Solo



Escrito por Nara Souza
Revisado por Natashia Kitamura

  Desde que e eu terminamos tudo que eu sinto é tristeza e tesão, porque não consigo esquecer a maneira como ele me tocava, como seu cheiro era viciante, seu beijo era o melhor que eu já pude provar. Eu queria me afogar nos oceanos que eram seus olhos , sentir seu corpo no meu, sem hora pra acabar.
  Mas tudo que eu podia fazer era observá-lo de longe, sentada em bar, com música alta e gente para todos os gostos, vindo até a minha mesa dar em cima de mim. Eu dispensava todo mundo, queria apenas ele, mesmo que isso significasse engolir minha bebida junto com o choro e a vontade de dar.
  Me levantei da minha mesa aos tropeços, passo bem na frente de e faço questão de ser vista, acabo colocando o pé para que ele tropeçasse, ele caí no chão e fica me olhando, de lá de baixo, sem entender o que aconteceu. Saio do bar.

  Está chovendo aqui fora, entro no meu carro, mal me sentei no banco de motorista e as minhas mãos entram por dentro da saia no meu vestido, alcançando a calcinha, logo meus dedos fazem movimentos circulares no ponto mais sensível da minha intimidade enquanto a minha mente relembra como era habilidoso com as mãos, como seus beijos faziam minha pele ferver, como ele tentava mudar a todo tempo quem eu era, das nossas brigas em que um de nós sempre saía chorando e jurando nunca mais voltar.
   O que eu posso fazer? Minhas amigas dizem que sou uma mulher com fetiche em acontecimentos tristes e eu concordo. Não só concordo, como acabo gozando nos meus dedos enquanto relembro cada passo dessa história triste.
  Enquanto dirijo de volta para casa, percebo que eu não sentia falta dele, só queria foder.

CONTINUA...