Silver
Escrito por Raisa L. | Revisado por Debbie
Os papéis foram jogados à mesa, dois homens acompanham Capitão Bones, o nosso chefe de operações, nessa reunião, um apresentado como Simon Cowell, pomposo e sério, o tipo do qual contatava nosso trabalho, o outro, Paul Higgins, era mais alto, parecia estar ciente de todas as instruções como se já houvesse feito isso antes, suspeitei de inicio ser outro agente assim com nós, mas era apenas outro dos contratantes. Nos papeis haviam índices, vestígios e ameaças, todas envolviam atentado a cinco jovens.
- Viemos pelo último ocorrido. Um dos nossos produtores foi envenenado ao tomar o enérgico disposto para um dos garotos, o fato foi mascarado para que não haja alardes, já que estamos tratando de pessoas conhecidas, mas precisamos que isso seja resolvido antes que algo mais grave aconteça.
Apenas concordei enquanto analisava os laudos. Cinco rapazes entre 20 e 22 anos estavam sendo ameaçados de morte através de cartas anônimas, cada carta falava sobre estar próxima à data. Lógico que os dois homens e os demais responsáveis pela segurança dos rapazes achavam que estavam fazendo seu trabalho direito, mas lógico eles nunca fazem. Eu tenho experiência suficiente para entrar no caso, era a melhor agente já treinada pela H.P.P.S.D. Minha primeira missão aconteceu ainda nos meu quatorze anos, já que meu pai, que também era um agente, me viu preparada para os treinamentos, lógico que ele não poderia estar mais certo. Desde então se passaram seis anos e aqui estou, pegando um caso simples, mas de responsabilidade altíssima. - Suspeitamos que alguém esteja infiltrado entre eles, por isso lhe chamei. Agente Silver, você se infiltrará na turnê da banda One Direction e vai descobri quem estar por trás disso. Você agirá como a fotografa Argent e acompanhará toda turnê, ficará próxima das vítimas e investigar o máximo que pode, uma equipe irá lhe acompanhar por fora para caso seja necessário algum tipo de intervenção. Não se esqueça, a integridade física das vítimas deverá ser mantida até que o crime seja solucionado. Confiamos em você.
Continuei ouvindo os dados sobre a banda, os funcionários e todos que estariam ligados às vítimas, montei todos os perfis e destaquei algumas possíveis ameaças.
- Pedi para Eagles cuidar dos seus perfis falsos e tudo que será preciso para que você seja real. Em dois dias você será apresentada e participará das gravações de um dos vídeos clipes dos garotos, fotografando os bastidores. Aproveite para olhar o entorno, não podemos descartar a ameaça de um atentado mesmo o local estando foco. Não podemos esquecer o que aconteceu com o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy.
- Bones, você nunca me viu falhar, essa não vai ser a primeira ver que verá. Se me der licença, agora vou elaborar minhas estratégias para poder estar próxima das vítimas.
Me levantei sem mais nenhuma cerimônia, em dois dias eu estaria em Clevedon e deveria aparentar mais social e atraente possível.
Dia 1:
“Not even the skies above can separate two of us...”
Era a nona vez que a música tocava e eu não suportava mais essa operação. Só se ouvia You and I e, a cada pausa, as garotas que provavelmente mataram aula para estar aproveitando a ventania e cinco garotos que elas sonham em um dia casar resolviam gritar. Se meu sucesso não dependesse da vida deles, juro que estaria desejando aqueles meninos no inferno.
Ser fotografa facilitava muito meu trabalho, havia mais de mil shoots de todos os perfis e todo o entorno, a noite seria uma longa jornada de pesquisas e analises e eu não poderia me cansar apenas com essa ventania toda.
- Está na hora de conhecer os garotos.
Higgins falou ao meu lado. Apenas concordei e caminhei até dois rapazes que conversavam e riam, se tratava de Louis Tomilinson e Niall Horan. Paul me pôs ao seu lado e os dois me analisaram com sorrisos simpáticos, apenas retribui não com a mesma intensidade.
- Essa é , nossa mais nova fotografa contratada.
Mais uma vez recebi comprimentos e sorrisos. Sorri de lado e agradeci a forma de que me receberam, foi quando Liam Payne se aproximou.
- Liam, essa é , vai nos fotografar a partir de agora!
Niall parecia realmente feliz em me apresentar ao testudo e isso me satisfez, ganhar a simpatia dos garotos facilitava meu trabalho de protegê-los.
Liam Payne era normal demais para ser assassinado. Conversa normal, atitude normal. Liam tinha uma postura careta de líder e de bons modos, a formalidade e educação com que me tratara era tão natural e involuntária que me fez pensar que talvez ele tenha crescido em meio de freiras. Sempre vinha com uma pergunta formulada com cuidado e fazia questão de me manter a vontade e bem recebida ao grupo de conversa, fazendo do meu trabalho melhor do que o esperado.
Foi apenas o tempo do segundo cigarro do Malik acabar para que ele se juntasse a nós, chegava a ser divertido a diferença entre cada um deles, principalmente entre Zayn e Niall. Enquanto o loiro era carismático e acolhedor, o outro mantinha aquele olhar calmo e um tanto quanto misterioso enquanto fazia uma espécie de comprimento, o que fazia jus a sua postura de menino mal, mas tanta hostilidade fazia dele alvo fácil para qualquer serial killer, a minha primeira impressão de Zayn Malik era a de um garotinho frágil pedindo atenção, era vítima da sua própria vaidade.
Niall e toda a interatividade fazia com que ele fosse o elo frágil do grupo, por um instante tive pena de sua ingenuidade exposta na vontade de agradar a todos, e isso fazia dele o cachorrinho de estimação de Louis Tomlison.
Sorriso malandro, piadas maldosas, toda graça de Louis era motivo para a gargalhada de Niall surgir e isso era uma dose necessária para o ego de “Tommo” crescer. Egocêntrico demais para não demonstrar humildade, maduro demais para não ser infantil. Louis era aquele que usa de todas as armas para ter tudo sob controle, e isso me intrigava, Louis me deixava curiosa, algo nele exalava perigo. Se Zayn é a mais provável vítima, por que não Tomlinson seria o mais provável suspeito?
Minha mente já gerava possibilidades e questionamentos além da conversa boba de recém-conhecidos quando percebi que estava sendo observada.
Guiei meu olhar até os olhos curiosos de Harry Styles que me observava enquanto conversava com uma das pessoas da produção, um sorriso se formou de forma perversa e eu retribuir, encontrando o rachadura que faltava para conhecer os segredos mais escondidos da One Direction. Era ele, sem precisar de apresentações pude notar, era ele que iria me incluir, me fazer observar de alvo para ataque. Nada como ser uma mulher quando se há um womenizer a solta.
Dia 15:
Afundei no sofá preto de couro, encostei a cabeça no encosto e mantive os olhos fechados. Havia virado o camarim de cabeça para baixo, havia vasculhado o ônibus, o palco e nada, nenhum indicio de perigo. Estava impaciente com todas as faltas de provas concretas que eu poderia encontrar num caso que eu diria ser tão simples. Outra ameaça foi enviada para Simon, sem nenhum indicio de digitais ou remetente, para alguém tão oldschool que usa recortes de revistas para escrever coisas do tipo “O tempo está correndo…”, o idiota está se saindo mais espertinho do que eu imaginava.
- Eu já te falei! Não vai demorar muito! – Ouvi uma voz ecoar pelo corredor vazio. – Cheguei mais cedo justamente para adiantar as coisas. Hoje acabo isso.
A voz ia se aproximando cada vez mais do camarim e isso me alarmou, talvez Louise Teasdale não estivesse esperando que mais alguém estivesse no camarim.
- Oh, ! – No mesmo momento que estava me preparando para resgatar minha arma a cabelereira entrou na sala. Erámos eu, ela e sua maleta de parafernálias de beleza. – Chegou mais cedo hoje.
- Sim, pensei em fazer uns shoots dos lugares vazios. Arquivo pessoal. – Sorri sem emoção alguma. – E você? Pensei que chegasse junto com os garotos.
- Normalmente sim, mas hoje eu aproveitei um tempo livre para colocar algumas coisas em ordens.
- Eu posso ajudar em algo?
- Não, está tudo bem, só preciso enviar alguns e-mails.
Fingir não me importar enquanto a cabelereira digitava algo em seu celular. Não poderia a deixar sozinha, mas não poderia deixar com que ela soubesse da minha real identidade caso tudo fosse apenas um mal entendido da minha parte. Então solicitei minha equipe, pedi para que Eagles fosse investigar o quarto de hotel enquanto eu tentava colher mais algumas informações.
As pessoas chegavam e ainda não recebia uma resposta concreta, nem de Eagles, nem de Louise que continuava a falar sobre relatórios que deveria escrever para a Fudge Urban e outras coisas de cabelo que não me serviam de nada.
Toda a produção e os garotos já estavam fazendo o necessário, Fotografava o aquecimento vocal quando Niall me olhou fazendo careta, apenas ri. Era uma risada de verdade dessa vez, pela primeira vez em meu trabalho me via sendo verdadeira e não podia ser diferente, Niall era do tipo de pessoa que cativava os outros por apenas existir, e isso me fez criar uma empatia com o garoto. Assim como Harry. Para o galanteador que demonstra ser, Styles não é menos que uma pessoa maravilhosa, assim como Niall. Quinze dias foram suficientes para que me envolvesse de forma pessoal com os garotos, o que deixou Bones um pouco desconfiado. Na verdade, não é muito ético manter relações pessoais com nossos casos a não ser que isso contribuísse com as investigações.
Era exatamente isso que passava por minha mãe quando me encostei na parede e fiquei analisando as fotos quando senti uma presença ao meu lado.
- Niall é tão mais fotogênico que você.
- E mesmo assim você se apaixonou por mim. – Harry disse me fazendo revirar os olhos.
- Nem nos seus sonhos mais selvagens, Styles.
Posicionei minha câmera entre o pouco espaço entre nós e apertei o click. Ele riu.
- Um dia você vai dizer que me ama.
Não tive direito de resposta, a fonoaudióloga estava o chamando para mais um treino de aquecimento. Ele riu e me olhou, mas suas palavras eram dirigidas para os colegas de grupo.
– Que tal aquecer com Little White Lies?
Ri e voltei aos cliques.
Dia 20:
“Vai ser divertido, vamos apenas nós, Lou e Josh...”
Foi o que Harry e Niall me disse quando o show acabou, e foi exatamente minha intenção investigar mais um pouco sobe mina mais nova principal suspeita.
Mesmo depois que Eagles confirmou que o quarto de hotel estar limpo, as evidencias pareciam cair sobre ela. Estava com a carreira encaminhada para o total sucesso, e caso fosse descoberta, não seria difícil ganhar ainda mais dinheiro, já que também mantém a fama de melhor amiga do Styles em todos os lugares. Louise sempre aparece com várias revistas e quando tenho a chance de enfim descobrir alguma letra recortada, elas simplesmente somem, o que pode ser uma queima de pistas, de uma forma mais rápida.
Mas hoje era o dia, não coloquei meu vestido preto e meus Loubutin atoa, nada do que algumas bebidas com algum elemento extra na porção. Eagles estava de plantão em algum lugar por aí junto com um dos seguranças pessoais dos meninos e eu, como sempre na cola de todos.
Sentamos no sofá da área VIP e logo foram servidos nossos drinks, observei os olhos de Harry me analisar freneticamente pelas minhas pernas e revirei os olho ao vê-lo sibilar “Hoje você é minha” com um sorriso atrevido nos lábios.
Voltei minha atenção para Louise enquanto Josh e Liam distraiam não por completamente Styles. Ela estava lá, pernas cruzadas, Dry Martini na mão, tão distraída quanto uma criança de cinco anos de idade.
- Lou? – toquei seu ombro e ela pareceu se assustar, voltando-se a mim com um sorriso gentil. – No que você tanto pensa?
- Lux. Faz quinze dias que não a vejo e parecem séculos! Sabe, não é a mesma coisa de estar a vendo no telefone e ouvindo-a falar... Minha pequenina faz falta.
- Deve ser difícil, não sei se aguentaria tanto tempo longe de um filho.
- Pois é, mas vai ser por pouco tempo. – Lou suspirou, o sorriso de lado foi abandonado apenas para que seu copo tocasse os lábios. - Em poucos dias vou estar com minha pequena e por tempo suficiente para cansar de beija aquelas bochechas macias!
Sorri e confirmei, achando tudo muito mais suspeito ainda.
A música continuava agradável, as risadas eram altas e divertidas, às vezes alguém interrompia algumas conversas aleatórias para uma foto ou algo mais atrevido, Lou aproveitou para ir ao banheiro e então foi a minha vez. Despejei o pó no quarto drink de Teasdale naquela noite, misturei-o até dissolver no álcool e esperei. Esperei para que as garotas voltassem aos seus lugares, Harry passasse a olhar para mim de novo e Louise voltasse do banheiro, algo que demorou o suficiente para que nos despedíssemos de Josh que alegou dor de cabeça, aproveitei que estava em pé e fui ver o paradeiro da suspeita.
- Lou?
Falei assim que encontrei o banheiro totalmente vazio. Nada da Teasdale em lugar algum... Peguei meu telefone e logo mandei as instruções para Eagles, que pediu que eu voltasse correndo para onde os garotos estavam, mas assim que eu cheguei encontrei apenas Harry e Louise. Ela também já estava lá, rindo como uma louca e o liquido vermelho já na metade.
- Onde você estava? – Essa pergunta saiu dos lábios de Harry Styles.
- Fui ao banheiro procurar a Lou, ela estava demorando demais. Onde estão os outros?
- Liam foi ajudar Niall a encontrar alguma diversão.
Teasdale riu de forma exagerada, os efeitos da droga já aparecendo.
- É bom ele aproveitar enquanto pode! – Novamente uma risada estrondou de sua garganta, sentei ao lado dela. – Logo, logo, olha...
Louise fez uma careta de quem não queria imaginar o que poderia acontecer, e quando a questionei do que isso se tratava ela disse.
- Segredinho, ... Não posso contar. Pela Lux.
E depois apagou.
—
Entrei no quarto e imediatamente me livrei dos saltos, amarrei meu cabelo em um coque alto e desajeitado enquanto ligava o notebook na escrivaninha. Digitava relatório e analisava as fotos que eu havia tirado nos últimos dias, enquanto Eagles me falava tudo o que havia acontecido desde então por fora. Foi aí que ouvi batidas na porta, fechei o computador e peguei minha arma apenas por precaução.
- Quem é?
- O amor da sua vida. – Ouvi a voz de Styles, zombeteiro.
Escondi todos os instrumentos e elementos, papeis e evidências, tudo em tempo recorde. Abri a porta e lá estava ele, os três primeiros botões da camisa preta desabotoados, um mesmo sorriso mal intencionado acompanhado de um olhar cheio malandro. Eu não podia negar, Harry Styles me causava desejo, o estilo desleixado, o biótipo que me agradava, os olhos que pareciam me despir, os dentes que se cravavam no lábio inferior e me fazia pensar se ele estava pensando na mesma coisa que eu.
Harry Styles era um imã, e cada dia que passava não conseguia não imaginar nossos copos enfim unidos.
- O que você quer, Styles?
- Eu disse que hoje você ia ser minha.
E foi então que enfim eu pude sentir seus lábios nos meus. Eu não podia descrever as sensações que isso me causou, eu não podia desviar, negar. Apenas me deixei levar por seus passos para dentro do quarto, pôr minhas pernas em volta de sua cintura enquanto suas mãos tocavam meu corpo sem menor cerimonia, retribuir as caricias com a mesma intensidade e atrevimento.
E foi assim que os suspiros passaram a serem gemidos, foi assim que as roupas foram parar no chão e nós na cama, foi assim que via os lábios vermelhos entreabertos e olhos de Harry se tornar escuros de luxúria enquanto eu pronunciava seu nome. Foi assim que pertenci a Harry Styles naquela noite.
Dia 25:
Uma coisa que a H.P.P.S.D trouxe de bom para mim: Eagles. Eu e ele nos conhecemos ainda no setor de treinamento, com 16 anos e todos viam que nós éramos uma ótima dupla. Ele que me apelidou de Silver, eu que o apelidei de Eagles. Adam, seu verdadeiro nome, era meu melhor amigo desde então. E ser melhor amigo de seu colega de missão é ter que ouvi-lo zoar da sua cara na escuta o tempo todo que você está aos beijos com Styles.
Hoje, particularmente, ele estava me deixando fora do eixo, ficava gritando coisas do tipo “Foca no trabalho, Victoria!” e começava a fazer sons irritantes toda a vez que eu citava o nome de Harry ou coisa do tipo, mesmo estando com o trabalho muito bem adiantado. Finalmente encontramos as revistas Vogue, outra de instrumentos e outra de fofocas, todas com letras e palavras recortadas que batiam exatamente com o que estavam nas cartas, todas eles estavam no lixo do banheiro da haistylist.
Estávamos arquitetando a operação que a prenderia, precisávamos apenas de um flagrante e por isso Lou Teasdale virou minha melhor amiga nos últimos dias e a aproximação mais intima com Harry Styles ajudou muito para isso. Para todo o lugar que Harry ia, lá estava Louise, piscina, restaurante, bar... Eu só precisava perceber cada ligação, cada gesto suspeito e pronto, estaríamos feitos. Enquanto e mantinha o suspeito por perto, Eagles colhia mais evidencias, e provas que surgiam daquele computador enorme que ele carrega naquela van imunda. Foi por isso que começamos a usar escutas, algumas até instaladas nos quartos de hotel dos quais ela se hospedou.
Paul também nos ajudava, falou sobre acontecimentos passados, alguns motivos possíveis para o crime, e mesmo com todas as evidencias gritando que Louis Teasdale era a criminosa eu ainda achava que algo estava muito estranho.
E era exatamente nisso que pensava enquanto olhava fixamente para a piscina do hotel deitada em uma espreguiçadeira e apenas espantei meus pensamentos ao sentir os dedos molhados e frios de Harry tocar meu ombro direito, redesenhando a lua crescente desenhada permanentemente.
- Por que uma lua? – Ouvi a voz distraída de Harry e sorri.
- É uma lua crescente, é uma representação antiga para prata.
- Argent. Seu sobrenome, significa prata em francês.
- Olha só! Alguém por aqui fala francês...
- Só mais uma das minhas qualidades, mon amour. – gargalhei alto. – Então, uma pessoa com orgulho do seu sobrenome...
- Uma vez, na aula de química fizeram m teste de chama com a prata, e deveria ter uns quinze anos... Então eu vi a chama lilás e fiquei fascinada, no outro dia eu cheguei com o cabelo totalmente lilás, e meu melhor amigo começou a me chamar de Silver, já que nem todos sabiam o significado de Argent... Desde então a prata é uma espécie de marca registrada.
Então Harry me encarou, apenas olhou para mim. Não era como nos outros dias em que ele estava me rondando como uma expressão safada, ele parecia me admirar naquele momento como se admira uma pessoa de verdade... Um sorriso maravilhoso surgiu em seus lábios e pela primeira vez as covinhas o deixaram fofo, isso fez meu coração aquecer de uma forma estranha enquanto eu mordi o lábio, tímida como em raras vezes.
—
Paul me passava todas as coordenadas que ele passou a equipe de segurança junto com Eagles enquanto caminhávamos para o camarim da noite. Quando a porta se abriu os flashes para a parede foram tão imediatos quanto o disparo de um tiro.
- Precisamos de outro camarim. – Paul imediatamente foi seguir minhas ordens, coloquei Adam na escuta. – Já sabemos quando agir... Daqui a cinco dias e teremos ela presa. Só temos que encontrar a bomba relógio.
O vermelho vivo das palavras ainda parecia estar fresca. “120 horas, tick tack, tick tack BOOM!” Louise não apenas se entregou, ela nos deu a arma do crime.
Dia 29:
Olhos verdes e brilhantes em meio a quase escuridão.
Eu não chegava nem ao menos ter contato físico com ele, apenas o encarava, decorava todos os detalhes possíveis para nunca mais esquecê-lo.
Harry me olhava tão sério como eu, seu olhar passeava pelo meu rosto tão sereno que me fizeram querer chorar, mas eu não devia fazer isso.
Era nossa ultima noite juntos, a última vez que o veria e aquilo me incomodava. Durante todos esses dias tendo que proteger cada um dos garotos me fez querer protege-los pelo resto da vida, principalmente Harry. Eu simplesmente não conseguia aceitar a ideia de viver sem ele.
- Me prometa uma coisa. – Minha voz saiu num sussurro quase inaudível.
- Tudo o que você quiser...
- Prometa que você vai se cuidar, que vai tentar se manter a salvo. – A testa de Harry franziu em confusão.
- Por que você está me pedindo isso?
- Apenas prometa.
- Eu prometo. – Harry então selou nossos lábios muito rápido. – Pare de me encarar assim e falar coisas estranhas, parece que estamos tendo uma despedida. Ainda temos mais algumas semanas de turnê e mesmo assim não estou pretendendo desgrudar de você.
Meu corpo fora envolvidos por suas mãos grandes, me fazendo sentir muito aquecida, mesmo que não estivesse sentindo frio algum antes. Sorri para ele e depois o beijei sem pressa. Ficamos aproveitando do calor dos nossos corpos e dos carinhos inocentes até que o sono fosse mais forte do que minha vontade de manter aquele momento para sempre.
Dia 30:
Catei as ultimas peças de roupa e vesti o short jeans sem me preocupar em devolver a blusa xadrez de Harry que estava usando. Dei uma ultima olhada nele e sorri ao ver quanto profundo era o seu sono e como isso o fazia parecer tão inocente, peguei meu cartão chave e parei ao ver uma foto Polaroid minha e de Harry, que havíamos tirado há três dias, tomei-a em minhas mãos e víamos nós sorrindo como idiotas no camarim, e foi aí que vi um detalhe que nunca tinha percebido antes.
Num canto, encostados na parede estavam Louise Teasdale e um rapaz, ela se encontrava de baços cruzados enquanto ele segurava seu braço esquerdo e fazia um movimento com o dedo indicador no pescoço. O mesmo gesto que usávamos para indicar queima de arquivo, aquilo abriu meus olhos para outro lado da investigação, o lado que nenhum de nós havia percebido antes.
Já no me quarto meu foco de pesquisa não foi mais Louise e sim ele. As fotos que antecederam e o quanto suspeito ele parecia ser, gestos e olhares, e cada vez tudo ficava ainda mais claro, não era Louise Teasdale, nunca fora.
Fiquei muito tempo pesquisando sobre tudo, tanto tempo que já estava atrasada, todos precisavam saber disso.
Peguei minha arma e saí às pressas do quarto, enquanto tentava desesperadamente falar com Adam ou Bones.
- Eagles, Teasdale não é a culpada. Repito, Teasdale não é a culpada.
Corri o suficiente rápido para pegar Higgins ainda no saguão do hotel, conversando com alguns dos seguranças.
- Paul! Onde estão todos? Vocês precisam ficar aqui, distanciem-se do ônibus.
- Liam, Zayn e Louis estão terminando de arrumas as coisas, Niall ainda está no restaurante e Harry foi colocar as coisas dele no ônibus com Josh.
- Merda!
Saí correndo o mais rápido que pude para a garagem, a qualquer momento a porcaria do ônibus poderia estar pelos ares, não podia deixar que isso acontecesse com Harry lá dentro. Eu não me perdoaria, não era só o meu trabalho que estaria arruinado.
Avistei o ônibus e saquei a arma que até então estava presa ao cós do meu short, Harry estava prestes a subir do ônibus.
- STYLES! Styles, AQUI! – Gritei, Harry me encarou e sorriu enquanto vinha em minha direção, só então ele percebeu minha arma, mas eu não tinha tempo para explicar. - Vá encontrar Paul. Fique longe.
Voltei a correr até o ônibus, entrei e posicionei a arma já pronta para a tirar qualquer que seja o acontecido. E lá estava ele, o culpado.
Josh Devine estava com mexendo no celular, de costas pra mim.
- , o que está acontecendo? Por que você está armada? - Harry entrou no ônibus e parou logo atrás de mim. – O que porra está acontecendo aqui?
Foi então que Josh se virou e olhou para a arma e depois olhou para mim, foi aí que ele riu, ele soube então que estava encrencado e não poderia se safar.
- Onde está?
- Eu não sei do que está falando.
- É lógico que você sabe, Josh. Me diga onde porra você a escondeu a bomba!
- , abaixe essa arma.
- Cala a boca, Styles! Saia daqui agora!
Foi então que a gargalhada fria de Josh foi ouvida, firmei ainda mais a arma e pensando onde é que estava Adam e os outros.
- Patético. Briguinha de casal por minha causa. – Josh sorriu. – Quem você é afinal? Como você descobriu tudo?
- Não importa quem sou. E você realmente acha que é esperto, não é? Nem suas ameaças foram o suficiente, Devine.
- Louise...
- Sim, ela soube se manter no anonimato depois que você ameaçou a vida da filha dela. Assim ninguém poderia desconfiar dela, muito menos você. Agora eu sei porque Lux não veio a visitar no fim de semana. Era você! Sempre fora.
- O quê? Você estava ameaçando matar a Lux? Por quê? Alguém pode me dizer o que diabos está acontecendo aqui?
- Se a agente me der a honra eu posso explicar. – Apenas permaneci calada, esperava alguma resposta de Adam, ele provavelmente estaria ouvindo. – Eu estava de saco cheio disso tudo. Não aguentava mais viver as margens do sucesso desses idiotas, eu merecia ter sucesso por conta própria, mais talento que eles eu tenho. Foi então que minha garota sugeriu acabar de vez com a One Direction.
- Perrie Edwards. – falei, Josh riu.
- Pelo visto você realmente fez o dever de casa. Sim, Perrie e eu estávamos nos encontrando há um bom tempo. Zayn é muito panaca para satisfazê-la. Ela viu que ele poderia a dar tudo o que ela queria, mas ela lucraria muito mais com Malik morto. Eu também lucraria. Com todos mortos minha banda poderia usar a imagem de vocês para que suas fãs se tornassem minhas, aquelas adolescentes doentes e idiotas dão muito lucro, não é mesmo, Harry? – Ouvi Harry resmungar e ameaçar dar um passo para frente, posicionei minha mão livre para trás, o forçando a permanecer onde estava. – Mas um dia, enquanto supostamente Perrie veio visitar Malik, Louise nos pegou e descobriu tudo. Então você já sabe, não é? Se nós podemos provocar a morte de cinco idiotas, dar sumiço numa criança é mais fácil que roubar um doce dela.
Filho da puta! Era a única coisa que passava pela minha mente agora.
- Agora você não vai mais fazer mal a ninguém. Você está preso!
- Não tão rápido, amor. Está vendo isso aqui? Com apenas um clique e coloco a bagagem de cada um dos seus protegidos estourarem junto com seus miolos.
“Atire”.
Foi o que Bones disse. Eu não tinha outra escolha, nós já tínhamos provas suficientes para fazer Devine se arrepender de toda sua loucura dentro da cadeia, junto com sua cumplice, mas ele não me deixava escolhas. Minha mão no gatinho, o polegar dele a milímetros de confirmar o assassinato de mais que duas pessoas.
Não pensei duas vezes, ao apertar o gatilho ouvi o grito de dor, o celular no chão e Josh segurando o braço direito. Ao ouvirem o barulho de tiro, Adam adentrou com mais dois agentes e logo acionaram uma ambulância enquanto retiravam Styles dali. Me permiti olhar em seus olhos por alguns instantes e isso chegou a doer em mim mais que o tiro que dei em Josh, Harry me olhava como se não acreditasse em nada daquilo, como se eu fosse um fantasma, algo para temer.
Passei tudo para Bones e Adam, de como eu havia descoberto que Louise não estava ameaçando e sim nos alertando de forma anônima, para que isso não colocasse a vida da filha em risco, inocentando-a de todas as acusações. Bones também recebeu a notícia que Perrie Edwards já havia sido encaminhada para o departamento, para ser indiciada. Josh indicou todas as bombas que foram desativadas pelo departamento anti-bomba e todos eles se encontravam seguros juntos com os seguranças e alguns outros agentes, até que fossem informados do que estava acontecendo e enfim liberados para suas casas, pelo que nos foi passado os shows das datas seguintes foram adiados.
Já era fim de tarde quando Zayn Malik entrou no quarto que era ocupado por mim, estava acompanhado por Paul Higgins que fez o papel de suporte para a notícia que estava por vir, afinal, não são todas as noivas que planejam assassinatos.
Por um momento eu havia esquecido de todo o protocolo, Zayn se encontrava inconsolável, chorava como uma criança enquanto Bones e Adam descarregavam todos os fatos ali, bem a sua frente, foi aí que eu o abracei.
Todos pararam no mesmo instante, não sou do tipo que abraça, mas eu precisava o proteger, eu ainda precisava, não pelo trabalho, mas pelo carinho que aprendi a sentir por ele. Adam, pediu para que Bones e Paul nos deixassem a sós, ficamos abraçados por tempo suficiente para me perder na conta, enfim Zayn estava mais calmo e se desfez do abraço, me olhando desconfiado, com um sorriso sem graça.
- Obrigado.
- Não precisa agradecer, Zayn. Só fiz o meu trabalho.
- Também é seu trabalho consolar um idiota? - Zayn me olhou sério e eu sorri, abaixando minha cabeça meio envergonhada, neguei. – Eu sei, . Nós também nos apegamos a você. Seremos eternamente gratos por tudo o que você fez por nós, jamais esqueceremos isso. Poderiamos estar mortos caso você não se fizesse presente na nossa vida, e fico feliz que tenha sido você e não aquele cara.
- Bones não é do tipo que passa a mão na cabeça de ninguém. – ri. – Fico feliz por vocês estarem a salvo e me desculpe, Zayn, não queria que tivesse terminado desse jeito.
- Está tudo bem. Eu vou sobreviver a isso. Já sobrevivi na verdade. – ouvi a risada dele e mordi o lábio, Zayn soube exatamente o que se passava por minha mente. – Você tem que falar com ele.
- Zayn, você pode cuidar dele por mim? Sei que eu não posso te pedir algo desse tipo, mas...
- Eu cuido.
Dessa vez eu abracei ele, para ser confortada. Zayn deu o beijo na minha testa e se levantou, o acompanhei até a sala onde estavam todos e Niall se levantou, me abraçando e tirando meus pés do ar, rindo feito um idiota.
- Horan, me põe no chão!
- Então você é do tipo “três espiãs demais” e não me contou! Eu tenho uma amiga espiã. Cara, você tem que me ensinar alguns golpes de luta ou coisas do tipo... –tive que rir, acho que ele não havia entendido que minha missão havia acabado e com isso nosso relacionamento também.
- Niall, eu não vou ficar com vocês, minha missão acabou.
- E quem disse que eu quero que você tenha mais missões nos envolvendo? Já basta ser ameaçado de morte uma vez! Não, não! Eu tenho seu número e caso você mude eu vou atrás de você, contrato aquele cara ali pra te achar! – Ele disse apontando para Adam, eu ri. – Não sou do tipo que faz uma amiga espiã e a perde de vista, é a mesma coisa de ganhar na loteria e não pegar o prêmio!
Abracei Niall forte e dei a luta por vencida, mas apenas aquela, eu sabia que não poderia manter tudo como estava.
Eu e Harry ficamos sozinhos no mesmo quarto em que estava com os outros para dar a notícia para Zayn. Estávamos calados, eu encostada na porta ele sentado na cama, os braços apoiados nos joelhos, olhando para as mãos como se isso fosse a coisa mais importante do mundo e talvez isso não fosse tão ruim, não sei qual seria minha reação caso olhasse mais uma vez para seus olhos.
- Então... Uma espiã, hã? – A voz dele ganhou força aos poucos e então ele me encarou, minhas pernas fraquejaram, consegui apenas levantar os ombros. – O que foi verdade e o que foi trabalho? Seu nome ao menos é esse mesmo? Afinal, quem é você? – abri minha boca para responder as perguntas, ele então levantou o indicador. – Não, por favo, não me diga que seu nome é Diana. – Eu tive que rir.
- Meu nome é Argent, aos 15 anos entrei para o departamento jovem de espionagem, depois de uma aula de treinamento de química pintei meu cabelo de lilás e a partir de então passei ser chamada de Silver. Há 30 dias fui convocada para proteger cinco garotos que estavam sendo ameaçados. Fingir ser fotografa profissional, mas a cada dia que passava me via ainda mais apegada e envolvida aos cinco idiotas, um em particular. Foi então que minha missão não era apenas profissional, virou pessoal, pois era impossível imaginar um mundo sem aqueles cinco garotos. – Harry sorriu, eu suspirei. – Infelizmente eu não posso continuar.
- O que você quer dizer com isso? E nós?
- Minha vida é uma montanha-russa, em um dia estou bem tomando um café na esquina, no outro amarrada de ponta cabeça num frigorífico na Rússia. Todos em minha volta correm perigo de se machucarem por minha causa, eu não me perdoaria se algo acontecesse com vocês... Com você.
- Nós podemos dar um jeito. Não é como eu estivesse desprotegido.
Harry caminhou até mim e segurou meu rosto, seus olhos sempre nos meus, tão expressivos que me deixava arrepiada, estava sendo mais difícil do que eu esperava, já não bastava a luta interna entre o querer e o poder em que eu estava presa, já não bastava a fragilidade que sempre detestei sentir vir a tona, ele ainda me clamava por algo bom, apenas com o olhar, mas eu não podia. Era correr riscos demais.
Suspirei e tirei suas mãos do meu rosto, caminhando para o mais distante possível dele.
- Temos que esquecer.
- Você não pode desistir sem ao menos tentar!
- Mas eu tenho que desistir! Por favor, não torne isso mais difícil. Esqueça tudo, não podemos continuar com o que tínhamos, é correr um risco desnecessário. Não vou ceder a um capricho, sua vida é mais importante! Esqueça tudo, Styles! E pode ter certeza que eu vou esquecer também.
Eu estava ofegante, nunca fora tão difícil falar tantas coisas. Harry ainda me encarava, serio e tenso. Por alguns instantes tudo o que se ouvia era silêncio.
- É isso o que você quer?
Permaneci calada e desviei meu olhar, não era aquilo o que eu queria, mas era o necessário a se fazer.
- Ok, então. Tenha boa sorte na sua vida, Silver.
Ainda me recusava a encarar o quarto mesmo sabendo que estava vazio. E tudo o que eu queria naquele momento era voltar ao tempo e nunca ter aceitado a missão.
Dia 124:
- Como você entrou aqui?
Eis as palavras que acompanharam o olhar assustado e o quase sorriso de Harry Styles quando me viu sentada na poltrona da casa dele em meio de uma tarde de outono, ouvindo pela quarta vez Jason Mraz.
- Eu tenho meus meios. – indiquei o grampo de cabelo que me ajudou a abrir a fechadura. – Preciso falar com você.
- Você invade minha casa, abre minha porta com um grampo de cabelo e diz que precisa falar comigo... Você não acha que me ligar seria uma forma mais sensata para fazer isso?
- Não tenho tempo para formalidades, também não saberia se teria coragem de dizer o que tenho que dizer se não for agora.
- Então diga.
Harry cruzou os braços e se apoiou no braço do sofá próximo a mim. Ele analisava cada reação minha, enquanto tentava segurar o nervosismo estralando os dedos e mexendo excessivamente as mãos, nunca na minha vida me senti tão desarmada. Era esse o efeito dele, Harry me fazia necessitar de proteção, que só poderia encontrar em seus braços.
Respirei fundo e fechei os olhos, tentando encontrar foco.
- Eu não quero que você esqueça. Eu sou incapaz de esquecer... Eu não quero mais desistir, eu não vou!
Ficamos muito tempo nos encarando, sem nenhuma expressão significante e aquilo me matou nos primeiro cinco segundos...
Foi então que ele sorriu e olhou para as mãos, que agora descansavam em suas coxas, aquilo me deixou assustada, eu queria que ele dissesse algo, qualquer coisa para acabar com aquele sofrimento e se ele não falava eu precisava falar, ainda havia muitas coisas a serem ditas.
- Me desculpe pelo que fiz, eu apenas queria te proteger eu precisava te proteger! Não só porque esse era meu trabalho, mas porque eu me apaixonei por você! – Harry voltou a sua atenção para mim, nesse momento eu já estava completamente indefesa, meus olhos marejados denunciavam minha fragilidade. – Eu amo você.
- Você não precisava invadir minha casa... Você poderia ter me ligado.
- Poxa, Harry! Eu estou aqui falando tudo o que nunca tive coragem de dizer e você está mais preocupado com eu ter invadido sua casa? – Me levantei exaltada, nunca aprendi a conviver bem com a derrota, muito menos com a rejeição, talvez por isso meu coração doía enquanto as lágrimas finalmente caia sobre meus olhos.
- Apenas uma ligação e eu iria atrás de você onde estivesse, eu iria correndo te encontrar. – parei exatamente onde estava e ele vinha em minha direção. – Eu também não quero desistir, eu também não consegui esquecer...
Foi então que senti suas mãos tocar cada lado do meu rosto enquanto seus polegares enxugavam minhas lágrimas, me foçando a encarar aquele verde brilhante que me perseguiu por tanto tempo e agora esta ali, na minha frente.
Nossas testa se uniram e eu mordi meu lábio.
- E eu também amo você.
Harry sorriu encantadoramente e eu não contive a vontade de beija-lo, nossos lábios se tocaram sem a menor pressa numa fusão de desejo e amor. Aquela sensação gostosa estava de volta, Harry estava de volta para mim.
- Eu senti sua falta.
Desabafei quando finalmente nossos lábios se separaram e nós abraçamos sem a menor intenção de nos soltarmos.
- Eu também estava, mas agora você está aqui, agora você é minha... Minha Silver.
Então é isso, acabou. Espero muitíssimo que vocês tenham gostado. Principalmente você, Vih!
P.S.: Comentários são sempre bem vindos.
Beijos&Queijos, até a próxima.