Starbucks
Escrito por Anna Sanguinetti | Revisado por Natashia Kitamura
P.O.V.
- cadê minha agenda de pacientes? - gritou.
- Provavelmente na sua bolsa. - gritei de volta.
Minha irmã era getriata. Trabalhava em um dos hospitais aqui em Londres. Eu era assistente dela, mas só porque ela me implorou e eu não tinha nada pra fazer. Ta bom que eu adorava dormir até tarde, mas depois que o Niall saiu em turnê com os meninos, minhas tardes tem ficados chatas e entediantes. Nunca nem nada pra fazer.
Peguei minha mochila. É, mochila. Eu só tenho 18 anos, me formei na escola no ano passado e eu amo minha mochila. É cheia de broches que eu coleciono desde de novinha. Coloquei meu laptop lá dentro. Peguei meu celular e coloquei os fones nele. Coloquei Am I Wrong e pus o celular no bolso de trás de minha calça jeans. Desci as escadas encontrando vestida todo de branco e com as chaves do carro nas mãos.
Passei pela porta e entrei no carro. Me encostei no banco e fechei os olhos. Quando os abri novamente estávamos em frente ao hospital. Coloquei o celular no silencioso e o guardei na mochila. Entramos. Várias pessoas começaram a cumprimentar minha irmã. Principalmente os que deviam ser seus pacientes. Passei reto e fui direto pra sala dela. Abri a porta do seu consultório e abri a janela. Arrumei as coisas e me sentei em cima da tal "cama" que tinha lá.
entrou e se sentou a sua mesa. Ela começou a mexer nos papeis dela. Depois de uns minutos ela me passou uma lista com nomes de seus pacientes do dia. Meu trabalho era chamá-los e ficar na sala até a consulta acabar. Ela me estendeu a folha. Me levantei peguei a mesma e a coloquei em uma prancheta. Peguei uma caneta e arrumei minha roupa branca. Escondi minha mochila e sai.
Andei novamente até a recepção.
- Sra. Sykes, a doutora está pronta pra te atender.
Uma senhora se levantou e estava acompanhada de um rapaz. Ele tinha cabelos castanhos, olhos verdes e sorria pra senhora ao seu lado. Quando ele se aproximou eu pude reconhecê-lo. Minha respiração ficou fraca e borboletas se agitaram em minha barriga. Respirei fundo e fui andando pelo corredor. Sentia o olhar dele nas minhas costas e nem precisava me virar pra saber que ele também sabia quem eu era.
Abri a porta e abaixei a cabeça. Fiquei assim até que eles passassem. Me sentei na minha mesa e detalhes daquele dia voltaram a minha cabeça.
FLASHBACK ON
Corri até o outro lado da rua em direção ao Starbucks. A chuva fria de Londres havia me pegado de novo. Eu não podia reclamar. Esse era dos motivos pelo qual eu havia vindo pra Londres. Era frio e eu amava frio. Entrei no mesmo e fui direto pra fila. Passei os olhos pelo lugar, estava até um pouco cheio.
- Boa tarde, senhorita. O que deseja?
- Um frapuccino de chocolate, por favor.
Paguei a garota que me pediu pra sentar enquanto meu pedido ficava pronto. Me sentei perto da janela. Um garçom veio e colocou um número na minha mesa. Dei uma olhada e vi o número no papel dobrado. Hoje bem que poderia ser o meu dia de sorte. Logo, logo minha bebida chegou. Bebi um pouco e tirei meu tablet da bolsa. Comecei a ver as minhas fotos do dia anterior. Até que tinham ficado boas.
- Posso me sentar aqui? - um garoto que me era bem familiar chegou sorrindo.
- Claro.
- É você? - ele deu uma olhada nas fotos.
- Sim. - desliguei o tablet.
- Você é muito bonita. - ele sorriu.
- Brigada.
- Você é modelo?
- Às vezes.
Ficamos conversando por uma hora. A chuva já tinha até parado. Ele falava da vida dele e eu da minha. Rimos muito e descobri muitas coisas sobre ele. Dei uma olhada no meu celular e vi que havia dez chamadas perdidas. Todos do Niall. Puts, esqueci que tínhamos combinado de ver filme na casa do Zayn.
- Olha, você me desculpa, mas eu tenho que ir. Combinei de encontrar com uns amigos.
- Tudo bem. Vou com você até lá fora.
Coloquei meu tablet de volta na bolsa. Peguei meu copo e joguei no lixo. Ele me estendeu a mão e eu a peguei. Borboletas invadiram meu estômago, um vento meio quente meio frio percorreu todo meu corpo e um sabor de Dropes sabor menta encheu minha boca. Fomos até o ponto de taxi. Me soltei dele e atravessei a rua até o ponto.
- Hey, qual seu nome? - ele gritou do outro lado da rua.
- . - gritei de volta, entrei no taxi e fui direto pra casa do Zaz.
FLASHBACK OFF
Balancei minha cabeça. E percebi que um sorriso bobo se formava em meus lábios. Lembro que naquela noite sua imagem não saia da minha cabeça. E olha que nem seu nome eu sabia. Não, peraí. Dei uma olhada novamente no primeiro nome na minha prancheta. Não podia ser. Como eu não tinha me tocado? Nathan Sykes da banda The Wanted. Dei um leve tapa na minha testa. E percebi que Nathan me encarava.
Nathan P.O.V.
Dei mais olhada na assistente da doutora e tive certeza que era a . Ela era mais bonita ao vivo do nos meus sonhos. Ela balançou a cabeça e depois deu um tapa em sua própria cabeça. Ri mentalmente. Ela levantou um pouco a cabeça e olhou diretamente pra mim. Seus olhos brilhavam e um sorriso começava a formar em seus lábios.
- ? - a doutora a chamou.
- Sim?
- Pode ir lá pra fora. Preciso ficar a sós com a senhora Sykes. - percebi que aquilo se referia a mim também.
- Tudo bem.
Ela se levantou e veio até mim. Não até mim, até a porta. abriu a porta. Passei e fechei a mesma. Ela foi andando até uma sala de espera do consultório da doutora. Lá tinha dois sofás brancos e uma mesa de centro com um vaso cheio de rosas. Me sentei e ficamos nos encarando. Ela mordeu o lábio inferior e olhou pro lado.
- Não sabia que trabalhava aqui. - ela se virou.
- Minha irmã me implorou pra aceitar. Ela estava sem secretária.
- Eu não consigo parar de pensar em você. - disse de uma vez. Ela se assustou um pouco.
- Eu também. - ela ficou vermelha.
Me aproximei um pouco mais dela. Ela chegou mais perto. A puxei pela cintura e colamos nossos lábios. Ela passava suas mãos pelos meus cabelos e arranhava minha nuca de leve. Beijar aquela menina era a melhor sensação do mundo. Ela partiu o beijo e a dei um monte de selinhos. Ela abriu os olhos e sorriu.
A porta se abriu de uma vez.
- ? - me afastei dela.
- Sim? - ela disse sorrindo.
- Pode me ajudar ali? - ela mordeu o labio inferior.
- Claro. - ela se levantou e caminhou até a porta.
- ?
- Oi? - ela se virou.
- Quer jantar comigo hoje à noite?
- Claro. - ela voltou e me deu um selinho. - Passa lá em casa às oito.
Ela sorriu e saiu ao encontro de sua irmã.