Sorry Anything But I Love You
Escrito por Isadora | Revisado por Isadora
Cancún, nada melhor do que estar na costa da Península de Yucatán. Praias paradisíacas, clima perfeito, fauna marinha incrível, e o melhor de tudo: comemorando o aniversário de dois anos de casamento (Bodas de Algodão).
Quando estávamos a caminho de casa, depois de irmos visitar meus pais em Manchester, Nath disse que faríamos uma viagem de casamento, mas em nenhum momento pensei que iríamos para o outro lado do oceano e em um dos melhores resorts cinco estrelas da cidade. O “Fiesta Americana Cancun Resort & Spa”. Assim que vi o nome, já imaginei toda a grandiosidade do local. E eu não estava errada. O Resort era realmente gigantesco, confesso que meu queixo caiu logo que chegamos; a recepção era extraordinária – na verdade, todo o lugar era –, ampla e bem iluminada, por conta da inúmera quantidade de vidros e luminárias. Estava decorada com várias árvores de Natal espalhadas, festões decorando os parapeitos, alguns Papais Noel espalhados, realmente tudo muito bem decorado e aconchegantes.
Uma mulher com os cabelos negros perfeitamente presos em um coque, com o uniforme do hotel, nos atendeu, sua voz era calma e serena, como se os sapatos de salto, apertados, e uma quantidade enorme de grampos em seus cabelos, não a incomodasse, enquanto Nathan arrumava todas as coisas, fiquei observando o local. Várias “ilhas” espalhadas, com mesas, estofados e cadeiras, para quem aguardava o check-in ou mesmo passava o tempo. Avistei vários empresários com seus computadores, falando aos montes aos celulares, alguns casais caminhando até a saída, provavelmente explorar a beleza mexicana, uma menininha de cabelos castanhos encaracolados e curtos, bem ao longe, próxima a porta, que provavelmente daria acesso às piscinas e à praia, deixara um pouco de sorvete cair no chão de mármore cor de terra; rapidamente uma assistente da limpeza chegou lá e limpou a pequena sujeira feita, tudo com um sorriso no rosto. Sorri ao ver a pequena garotinha abraçar as pernas da moça e dizer “Obrigada”, logo saindo de encontro a um garoto de aproximadamente dezesseis anos, deixando a mulher abobalhada.
Nath me chamou, balançando uma chave em seus dedos, com um sorriso travesso nos lábios. Ia carregar minhas malas para o quarto, mas dois homens razoavelmente grandes me impediram, afirmando que isso era da conta dos serviços de quarto. Dei um sorriso sem graça, por não estar acostumada com tal regalia. Caminhando de encontro ao elevador, Nathan apertou o botão que dava ao quarto andar.
- O que achou do resort? – Nathan perguntou me puxando pela cintura, colando nossos corpos.
- Não tenho palavras... É maravilhoso. – vi seus olhos verdes que brilhavam como nunca – Só gostaria de saber quanto custou essa brincadeira... – o encarei com os olhos semicerrados e uma expressão brincalhona, para disfarçar o real interesse.
Nathan era cantor, ganhavam muito bem mas o dinheiro era dele. Nath sabia que eu não gostava quando ele usava o seu dinheiro para me dar coisas caras, eu tinha meu trabalho, não que eu ganhasse o mesmo tanto que ele, mas eu comprava minhas coisas...
- Sabia que você é muito sem graça? – disse ele passando seus lábios nos meus enquanto falava, seu hálito quente de encontro a pele sensível de meus lábios.
- Você sabe que... – fui interrompido por seus lábios nos meus.
Um beijo calmo, sem qualquer intenção – a não ser me calar. Uma de suas mãos agora estava em minhas costas fazendo uma pressão gostosa, as minhas estavam em seus cabelos, acariciando-o com cuidado. Rompi o beijo estranhando a demora para chegarmos em nosso andar, e foi nesse momento que notei onde a outra mão dele estava: pressionando o botão que mantinha a porta do elevador fechada.
Gargalhei com a situação o fazendo rir também, tirei seu dedo do botão e assim a porta se abriu, mostrando vários hospedes irritados, talvez, com a demora, mas assim que viram Nathan suas feições mudaram para espanto. Uma garota de mais ou menos dezoito anos empalideceu, me fazendo pôr a mão sobre os lábios, no intuito de disfarçar o riso que queria vir.
Nathan pediu licença e, indo em minha frente, caminhou de encontro ao nosso quarto, mas antes, pediu um pedaço de papel para mim e uma caneta, e foi novamente de encontro à “menina pálida”, deu seu autógrafo e tirou uma foto. Voltando com um sorriso engraçado no rosto.
- Aquela menina passou a mão na minha bunda... – cochichou ele.
- Que bunda? – zombei e o mesmo me olhou com cara feia, me fazendo rir novamente, mas parei assim que a porta do quarto se abriu.
Meu queixo caiu novamente. O quarto em si era “simples”, paredes e teto branco, dando destaque à parede pastel onde ficava a cabeceira da cama de madeira marrom e colchas brancas, ao lado havia uma janela com cortinas em tons, também, pasteis, o sofá que estava em frente a cama, junto com o raque que sustentava a televisão, tinha cores beges. Mas o que me chamou atenção foi a paisagem que vinha pela janela, era indescritível. Caminhei até mais ou menos o meio do apartamento e vi uma árvore de Natal montada próxima à porta do banheiro, toda decorada com bolinhas vermelhas e douradas, com laços brancos espalhados pelos galhos e algumas pequeninas meias também. Depois encarei Nathan correndo, saltando sobre os dois pequenos degraus que deixavam a cama em outro plano e se jogando na cama. Em seguida, deu pequenos solavancos como sempre fazia quando viajávamos.
- É... – disse ele batendo a mão no mesmo – Ele aguenta nossa noite. – taquei uma almofada azul turquesa próxima na cara dele, rindo.
- O que achou do presente? – Nathan disse enquanto passava seus dedos por meus braços, deixando-os arrepiados.
Já era fim de tarde e nem preciso dizer que o pôr do sol estava... Perfeitamente esplendido, por falta de palavras melhores, porque eu não tenho mais adjetivos para usar nesse lugar. Nathan e eu estávamos na espreguiçadeira que ficava na piscina, não sei explicar direito, mas era divina. Eu estava entre as pernas dele, deitada com a cabeça em seu peito.
- Acho que já pensei em tantas palavras para te dizer sobre o presente, que não encontrei uma boa o suficiente. – comentei mole, o carinho que ele fazia em meus cabelos funcionava, com certeza, como sonífero.
- Mas o importante é que você gostou. – disse ele, começando uma trilha de beijos pelo meu pescoço até a parte de trás da orelha.
Apenas assenti e me virei para beijá-lo, sentando em seu colo. Encaixando seu corpo entre minhas pernas, suas mãos desceram para as minhas coxas, indo até meu quadril e glúteos. Suas mãos passeavam por todo o meu corpo, enquanto as minhas acariciavam sua nuca e brincavam com seus cabelos.
Nathan interrompeu o beijo, dando vários beijinhos.
- Quero te mostrar uma coisa... – disse ele, batendo de leve nas minhas coxas para que eu levantasse.
Assim feito, ele puxou minha mão e subimos para o nosso quarto, tomamos um banho rápido porque ele queria sair e me mostrar a cidade.
A praia estava toda decorada, os coqueiros com pisca-piscas e algumas bolinhas, os quiosques com meias e festões decorados, até mesmo gorrinhos. Na areia, perto do mar, colocaram alguns pilares, colocando vários pisca-piscas, iluminando e decorando a praia, fazendo com que, quando olhássemos para o céu, a luzes pareceriam estrelinhas coloridas. Em um quiosque encontramos um Papai Noel de gorro, barba e sunga vermelha, o que nos deu uma crise de gargalhadas. Nathan decidiu parar em um quiosque mais afastado e sossegado, onde nos sentamos e pedimos água de coco, olhando as pequenas ondas que quebravam na areia, trazendo consigo o barulho e a maresia. Mesmo com músicas agitadas, algumas natalinas e outras não, podíamos ouvir o que, provavelmente, seriam gaivotas.
- Pesquisei algumas coisas antes de vir para cá e achei legal passear por aqui. – disse ele, me entregando um coco e pegando o outro.
- Aqui é lindo...
Ao longe, vimos uma movimentação. Um grupo de homens, mulheres e crianças, todos alegres e dançando. Nath deixou o que restava do coco sobre a bancada e tirou o meu de minha mão, colocando-o junto ao seu. Exclamei em desaprovação e o mesmo me devolveu um sorriso irresistível. Bufei, segurando um sorriso, e levantei do banco, logo fui puxada por ele e aos tropeços, fomos rindo. Soltei um pouco sua mão e ele parou, me encarando; levantei a barra do vestido longo de tecido fino e branco, mais ou menos até a altura dos joelhos e dei a mão novamente para ele.
Mal havíamos chego, já fomos puxados para a roda. Todos riam e sorriam, o calor era algo incrível, meu corpo já estava começando a suar, um moço de pele morena e cabelos pretos encaracolados, pegara um flor e colocou em meu cabelo, sobre a orelha, agradeci com um aceno de cabeça e continuei a dançar. Conseguia ver Nathan trocando passos desengonçados, mas não tirando o sorriso do rosto. Quando nossos olhares se encontravam, ambos os sorrisos aumentavam.
Passaram-se umas duas ou três músicas e eu sentia meu cabelo pingar, mesmo preso em coque, minhas roupas colarem e a areia grudar em minhas pernas. Decidi parar um pouco e sair da roda. Passando por entre as pessoas e rindo com todo o entusiasmo, sentei em um dos bancos e pedi uma água, ainda me abanando, tentando passar o calor.
Avistei Nath ainda dançando, com vários fios grudados à testa e sorri.
Dois anos.
Estamos casados há dois anos. Pode parecer pouco, mas para um artista e uma “pessoa comum” é muito tempo. Lembro-me até hoje da primeira vez que nos encontramos, não foi em um show nem nada do tipo, foi em um pub, um amigo meu de infância trabalha com produtores musicais, então, já viu né?
- Por que parou? – assustei com a voz grossa que veio ao meu lado e coloquei a mão sobre o peito, era o cara que me deu a flor – Desculpa se te assustei. – disse ele com um sorriso sem graça.
- Não, está tudo bem... – comentei – Só estou cansada, cheguei de viagem hoje. E estou pingando. – rimos depois que apontei para o meu cabelo e voltei a observar Nath.
Só que cada vez mais, o círculo se fechava e ficava difícil de enxerga-lo. Continuei a conversar com Jonathan, o moço ao meu lado, e reparei em suas feições. Moreno, alto, cabelos negros encaracolados, olhos tons de mel, boca carnuda e rosada, braços e peitoral definido – pude perceber pelo fato dele estar sem camisa –, engraçado e inteligente.
Um tempo se passou e Jonathan começou a encarar a roda, com as feições assustadas.
- Hm, aquele não é seu marido? – perguntou ele, meio receoso, apontando para o que provavelmente era o Nathan.
E minha boca abriu-se em um perfeito “O” e minhas mãos fecharam-se em punhos, sem que Jonathan percebesse.
Uma mulher, morena, de longos cabelos pretos e encaracolados, vestido largo e curto que deixavam suas coxas, bem fartas por sinal, totalmente à mostra e peitos bem chamativos também. A mesma insinuava-se para Nath e tentava chegar perto dele, se esfregando no meu homem. Quando ela se aproximou o suficiente e colocou as mãos sobre os ombros dele, encaixando suas pernas nas dele, fazendo seus rostos ficarem muito próximos.
Respirei fundo e soltei minhas mãos, reparando que os nós de meus dedos estavam brancos.
- Ahn, Jonathan, você pode fazer um favor para mim? – ele assentiu – Avise àquele homem que tá no meio da roda e que você apontou, que eu não estou muito boa e que fui para o hotel?
- Mas o seu hotel não é tão perto daqui. – disse ele.
- Eu pago um táxi. Não se preocupe. – estranhei um pequeno e quase imperceptível sorriso que surgiu no canto de seus lábios.
- Certo. Eu aviso sim.
E dessa maneira, caminhei até a rua e esperei o primeiro táxi passar, para me levar para casa.
Passei mais uma vez as mãos sobre os meus cabelos, apoiando-as por fim no pescoço. “Mal cheguei de viagem e acontecem essas coisas” pensei. Ri sem a menor vontade e continuei a sentir a água caindo em meu rosto. Sim eu poderia estar fazendo tempestade em copo d’água, mas... Não é fácil ser casada com famoso.
Ouvi a porta sendo aberta e depois fechada. Eu sabia que era Nath, mas continuei quieta dentro do box. A água sempre era uma boa forma de me acalmar.
- Amor? – ouvi as chaves sendo colocadas sobre algo de madeira – ?! – continuei sem responder. Ouvi a porta do banheiro sendo aberta e continuei de olhos fechados – , porque não me respondeu quando te chamei? – perguntou ele com uma voz quase doce.
- Não te ouvi... – respondi simplesmente e desliguei o chuveiro, pegando a toalha branca e fofa, começando a me secar.
- Por que saiu de lá daquele jeito? Você podia ter me chamado, eu viria com você... – assim que terminei de me secar, enrolei a toalha em meu corpo e comecei a secar meus cabelos com uma menor.
- Nathan, você estava se divertindo, não ia te atrapalhar. Eu peguei um táxi, cheguei aqui, você também chegou. Está tudo certo. – falei indo em direção às malas que ainda estavam no sofá.
- Não, não está tudo certo. Você está seca, não estou te reconhecendo! – vi de canto de olho, que ele me seguiu e começava a se exasperar.
- Eu estou molhada, dá para perceber isso. – apontei para o meu corpo com um sorriso sarcástico.
- Você me entendeu. – disse ele revirando os olhos.
- Tanto faz... – respondi vestindo uma calcinha qualquer e procurando um sutiã.
- , para! – Nathan falou em um tom alto que me fez encara-lo com uma sobrancelha levantada.
- Com o quê? Quer que eu saia para comer de calcinha e toalha? – perguntei, revirando os olhos e voltando a procurar o resto da minha roupa.
- Não! Quero que você pare de ser estúpida, sarcástica e fria. Agindo como se nada te incomodasse ou importasse, você só fica assim quando... – ele próprio se interrompeu e me encarou incrédulo.
- Quando...? – cruzei os braços sobre o peito e o encarei.
- Por quê? – ele disse simplesmente.
- Por que o que, Nathan? – desistindo de tentar achar sutiã, blusa, calça ou qualquer outro tipo de roupa fiquei o encarando.
- Por que você ficou com ciúmes? – ele se aproximou devagar.
- Não sei... – dei de ombros – Pergunte para a morena peituda que estava se esfregando em você, talvez ela saiba.
- Você não ficou com ciúmes da Izzy. – disse ele revirando os olhos.
- Oh, mas olha só que intimidade... – peguei a minha mala e taquei-a em cima da cama, começando a arrumar minhas coisas no guarda-roupa.
- O nome dela é Izzy, sua idiota. Não é apelido. – disse ele começando a tirar a camisa.
- Foda-se. – dei de ombros e bufei dando risada – Não me importa.
- Ah, importa sim. E me lembre amanhã de agradecer ao Jonathan por ter me avisado que você foi embora SOZINHA EM UMA CIDADE QUE VOCÊ NEM CONHECE! – ele começou a gritar.
Em uma discussão, Nathan sempre era o primeiro a perder a cabeça.
- Por que você tá gritando? – perguntei com a voz baixa – Eu estou quase do seu lado, não tem necessidade disso.
- Quer saber, ? Vai para o inferno. – ele ia entrar no banheiro mas parou quando me ouviu.
- Acredite, eu já vivo em um... – sem que ele percebesse sequei uma lágrima solitária que caía.
- O que foi que você disse? – percebi que ele se voltou para mim.
- Que eu já vivo em um. – o encarei e já sentia meus olhos ardendo.
Vi sua expressão mesclar entre espanto e raiva.
- O que você quis dizer com isso?
- Que ser esposa de um famoso é um inferno. – nesse momento, me levantei e comecei a me descontrolar – Você deve pensar que é muito fácil, estar ao lado de um dos cantores mais cobiçados do mundo! Ter pessoas que te odeiam sem ao menos te conhecerem! Sempre ouvir que você não é boa o suficiente para estar ao lado de quem você ama! – já não conseguia conter as lágrimas – Que você é uma vadia chupa fama e que só está com alguém por interesse! Ter fanáticas te ameaçando de morte mesmo que for por qualquer rede social! – eu não conseguia respirar por conta da saliva espeça e o nariz que começava a ficar entupido, além da raiva de vê-lo sem reação alguma – É fácil ter um relacionamento onde você só tem o seu marido em casa, uma vez por mês! Ter que viver com o coração apertado por medo de ele encontrar alguém melhor, mais bonita ou rica do que você! Nunca ter a certeza de que está tudo certo e bem entre nós! – sentei novamente na ponta da cama, colocando as duas mãos no rosto e secando as lágrimas – Tem vezes que eu chego a pensar se tudo o que eu fiz por todos esses anos foi o certo...
- Não fale isso! – o ouvi correr e senti suas mãos em meus braços, em seguida – Nunca mais, se quer, pense nisso!! – ele tirou minhas mãos do rosto e me encarou. Seus olhos verdes estavam brilhando, mas um brilho de lágrimas – Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida! E-eu sei que não é fácil! Também sofro junto com você! Porque é isso que um casal faz. Sofre junto, ama junto, fica feliz junto, fazem tudo junto! Até mesmo filhos. – ele disse risonho, tentando me fazer rir, e ele conseguiu – Eu te amo a cada dia que passa! Não existirá mulher melhor que você. Mais bonita? Você é maravilhosa, só que não consegue ver. Rica? Eu não preciso do dinheiro, eu preciso de você. Entenda e guarde isso para toda a sua vida: eu te amo a cada batida do meu coração.
E ele me beijou. Um beijo de amor, desculpa, carinho, desespero, angústia, até mesmo raiva. Agarrei seus cabelos com desespero, não queria que ele se afastasse, não queria que ele parasse.
E assim ele foi me deitando, devagar, na cama. Com toda a sua delicadeza, empurrou minha mala para o chão, me fazendo rir, por saber que depois teria que arrumar tudo. Provavelmente até o colchão.
Fomos nos arrastando até nossas cabeças chegarem aos travesseiros, ficando com ele entre as minhas pernas. Sua mão estava em meus cabelos da nuca e com o indicador ele foi deslizando pelo meu pescoço, todo o meu colo até chegar entre meus seios e retirar a toalha com apenas um movimento, me deixando totalmente exposta a ele.
Em desvantagem, o empurrei para o lado, ficando sobre seu quadril, rindo da sua cara de espanto. Voltei a beija-lo e aos poucos abrindo seu cinto, parando para arranhar seu abdômen e senti-lo estremecer. Assim que o botão de sua calça estava aberto, serpenteei minha mão para dentro dela, acariciando seu membro por sobre a boxer, sentindo-o mordeu meu lábio e buscar ar. Vez ou outra, usava mais pressão, o fazendo perder a atenção no beijo. Rapidamente ele agarrou minhas coxas e nos virou de novo, me deixando por baixo e me fazendo sentir seu membro já quase ereto. Sugando todo o ar que consegui, puxei sua nuca novamente ao meu encontro, o beijando com ferocidade. Seu beijo era como uma droga que eu precisava cada vez mais.
Nathan sabia exatamente onde e como me tocar, liberou meus lábios dos seus com um mordida no inferior, descendo seus beijos para o meu pescoço, quando suas mãos chegaram ao elástico da calcinha, senti um arrepio subir meu corpo, e com um chupão em meu queixo ele foi descendo a peça íntima lenta e despreocupadamente, me deixando ainda mais em chamas. Completamente nua, vi um sorriso surgir em seu rosto, e sem mais delongas seus lábios foram de encontro ao meu seio direito enquanto acariciava com a mão o outro, aquela indescritível sensação de quando ele roçava, delicada mas intensamente, os dentes pelo mamilo, parecendo que o morderia, me deixava louca. Dando a devida atenção aos dois seios, sua boca foi indo em direção à barriga, beijando, lambendo, mordiscando, me enlouquecendo. Quando sua respiração quente entrou em contato com minha virilha senti todos os meus pelos se eriçarem, suas mãos deslizaram por minhas coxas em um carinho gostoso, mas logo as mesmas foram para o seu ombro, me fazendo agarrarem o lençol. Apertando, acariciando e passando as unhas em minhas coxas, sua boca veio de encontro a minha intimidade, me fazendo morder o lábio e fechar os olhos. Sua língua passava vagarosamente, me fazendo estremecer, curvei minhas costas e minha barriga começou a se contrair tamanho prazer que eu sentia, seus dedos começaram a brincar em minha entrada, me fazendo liberar o primeiro gemido. Inconscientemente, minhas mãos foram em direção aos seus cabelos, em um pedido mudo para que ele não parasse. A mão que antes estava em minha intimidade, agora passeava pela minha barriga e agarrava meu seio com vontade. Eu sentia meus cabelos grudarem em minha nuca e testa, o lençol grudar em minhas costas e minhas mãos deslizarem por seus cabelos, tamanha quantidade de suor em nós. Seus lábios me deixaram, levando junto consigo um gemido de reprovação. Abri meus olhos e achei as duas esmeraldas brilhantes em seus olhos, lambendo seus lábios e mordendo-o em seguida, sua voz rouca saiu por entre seus lábios.
- Como não te amar? – com as mãos tremendo, começou a se desfazer da calça, deixando-o apenas com a boxer preta, que naquele momento eu gostaria de exterminar só com o olhar, parecendo tão apertada tamanho volume contido ali – Seria impossível desejar outra mulher além de você. – jogando a calça para longe e deixando seu corpo rente ao meu – Posso achar outras mulheres atraentes, mas nunca vou deseja-las como eu te desejo. – seus lábios foram novamente para o meu colo, dando leves mordidas e subindo para o pescoço – Sentir seu corpo rente ao meu, é a melhor coisa que eu poderia pedir, seu cheiro pode ser comparado ao oxigênio para mim – seus lábios estavam brincando com o lóbulo de minha orelha –, ouvi-la gemer meu nome enquanto eu te possuo, é música para os meus ouvidos. – arranhei suas costas tentando controlar a ansiedade em tê-lo, ouvi sua voz rouca em meu ouvi e seus lábios roçaram nos meus, me fazendo encarar seus olhos intensamente – Eu preciso apenas de você junto comigo, com você ao meu lado, sei que consigo ultrapassar todos os obstáculos.
- Eu te amo. – foi tudo o que consegui dizer antes de voltar a beija-lo e ficar em cima dele novamente, mas o beijo durou pouco, eu queria proporcionar a mesma quantidade de prazer a ele. Desci meus beijos por seu tronco chegando ao elástico. O ouvi arfar. Logo que tirei sua boxer, vi o quão duro e pulsante estava seu membro. Arranhei suas coxas e o vi agarrar o lençol como eu havia feito antes – Todo o medo e insegurança que eu sentia antes – comecei a dizer enquanto o masturbava – era porque nunca, na minha vida, encontrei homem tão perfeito com todas as imperfeições. – abaixei minha cabeça e passei minha língua por sua glande, ouvindo palavras desconexas saírem da sua boca – Você mesmo longe, em todos os momentos está perto. Não poupa esforços – o coloquei em minha boca, sentindo meus cabelos serem agarrados com força e delicadeza – para estar comigo. – continuei o masturbando com a mão, vendo o quão louco estava ficando – E o que me deixa mais feliz ainda é que o que fazemos juntos é tão bom e que a cada dia fica melhor. Nunca perdemos o que só nós dois temos.
- Vem... Vem aqui. Pelo amor... de Deus. – eu sabia que ambos estávamos loucos um pelo outro.
Mudamos nossas posições e ele se encaixou entre minhas pernas, mas ele iria sair quando eu o segurei, o mesmo me encarou confuso.
- Não. Eu... Eu quero tentar. – o olhei no fundo dos olhos e vi o quão brilhantes eles estavam, eu poderia passar a vida toda os encarando.
Voltando para o mesmo lugar, o senti roçando sua glande em minha entrada, e lenta e deliciosamente me penetrou, me fazendo sentir toda sua extensão me invadir. Ambos soltamos o ar e sorrimos. Nathan começou a se movimentar, sua mão esquerda foi parar em meus cabelos, deixando minhas costas apoiadas em seu antebraço, ele tinha total contato com meu pescoço, sentindo a mistura de suor, sabonete e meu perfume. Uma de minhas coxas estava encostada em seu quadril, Nath arranhava e apertava a mesma. As investidas começaram a ficar mais fortes e intensas, me fazendo levar as mãos até sua lombar e subir minhas unhas até sua nuca, o fazendo gemer em uma mistura de dor e prazer. Eu podia sentir tanto o seu corpo quanto o meu se contraírem, estávamos tão desesperados um pelo outro que era inexplicável o que sentíamos. Tentávamos nos beijar, mas o foco não era esse. Suas unhas tentavam me arranhar, me deixando ensandecida. Minhas paredes vaginais se contraíam, fazendo a penetração ficar intensa; enlacei sua cintura com minhas pernas, o fazendo grunhir em aprovação. Eu arranhava a suas costas, mas não com força, com cuidado, de uma maneira que, aparentemente, ele aprovava. Em pouco tempo, senti todo o meu corpo vibrar, entrar em combustão, não só o meu, como o dele. E então nós explodimos. Explodimos em torpor e deleite. Ele soltou todo o seu peso sobre mim e nos abraçamos. Como se o mundo estivesse desabando. Depois de toda aquela sensação, Nath jogou seu corpo para o lado, me puxando para o seu peito. Deu um beijo carinhoso em meus cabelos, acariciando meu braço. Passei meu braço por seu tronco, deixando meus seios em contato com a sua pele.
- Sexo de reconciliação são os melhores. – disse ele cansado, me fazendo rir. Ficamos um tempo em silêncio, mas logo ele o quebrou – Desculpa qualquer coisa que eu tenha feito, mas eu te amo. – disse ele antes que dormíssemos, ambos sorrindo. E eu sabia que aquele seria um dos vários presentes de casamente que nos daríamos.
FIM
Paulinha, minha querida, fiz essa fic de todo o coração! Espero que goste!
Gostaria de agradecer a Mari também, por ver se estava ficando legal e tals... Quero agradecer também aos chocolates Hershey's, por me darem uma inspiração divina.