Suor & Curvas

Escrito por Julia SC | Revisado por Lyra M.

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   era adepta do feminismo.
  Acreditava e apoiava todos aqueles conceitos importantes. Entre eles: não deveria haver rivalidade entre mulheres, e não era inteligente depender de um mero homem.
  Mesmo assim, nada a impediu de ficar imensamente triste com o fim de seu noivado, que acabou da pior maneira possível. Seu namorado, noivo, de seis anos a estava traindo com sua irmã mais nova. Foi como um chute no estômago.
  Tudo bem que o relacionamento de com Valentin não era a coisa mais maravilhosa do mundo. Se fosse para defini-lo em uma palavra, ela seria: okay. Era um namoro estável e seguro, sem graça, mas era o que muitas pessoas procuravam. Por vezes, vinha a a consciência de que aquilo estava longe de ser o romance que ela almejava na adolescência, seria este mais algo como um romance quente e sedutor com um anjo caído, como nos livros.
  Porém, depois de seis anos juntos, se acostumou com o usual. Então havia aquela ideia comum: se está tudo okay, pra quê arriscar?
  Obviamente, ela deveria ter arriscado.
  Mas aquilo fora meses antes. Poderia facilmente ter entrado em depressão com aquela grande decepção, mas sua personalidade era forte demais para isso. Adepta do feminismo, lembra?
  Naquela noite, estava animada. O fim do noivado fora um grande golpe em sua autoestima, mas ela tinha superado. Sabiamente, deu um tempo em tudo até estar confiante novamente. E aquela experiência, por mais dolorosa, a fez estabelecer uma verdade básica: Não se arrependa de ter confiado em alguém, isso apenas mostra que você tem um coração bom. Agora, se o cara se mostrar um canalha mentiroso, não passe muito tempo chorando. Porque você é...
  —... Uma criatura fabulosa e não precisa disso!
— completou Mia, grande amiga de , com uma risada alta e satisfeita. também sorriu. Tinha repassado o ditado para Mia, que, imediatamente, adicionou a ideia à sua lista imaginária de mantras pessoais — Adorei! Isso foi muito inteligente, ). — completou, enquanto as duas caminhavam de braços dados — É como já cantava a Christina Aguilera: o que não te mata te deixa mais forte.
  — Não era a Kelly Clarkson que cantava isso? — respondeu , agora rindo.
  — Tanto faz. O que importa é: está pronta para pegar uns ricos gostosos? Porque eu estou.
   resistiu à vontade de revirar os olhos. Mia, no geral, se fazia de difícil e seletiva. Mas a verdade era que tinha a personalidade libertina o suficiente para ir para a cama com o primeiro homem interessante que aparecesse, não importando sua classe social.
  — Você sabe, eles são uma grande família rica, tão rica que provavelmente são velhos para caramba. — disse, enquanto as duas se aproximavam da incrível mansão. Era uma pequena caminhada do carro para a casa, mas, passando por um jardim longo e silencioso, não pode deixar de pensar que se não fosse pela iluminação, a mansão dos Sangria seria o perfeito cenário para um filme de terror.
  — Alô, você sabe o significado da palavra herdeiro? É pra isso que metade das mulheres vai para essa festa. Para empunhar um homem... — disse Mia, estranhamente esforçada naquele discurso e fazendo um gesto ridículo de sexo com as mãos — A riqueza é um bônus, mas ninguém vai reclamar de pegar um Christian Grey da vida, não é mesmo? — levantou uma sobrancelha em questionamento para aquela última afirmação e Mia escolheu os ombros — Você sabe o que eu quero dizer, é sobre a questão da aparência. — riu e, não resistindo, revirou os olhos. Estar com Mia era como voltar à adolescência.
  , por sua vez, não estava indo para aquela festa porque queria uma noite de sexo.
  Ela queria um contrato.

   se sentia imensamente entediado.
  Era seu aniversário de 32 anos, e isso significava... Absolutamente nada. A coisa mais interessante que tinha acontecido naquele dia, era que seus primos de seis e sete anos tinham visto pela primeira vez o filme A Família Addams, e estavam discutindo, acaloradamente, quem interpretaria os papéis de quem em uma versão da família Sangria.
  Resumidamente, ele estava precisando muito de uma distração.
  O tapa que levou a seguir não doeu, mas o fez pular de susto.
  — Você é um chato, sabia? — a mulher, enraivecida, abriu brutalmente um leque de tecido que trazia consigo e começou a se abanar, mesmo estando um clima agradável, talvez até frio demais.
  — Obrigado, vovó. — com um bufo nada charmoso, a senhora continuou:
  — Você se recusa a viajar para comemorar seu aniversário, como é costume, então o que fazemos? Trazemos a festa até você. E então o que você faz? Fica observando todo o desenrolar da festa de longe, como um caipira antissocial.
  — Caipira? — repetiu , em tom de chacota. A mulher o ignorou.
  — Sinceramente, meu filho. Isso não é jeito de aproveitar a juventude. Aliás, não tão juventude assim, já são três décimos e um pouco mais de anos. Sabe o que eu fazia quando tinha essa idade? Eu...
   interrompeu, nada ansioso para ouvir, de novo, sobre as aventuras malucas da avó.
  — Vamos combinar, eu desço para a festa quando achar alguém que me interesse o suficiente.
  Os olhos verdes da mulher piscaram, esperançosos: — Um interesse? Ai, meu Deus, seria emocionante. Promete? — ele prometeu, a fim de silenciar temporariamente os desejos da avó.
  Observando o salão de baile lotado, pode contar nos dedos de uma mão a quantidade de pessoas que ele realmente conhecia. Tecnicamente, aquela era sua festa de aniversário, mas esta já tinha começado há meia hora e ninguém tinha dado falta dele. Preocupados demais em comer e beber. Preocupados demais em impressionar alguém importante da família Sangria.
  Com isso em mente, considerou pela primeira vez não dar as caras de jeito nenhum na festa, e lidar com as reclamações da avó depois.
  Foi nesse momento que ela entrou.
  A mais velha das senhoras Sangria, ansiosa para o casamento de seu neto preferido, tinha convidado uma grande quantidade de mulheres bonitas. Todas elas, é claro, presentes em algum nível na alta sociedade. Elas também tinham algo mais em comum: todas eram magras e atléticas, inconscientemente influenciadas pelo padrão de beleza socialmente aceito.
  E por isso que ela se destacou.
  Se fosse apenas bonita, é provável que nem a tivesse notado. Mas havia algo sobre ela. Algo que fez seu corpo responder e seu sangue ferver.
  Naquele momento, estava escondido nas sombras. Seu tipo preferido de lugar: onde se podia ver muito, mas onde a maioria não o veria. Era um hall superior para onde a escada elegante, porém discreta, do lado direito do salão de baile levava. Dali, ele tinha observados vários convidados entrarem. E entre eles, um grande número de mulheres, é claro. Loiras, ruivas, morenas... Nada tinha chamado sua atenção de verdade.
  Observou enquanto ela tirava o sobretudo preto que vestia. A presença dela tinha um poder maior que o comum. Ela não só ocupava um espaço, ela o preenchia. Deliciosamente, por sinal. apoiou os antebraços no corrimão a sua frente, arriscando sair da sombra em que estava, mas realmente queria ver aquela mulher de mais perto. Ela virou o rosto em sua direção no exato momento que o tecido escuro deixou por completo sua pele, revelando o que vestia por baixo. A respiração de falhou.
  Tudo sobre ela era, de fato, a combinação perfeita.
  Os cabelos escuros e lisos iam até um pouco acima dos seios, sua pele era pálida e — se estava vendo direito — com uma deliciosa quantidade de sardas. Usando uma blusa sem mangas simples na cor preta, junto de uma saia justa cor de vinho, era estranhamente a combinação mais sexy que tinha visto em muito tempo. E para melhorar tudo isso, havia um fato que não podia ser negado: aquela mulher tinha curvas. Esteticamente falando, ela provavelmente estava alguns números a mais do que curvilínea. Mas o que isso importava? Só de olhar para ela, sentiu a boca salivar.
  De repente, estava ansioso para vê-la de perto. Queria saber a cor de seus olhos, queria saber se suas sardas eram, de fato, tão interessantes quanto pareciam de longe. E, principalmente, queria saber como seu corpo reagiria a um pouco de erotismo.
  Com um sorriso desejoso, observou um grupo de outras mulheres se amontoarem em volta dela. Deixava isso claro que ela também tinha algo tipo de influência por ali. Interessante.
  Com uma ideia um tanto quanto maligna, observou, com satisfação, a mulher estremecer repentinamente.
  Aquilo seria interessante.

  — Será ele bom com sexo oral? — questionou Mia, as palavras tão malucas que fez Jane, a mulher mais jovem do grupo, corar fervorosamente.
   não podia censurar Mia, entretanto. Sabia a quem ela estava se referindo: ao homem quente em pé no corredor.
  — Você parece mais interessada em descobrir do que eu. — adicionou, com uma piscadela, fazendo corar dessa vez.
  — Ele não me parece o tipo. — desviou o olhar do estranho. Sabia que aquele grupo de mulheres estava sendo tudo menos discretas, e tentou diminuir a febre de luxúria que invadia sua pele. Mesmo contra os avisos que sua mente mandava, arriscou outro olhar por cima do ombro, e teve um vislumbre de uma bunda incrível coberta pelo tecido de uma calça de aparência cara. Precisaria de um ato de Deus para fazê-lo estremecer.
  — Não parece o tipo para um boquete? — rebateu Mia, com um olhar debochado de tédio teatral — Você ouviu o que acabou de dizer?
  — Pare de olhar antes que ele venha até aqui. —arrastou Mia para uma distância que considerou segura, e as outras mulheres que estavam por perto seguiram. Pelo canto do olho, viu que o senhor Traseiro Delícia estava extremamente interessado em seu celular.
  — Essas festas de aniversários de ricos são uma chatice. — Mia agora estava fazendo questão de soar como uma criança entediada. Apanhando uma taça de vinho de um garçom que passava, ela engajou em uma conversa sobre onde, afinal, estava o tal aniversariante.
  , ignorando aquilo, se sentia nervosa. Precisava encontrar Ametista Sangria. Não só isso, precisava convencê-la a assinar o contrato.
  Trabalhando integralmente como uma das principais gerentes de uma agência de modelos, descobriu que a propaganda era a alma do negócio. Precisava antes, é claro, ter boas modelos. Mas suas meninas estavam preparadas há muito tempo. Os Sangria tinham negócios em várias partes do mundo, tantas partes que era surpreendente e um pouco assustador. Tê-los como patrocinadores levaria sua agência, Curve, a um novo nível.
  Não era uma opção. Muita gente estava contando com ela.
  Voltando a prestar atenção na conversa de Mia, ouviu: — Aliás, que tipo de sobrenome é Sangria? Isso lá é nome de gente? — obviamente, ela já estava um pouco bêbada.
  — Eu acho sexy. — comentou Alice, umas das mulheres envolvidas na conversa.
  — Sexy? É o nome de um coquetel. Seria como achar sexy alguém de sobrenome Mojito. Ou Ponche! — então começou a rir sozinha da própria piada.
   visualizou Ametista Sangria no exato momento que um calafrio repentino a percorreu.
  Como um instinto que não pode entender, voltou o olhar para o homem bonito de terno. Ele estava de costas, então pode ver umas linhas negras saírem da gola da camisa. Para completar o pacote foda-me, o cara ainda tinha tatuagens. nunca tinha ficado com um cara grande e duro de terno. Mas considerando que ele tinha passado quase a noite todo em seu celular, ele provavelmente não era tão grande e duro quanto parecia.
  No exato momento que aquele pensamento percorreu sua mente, ele olhou por cima do ombro. Os olhos escuros a penetraram. Afetando-a mais do que esperava.
  Provocando não apenas um choque, mas uma série de relâmpagos quentes e sensações que deixaram sua boca faminta e seu corpo dançando.   
   arfou e procurou algo para se apoiar; tudo o que encontrou foi uma parede.
  Seu clitóris pulsava, um fio molhado de excitação deixando-a em fogo e molhando a faixa de seda que mal cobria sua vagina encharcada. Tremores sutis de um pré-orgasmo se construíram entre suas coxas e suas pernas tremeram.
  Porra, quanto tempo durava aquilo? Com um único olhar, o homem conseguiu sacudi-la como um terremoto.
  — Você está bem? — Mia, sentindo sua falta, foi até ela. assentiu inconscientemente, mesmo não estando.
  — Você derramou algum tipo de afrodisíaco na minha bebida essa manhã?
  — O quê? — quando viu que falava sério, Mia respondeu séria: — Claro que não!
   trouxe seu cabelo ao ombro, expondo sua nuca suada.
  — O que está acontecendo comigo, então?
  — Você precisa transar. — Mia exibia um sorriso debochado.
  — Eu sinto que preciso. — admitiu, com um suspiro.
  — Seria interessante se você oferecesse àquele cara algo doce para chupar. Ele parece bem carrancudo essa noite. — sentiu um calor preencher seu peito. Aventurando outro olhar para o homem em questão, quase derreteu sob o olhar aquecido que varreu seu corpo.
  — O que ele está fazendo? — choramingou.
  — Verificando. Caralho, o homem está pronto para comê-la viva.
  O olhar dele acariciou o pescoço de e permaneceu em seus seios. Seus lábios formigaram quando ele levantou os olhos para sua boca.
  — Não, ele está fazendo mais alguma coisa. — o desespero mesclou suas palavras, principalmente quando, por cima do véu de luxúria que a cobria, viu Ametista Sangria perto o suficiente para ver todo aquele teatro: — Me tire daqui.

  Por mais libertina e louca que Mia fosse, ela nunca decepcionou no quesito amizade.
  Assim, fez exatamente o que pediu: tirou-a daquele lugar.
  — Você está bem? — a voz de Mia estava atada de preocupação.
  — Não... — sentiu que estava exagerando, fazendo um drama desnecessário. Então completou: — Não se preocupe, vou ficar bem. — lançou um olhar tranquilizador em direção à amiga — Vou ao banheiro. Volte para a festa que nos encontramos depois.
  Após um pouco de relutância, Mia obedeceu, e seguiu seu plano.
  O banheiro da mansão Sangria era, é claro, enorme e luxuoso. Depois de conversar consigo mesma pelo espelho, saiu do banheiro determinada a não cair estupidamente de tesão pelo estranho sensual.
  Sua determinação durou dois passos após sair do banheiro, pois foi então que deu de cara com um peito largo do estranho em questão. teve que levantar a cabeça para vê-lo direito, porque ele era infinitamente mais alto.
  — . — ele disse seu nome como um sussurro rouco e sensual. E embora aquilo deixasse os pelos dos braços de arrepiados, ela perguntou, em desafio:
  — Como você sabe meu nome? — ele realmente parecia disposto a responder, mas um homem calvo e baixinho que vinha na direção dos dois chamou:
  — Sangria! — ambos paralisaram. de surpresa e o homem de irritação.
  Com um suspiro frustrado, ele voltou-se para o recém-chegado e os dois imediatamente começaram uma conversa restrita a negócios. Mesmo que assim pudesse ter uma visão privilegiada da bunda deliciosa do seu homem de terno, ela se sentiu sobrando ali.
  Estava se esgueirando para longe o mais rápido possível sem criar muito alarde quando algo a parou. Se apoiando numa parede, sua respiração acelerou. Parecia que duas mãos acariciavam suas coxas por baixo da saia.
   apoiou as mãos na parede lisa, procurando algo para se apoiar.
  Faça silêncio, menina doce. Não teve muito tempo para pensar naquilo, porque repentinamente sentiu uma língua grossa, quente, lancear nos lábios inchados de sua buceta e deslizar para o vinco molhado. Sua visão turvou, mas, em todo o tempo, ela pensou ver aquele peito e bunda redonda dos céus.
  Lábios que ela não podia ver envolveram seu clitóris e sugaram; a princípio lentamente e depois com uma intensidade que fez sua cabeça tombar para trás. Antes que soltasse algum grito de satisfação, mãos invisíveis pousaram suavemente em sua boca, a impedindo de fazer barulho.
   lutou para recuperar o fôlego. Como consequência de um orgasmo arrebatador, suas pernas pareciam borracha. Saindo do torpor que cobria sua mente, percebeu que tudo estava normal. Seu homem sexy de terno continuava conversando com o outro, e, a não ser por e os dois, o corredor que dava para o banheiro na mansão dos Sangria estava vazio.
  Aquilo tinha realmente acontecido ou...
  — Você está muito bem acompanhado e eu estou aqui tomando seu tempo. — o senhor Traseiro Delícia agora estava do seu lado, e não só isso, com o homem baixo por perto, ele apoiou a mão na cintura nua de , em um gesto protetor e possessivo.
  Enquanto isso, o outro homem repetia intensamente que sentia muito, e que iria deixar o casal sozinho. Quando finalmente parou de falar e realmente foi embora, o homem se voltou para e disse, com a maior naturalidade:
  — Você encontrará Ametista Sangria no jantar de hoje à noite.
   se afastou e estreitou os olhos mais bonitos que ele já tinha visto.
  — Por que está me dizendo isso?
  — Porque não diria? — ele estendeu a mão e acariciou os cabelos da nuca dela. A vontade de era se inclinar e ronronar como um gatinho. Baixando o olhar para suas curvas, ele acrescentou: — E depois de conseguir o grande patrocínio que você veio para conseguir, talvezeu possa te levar para comemorar. — trouxe os lábios perto de sua orelha e abaixou a voz — Ou talvez possamos ficar em casa e comemorar ainda mais duro.
  A mulher sabia que devia correr como louca daquele bastardo maluco, mas suas pernas ainda estavam levemente dormentes do orgasmo, então, naquele momento, não seria capaz de agir do jeito que seu cérebro achava certo.
  — Eu nem sei seu nome.
  — Sim, você sabe. — sua voz vibrou sedutoramente contra seu pescoço — Eu falei com você.
  Ela tremia com o calor e a precisão dos impulsos que atingiam seu núcleo. Quem quer que fosse aquele cara, ele sabia exatamente como fazê-la perder o controle.
   enrijeceu a espinha, e levantou as duas mãos para empurrá-lo para longe.
  — Olha, Traseiro Delícia. Você não me disse nada, e eu não sei que tipo de...
  Os olhos do homem brilharam.
  — Do que você me chamou?
  Ela engoliu em seco e ergueu o queixo em desafio.
  — Traseiro Delícia. — a voz sexy dele mergulhou em um rugido baixo e risos sacudiram seu peito largo. Corando, se defendeu: — Você não me disse seu nome.
  Ele capturou uma mecha de cabelo perto de seu rosto e a girou lentamente em torno de seu dedo.
  — É . — sua mão abriu e os dedos mergulharam até seu couro cabeludo com seu polegar acariciando sua orelha. — Meu nome é . E você veio tão forte para mim que eu poderia quase estar satisfeito de você. — seu rosto aproximou-se na direção dela. Sua respiração diminuiu resvalando em seus lábios e sua voz reverberou novamente — Quase.
  Santo inferno!
  — Você não me disse seu nome. — as palavras de saíram num sussurro, e os joelhos dela amoleceram tanto que agarrou os bíceps musculosos e grossos como apoio.
  — Eu disse todos os tipos de coisas. — seus lábios roçaram os dela — Você me ouviu.
   persuadiu a sua boca, deslizando sua língua contra a dela em um beijo que encheu de borboletas a sua barriga e aumentou a fome. Em algum lugar no fundo da sua mente, ela ouviu a voz.
  Você gostou mesmo, mais do que eu pensei que iria.
   se afastou.
  — Viu? Você me ouviu.
  Com a respiração pesada, disse: — Eu quero que você fique longe de mim.
  — Não, menina. Você não quer. — se afastando, pegou sua mão e plantou um beijo nos nós dos dedos de , que sentiu refletir no seu núcleo.
  Com uma piscadela sensual, ele se afastou.

  — Então, como você conseguirá que Ametista assine um acordo? A velha é uma onça. Nem pense em me mandar no seu lugar porque eu tenho medo.
  — Nós iremos conseguir. Nossas modelos são boas demais e arriscaram demais para perdermos algo tão importante. — falou , com determinação — Além disso, qualquer coisa o senhor Traseiro Delícia pode nos ajudar.
  Mia levantou uma sobrancelha: — Como sabe que ele pode fazer isso? — era uma boa pergunta. não sabia com certeza, mas...
  — Intuição feminina. — um forte senso de consciência abateu sobre ela. Algo que não podia explicar, mas uma coisa era certa: — Ele está aqui. — ela deixou sua voz sair num sussurro.
  Eu quero provar você novamente.
  Suas coxas tremeram, e um calor surgiu em sua barriga. A mão que ela não podia ver deslizou em volta da sua cintura, e um hálito quente provocou arrepios em seu pescoço.
   engasgou: — Oh, Deus.
  Mia girou lentamente e esquadrinhou o ambiente.
  — Ele está na mesa do canto. O que é que está acontecendo, )?
  )? Não gostei. Acaba com a singularidade de seu nome.
  Disposta a manter o foco, ignorou aquilo e puxou Mia para perto de si. Andou rápido e parou apenas ao atravessar as portas duplas que davam para o salão de banquetes.
  Grande, largo e espaçoso, o salão de banquetes era uma grande ostentação de luxo. Com arquitetura mesclando o arcaico e moderno, quase pode acreditar que os Sangria fossem uma família de vampiros no século 21.
  Ametista estava rodeada de casais e pessoas extremamente produzidas, o que deixaria o trabalho de mais difícil, mas não havia nada que ela gostasse mais do que um desafio.
   estremeceu e um calafrio correu sua espinha. Ela não devia estar perdendo sua mente para o desejo. Não era possível que alguém, muito menos Sangria, invadisse sua cabeça assim.
  Ela moveu seu olhar para a direita, e uma figura alta e linda de pé perto da parede parou seu coração e enfraqueceu seus joelhos.
   olhou para ela, com a peculiaridade de um sorriso desenhando seus lábios. Seu olhar baixou, e imediatamente os mamilos de ficaram rígidos como pedras.
  Uma lufada de ar frio acariciou seus seios, e calor úmido de uma língua brincou com a sua auréola. olhou para ele.
  — Pare com isso. — ela murmurou.
  Os lábios sensuais de espalharam-se num sorriso fácil, e ele sacudiu os ombros com um riso.
  Mais tarde, então. Pegue o que você veio buscar, menina bonita.
  — Encontrou? — Mia apareceu do seu lado.
  — Sim. Mas preciso que você mantenha um olho no senhor Traseiro Perfeito. — Mia dirigiu o olhar para e sorriu, satisfeita.
  — Eu poderia manter mais do que um olho nele.
  — Ele é meu! — definitivamente estava ficando louca, reivindicando um homem que tinha acabado de conhecer. Com uma cotovelada brincalhona, Mia respondeu:
  — É melhor apressar-se e cuidar dos negócios então.
   fez seu caminho através da multidão e, com certeza, pode ver o vestido vermelho de Ametista Sangria no meio de alguns convidados e, sem dúvida, alguns familiares, até.
  A senhora era conhecida por ter um gênio empreendedor, porém difícil.
  Mas ela não tinha escolha.
  Precisava fechar aquele contrato.
  Sua amiga está com a mão na minha bunda.
   girou tão rápido que esbarrou em um garçom com bebidas. Depois de um pedido veemente de desculpas, a mulher procurou por .
  Na esquerda da mesa principal.
  Ele estava escondido perto de uma grande e pesada cortina de veludo vermelho, um punhado de pessoas bloqueava a maior parte de sua estatura imponente de vista.
  Mia estava a pelo menos dois metros de distância, envolvida numa conversa com uma mulher que estava interessada na Curve desde o início da noite. Ela mantinha seus olhos em , mas sua mão estava longe daquela bunda durinha.
  Ciumenta e deliciosa. Uma mão deslizou até a parte traseira de sua coxa e fechou ao redor da curva de sua bunda. Assim que você acabar com este negócio, doce, vou ter que ter outro gosto de você.
  Aquilo definitivamente não iria ajudar na sua concentração. Com um olhar para Mia, fez um gesto sutil em direção a , e a amiga obedientemente foi até ele. exalou um suspiro de alívio.
  Se alguém podia mantê-lo distraído, esse alguém era Mia.
  Mas era melhor ela manter suas mãos bem longes de seu traseiro.
  Ao se aproximar de Ametista, a mulher imediatamente lhe lançou um olhar inquisidor, e as pessoas em volta repetiram o gesto.
  — Senhora Sangria!
  — Quem é você, menina? — a voz da mulher era melodiosa, porém séria e poderosa. Era como ouvir uma rainha falando. nunca fora autoconsciente, pelo menos não depois de amadurecer. Trabalhando como modelo, ela já era confiante sobre seu corpo e sabia que era bonita. Mas ali, sob o olhar de várias pessoas da alta sociedade mundial, ela sentiu como se tivesse de volta ao colegial.
  — . Sou representante da agência de modelos Curve. — tomando coragem e agindo como tinha se preparado, ela estendeu um folheto que trazia informações sobre a agência — Há meses estamos tentando fechar um contrato de patrocínio com sua empresa. É um prazer finalmente encontrar a senhor pessoalmente.
  Ametista arqueou uma sobrancelha, o folheto pairando no ar entre as duas mulheres.
  — E por que eu me interessaria em fechar patrocínio com uma agência de modelos? — ouviu uma risadinha de deboche vinda de alguém ali perto. Igual ao ensino médio.
  Estava pronta para responder aquela pergunta da melhor forma possível quando uma voz alta, poderosa e masculina se sobressaiu atrás de si:
  — Porque a agência da senhorita ... — estava do seu lado, seus olhos conectados aos de e sua mão pousando novamente na pele nua de sua cintura — É formada por belas e esplêndidas mulheres, como ela. Que pregam um conceito muito interessante sobre a beleza feminina e sororidade. — a presença de tinha feito a pele de comichar em arrepios deliciosos. Além disso, tinha causado um espanto geral entre as pessoas em volta — Conceito esse muito parecido com o que a senhora lutava tanto para popularizar quando era jovem, vovó.
   paralisou completamente enquanto se inclinava e pousava um beijo nas costas da mão da senhora. O olhar de Ametista tinha ido de frieza controladora para amor fraterno em um segundo.
  — ! Que surpresa, meu filho.
  — Ora, surpresa nenhuma. — depois do comprimento, ele voltou o olhar quente para — Essa é a minha festa de aniversário, afinal.
  Ele estava fazendo aquilo de propósito. Jogando todas as bombas possíveis e ficando por perto para ver a reação dela.
  — Eu conseguiria fazer isso sozinha. — sussurrou, a fim de que somente escutasse mesmo naquele silêncio.
  Sei que você ia conseguir, linda. Mas precisava de um pequeno empurrão.
  Ametista olhava para aquela cena a sua frente com interesse renovado. Nunca tinha visto um olhar parecido com aquele no rosto de seu neto.
  — Qual é mesmo seu nome, menina? — perguntou, se dirigindo aquela jovem mulher.
  Com um segundo de hesitação, ela tirou os olhos de e os dirigiu a mulher mais velha. Ametista notou que a jovem possuía belos olhos , que eram estranhamente familiares.
  — , senhora. — para a surpresa de todos, Ametista sorriu.
  — O que acha de jantar do meu lado, ?

  De repente, era a atração principal daquela festa.
  Ela não só estava sentada do lado de uma das mulheres mais ricas do mundo, como também era o interesse amoroso do aniversariante. Esse que, por sua vez, não havia andado interessado em algo mais que não fosse o trabalho. Até aquele dia.
  Sentindo o olhar de todo mundo em si, recebeu um empurrão de Mia para tomar coragem e aceitar o convite da senhora Sangria.
   não parecia mais disposto a interromper suas tentativas para fechar aquele acordo. Concentrado em sua própria comida, ele deixou tudo nas mãos de . E, na verdade, ela preferia daquele jeito. Não queria conseguir grandes feitos só por causa de um homem.
  No meio do jantar, quando estava com uma garfada a caminho da boca, ela ouviu:
  Quem é você? Aquele não era . A voz do homem trazia arrepios agradáveis ao corpo de , aquela voz bateu em sua mente de forma aguda, tanto que uma dor realmente perfurou sua têmpora.
  Quem te mandou? E se mentir para mim, vou matar você.
  Marcele Sangria estava enviando a um olhar desconfiado e assassino desde o início do jantar, então, depois de um minuto em raciocínio, ela deduziu que aquela voz era pertencente a ela.
  Lábios beliscaram no lóbulo da orelha de e uma voz familiar soou em sua mente.
  Isso é besteira. Ela não vai te matar. Eu não vou deixar. Aquele era .
  Irritada, falou em voz alta, clara e irônica:
  — Eu gostaria que uma pessoa invadisse minha mente por vez, por favor. — aquilo alarmou Ametista, que lançou um olhar assustador em direção a Marcele, que desviou o olhar, envergonhada.
  Marcele era jovem. Em um ato de dedução, chegou à conclusão de que ela também era neta da senhora Sangria. Se Marcele era tão desconfiada daquele jeito sobre pessoas novas, estava se metendo em um problema dos grandes.
  — Me desculpe por isso, minha filha. São maus hábitos de adolescentes. — ficou tentada a observar que invadir a mente alheia com telepatia não era mau hábito de um jovem comum, mas deixou quieto — Vamos falar sobre sua agência! A Curve é destinada apenas a modelos plus-size?
  Essa era uma dedução comum, porém errônea. Acostumada com isso, ela tinha a resposta na ponta da língua.
  — Não. Eu fundei a Curve com um grupo de mulheres maravilhosas que acreditavam, como eu, na quebra dos rótulos. Principalmente, do que é feio ou bonito. Se uma mulher tem curvas e quilos a mais do que a sociedade considera aceitável, isso não importa de forma alguma. Ela ainda é linda. Agora, existem mulheres naturalmente magras, e essas, por sua vez, não deixam de serem lindas por não terem demasiadas curvas. O que falou sobre sororidade é verdade, também. A Curve acredita principalmente na aliança e união entre mulheres.
  Ametista piscou, impressionada. , do seu canto silencioso, porém avaliando tudo, conteve um sorriso satisfeito. Estava com uma sensação estranha de orgulho.
  — Isso é muito inteligente. — elogiou Ametista, fazendo sorrir — Devemos conversar mais sobre isso em outro momento. É emocionante encontrar uma mulher com pensamentos tão maduros. Estou ansiosa para patrocinar sua empresa. No entanto, a fim de evitar maus entendidos com relação a negócios, nós teremos que conversar muito mais nos próximos dias antes de assinar algo real. Quando tempo ficará na cidade? — o sorriso de caiu. Com pesar, ela revelou:
  — O plano era ir embora após o fim da festa. Não posso ficar na cidade por muito tempo.
  Ametista e exclamaram ao mesmo tempo, exasperados: — Como não?
  — É fim de ano. Os hotéis estão lotados. Eu e minha amiga não temos onde ficar.
  Senhora Sangria piscou charmosamente, como se o problema de fosse a maior besteira do mundo: — Bobagem. Você são mais do que bem vindas para ficar aqui quanto tempo quiserem. — Marcele tentou esboçar uma reclamação, mas Ametista a silenciou com um movimento da mão.
  — Não seria incômodo? — disse, educadamente, após se recuperar do susto. Quase tinha perdido o maior contrato de sua vida por um triz.
  — Incômodo nenhum, essa casa é maior que o Taj Mahal, e vem tudo andando bem solitário, mesmo. — voltando a tomar seu vinho, Ametista falou aquilo com tanta naturalidade que não pode discernir se ela estava brincando ou não. A mulher não parecia o tipo que fazia piadas, entretanto.
  Tirando-a do seu espanto, a voz de se sobressaiu: — Gostaria de tomar por um instante, para dançar. — Ametista agora estava concentrada em outra conversa e os dispensou com um simples aceno. até então nem tinha notado que uma música lenta e sensual estava tocando, e uma boa quantidade de casais estavam no salão de festas dançando.
  Em um piscar de olhos, estava de volta aos braços de , e se sentiu em casa.

   a levou para o corredor onde tinham se esbarrado de verdade pela primeira vez. No mesmo lugar onde ele tinha lhe dado aquele orgasmo enlouquecedor. O corpo de comichou com a lembrança, não podendo deixar de ansiar o que viria a seguir.
  Ao ser puxada para dentro do banheiro mal iluminado, riu e disse, em tom de brincadeira: — Você me trouxe para dançar dentro do banheiro?
  — Eu realmente espero que você não tenha acreditado na desculpa da dança. — ela riu, mas seu riso foi substituído por um suspiro quando ele a apoiou contra a parede lisa e agarrou sua cintura.
  O corpo grande de vergou sobre ela. Seus ombros bloquearam sua visão, e percebeu que eles, ironicamente, nunca estiveram tão próximos um do outro.
  Com a visão se acostumando com a pouca luz, ela observou de perto a tatuagem que se projetava do colarinho da camisa escura de . A tatuagem era tão detalhada que e preta que parecia quase molhada.
  Sua língua inchou, desejosa em provar o gosto de sua pele, o calor em seu núcleo aumentando.
  Tenho que sentir... Seu gosto.
   não pode ter certeza se o pensamento era dela ou dele.
  Ela se inclinou para ele, a boca indo diretamente para a tatuagem em seu pescoço, as pernas já serpenteava em torno de seus quadris, e sua saia enrolava em volta da cintura. Sua pele era suave e quente. Sua mente tornou-se completamente ocupada com uma única obsessão: .
  Sua língua traçou o desenho escuro na base da orelha, e um desejo esmagador abalou seu núcleo.
  Ele gemeu e apertou o pênis contra a sua calcinha. Sua ereção estava dura como aço e era grande demais para ignorar.
  A boca de estava a uma polegada da dela. Antes que ela pudesse tomar fôlego, seus lábios pousaram totalmente contra sua boca. O impacto foi surpreendente.
  Seu gosto... Céus. É tão bom.
  Seu beijo se aprofundou. O braço de apertou em volta da cintura, sua blusa foi magicamente rasgada em duas.
  O que mais ele poderia fazer com a mente?
  Dentes roçaram a seda de seu sutiã, mesmo que sua boca estivesse totalmente conectada à dela. Outra boca mordiscava seu ombro, e uma mão escorregou entre suas pernas. quebrou o beijo. Sua respiração era tão pesada que mal conseguia falar.
  — É você? Tudo isso é você?
  Ele riu.
  — Só eu.
  — Como?
  — Enquanto eu puder vê-la ou senti-la, posso tocá-la com a minha mente. — aquela explicação parecia satisfatória no momento.
   a puxou para mais perto e mudou seus quadris para que seu pau deslizasse sobre a calcinha molhada. Ele bombeou novamente contra ela, e não deu a mínima para a improbabilidade de qualquer coisa do que ele disse.
  Ele chegou sob sua coxa, e seu polegar acariciou a seda molhada que se agarrou a sua buceta e, em seguida, deslizou por baixo do tecido. Ela estremeceu ao seu toque, como uma descarga elétrica, como um relâmpago, antes mesmo que ele encontrasse seu clitóris.
  Seu corpo queimava, os mamilos formigavam, os músculos tencionados. O fecho na frente de seu sutiã deu uma torcida e seus seios livres caíram com um salto pesado.
  Ah, isso! Sua língua enroscou em seu mamilo enquanto seu polegar procurou sua abertura. Ele puxou a aréola na boca e chupou, duro ao mesmo tempo em que mergulhava dentro dela. choramingou, mas agarrou-se a seus ombros largos.
  Eu adoro todas as suas curvas, mulher. adorava a suavidade da pele de . Estava cansado de tocar o corpo de mulheres que eram duros como pedras. O corpo de era, por sua vez, leve e delicioso. estava totalmente hipnotizado com suas curvas e com sua pele pálida cheia de sardas.
  O corpo inteiro dela tremeu, em um espasmo.
  Seus mamilos queimavam e ainda assim ela implorava para ele sugar mais duro. Sua vagina apertou seus dedos fazendo os dois gemeres.
  — Eu preciso... — tentou falar, mas não conseguiu. Não fazia muita diferença, afinal. sabia exatamente o que ela precisava.
  Ele afundou o dedo profundamente, acariciando as paredes internas de sua buceta. A essa ponto, as pernas de tinha virado borracha. Ela só não tinha caído porque ela a segurava firmemente.
  Ela não conseguia ouvir nada além da sua própria respiração. A primeira onda de orgasmo reluzente borbulhou no fundo de sua intimidade quando uma onda mais forte se construía profundamente em sua barriga.
   gozou em um tremor tão violento, que um rio de cores passou diante de seus olhos. Seus dedos foram substituídos por uma língua faminta, fazendo com que ela soltasse um último pequeno grito satisfeito.
  Doce. Doce, doce, doce menina.
  Ela mordeu a sua mandíbula, deslizou a língua sobre a pele masculina áspera.
  — Você é um mago? — não podia deixar estar curiosa sobre e sua misteriosa família.
  — Não. — respondeu, com uma risada — Mas eu sei alguns truques... — notando as pálpebras pesadas dela, completou: — Não fique sonolenta, querida. Eu não terminei com você ainda.
  Ela explorou o cume de carne dura como granito que ainda estava presa dentro de suas calças.
  — Eu deveria...? — perguntou, se sentindo inesperadamente insegura. Se ela sabia direito, sexo oral era sempre sobre reciprocidade. Mas tirou as mãos de perto da braguilha de sua calça, para surpresa de .
  — Agora não. Deixe-me com algo para esperar. — ele a pegou nos braços, firmemente. Caminhando em direção à ponta que dava a saída do banheiro, de repente ficou consciente de sua nudez.
  — Não podemos sair assim! — exclamou, assustada. riu.
  — É meu aniversário. Eu posso fazer o que quiser. — antes que pudesse esboçar um protesto mais vigoroso, ele abriu a porta e saiu, sem parecer se importar muito.
  Mas, ao invés de voltarem ao ambiente claro e lotado da festa, eles estavam em um quarto escuro e silencioso. foi jogada em o que parecia uma grande cama macia.
  Com uma sensação de vertigem, ela olhou em volta para o cômodo largo, espaçoso e, sem sombra de dúvidas, masculino.
  — O que foi isso?
   sorriu para ela, charmoso e com os olhos brilhando de satisfação.
  — Um dos meus truques.
  — Esse é seu quarto? Você consegue se teleportar também? — sem perder tempo, começou a tirar o que havia sobrado da roupa de .
  — Estou aperfeiçoando isso ainda. Foi a primeira vez junto de outra pessoa. Fico feliz que uma parte sua não tenha ficado para trás. — estreitou os olhos para ele, mas estava sorrindo.
  — Obrigada por arriscar minha vida. — ele se aproximou, com um sorriso que transbordava luxúria e perigo.
  — Foi por uma boa causa.
  O beijo foi feroz, línguas e dentes.
  Eu preciso estar dentro de você. Sua mensagem foi registrada, e ela enrolou os braços em volta do pescoço dele.
  Eu espero que isso não seja um sonho. Ambos estavam hipnotizados demais no beijo para notarem que aquela mensagem tinha sido enviada por ela.
   quebrou o beijo e achatou sua língua contra as linhas mais amplas da tatuagem e pressionou o corpo duro contra o seu. Ela adorava fazer isso. Seu poder sobre ela era mais forte que qualquer droga. Sua mente só tinha espaço para um pensamento esmagador:
  — Foda-me.
  Com a ajuda das mãos e mentes, começou a tirar seu terno.
  Ela agarrou sua cintura com as duas mãos e torceu o botão de sua calça. O tecido escuro caiu para suas coxas, e um pênis de grande espessura sobressaiu para cumprimentá-la. Sem cuecas. Apenas a pele.
  Ansiosa e com fome, ela pôs as mãos sobre o seu membro, louca para senti-lo. Mas afastou suas mãos com um gemido.
  — Se você fizer isso agora eu irei vir em um segundo.
  Adorando provocá-lo, disse:
  — Hm... Alguém é rápido no gatilho. — respondeu com um rosnado.
  — Mulher, eu posso durar uma noite inteira. — o riso de morreu quando ele pôs os lábios sobre uma sarda que ficava abaixo do seu queixo. Sensível, um arrepio percorreu por todo o seu corpo, e ela sentiu aquilo refletir em seu clitóris.
   estava com uma estranha sensação de familiaridade. Ele tinha sentido a falta daquela mulher durante toda a sua vida. Foi como estar de volta a um lar do qual ele nunca deveria ter saído.
  Ocupado, ele deixou todos esses pensamentos românticos e poéticos de lado, se concentrando no momento.
  Seus dentes roçaram os mamilos de e a curva externa de seu peito. Seus dedos espalharam as dobras de sua vagina, e ele gemeu.
  — Depressa. , por favor, depressa!
  A fim de realçar suas palavras, ela impulsionou para frente, desesperada para aliviar a dor, para preencher-se com aquele sexy de homem. Um homem que poderia fazer coisas que cada amante das fantasias que ela já teve poderia fazer. Os músculos da coxa tencionaram, e ele mergulhou fundo, dobrou-se e afundou seus dentes no ombro dela.
  Minha.
  E simples assim, ela era total, completa e inteiramente dele.
  Ninguém nunca a tinha possuído tão completamente.
  Ele a tomou. Ela era sua.
  Mas aquilo não era sobre dominação masculina. Aquilo era exatamente o que queria ser.

  — O que essa tatuagem significa? — perguntou , depois do sexo, se sentindo satisfeita e cansada.
  — Não é uma tatuagem. — o cenho dela franziu — É uma marca de nascença.
  — Você não nasceu com isso. — afirmou, sentindo uma pontada do que parecia ser medo tomar seu peito.
  — Não. Foi me dada no dia que nasci. — piscou, estupefata.
  — Isso soa muito cruel. — mas estava negando com a cabeça.
  — Foi um presente. Me orgulho de usá-la.
  — É bonito. Eu gosto. — acariciou a marca com as pontas dos dedos, e rosnou em resposta.
  — Então, se todos da família Sangria têm poderes psíquicos, vocês são como super-heróis.
  — É. Tirando a parte em que ajudamos a tornar o mundo um lugar melhor. — respondeu , fazendo ambos rirem.
   não tinha notado o tempo passar, mas, de repente, exclamou: — Mia!
  Tentou levantar, mas a puxou de volta para baixo.
  — Nem pense em ir embora, mulher. Mia está bem, confie em mim.
  — Como pode dizer com tanta certeza? — não resistindo, ela voltou para o conforto dos braços dele.
  — Marcele me mandou uma mensagem.
  — Algo me diz que não foi tipo uma mensagem de texto. — sorriu.
  — A conexão familiar é mais fonte que o comum. Podemos mandar mensagens a uma distância mais longa. Na verdade, é raro encontrar uma pessoa que atenda tão facilmente nossas mensagens que não seja da família. — ele começou a acariciar o cabelo de , que teve vontade de ronronar como uma gata no cio — Marcele é jovem e arisca. E se você ficar perto o suficiente de nós, acho que vai entender que temos alguns motivos para sermos desconfiados.
  Ele não estava falando de si mesmo, diretamente. Mas havia aberto uma questão importante. E, pela intensidade do seu olhar, pode entender que estava pedindo para ela ficar.
   sorriu, tranquilizando os medos dele.
  — Então quer dizer que você não sai dando orgasmos telecinéticos para as mulheres por aí? — ela perguntou em tom brincalhão, mas discerniu uma ponta de preocupação real na pergunta. Ele riu.
  — Não, menina doce. Você é empática, eu sou telecinético, e nós fizemos um bom tempo na cama.
  — Eu não sou empática.
  — O inferno que não é. Nós temos um tipo de conexão infernal. — dando uma pausa para pensar naquilo, falou em voz alta:
  — Acho que foi isso que faltou no meu último relacionamento. — e sentiu o corpo de tencionar por completo.
  — Você foi casada? — sua voz estava séria e áspera.
  — Noiva.
  O rosto de fechou.
  — Qual o nome completo do cara?
  — Ah, não. Você não vai atrás dele. — disse, com uma risada.
  Em algum lugar no fundo da sua mente, sentiu um pouco de medo de onde estava se metendo. Mas ao olhar para , todas suas dúvidas iam embora.
  Ela se inclinou e depositou um beijo na curva do pescoço de . Sorriu ao notar a respiração dele falhar.
  — Acho que você já esperou tempo o suficiente.
  — O que... — observou, com seu desejo aumentando, depositar beijos em seu abdômen no caminho para seu membro, este já respondendo de imediato. Ele engoliu em seco — Você não precisa fazer isso.
  — Mas eu quero. — fazia se sentir desejada, completa, ousada e sensual.
  Ele viu os olhos dela cintilarem em desejo ao olhar para seu pênis ereto, e quando lambeu os lábios, foi a coisa mais sexy que ele já tinha visto.
  Com um suspiro feliz, sussurrou:
  — Feliz aniversário para mim!

Fim!



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