Special Girl

Escrito por Giulianna | Revisado por Mariana

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Capítulo 01

  Tony’s POV
   ~Fashback on

   Estou indo para a Inglaterra para fazer pesquisas sobre um possível vírus que causa mutação nas pessoas. Bom, pelo menos é isso que dizem.
   - Toma cuidado. – Pepper disse me abraçando.
   - Você sabe que eu sempre tomo. – sorri e me soltei dela.
   - Eu sei. – sorriu. Me virei e sai porta afora.
   - Inglaterra, ai vou eu.
   ~Fashback off
Estava andando pelas ruas gélidas de Londres quando vejo uma garota andando de jeito desengonçado na minha direção.
   - Pesquisas idiotas. – disse. – Vírus idiota. Tudo culpa sua. Eles não deveriam ter pesquisado sobre você. O mundo vai ser melhor se ninguém te descobrir. – ela gritava agora. Algo que ela disse me fez olha-la.
   - Desculpe, mas do que está falando? – ela levantou os olhos para mim.
   - De um vírus idiota. – senti cheiro de álcool. Ela parecia nova demais para beber, 16 ou 17 anos no máximo.
   - Que tipo de vírus? – a segurei quando ameaçou cair. Ela me olhou e começou a chorar.
   - Me leva pra casa? – ela perguntava soluçando.
   - Mas... eu não sei aonde fica a sua casa. – eu estava meio desesperado. A menina me abraçava e chorava mais.
   - Toma. – ela tirou um papel do bolso e me entregou.
   - Você mora aqui? – a olhei, ela ainda chorava mais estava um pouco mais calma. Ela assentiu.
   Sentei no banco do motorista e ela no banco do trás. Você deve estar me achando louco por estar tentando ajudar uma bêbada desconhecida, mas as palavras dela de deixaram curioso para saber que vírus era aquele.
   - Qual seu nome? – perguntei esperando receber uma resposta. Nada veio, então olhei para trás rapidamente e a vi dormindo.
   Assim que cheguei ao endereço fiquei surpreso. Era uma bela mansão. Peguei a menina adormecida nos braços e fui em direção a porta da mansão.
   Bati, mas ninguém atendeu. A porta estava destrancada então entrei sem dificuldades. A mansão parecia abandonada.
   - Alguém? – falei alto, mas nenhuma resposta.
   Subi as escadas e entrei em um quarto. Acho que era o da garota em meus braços, pois tinha uma penteadeira (antiquado, eu sei), bichinho de pelúcia espalhados para todos os lados, uma guitarra preta em cima da cama e alguns pôsteres de bandas de rock. Não dava para ver muita coisa, pois estava escuro.
   Deitei a menina na cama. Pelo visto ela não acordaria tão cedo. Decidi procurar alguém pela casa. Passei por salas, quartos, biblioteca, cozinha, mas nada de pessoas. Até que um quarto me chamou a atenção.
   Parecia um escritório. Entrei e não vi nada de especial. Peguei alguns papeis que estavam em cima da mesa. Nada de interessante. Olhei ao redor e vi uma estante cheia de fotos. Me aproximei.
   Era um homem, uma mulher e uma menina de aproximadamente 14 ou 15 anos. Reconheci o homem e a mulher. Eram Bobby e Martha , dois grandes cientistas, meus amigos de longa data. A menina na foto deveria ser a filha deles. Não me lembro dos Greggios terem filhos. A última vez que os vi foi há uns 10 anos. Meu Deus. Como estou ficando velho.
   Olhei a foto ao lado. A mesma menina da foto anterior, mas agora estava com um cachorro. Olhando melhor agora, ela se parece muito com a menina bêbada. Então, ela é a menina da foto em família.
   Fui tirado de meus pensamentos quando um cachorro latiu.
   - Que susto, amigão. – disse colocando a mão sobre o peito. Ele latiu e puxou a minha calça. Não consegui distinguir sua raça, pois a iluminação era baixa. – Quer que o siga?
   Então segui o cachorro, que me levou novamente para o quarto da garota, que estava falando algo como ‘sua culpa’ e suava frio e sumiu. Tive que acorda-la.
   - Ei. – a chacoalhei. – Ei. Vamos, garota, acorde.
   Ela abriu os olhos lentamente e se assustou com a minha proximidade.
   - Calma. Eu só quero ajudar.
   - Você é o cara que eu encontrei na rua antes de começar a chorar? – ela perguntou um pouco receosa.
   - Sim. – suspirou.
   - Que merda de dor de cabeça. – ela disse agora colocando a mão na cabeça. Ri um pouco.
   - Pode me contar por que bebeu? – a olhei.
   - Não sei se deveria. – falou um pouco receosa. – Mas sinto que posso confiar em você. – me olhou e sorriu fraco.
   - Prossiga.
   - Estava bebendo porque.. – fez uma pausa e suspirou. – meus pais morreram em um “suposto acidente”. – fez aspas no ar.
   - Como assim “suposto acidente”? – a imitei.
   - Os policiais me falaram que foi um acidente de carro, mas eu tenho certeza que não foi isso. Acho que alguém os assassinou. – parecia um pouco tensa.
   - Assassinou? – estava um pouco confuso. Ela assentiu. – Por quê?
   - Meus pais estavam fazendo uma pesquisa muito importante sobre um vírus. Ninguém sabia que eles estavam fazendo isso, mas sabiam da existência desse vírus. Algumas semanas atrás algumas coisas estranhas vêm acontecendo. – olhou para os lados como se procurasse alguém.
   - Que tipo de coisas estranhas? – estava começando a me preocupar de verdade. Fiquei sabendo de muitas pessoas ‘más’ querendo essa pesquisa, essa menina poderia estar correndo perigo.
   - Quando estou andando na rua, sinto que me observam, mas quando olho, não tem ninguém. – falou com um pouco de medo. – E coisas estranhas estão acontecendo comigo. Me sinto diferente.
   - De ser a puberdade. – dei de ombros essa parte da conversa.
   - Não, você não está entendendo. – suspirou. – Olha.
   Então a cadeira ao meu lado começou a levantar. Olhei assustado da cadeira para a menina.
   - V-você fez isso? – apontei para a cadeira, que agora voltava ao chão.
   - E não é só isso. – do nada tudo começou a tremer. Me segurei na escrivaninha que estava apoiado e fiz sinal para que ela parasse.
   - Nossa. – tudo o que consegui dizer.
   - Eu... eu não sei o que eu sou. Não sei o que está acontecendo comigo. – ela não parecia muito desesperada, mas sua voz mostrava que estava.
   - Se acalme. – ela respirou fundo. – Qual seu nome?
   - . – me olhou. – . E o seu?
   - Tony. – me aproximei dela. – Tony Stark.
   Ela me contou mais sobre sua família, ela dizia que poderia confiar em mim. Me mostrou o laboratório de seus pais. Lá havia uma carta endereçada a mim. Estranhei, mas abri.
   Hey Tony, há quanto tempo.
   Se você está lendo isso é porque descobriram sobre nossas pesquisas.
   Acho que você não sabia, mas tenho uma filha, , e eu preciso muito que você cuide dela. Por tudo que passamos juntos, pelas nossas pesquisas, por favor, tome conta dela.
   Leve tudo sobre nossas pesquisas para um lugar seguro. Eles não podem encontrar isso.
   Obrigado, Stark.

Bobby e Martha

Olhei para a menina.
   - O que diz ai? – perguntou curiosa.
   - Temos que sair daqui o mais rápido possível. – disse indo em direção ao seu quarto.
   - Por quê? – ela corria atrás de mim confusa.
   - Sabe as pesquisas dos seus pais? Então, gente do mal quer pegar elas e se não tirarmos daqui a tempo, algo terrível acontece.
   - Mas...
   - E você terá que vir comigo. – me virei para ela. – Aquela carta era de seu pai, ele confia em mim para cuidar de você. – sorri paternalmente. – Mas agora temos que arrumar suas coisas.
   Pegamos tudo sobre a pesquisa, roupas, alguns bichinhos de pelúcia e guitarra dela.
   - Você não acha que está muito grande para bichinho de pelúcia? – perguntei quando levávamos as coisas para o carro.
   - Não. – apenas sorriu.
   - Ok. – fechei o porta malas. – Você não tem um cachorro? – perguntei me lembrando do cachorro que havia me guiado até o quarto dela.
   - Ai. Meu. Deus. – ela disse e saiu correndo para dentro da casa gritando ‘’.
   Segundos depois, ela apareceu correndo com um pastor alemão em seu encalço.
   - Não tem problema ele ir, né? – ela disse já entrando no carro no banco do passageiro, enquanto o cachorro ia para o banco de trás.
   - Claro que não. Amo cachorros. – disse e disparei com o carro. Tínhamos que voltar para os Estados Unidos.

Capítulo 02

  Steve’s POV
Estava na casa de Tony com Pepper. Ele disse para chegar o mais rápido possível. Só não sei o porquê. Alguém bateu na porta.
   - Vou ver quem é. – disse Pepper levantando. Logo depois apareceu com Thor.
   - Oi. – disse.
   - Oi.
   - Sabe do que Tony vai falar? – ele perguntou se sentando do meu lado.
   - Não faço a mínima ideia.
   Ficamos alguns minutos em silêncio e logo ouvimos um carro se aproximar.
   - Finalmente. – disse Pepper.
   - Cheguei. – disse Tony entrando com uma menina de uns 16, 17 anos atrás dele e um pastor alemão.
   - Que saudade. – disse Pepper o abraçando. – E essa quem é? – perguntou o soltando e abraçando a garota que foi pega de surpresa.
   - Essa é . – ela deu um leve sorriso e um aceno de cabeça. – Essa é Pepper. – disse à . – Ela vai te levar para o quarto. Daqui a pouco eu subo. – deu as malas da garota à Pepper e disse que explicava depois. Ela, a menina e o cachorro subiram.
   - Por que nos chamou aqui? – disse Thor, voltando a se sentar.
   - Sabe os cientistas Bobby e Martha ? – assentimos. – Eles estavam fazendo uma pesquisa sobre um vírus que causa mutação. Fui para a Inglaterra para saber mais sobre o vírus, como vocês sabem. Acabei encontrando na rua e descobri que ela é filha dos s e estava correndo perigo. Bobby pediu para que eu tirasse ela e as pesquisas da Inglaterra o quanto antes.
   - Então, você foi para a Inglaterra e ganhou uma menina e um cachorro? – perguntei com tão brincalhão.
   - Steve, isso é sério. – disse ele. – Não sabemos ainda com quem estamos lidando.
   - Ficaremos atentos. – disse Thor. – Só isso?
   - Não. – Tony suspirou. – Tenho que dizer uma coisa importante sobre a menina.
   - Então fale.
   - Ela, hum, vamos dizer que é diferente.
   - Diferente como? – Thor parecia confuso.
   - Diferente como o Steve. – apontou com a cabeça para mim.
   - O quê? – estava mais perdido do que cego em tiroteio.
   - Ela tem poderes sobrenaturais. – Tony finalmente disse.
   - Precisamos avalia-la. – disse Thor.
   - Sim, mas não agora. Ela precisa descansar. – Tony sorriu.
   - Bom, eu vou indo. – disse Thor se levantando.
   - Posso dormir aqui, Tony? – disse manhoso.
   - Não tem mais casa não? – levantou uma sobrancelha.
   - Tenho, mas estou com preguiça de ir para casa.
   - Tudo bem, mas vai dormir no sofá.
   - Ok.
   ’s POV
Pepper me levou para um quarto.
   - Você vai ficar aqui. – ela disse colocando minhas malas em cima da cama.
   - Obrigada, Pepper. – sorri.
   - De nada. Se precisar de qualquer coisa me fale ou fale para o Tony, ta bom? – ela se aproximou de mim e me abraçou.
   - Tudo bem. – sorri.
   Ela saiu e eu comecei a observar o quarto. Era um quarto grande, com uma sacada com cortinas brancas, uma cama de casal, uma escrivaninha e um closet grande. Parecia muito com o meu antigo quarto.
   - Au.
- O que foi, ?
Toc toc.
- Entre. – Tony entrou no quarto. – Oi.
   - Então, gostou do quarto? – disse fechando a porta.
   - Amei. É bem parecido com o meu antigo quarto.
   - Que bom que gostou. – se sentou na ponta da cama. – Pois você vai ficar aqui por muito tempo.
   Me sentei na cama.
   - Não entendi.
   - Seu pai escreveu uma carta antes de morrer e pediu para que eu, hum, tomasse conta de você.
   - Então você vai ficar como meu responsável?
   - Sim. – suspirou. – Sinto muito por seus pais, querida. – passou a mão no meu cabelo. Não aguentei, comecei a chorar. Tony me abraçou. – Calma. – passava a mão no meu cabelo.
   - Eu sei que foram eles que fizeram isso. – eu disse entre soluços.
   - Eles quem? – Tony ainda mantinha o tom calmo.
   - Uns caras que estão me seguindo ultimamente. Um dia eles me pararam na sua e-e falaram que iam me matar e matar meus pais. – ele me soltou e me olhou.
   - Agora eles não podem fazer nada. Você está segura.
   - Promete que quem matou meus pais vai pagar? – perguntei secando as lágrimas.
   - Prometo. Agora tente dormir, tudo bem? Você deve estar cansada.
   - Tudo bem.
   - Boa noite, . Durma bem. – beijou minha testa e sorriu fraternalmente.
   - Boa noite, Tony. – sorri também.
   Ele saiu e suspirei.
   - Gostou da sua nova casa? – perguntei para , que havia pulado na minha cama. – Também gostei.
   - Hey. – ouvi alguém falar e olhei para a porta. Pepper estava com a cabeça para dentro do quarto.
   - Hey.
   - Posso entrar?
   - Claro. – sorri.
   - Se precisar de um banho, aqui tem um banheiro. – ela disse abrindo uma porta até então desconhecida para mim.
   - Obrigada, Pepper.
   - De nada, . Agora vou te deixar descansar. Boa noite. – sorriu maternalmente.
   - Boa noite.
   Gosto do jeito que a Pepper e o Tony me tratam. Como minha mãe e meu pai. Sinto falta deles. Bom, vamos parar de pensar nisso. Tenho que tomar um belo banho.
   Depois do banho eu me deitei na cama de casal junto com e tentei dormir. Depois de algumas horas tentando dormir desisti.
   Resolvi dar uma volta pela casa. UAU, que casa linda. Eu sabia que ela era linda por fora, mas é ainda mais maravilhosa por dentro.
   Depois de dar a volta pela casa inteira, eu acho, resolvi ir para a sala. Estava mais escuro na sala, então quer disser que eu tropecei algumas vezes em algumas coisas.
   Um lindo quadro na parede me chamou a atenção. O quarto era grande, então fui para trás para ver melhor. Estava indo para trás quando de repente caio em cima de alguma coisa.
   - Ai. – eu disse. Mas tive a estranha sensação de que mais alguém falou isso comigo. Tentei focalizar a imagem na minha frente até que vejo o rosto (bem bonito devo dizer) de um homem.
   - Aaaaaaaaaah!
   - Aaaaaaaaaah!
   Sai num pulo de cima dele.
   - Quem é você? – perguntei com medo. Vai que é um daqueles caras que estava me seguindo.
   - Sou Steve. – o homem disse e reparei que ele também tinha levantado. – E você?
   - . – disse confusa por não saber quem é Steve. Ouvi ele suspirar.
   - Ah. É você.
   - Desculpa, mas eu não sei quem você é. – ele se aproximou e pude ver melhor seu rosto. É. Ele é realmente bonito.
   - Sou Steve Rogers. – estendeu a mão. – Amigo de Tony.
   - Prazer. – disse um pouco tímida. Reparei que ele estava sem camisa e meu deus. Que corpo lindo.
   - Prazer. – ele disse e sorriu de lado. Meu Deus que sorriso lindo. , para. Ele é amigo de Tony, meu “pai”. – Então, o que fazia acordada há essa hora? – se sentou no sofá e fez um gesto para que sentasse ao seu lado.
   Ficamos conversando até 4h, quando o sono resolveu aparecer. Tenho que confessar que o Steve é lindo.
   Nova vida, nova casa, novos “pais” e um novo amigo. Ou não.



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