Suicide
Escrito por Geovanna Egias | Revisado por Mariana
"Às vezes, partir é tudo que se pode fazer." - O Temor do Sábio.
’s POV
Ela sempre fora volúvel, claro que a culpa nunca foi inteiramente dela, também foi minha, acontece que ela era simplesmente louca, ela me deixava paranoico.
não era do tipo de ficar fazendo draminhas quando se tinha grandes dramas por trás das suas risadas. Quando a insanidade lhe batia ela tinha alguns atos suicidas, um tempo foi à uma psicóloga e a velha chegou a chamá-la de louca, suicida. O resultado disse foi ela chegar em meu apartamento gritando ''DOUGIE, VOCÊ NÃO SABE, O QUE AQUELA VELHA FILHA DUMA PUTA ME DISSE.'' e até que ela contou a historia do que a velha tinha dito. Acontece que era muito bem humorada, muito irônica, muito vivida, muito intensa.
- Bom dia, está acordada? - entrei no apartamento dela às nove da manhã, carregando um suporte com dois copos de McCafé, e pão de queijo.
- Não há bom dia. - ela falou mal humorada jogada no sofá da sala, com uma aparência de que não tinha dormido, olheiras enormes, cabelos sem pentear e um copo de whisky, que não parecia ser o primeiro dessa manhã.
- Bebida de novo, ? - eu bufei entrando no apartamento e fechando a porta com o pé, peguei o copo da mão dela, o que a fez resmungar.
- Ah qual é, ... - ela resmungou, eu a tirei do sofá, levando para o banheiro e ligando o chuveiro no frio, não tão frio, mas não quente, nem morno, mas pro frio, você entendeu.
- Você tem que parar de beber toda manhã. - eu resmunguei com a garota que parecia estar meio bêbeda ou algo do tipo, ela era uma grande garota, é claro, quando não estava dessa forma detestável. Puxei-lhe a blusa pra cima, a deixando só de sutiã, e após isso o shorts, e a enfiei de roupas íntimas debaixo do chuveiro, ela resmungou um pouco.
- E você devia parar de aparecer toda merda de manhã aqui em casa, tomar o meu copo de bebida e... Busca uma lingerie pra mim? - ela ia falando enquanto eu voltei com uma calcinha e sutiã de renda preta, era super excitante, mas aquele ponto eu já estava acostumado em todo dia ir pra casa dela e a ver bêbada, drogada, ou fora de sua sanidade, então eu sempre tinha que a enfiar no banheiro. Ignorar os meus pensamentos maliciosos e fingir que aquilo não era nada. Larguei suas roupas sobre a pia e sai do banheiro.
Acontece que ela era toda baseada em The Pretty Reckless, era o tipo de pessoa que cantava Heaven knows, e quando queria vivia como o clipe My Medicine.
- Eu trouxe café. - eu disse assim que ela apareceu na porta da cozinha com cabelos ainda sem pentear.
- Eu sei, você sempre trás. - A garota tinha um indicio de depressão, mas nada que a afetasse, ela era sempre ''foda-se essa merda também'' não era do tipo que se abalava por uma depressão. Mas quando a doença a afetava era pior, era bem pior, ela entrava num colapso, a insanidade beirava a deixar ela pular da sacada.
- Você não vai. - eu disse indiferente pra ela, a mesma queria ir pra uma festa, não era das festas das boas.
- E desde quando você manda em mim? - ela me encarou desafiadora, e virou um frasquinho de remédio na boca.
- Tira essa bosta da boca, será que não dá pra ao menos um minuto conversando com você sem que você tenha se drogado, ? Porra, você ta se destruindo. - eu apertei suas bochechas numa tentativa de lhe abrir a boca e fazê-la cuspir seja lá o que os comprimidos fossem. Obviamente que não era o remédio que a médica mandava-a tomar, ela nunca tomava, apesar que todos eles eram desenhados uma carinha feliz ironica pra cacete de caneta.
- Não, não dá, . Eu não quero. - ela disse entre dentes, engolindo quando estava prestes a derrubá-los de sua boca.
- PORRA, EU TO CANSADO, DE CHEGAR AQUI TODO O DIA E VOCÊ ESTAR JOGADA PELO CHÃO E TÃO DROGADA, CHEGAR AS NOVE DA MANHÃ E VER VOCÊ BEBADA, CANSADO DE CHEGAR AQUI E VOCÊ NUNCA LEMBRA DE NENHUMA DAS MERDAS DE CONVERSA QUE TIVEMOS, DE TÃO CHAPADA QUE ESTAVA.
- PARA, , SAÍ DAQUI. - Ela berrou, observei seus olhos marejarem, mas ela trincar os dentes por manter sua pose. - Saí, saí, eu não aguento mais você, você nem sabe o que está falando.
- Eu não sei? Então é mentira isso? É MENTIRA? PORQUE CLARO, VOCÊ SEMPRE ESTÁ MUITO SÓBRIA. - eu berrei a fazendo me empurrar pra trás. - VOCÊ NEM SÓBRIA PRA SABER O QUE É MENTIRA OU NÃO.
- VOCÊ NÃO SABE DE MERDA NENHUMA, , NÃO SABE DE NADA, ABSOLUTAMENTE NADA SOBRE MIM. - ela cuspiu aquelas palavras.
- NÃO SEI? , EU TE CONHEÇO HÁ UM ANO E MEIO, E TODO ESSE TEMPO VOCÊ SE DROGA, BEBE IGUAL UMA LOUCA, E EU NÃO TE CONHEÇO? - eu a encarei nos olhos agora tempestuosos.
- Não. - ela sibilou indiferente. - E antes, você sabe o que rolou? Se me conhece tão bem, devia saber.
Acontece que eu não sabia, eu nunca sabia de nada do antes, ela sempre era muito fechada em questão ao antes, ela sempre dizia “só o que importa é daqui pra frente, o antes só fode com tudo”. Acontece que eu sempre não era o suficiente pra ela. Sua personalidade quando não estava sobre efeito de merda nenhuma era incrível. Na verdade até sobre efeito ela fazia virar cabeças dos caras quando passava pela rua, do tipo que todos indagavam “que diabos é essa garota?”, “wow, qual o nome dela?”. Acontece que ela era incrível, ela tinha bons conselhos, mas infelizmente suas manias eram filhas da puta demais, eram desprezíveis demais, três maços de cigarro, cinco copos de whisky, alguns comprimidos que nunca fiz questão de saber qual era.
’s POV
Enquanto You, da santa Momsen tocava sobre minha casa, eu estava jogada sobre o carpete, não drogada, não brisada, sem efeito de merda nenhuma, mas a minha consciência estava me matando. Acontece que tudo o que teu tinha feito agora, era ter afastado todos de mim, ter abandonado meio mundo que estava comigo, foder com a vida dos meus pais a ponto de eles me mandarem embora. Acontece que eu não entendia a maldita mania minha de mandá-los embora. era a única pessoa que se mantinha ao meu lado.
“Hey , eu estou parando com os comprimidos e os três maços, só um e cigarro normal. Xoxo”
Eu mantinha as bebidas, em menos dose obviamente. Apesar de que pra curar todo um passado fodido se precisava de mais, precisavas se matar simultaneamente, precisava se chapar, precisava sair de sua consciência. O que nos fode não é o fato de estarmos vivos, o que nós fode e a porra da consciência. Apesar, estar vivo também é um fato fodido. Eu devia começar uma lista de fatos fodidos, quem sabe eu comece um dia.
e eu voltamos a nos falar ao longo do tempo, ele agora me compreendia, e por fim as vezes ficávamos.
1° fato fodido: Não se apaixone.
2° fato fodido: Não pelo seu melhor amigo e única pessoa que você tem.
3° fato fodido: É uma bosta completa fazer uma lista inútil dessa.
Os dias não perdoavam, era castigadora a dor que eu sentia. Eu o tinha ao meu lado, não era só amor que eu precisava, eu precisava de uma salvação. O principal problema era que nunca ninguém sabe a diferença entre uma pessoa feliz e uma pessoa depressiva, ambas são tão intensas, ambas são sorridentes, mas apenas uma tem um sorriso falso.
’s Pov
Amar é assumir alguns riscos pela pessoa, e o problema é que eu assumi todo risco possível por ela; me meti em briga, fui pra cadeia por estar com alguns comprimidos dela. (Sorte ter sido só uma noite mal dormida) E foram uma mente fodidamente apaixonada por ela no fim do dia. Acontece que eu não me importava, com às vezes de ter ido parar na cadeia, por ter feito um ato sexual num local público ou merdas do tipo. Acontece que ela seria sempre ela, e eu sempre seria eu. E ela não tinha assumido os mesmos riscos por mim.
- ? - ela murmurou assim que eu entrei a sua casa.
- Sim, ? - eu a observei calmamente, ela dizia com serenidade e paz, o que não era o normal dela.
- Não podemos continuar ficando, ou seja lá o que somos. - ela disse indiferente sentada no meio do tapete da sala.
- Mas o quê...? - ela meu me fitou nos olhos, não pronunciou mais nada, eu sabia que aquilo era um pedido pra que eu me retirasse, e assim eu o fiz.
Naquela noite, eu recebi a bosta de um email, dizendo as sete coisas que não prestava, pro mundo, e principalmente pra mim.
Primeiramente, , ela não presta pra ti porque agora ela é minha.
Segundo, ela é ela.
Terceiro, você não curte drogas, bebidas e qualquer porcaria assim como ela.
Quarto, você não sabe nada sobre ela.
Quinto, ela é uma mulher incrível, e você a perdeu.
Sexto, ela tenta viver o máximo em menos tempo e morrer rápido
Sétimo, ela é apenas uma diversão momentânea, nada que dure mais que um mês. E acredite o mês que durar vai ser comigo e não com você.
Acontece que aquilo não me soou muito convidativo, a partir do momento em que meu estomago, minha mente e meu corpo resmungara,, a droga de música que tocava no rádio era aquela do Bruno Mars...
''... Should've give you all my hours when I had the chance. Take you to every party. Cause all you wanted to do was dance. Now my baby is dancing, but she's dancing. With another man.''
One month later...
O tempo tinha concertado tudo, estávamos juntos novamente, mas agora. definitivamente, era tudo muito do jeito dela. Até que um maldito dia chegou, ela estava estranha, tensa, e pensativa demais. Ela disse adeus, e disse que me amava. E o mais estranho foi “eu sempre vou te amar, .” Tá, nem deve ser tão estranho, deve ser exagero. Enfim, então foi quando nossos lábios se juntaram, tomando um ritmo lento e preciso, mas logo se tornando voraz. Até que ela saiu, ela saiu toda aquela tarde, e eu já não sabia mais nada sobre ela.
’s POV
Acontece que depois de um tempo você se sente completa, por tudo e às vezes chega a ser tão torturante. Eu não sabia meu propósito de vida, nem de futuro, nem de passado, eu só sabia que tudo isso ia me levar pra um suicídio de qualquer forma, sendo ele agora ou mais tarde. Acontece que é uma bela vista aqui de cima da ponte do Brooklin, acontece que aqui até parece que a vida é fácil, e nada nos machuca. Se eu tivesse um ultimo desejo, seria do qual não sofresse por minha causa. Ele sempre soube que um dia isso ia acontecer, ele sempre soube que não duraria muito. A vida é para aqueles que sabem viver, é para aqueles que estão querendo algo dela e eu nunca quis nada. Eu só quis você, , mas eu tenho que fazer isso, antes que só piore tudo.
E foi aí que eu dei um passo a frente numa altura enorme, com inúmeros turistas a minha volta observando a paisagem, e agora um suicídio, foi quando eu estive em queda livre, caindo gradativamente, assim como a chuva de verão caí em Janeiro, como as estrelas surgem no alto do céu. Eu tinha uma única saída agora, e essa era a mais difícil, pois tomar uma iniciativa que se poderia adiar por no mínimo seis meses, é meio que abandonar tudo. E eu escolhi o difícil e heróico, o poético e amargo. Afinal a minha vida toda foi depreciada, por que não agora? Acontece que ao meio daquela queda eu tive uma dor enorme no peito, não era o motivo da qual estava me fazendo praticar o suicídio, mas sim por conta de ter deixado-o de ter o abandonado, com um beijo. Mas aí já era tarde. Porque o rio East já tinha me consumido, me inebriado de quaisquer mais pensamentos, a água me fizeram afundar e ir perdendo a ar e me matando cada segundo mais, porém eu já não me importava mais, eu queria ver ele ficar bem. Queria ser o motivo da vida de , a inspiração dele, mas como você pode ser a motivação da vida de alguém quando se está morta? Como pode fazer alguém feliz, quando nem mesmo você é? Qual seria o motivo do meu suicídio? Mas essas são perguntas que as águas do rio East com meu corpo agora morto, nunca irá revelar.
’s pov
Era o por do sol quando em minha mente nada mais pairou quando aquela imagem apareceu na TV, um suicídio da ponte do Brooklin, eu não deveria me espantar. Já que mais de trezentas pessoas fazem isso por ano nessa mesma ponte. Mas foi uma cena memorável, ainda mais quem estava ali, a tornando real. Era ela.
E foi aí, que eu descobri como é estar não só a beirar um colapso, mas entrando num. Quando eu acabei por me jogar no carpete em frente à TV que insistia em dar replays e mais replays na mesma cena, o por do sol e a paisagem incrível, tão típica de New York, ela se matou no por do sol, se jogou num rio que nunca vai aliviar sua dor, num poço de mentiras e outros corpos também suicidas que fizeram o mesmo ao longo de todos esses anos. Quando o colapso me matava por procurar um motivo pra ela ter ido embora, eu achei uma carta, com um selo com sua inicial, como aquelas cartas antigas e importantes demais.
Dear ,
Talvez eu tenha escolhido pelo lado heróico e poético, tenha escolhido pelo lado mais difícil e dono da minha coragem. Afinal era meio que obvio pra qualquer um que eu não faria algo simples, ou morreria puxada pelo pé por uma doença. Sabe a puta de uma ironia? Da qual eu morri por um tumor no coração, o mesmo do qual eu jurava, e todo o resto da humanidade jurava que eu não tinha, não o tumor, eu digo: o coração. E também estava com Enfisema, câncer. De qualquer forma eu morreria a qualquer hora. Agora saiba, meu querido , que eu te amo incondicionalmente, talvez todas as bebidas, maços de cigarro, drogas e quais quer coisa eram por me fazer esquecer tudo aquilo que eu jamais desejei lembrar. Mas às vezes nós tomos que deixar ir, , eu só desejo toda a felicidade pra ti, eu nunca gostaria de te ver sofrer. Eu tenho algumas autorias, se quiser dar uma olhada eu não me importo, enfim. Viva sua vida como você acha deve viver, lembre-se que a cada dia que passe, indiferente, no céu, na terra, no inferno eu estarei te amando cada dia mais.
Love, .
[n/a: Enfisema é uma doença pulmonar obstrutiva crônica caracterizada pela dilatação excessiva dos alvéolos pulmonares, o que causa a perda de capacidade respiratória e uma oxigenação insuficiente. Ela geralmente é causada pela exposição a produtos químicos tóxicos ou exposição prolongada ao fumo de tabaco. ]
Os dias pareciam me torturar, e por fim acabei por ficar em seu apartamento, que em breve iria ter uma conta pendente do aluguel sem pagar, devido sua morte. Eu não sabia o que pensar, o que viver, e eu agora, realmente sabia o que era a dor, não era só psicológica, de certa forma era física. Eu sentia de dentro, mas acabava indo pra fora, o estomago mal alimentado por falta de auto-estima suficiente pra se levantar do sofá e ir viver. As olheiras e a constante e maldita dor de cabeça eram noites sem dormir, dias sem viver.
Até que um propósito surgiu. Eu precisava saber o porquê daquilo, dela ter ido, saber o porquê dela ter se drogado, e como seria. E o meu fim de propósito seria fumar os mesmos cigarros que ela fumava, beber e se drogar quanto mais puder.
One month later.
A dor não era menor, na verdade a cada dia ela continuava a me matar. Nesse ponto a foto de seu suicídio, não era pra menos, era uma das mais publicadas em jornais, revistas e outdoors. A cidade nova iorquina tinha adotado sua foto, e um logo: “Qual seu motivo de viver?” O que fazia a cidade inteira se mobilizar e pensar em bons hábitos, seja eles no transito, ao ajudar um idoso na rua, a adoção de cachorros de rua ou até crianças órfãs. A sua foto foi pra um relance mundial, e isso me fazia cada vez mais não querer sair de casa. Mas infelizmente, da janela do meu apartamento dava pra um dos enormes outdoors da Times Square. Do qual aparecia ela em queda livre logo após ter decidido saltar da ponte do Brooklin, direto para o rio East. A sua expressão da foto não era de uma drogada, mas quem sabe de uma suicida, ou de uma pessoa incompreendida, quem sabe.
- Bom dia, senhor . - a velha do mercadinho que tinha logo na quadra do meu prédio sorriu amigavelmente. - Eu lamento pela morte de . - Ela suspirou.
- Tá tudo bem, Maggie. - eu sorri torto pegando a cerveja e os maços de cigarro que eu tinha acabado de pagar.
- Aquele fotógrafo fez um belo trabalho. Soube que ele era Londrino e veio por conseguir paisagens exóticas e diferenciadas. E ele estava na ponte do Brooklin no exato momento em que se foi. Ela era realmente bonita.
- Eu sei. - dei de ombros. - Tenho que ir, Maggie, até mais tarde.
Eu não tinha que ir na verdade, porque eu não precisava ir pra lugar algum, mas aquele mutirão de pessoas andando pelo centro, as lojas, carros demais, outdoors demais, e a maioria com a foto dela, em vários anglos diferentes, e frases que levavam todos a se mobilizarem da mesma forma “O que temos pra viver hoje?” “O que faremos com nossa vida?” “Não vire um escravo das drogas.” “Obedeça o sinal”, ou qualquer merda do tipo. Até que uma que eu nunca tinha visto, era outra foto, em um anglo aproximado, o sol se punha àquela hora, e era quando ela tinha chegado ao rio East e aquele ponto ela estava com um olhar tão louco, mesmo de olhos fechados, uma expressão de medo, culpa, e insanidade.
Algumas coisas não são planejadas, como eu ter a amado, ela ter se matado. Mas às vezes não podemos saber tudo, temos que conviver com alguns insistentes e filhos da putas pontos de interrogação. Diariamente eu andava chapado, se duvidar o triplo que ela costumava ficar. Ela o fazia por esquecer-se dos problemas, eu fazia por enlouquecer, por ver se aquilo me dava algumas respostas. Mas nunca me eram ouvidas, e eu continuava com os meus pontos de interrogação.
Recentemente sem nem ler eu tinha mandado todas as quatro enormes caixas todas cheias de cadernos escritos com autorias, textos. Tinha um que era um livro terminado, ela tinha muito talento em tudo o que fazia. Mas um entre todos os outros me chocou, a data era antiga, antes de conhecê-la na verdade.
“Parecia que depois daquele furacão que havia passado, pássaros ainda cantavam, talvez o faziam por ver a minha desgraça, quem sabe. Parecia que depois de ter sentido merdas de lágrimas insistiram em cair, a cor da qual era nublada, verde obscuro, raiva e mistério transbordavam por aqueles olhos. Parecia que depois de todo aquele furacão infestos de lágrimas os mesmos viraram claros, Como numa tarde de verão, como se nada machucasse, como se nada fosse doer, mesmo que no fundo mesmo com cores claras e olhos já limpos, não mais nublados, a dor ainda era prisioneira dentro de mim, e mesmo liberta, parecia insistir em ficar. Depois do nevoeiro, depois que as nuvens se afastam, que o dia nublado passa, e o claro e belo tomam conta. Mas depois do nevoeiro as coisas não voltam a ser como eram, mas voltam. Quebradas, meio estilhaçadas, vidros e portas arrebentados. Talvez fosse o sinônimo de falta de amor. Porque se o tivesse de verdade o nevoeiro não afetaria, não quebraria, se o houvesse realmente, seria só mais um nevoeiro. Mas quando não se há amor, o nevoeiro se transforma em furacão, vira tudo uma eterna destruição.
2005, . ''
3° Pessoa. (narrador)
Nem de longe a história de vida de era tão boa quanto os livros em que escrevia, pois não houve um final feliz. Mas seus livros nunca foram tão bem vividos, bem irônicos, bem chapados como ela era. Acontece que era o sinônimo de problema, de encrenca. Por onde ela passava ela podia virar nem que fosse o problema de insônia de alguns caras. Dizem por aí, pelas ruas enormes de New Yor, que ela se matou porque queria saber a sensação, mas ainda se perguntam ''Por quê?'' Suponham que ela morreu dizendo algo filosófico, que ela morreu chapada, ou que ela era sonâmbula. Cada um nunca soube, mas cada um sempre acreditou em algo diferente.
Após a morte da garota ela acabou ficando famosa por sua beleza. - Que virou outdoors. - Por sua genialidade e por suas autorias e livros. Graças à , seu melhor amigo. O fim do mesmo não foi muito diferente do dela, ele beirou a um colapso - eu digo dos sérios - e ficou louco de vez, começou fazer tudo o que ela fazia antes de morrer, os três maços de cigarro, os cinco copo de whiskys, as drogas,e os comprimidos. Mas um dia todos nós morremos, seja hoje, ou amanhã, seja heroicamente como . - Deixando seu ato de heroísmo como uma forma de viver intensamente e cuidar pela sua vida e pela vida dos outros. Como diz nos outdoors. - Ou por um ataque cardíaco três meses depois da morte de , como de uns dizem que era overdose, outros dizem que ele simplesmente morreu de morte morrida. - como dizia a minha avó - E outros morrem quando chega sua hora. Mas cabe a cada um de nós decidir o que queremos da nossa vida.
Não houve um final feliz. Mas como todas as outras histórias e lendas Nova Iorquinas que dizem por aí, - que virou livro, escrito por um jovem escritor que admirava e sua historia. - Que após sua morte. ''No céu, na terra, ou no inferno.'' Como diz um texto dela. Eles se encontrariam. E aí poderiam viver sua vida em paz, num mundo não existente pra onde vamos depois que morremos. Obviamente que são historias para ''boi dormir'', mas pra falar a verdade, Nova Iorque adora as historias que supõe a morte de , ou o que aconteceu depois de sua morte.
Não podemos guardar as pessoas numa caixa, enfiá-las numa bolha e mantê-las lá, vivas apenas pra nós. Temos que deixar ir, mesmo que a dor seja incompreensivelmente dolorosa, mesmo que isso nos mate. A vida nos convida pra um jogo, na mente da nossa querida suicida, tinha que se merecer, ou ter um motivo por continuar. E nunca se deixar morrer por algo, a não ser, claro, que você mereça. Esqueça esse parágrafo, caro leitor. Cada um deve sentir, devem experimentar, deve viver enquanto a tempo. A poesia é o alimento da alma. Então escreva como se não tivesse fim. Autores nem sempre vivem mais, mas com certeza amaram mais, sentiram mais. Porque histórias nunca morrem. Quem você pretende ser? E o que fazer? E como morrer? Já pensou dessa forma? Responda-as e se motive em cima dessas suas respostas, mas se você não souber, temos tempo. Mas a sábia terminou sua vida dizendo como ela morreu, o porque, e se estava chapada ou não.
... Mas essas são perguntas que as águas do rio East com meu corpo agora morto, nunca irá revelar. - Egias.
FIM
[N/A: O texto que está na fanfic, o do ''nevoeiro'' é meu. Assim como todos os pensamentos dessa short, ou frases. Alguns textos foram tirados cadernos de texto pessoais da autora. Por isso a ultima frase acaba com o sobrenome da autora.]