemido alto quando aqueles mesmos dedos lhe tocaram o clitóris. circulava os dedos ao mesmo tempo que esfregava seu membro duro entre as nádegas da garota. interrompeu seu trabalho para encarar a garota nos olhos, ao mesmo tempo que lambia dois de seus próprios dedos. Desceu a mão para entre as pernas de e a penetrou devagar, fazendo a garota perder o ar.
  Deus, aquilo era demais para ela. Nunca pensou que algum dia na vida sentiria tanto tesão. continuava a massagear seu clitóris, enquanto a penetrava cada vez mais rápido. já estava rebolando loucamente, sentindo que o orgasmo não demoraria a chegar, carregando o fio de sanidade que ainda lhe restava. Mas, surpreendentemente, os dois homens cessaram seus movimentos no mesmo minuto. olhou para confusa, e este apenas lhe sorriu em resposta.
  Sentiu as mãos de em sua cintura, dirigindo-a até a poltrona, onde foi instruída a sentar. Os homens se posicionaram ao seu lado, a esquerda e a direita. E, sincronizados, começaram a se masturbar ao mesmo tempo. piscou algumas vezes, convencida de que seus olhos não estavam enxergando tal cena. Apenas quando gemeu baixinho, ela saiu do transe em que se encontrava. Sorriu para de forma sacana e virou para direita, substituindo a mão de pela sua. Aproximou o rosto do membro já duro do loiro e começou a lambê-lo. abafou um grito mordendo o lábio, e puxando pelos cabelos, fez com que ela o chupasse. Ela podia sentir o olhar de cravado nas suas costas, assistindo a tudo, e o barulho denunciava que ele tinha aumentado consideravelmente o ritmo do movimento de sua mão. Ainda com a boca ocupada, pôde ver que acima de sua cabeça os dois homens estavam se beijando furiosamente. Decidiu que já tinha dedicado tempo suficiente ao loiro, e virou para a esquerda, cessando o vai-e-vem da mão de , e iniciando o mesmo com a própria mão. O moreno cortou o beijo olhando para baixo com ar de surpresa, sorrindo levemente no canto dos lábios. piscou para ele como em cumplicidade, e logo em seguida ocupou novamente sua boca, dessa vez com outro membro. pegou a mão de e a dirigiu ao próprio membro, e assim ficaram por alguns minutos: chupando , que masturbava .
  - Eu não aguento mais... - ouviu pronunciar com a voz rouca, afastando o quadril do seu rosto. virou o rosto da garota para ele e abaixou-se, beijando-a demoradamente. - Deite-se na cama, linda.
   se deitou na cama, e logo se acomodou ao seu lado. Ele voltou a lhe beijar, e desceu o beijo pelo seu queixo, pescoço, colo, barriga e virilha, fazendo a garota prender a respiração ao sentir pela primeira vez na noite a língua macia de lhe acariciar . Ele ficou alguns segundos se dedicando exclusivamente ao clitóris já aumentado da garota, passando a penetrá-la com a língua em seguida. Seu dedos voltaram a realizar os movimentos circulares de antes, sem parar de movimentar a língua quente dentro dela, e arqueou as costas gemendo alto, sentindo todos os músculos do seu baixo ventre contraírem. Mais rápido do que ela gostaria, viu levantar da cama, sendo rapidamente substituído por , que já estava puxando seu joelho, colocando-a em cima dele.
  - Você sabe o que fazer, . - deixou o controle dos movimento com a garota, que se posicionou sobre o membro do loiro, fazendo-o penetrar de uma só vez. Ambos gritaram quase em uníssono, e em um estranho dejà vú, ela viu os olhos azuis elétricos faiscando de luxúria através do espelho mais uma vez. Rebolando sobre o membro de que a preenchia completamente, sentiu as mãos de empurrarem levemente suas costas, até ela estar quase deitada sobre o loiro. Ela ainda não havia entendido a intenção de , até sentir sua língua escorregar do topo de suas costas até sua bunda, enquanto seus dedos molhados de algum tipo de gel – quando ele tinha conseguido parar para buscar algum gel mesmo? Ela não conseguia se lembrar direito. Tudo ao se redor parecia tão distante... – massageavam a entrada de seu ânus. Ouviu sua voz sussurrando, mas se fazendo perfeitamente clara dizer:
  - Você não queria ter a nós dois, ? Estamos aqui. Agora me diga, alguma vez você já foi fodida por dois paus ao mesmo tempo?
   sentiu tudo rodar ao processar o conteúdo daquela pergunta. Lógico que ela já tinha sonhado com aquilo, mas nunca teve coragem de realizar. Não seria capaz de dar conta... Seria? Um misto de ansiedade, excitação e um leve medo impediam que ela conseguisse tomar qualquer decisão de forma racional. Aliás, desde que leu o conteúdo daquele maldito envelope bordô, ela não conseguiu mais raciocinar. Tentou projetar mentalmente a sensação de ter e dentro de si juntos, e estremeceu, arrancando um suspiro do loiro que ainda se movia bem devagar embaixo dela. Ela queria sentir aquilo de verdade. Queria muito.
  - Não, . Nunca fui fodida por dois paus... Mas nunca é tarde pra uma primeira vez. - Mal terminou de falar, ela sentiu o primeiro dedo de lhe penetrando devagar. Porra, aquilo era fodidamente bom. Mordeu o lábio inferior e gemeu alto, fazendo o moreno entender que podia começar a se movimentar acompanhando o ritmo que impunha com as mãos no quadril da mulher.
  - ... - queria dizer para ele o quanto estava gostando daquilo, mas não conseguia reunir palavras coerentes para formar uma frase. Deixou a intenção no ar, mas ainda assim percebeu que o moreno havia compreendido, ao sentir sua mão grande segurar delicadamente seu queixo, elevando seu rosto para um beijo longo e absurdamente molhado.
  O olhar incisivo de ao fim do beijo foi suficiente para ela entender que ele queria avançar ainda mais. respondeu empurrando ainda mais sua bunda de encontro a mão dele. saiu de dentro dela, para logo em seguida prosseguir com a peculiar masturbação, dessa vez pressionando dois dedos. quis gritar, mas tudo o que saiu de sua garganta foi um gruído um tanto animalesco. Estava sentindo um certo incômodo dessa vez, mas ainda estava muito curiosa para querer parar. notou um breve receio vindo dela quando por alguns segundos cessou os movimentos.
  - Olhe para mim, . - Ele pediu com a voz rouca e foi imediatamente atendido. - Concentre-se no seu prazer, linda. - E dizendo isso ele levou sua própria mão até a boca, lambendo e chupando dois dos seus enormes dedos, que foram responsáveis por levar às nuvens ao massagearem seu clitóris.
   não podia dar nome a todos os sentimentos que estava experimentando pela primeira vez. Tantos estímulos acontecendo ao mesmo tempo, estavam fazendo a garota se sentir fora de si. Os movimentos profundos e lentos que o membro de fazia, sua mão tocando de forma precisa seu ponto principal de prazer, e os dedos de entrando e saindo do seu traseiro... Nunca o sexo tinha sido tão prazeroso. Era como se estivesse caindo em queda livre de um enorme penhasco, e ao invés de bater duramente contra o chão, ela tivesse começado a planar.
   não conseguiria se segurar por mais tempo, ele precisava estar dentro de mais uma vez. Quando sentiu que seus dedos não encontravam mais tanta resistência ao se movimentar dentro dela, ele ajoelhou logo atrás da garota e posicionou seu pau completamente duro na entrada ainda apertada dela. Segurou de leve a mão de , fazendo o loiro entender que seria melhor parar de se movimentar dentro dela por alguns instantes.
  - Relaxe, . - Ele começou a pressionar o próprio membro contra a bunda mais deliciosa que ele já havia fodido na vida. Não sabia de onde estava recolhendo tanta paciência, já que sua vontade era de meter tudo bem fundo de uma vez só, mas estava tentando ser o mais delicado possível. Melhor do que ninguém, , sabia que durante a penetração anal a garota sentiria alguma dor, mas queria que o prazer fosse muito maior. No entanto, em algum momento, acabou deslizando para dentro dela mais rápido do que o suportável, como se estivesse rompendo alguma coisa, fazendo os dois gritarem juntos: ele, de prazer; ela, de dor. Seu conhecimento em anatomia lhe ajudou a entender que ele tinha acabado de ultrapassar a barreira do esfíncter interno com um pouco de brutalidade. Merda. Não queria ter feito isso. Cessou instantaneamente qualquer movimento.
  - Oh, honey, me desculpe! Eu não quis te machucar, . Você está bem?
  - S-sim... E-eu acho que... que está... tudo bem. - A voz da garota estava chorosa, e isso fez o coração de doer um pouco. Droga. Ele se importava com ela mais do que gostaria.
  - Me. Desculpe. Sweet. Heart. Eu. Sinto. Muito. - A cada palavra um beijo era depositado nas costas dela.
   quase se esqueceu da dor ao ouvir o apelido carinhoso. Estava escutando direito? Sweetheart? Ele não a chama assim há tantos anos. Desde... Bem, desde que deixaram de ser namorados. Sentiu algo derretendo dentro do peito, um afeto misturado com nostalgia a dominou e ela percebeu que ainda nutria sentimentos fortes por . Não ia questionar o apelido, não queria ouvir que ele tinha se enganado e a chamado assim apenas por hábito. Preferia acreditar que ele estava sendo verdadeiro e que talvez, bem lá no fundo, também nutria algum resquício de amor por ela.
  - Vou continuar, está bem? - Suas mãos voltaram a segurar firme seu quadril, mas ele ainda se mantinha parado.
  - Sim. - Sua voz saiu fraca, mais devido ao turbilhão de emoções que a palavra “sweetheart” desencadeou do que por qualquer outra coisa. E mais uma vez, ela sentia o pênis de lhe invadindo, rasgando suas entranhas. Lágrimas começaram a rolar antes que ela pudesse controlar, causadas não apenas pela dor física, mas em parte pelo aperto no peito que parecia sufocá-la. Sentiu as mãos de enxugando seu rosto e logo seus lábios estavam grudados nos dele, em um beijo calmo e gentil. Realmente, sabia ser carinhoso quando queria.
  Uma das mãos de estava apoiando o rosto de , alisando sua bochecha com o dedão, enquanto ele levantava a outra mão em direção a , invadindo sua boca com dois dedos. Ainda sem quebrar o beijo com a garota, ele teve os dedos sugados por , e voltou a massagear o clitóris de no mesmo instante que o quadril do moreno terminou sua primeira investida.   Ainda estava doendo pra caralho. Mas as carícias de entre suas pernas estavam trazendo de volta o prazer perdido há alguns instantes. Quando sentiu o calor voltar a dominar seu corpo, começou a se movimentar timidamente, primeiro pressionando-se ainda mais contra o loiro, e depois contra o moreno. Os dois homens gemeram longamente, fazendo a garota se sentir poderosa. Ela estava sendo capaz de dar prazer aos dois homens que dominavam seu coração e protagonizavam suas fantasias. Tudo ao mesmo tempo.
  As mãos de subiram pelas lateral de seu corpo, suas unhas arranhando de leve a pele sensível de , causando um arrepio. Seguraram seus seios e os massagearam, impondo força na medida certa. ainda estava lhe masturbando, seus dedos desenhando círculos ao redor do seu clitóris inchado já estavam aproveitando a umidade proveniente do próprio corpo dela. A temperatura estava subindo, ela podia sentir, e com isso o ritmo dos três quadris também foi aumentando.
  Ainda era estranho se sentir preenchida por dois membros, mas a dor estava aos poucos sendo substituída por um incrível prazer. abaixou o rosto, beijando de leve a mandíbula de e mordendo o lóbulo de sua orelha direita. Para o homem, sentir a respiração ofegante dela tão perto, e seus dentes capturando um dos seus pontos mais sensíveis foi demais. Somando-se a isso o contato íntimo que seu pau mantinha com o de dentro dela – estavam esfregando um ao outro separados por uma membrana que ele julgava ser fina demais dentro de – ele deixou que a energia do orgasmo explodisse seu pênis em espasmos que pareciam não ter fim. Fechou os olhos e urrou de uma maneira sobre-humana, sem dúvidas aquele tinha sido seu maior e melhor gozo.
  Os pequenos choques elétricos ainda estavam circulando pelo seu corpo quando ele abriu os olhos novamente, e a cena diante de si não podia ser melhor.
   estava com a cabeça jogada para trás, a testa franzida e os lábios presos entre os dentes, na sua típica feição pré-ejaculação, socando forte contra uma de quatro, que fechava fortemente as pálpebras e soltava pequenos gritos a cada investida, a boca permanecia formando um “O” o que lhe tornava um pouco mais sexy do que o de costume. Uma mão de estava entre as pernas dela, enquanto os dedos da outra estavam cravados no início de sua bunda, apertando de um jeito que inevitavelmente deixaria marcas. se apoiava nos ombros de , que aos poucos ia relaxando, maravilhado com o que estava assistindo.
  Não demorou muito para que soltasse os lábios e gritasse, notoriamente atingindo o ápice do prazer. Quando estocou forte pela última vez, foi a vez da garota tremer todos os músculos, prolongando um grito uma oitava mais alto.
  - Puta que pariu - pensou - Eu poderia assistir a isso de novo e de novo, por todos os dias da minha vida.
   se retirou de devagar, e desabou cansado ao lado de . havia se deitado em cima do loiro mesmo, sem forças para se mexer por um milímetro sequer. começou um carinho nos cabelos da mulher, e beijou o topo de sua cabeça.
  - Eu sabia que nós três juntos seríamos um grande espetáculo, linda. - sorriu largamente se sentindo, de fato, muito feliz. - Você é maravilhosa. - Foi a última coisa que ouviu, antes de perder a consciência para um sono profundo.

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  Os primeiros raios de sol entraram pela janela atingindo os olhos fechados de . Ela despertou piscando confusa, um emaranhado de braços e pernas em cima de si. De cada lado dela, um homem dormia profundamente. À esquerda, respirava com o rosto próximo do seu; à direita, tinha o rosto colado ao seu pescoço.
  Estranhamente, se sentiu realizada. Analisou cada um dos homens por um instante que pareceu durar horas, tentando gravar o que via o mais fundo possível da memória. Desfez com cuidado a teia de membros que a prendiam contra o colchão para não acordar ninguém e se levantou. Caminhou – um pouco dolorosamente, é verdade, mas sorriu ao lembrar da noite anterior – até o banheiro na intenção de tomar um banho rápido,parando ao ver o próprio reflexo no espelho comprido.
  Correu os olhos de baixo para cima, tocando levemente as marcas roxas que tinha próximo ao umbigo, e no quadril. Entretanto, o que chamou mesmo a sua atenção foi o brilho que enxergou ao se olhar diretamente nos olhos. Fazia muitos anos que não enxergava aquela dentro de si.

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  Desta vez o envelope era de um vermelho mais aberto, e junto com ele três rosas do mesmo tom foram deixadas na portaria. Duas semanas do mais absoluto silêncio tinham se passado, e estava começando a se arrepender de ter fugido daquele quarto antes que os dois tivessem acordado. No entanto, sentiu que o coração ia sair pela boca, quando viu as flores e o cartão deixados com cuidado na porta do seu apartamento. Ela sabia muito bem quem “eram” os remetentes.

  “42nd Street esquina com a Quinta Avenida, 23h.
  Sabemos que você será pontual, linda sweetheart.
   &

  O endereço tão familiar era onde se localizava a mansão em que morou com tantos anos atrás. Porra. Sentiu o coração despencar dentro do peito. Dessa vez, ela sabia exatamente o que esperar. E não podia desejar mais qualquer outra coisa para si. Olhou para o relógio que marcava 20h. Seria pontualíssima, como sempre.

FIM



Comentários da autora


  E essa foi Terzetto, pessoal! O que acharam? Quero saber todas as critícas, opiniões, avaliações e sugestões. Comentem, e dêem motivação para uma autora iniciante! Haha.
  Ah, eu gostaria de dedicar essa fic à Steph. Além de ser “madrinha” de Terzetto, ajudando em tudo essa autora que vos escreve, foi quem me inspirou a criar essa história! Muito obrigada, vaquinha! :*
  É isso. Obrigada por lerem, gente.
  Xx
  Jessie O.