Taken

Escrito por Sara | Revisado por Natashia Kitamura

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Parte do Projeto Songfics - 5ª Temporada // Música: Taken, por One Direction

  Já passava das duas da manhã quando disse á amiga que ia da uma volta no jardim. Sentou na grama observando o lugar. Alguns dançando outros apenas bêbados demais para saber onde estavam. Era a única pessoa sóbria o bastante pra não confundir a grama do jardim com uma cama.
  - Oi. – uma voz masculina disse a assustando. – Posso me sentar aqui?
   observou o garoto apenas concordando com a cabeça.
  - O que faz aqui fora? A festa é lá dentro! – perguntou.
  - Acho que estou bastante sóbrio pra aturar bêbados falando besteira. – disse chegando próximo ao ouvido da garota. - e festas não fazem o meu forte. - sussurrou se afastando. – e você?
  - Eu o quê? - perguntou meio incerta.
  - Por que está aqui fora? - disse sorrindo.
  - Aah... Também, não sou muito fã de festas. - dizia olhando para todo lugar menos para ele. – Você é novo aqui? Nunca te vi por aqui... - disse finalmente o encarando.
  - Sou me mudei essa semana.
  - Hm... Mal chegou já foi convidado para festa de despedida das férias? – perguntou sorrindo.
  - Claro. Divo e popular? Eu. – respondeu rindo. – na verdade vim de penetra.
  - Quer dizer que o “divo e popular” entra de penetra nas festas? - perguntou.
  - Quando o “divo e popular” mora do lado da festa e ver uma garota linda sozinha na grama. É! Ele entra sim. - disse fazendo parar de rir.
  - Sabe... - ela disse o encarando. - Foi a pior cantada de toda a minha vida. – riu o fazendo rir também.
  - Que tal eu te pagar uma bebida? Sabe, pra me redimir. - propôs fazendo a garota rir.
  - Bom... - disse se levantando e olhando o relógio de pulso. - agora já passou da minha hora...
  - Você já vai? - dizia se levando e seguindo que já estava próximo à saída do local. –Sabe, eu ainda não sei seu nome?
   que caminhava de costas para o garoto, se virou.
  - Algum dia, se você me vê por aí. Pague-me um sorvete, comida... Sei lá alguma coisa... – dizia enquanto matinha o olhar fixo nos lábios do garoto. – eu te falarei meu nome, você o seu...
  - E se eu não te achar? - perguntou enquanto seus olhos decidiam entre olhar para os olhos ou lábios da garota. – preciso de algo... Pra me lembrar de você...
  - Você vai me achar, caso não ache... – respondeu. – guarde isso.
  Antes que o garoto se questionasse. , acabando com a pequena distância entre eles, juntou seus lábios.


  - Sabe, estou te esperando há horas. – disse assim que me viu passar pelo portão.
  - Desculpe, perdi a hora. - Falei se aproximando a ela.
  - Percebi isso.
  - Iiih... O que aconteceu? - perguntei me sentando ao lado dela. Estávamos no pátio, o movimento estava fraco, até porque eu tinha chegado atrasada e essa hora os professores já estavam todos em sala. O que seria um problema se eu não estivesse tão empolgada em dizer a novidade ou quase novidade para .
  - Nada... Eu só estava querendo falar com você. - até segundos atrás podia jurar que veria fumaças saindo de suas orelhas, agora a fumaça deu lugar a corações e olhos brilhantes. – Você nem vai acreditar... Pera, por que está tão risonha assim?
  Perguntou ao percebe que eu estava rindo. Tudo estava ficando tão perfeito. Poderia até pensar que algo ruim estava preste a acontecer. Eu estava feliz, tive um quase encontro no sábado, e o encontraria na escola, e provavelmente também estava feliz, pelo menos seus olhos dizem isso.
  - Nada... Só estou feliz. Tenho uma novidade também, pode-se dizer que encontrei meu “príncipe encantado”. - ri de mim mesmo ao perceber que estava tão idiota ao usar termos “encantados”.
  - COMO ASSIM? DESENCALHOU? - gritou enquanto eu coloquei rapidamente a mão na boca dessa escandalosa.
  - Shiuu... - ri da tentativa dela de dizer alguma coisa. - só tiro se prometer que não vai gritar de novo? - tirei minha mãe da boca dela, quando a mesma concordou com a cabeça.
  - Agora me diz... Quem é o gato? Onde conheceu? Ele é do tipo sarado? – ri das enumeras perguntas que Lu fazia.
  - Não... Primeiro você diz, depois eu. Já perdemos a primeira aula mesmo. - respondi.
  - Está bom... Tipo, não que já estava apaixonada, mas... Ele é lindo, fofo e muito legal, bom nem conversei com ele, na verdade acabei de ver ele, enquanto te esperava...
  - Calma lá. - a interrompi. - não estou de entendeu sua maluca. Ele quem? - perguntei rindo.
  - Ah sim, o novato, ele... - continuou tagarelando, mas eu não consegui ouvir nenhuma palavra que ela dizia. Uma em particular mexeu comigo: “novato”. Essa cidade não era muito grande. Quase não tinha novatos. Era um, e olhe lá. Há anos não tinha gente nova aqui. Só podia ser ele.
  - Agora sua vez. ?
  - Oi... Minha vez? No quê? - perguntei saindo dos meus devaneios.
  - Em dizer sobre seu “príncipe encantado” – disse fazendo aspas no ar. - O que aconteceu? De repente você ficou pálida. Aconteceu alguma coisa?
  - Eu... Não nada... - dizia me levantando. - É um cara qualquer... Bom, eu preciso ir ao meu armário arrumar umas coisas...
  - EU vou com você. - me interrompeu se levantando. - Também preciso arrumar umas coisas e o meu fica próximo ao seu...
  - Não. Quero dizer, não precisa... Eu volto logo. Acho melhor você ir para sala, primeiro dia não é bom faltar, é... A gente se ver no intervalo, tchau.
  Sai caminhado em direção aos armários, pude ouvir dizer um “tudo bem” em resposta.
  Não que eu fosse uma garota que se apaixona rápido assim. Sinceramente, eu nunca nem tinha pensado na possibilidade de se apaixonar antes. Minha vida era dedicada a estudos e algumas horas tentando cantar algumas músicas no violão.
  - Me desculpe... - disse pegando alguns livros que caíram quando topei em alguém.
  - Não foi nada. – disse a pessoa que juguei ser um garoto. Garotas não têm voz grossa e corpos sarados. Ri do meu pensamento idiota, causando uma cara de dúvida do garoto “atropelado" por mim.
  - Eu estava distraída... Bom, desculpa outra vez, tchau... - deixei o garoto enquanto continuava meu caminho até os armários.
  Enquanto guardava alguns livros e checava meu horário, pensei no que faria. Tipo, se eu o ver por aí.
  Não poderia fazer como o combinado, ele me pagar alguma coisa e conversarmos. Estava errada, também tinha que ser feliz, se ela o achou atraente que fique com ele, aliás, eu só vi o garoto em uma festa. Não é o cara que vou casar e ter filhos. Mas não podia mentir pra mim mesmo que não poder falar e sair com ele, me deixava chateado. Mas é melhor assim, ninguém, além de mim, sairá machucado nessa historia.
  Fechei meu armário, assim que o sinal, que acusava que a primeira aula havia acabado, tocou.
  - Desculpe. - disse ao topar, de novo, com alguém. Estava me estressando com isso. As pessoas não veem que eu estou passando, estou quase achando que pensam ”olha lá vem a sara vamos se jogar na frente dela.”.
  - Não tem problema, eu também estava distraído... - disse o garoto que até então não tinha o olhado, que preferi não o fazer quando conheci essa voz.
  - Tudo bem, eu preciso ir. - disse rezando, para que ele não me reconhece. Não era a hora certa de encontrá-lo, eu ainda tinha a esperando de ele ser de outro colégio. Mas como estou percebendo...
  - Espera! - droga, o infeliz tem boa memoria. Segurou meu braço, porque há certa hora eu já estaria correndo em qualquer direção longe dele.
  - Não acredito, eu... Você, a garota da festa que eu tecnicamente invadi.
  Disse finalmente me olhando, e me fazendo perguntar por que meu plano de ignorá-lo tinha ido por agua a baixo quando olhei os olhos dele. Belos olhos , pra deixar claro.
  - Bom... Eu... - mesmo estando hipnotizada, meu pouco de consciência ainda estava a ativa. E esse lado gritava o nome da , sara sua amiga que te ama e que gosta do cara que esta te segurando agora. – Eu não sei do que esta falando, pode me soltar, por favor, está me machucando.
  - Como você não se lembra? - os olhos que agora a pouco brilhavam intensamente, criaram uma expressão indecifrável, poderia dizer até triste. – Eu... - antes que ele disse mais alguma coisa, o sino tocou novamente, o que me fez agradecer pela escola avisa o termino da primeira e minutos depois o inicio da segunda aula. - Realmente eu não lembro, preciso ir se não se importa. - disse me referindo ao fato dele ainda manter as mãos segurando meu braço. Ele soltou, parecia meio perdido. Segui meu caminho para sala rápido demais, mas de tempo de ouvi-lo gritar algo como “vou te procurar no intervalo” algo do gênero.
  A desculpa de não me lembrar dele, era irritante até desprezível, mas era a única solução, o que falaria? Tipo: bom, gostei de você até imaginei andando de mão dadas, entretanto, minha amiga também gostou de você, então é isso, adeus. Definitivamente não. Ignora-lo e fingir esquecimento com certeza era uma opção plausível.

  Os dias se passavam, e eu continuava evitando meus problemas. desistiu de me entender; a causa de noites em claro assistindo filmes depressivos e comendo chocolate. Não só ela a causa, mas isso não vem ao caso. Eu acabei me ferrando nessa historia, meu medo de encarar , me fez se afastar de minha única amiga naquele fim de mundo. O garoto, por qual até, no entanto consegui evitá-lo o máximo possível, me procurava, e como procurava. Pelo que minhas fontes dizem.
  Estava guardando alguns livros quando alguém tocou meu ombro me assustando.
  - Ah, que susto, oi senhora Stewart! O que quer comigo? Pelo que me lembro de eu não fiz nada de errado. – perguntei enquanto procurava por alguma coisa que tinha feito que me ferrasse na escola, mas não tinha nada. Esse bimestre pelo menos será que descobriram coisas do bimestre passado?
  - Bom dia, . Realmente, você não deu o ar das graças ainda. - ela riu, me deixando mais nervosa. - Bom, vou direto ao ponto. Karina, como você deve saber, ia cantar para nos no sarau da escola, mas ela esta doente então poderá vim no dia, me disseram que você toca violão e canta muito bem, estou te pedindo sara, implorando praticamente, o sarau está próximo e não sei de mais miguem que possa substitui-la...
  - Espera. - tentei processar as palavras que a professora tinha dito. - a senhora quer que eu cante?
  - Isso aí. - disse me encarando, por que pessoas com olhos coloridos te hipnotizam tanto?
  - Está bom... Mas...
  - Antes que eu dissesse algo, ela me interrompeu me entregando a letra da musica com a partitura. Concordei já a vendo ir em direção à sala dos professores.
  A escola estava completamente vazia. O que era se esperar, as aulas haviam acabado. Apenas eu que fui impedida de ir embora pela senhora Stewart que me prendeu com seu falatório.
  Caminhei em direção à saída, cantarolando alguma música.
  - Vai me ignorar até quando? - escutei uma voz masculina próximo de mim, me assustando, por que pessoas tinha essa mania de me assustar?
  - Eu não estou te ignorando... - disse continuando a caminhar, o que era incrível de se fazer, porque esse garoto tem o poder de deixar minhas pernas tão bambas que são incapazes de dar um passo se quer.
  - Sabe... Se eu não passasse vinte e quatro horas por dia pensando em o que eu fiz, em você, no dia da festa. Eu até desistiria... - ele disse, me obrigando a parar involuntariamente e o olhar. – Mas acontece que aquele dia foi... Foi...
  - Mágico? - droga. Boca maldita. Por que não fica calada?
  - Isso, foi magico, e eu ainda guardo...
  - Bom, quer magia? Vá para um circo. - o interrompi, antes que ele dissesse mais alguma coisa que me fizesse esquecer-se de , e o agarrar bem ali. Continuei caminhando em direção minha casa. - Vai me seguir mesmo? Por que pelo que me lembro de você morava ao lado da casa da festa, e... Desculpe desapontá-lo, mas a casa não é pra esse rumo. – Parei de andar se virando pra ele, que me seguia.
  - Hum. Aquilo tudo, não pode ter sido em vão. Você não esta sentindo nada? – ele me perguntou mantendo o olhar fixo nos meus, por quê? Por que, Senhor? Já não bastava isso o garoto tinha que ter olhos ?
  - Pense o que quiser. - disse continuando meu caminho.
  - Vai ficar aí até quando? – gritei de dentro de casa. O garoto estava, na porta da minha casa, alegando que só sairia de lá quando o desse uma chance.
  - Pois vai criar raízes. - Gritei irritada, subindo as escadas, precisava de um banho.
  Acordei assustada, me lembro de ter tomado banho e deitado, acabei dormindo, reparei que estava apenas enrolada na toalha. Ri da minha idiotice, já esta quase atrasada.
  - Não acredito que você ainda está aí. - gritei assim que abri a porta e percebi o garoto estava dormindo na soleira da minha porta. Acabei de arrependendo depois, quando o assustei.
  - Que horas são? - perguntou passando as mãos no rosto. Quase tive a votando de pegá-lo e cuida dele, parecia tão indefeso. Mas não.
  - Não sou relógio, estou indo pra escola, faça o mesmo. - respondi idiotamente, segurando algumas lágrimas, poderia parecer idiota chorar, mas ele tinha feito coisas loucas por mim, na última ele comprou varias flores e encheu a sala de história, claro, eu o xinguei dos pés a cabeça.
  Dois dias. Dois dias havia se passado. E eu nem tinha mais noticias de . É o garoto de sábado se chamava , descobri pela senhora Stewart. Ela disse assim que o viu passar.
  Estava arrumando algumas coisas, mas tarde seria a apresentação.
  - ? - ouvi alguém me chamar. Virei-me encontrando .
  - Oi? - me sentia culpada, eu realmente continuei há evitando esses dias.
  - Bom, eu não sei muito bem o que aconteceu com a gente. Mas... Mesmo assim sinto sua falta.
  Assim que termino de falar, não pude me controlar me levantei de onde estava indo abraça-la, ela pareceu supressa, mas me encolheu em seus braços. A olhei com os olhos marejados.
  - Desculpe, eu estava confusa...
  - Por que está chorando? - pareceu preocupada. - Bom, sem não quiser falar, não precisa. - disse ao ver que mudei a expressão. Não tinha certeza se queria falar tudo agora.
  - Bom. Eu queria te dizer uma coisa. - se afastou um pouco, ainda com os braços em minha cintura. - sabe o novato? Pois, é um verdadeiro cavaleiro... E... Estamos namorando! Isso não é divino?
  Tudo girava ? Claro. Eu estava tão fissurado em , que nem passou por minha cabeça que poderia ter outro novato. Chorei mais ainda ao lembrar-se de coisas horríveis que dizia a ele.
  - Sabe... - era a hora de dizer tudo a ela. - O meu “príncipe encantado”? Ele era novato na escola, descobri que ele se chama ... Eu pensava que era dele que você estava gostando, e acabei fazendo uma besteira... - me soltei dela disposta a encontra-lo. Precisa desfazer a burrada que fiz.
  - Aonde você vai? - perguntou, provavelmente estava processando tudo o que eu acabara de dizer.
- Atrás do meu garoto de sábado. - ri de mim mesma.

  Assim que o avistei, de costas. Respirei fundo algumas vezes. Aproximei-me pronta para falar tudo que sentia.
  - ? - o chamei, fazendo o se virar e me encarar. Ignorei o fato de ter uma garota ao seu lado. - Me desculpa, eu... Senti sua falta esse tempo todo. Eu interpretei tudo errado. Eu... - o olhei já estava chorando, ele me olhava sem intender, provavelmente pensando ser algum tipo de brincadeira. - Eu te amo. Por incrível que possa parecer, ele riu. Isso mesmo, não só riu como deu gargalhadas.
  - Então você mudou de ideia? - continuava com um tom sarcástico, diferente do que dormia em portas atrás de você. – Você não me deu a mínima? E agora que eu estou com alguém, você...
  - Mas. - o interrompi. Parando de falar ao vê-lo, indo em direção à saída. Minhas lágrimas já voltaram a deixar meu rosto molhado, e meu ouvidos eram ocupados por meus soluços.

  Era a hora da apresentação, busquei com o olhar se via , mas nada.
  Entrei no palco, antes que eu pudesse falar algo, alguém tirou o microfone de minhas mãos.
  - Boa noite. - , dizia com meu microfone. - Bom, que tal mudarmos os planos? - ouvi as pessoas concordando gritando o encorajando. Ele me olhou e eu não sabia reconhecer esse olhar, tinha ódio.
  - Que tal em vez de nossa querida . - ele frisou meu nome, mostrando que também tinha descoberto meu nome. - Eu cantar para ela? - novamente a plateia concordou aos gritos e palmas.
  - Essa foi feita pra você... Se chama taken... - ele se sentou com o violão e os acordes de uma música desconhecia preencheu o local.
  - Now that you can't have me, You suddenly want me, Now that I'm with somebody else, You tell me you love me… I slept on your door step, Begging for one chance, Now that I finally move on, You say that you missed me all along…
Enquanto ele cantava, cada verso me atingia como lâmina. Era como se ele me matasse a cada palavra que dizia.
  - Who do you think you are? Who do you think I am? You only love to see me breaking
  You only want me ‘cause I'm taken You don't really want my heart No, you just like to know you can Still be the one who gets it breaking You only want me when I'm taken
  You're messing' with my head Girl. that's what you do best Saying there's nothing you won't do To get me to say yes You're impossible to resist But I wouldn't bet you heart on it It's like I finally awake And you're just a beautiful mistake…

  Não aguento mais ouvir mais nada que ele dizia ou cantava, me retirei, ou melhor, saí correndo. Se eu era apenas um belo erro. Como ele mesmo tinha dito, ele estava comprometido... E eu? Agi tarde demais.



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