Silence brûlant


Escrita porBetiza
Editada por Lelen


Capítulo único

Tempo estimado de leitura: 19 minutos

  — Não é possível que você não tenha percebido, %Olga%! — %Hoseok% jogou o paletó sobre o sofá.
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  %Olga% revirou os olhos e então se escorou na porta, agora fechada por ela mesma. Retirou os sapatos de salto alto, voltando a ficar na altura normal.
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  — Não revire os olhos para mim %Olga%! Você reparou, não tinha como não reparar. Eu disse que esse vestido ia causar uma briga entre nós dois hoje.
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  — Claro, o vestido. Não o seu temperamento, né %Hoseok%?
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  — Meu temperamento? — %Hoseok% riu, um riso seco, incrédulo. — Eu passei a noite toda vendo aquele idiota do Marketing se esfregar em você enquanto você sorria como se estivesse adorando! O problema é meu?
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  %Olga% caminhou lentamente até a poltrona, com a expressão mais exausta do que irritada. Sentou-se com cuidado, cruzando as pernas e apoiando os cotovelos nos joelhos.
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  — Ele é meu colega de trabalho, %Hoseok%. Eu sorrio porque sou educada. Se você acha que qualquer sorriso meu é flerte, então o problema é bem mais embaixo.
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  — Ah, então agora a culpa é minha por ser afetado? Por me importar?
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  — Por ser possessivo, isso sim! — %Olga% rebateu, a voz subindo pela primeira vez. — Por transformar tudo em disputa, como se eu fosse um prêmio que você precisa defender!
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  — Não diga isso. — A voz dele baixou, mas os olhos ainda ardiam. — Não diga isso porque você sabe que eu nunca te tratei assim. Mas me desculpa se me incomoda ver outro homem tocando você como se tivesse esse direito.
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  O silêncio caiu por alguns segundos, denso e quente como a própria raiva que ainda os cercava.
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  %Olga% suspirou, apoiando a cabeça nas mãos.
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  — Eu não sou sua inimiga, %Hoseok%.
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  — Às vezes parece que é — ele rebateu, cansado. — E o pior é que... mesmo agora, com essa raiva toda, tudo que eu consigo pensar é em como você está linda com esse maldito vestido.
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  — A gente briga tanto — ela murmurou. — E mesmo assim…
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  — Porque você não pôde simplesmente me ouvir quando eu te pedi para trocar de vestido?
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  — Porque eu não sou sua boneca, %Hoseok%! — %Olga% explodiu, os olhos faiscando. — Você me pede, eu digo não, e pronto, a gente entra em guerra? Que tipo de relacionamento é esse?
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  — Um onde eu me importo com você! Onde eu me importo com o jeito que te olham! Você acha que aquilo me faz bem? Ver todos os caras do evento babando por você como se estivessem prontos para pular em cima?
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  — Então o problema não é o vestido, é o seu ego ferido — ela cuspiu as palavras, cruzando os braços. — Porque Deus me livre alguém me achar bonita e você não conseguir lidar.
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  — É claro que me fere, %Olga%! — %Hoseok% deu um passo na direção dela, a voz tensa. — Porque enquanto você se diverte com a atenção, eu fico ali, como um idiota, tentando fingir que não quero arrancar os olhos de todo mundo naquele salão!
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  — Isso não é amor! Isso é controle! — Ela rebateu, agora cara a cara com ele. — E se você não sabe a diferença, talvez você seja mais perigoso pra mim do que qualquer cara que tenha me olhado essa noite.
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  A respiração dele travou. A dela também. Por um momento, ambos congelaram. A distância entre seus corpos era praticamente inexistente agora. O silêncio seguinte foi como um trovão prestes a explodir.
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  — Você me provoca de propósito. — %Hoseok% murmurou, entre dentes. — Veste isso. Sorri pra todo mundo. Me desafia com esse olhar.
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  — E você acha que pode me calar só porque fica excitado quando me vê assim? — ela rebateu com o mesmo tom baixo e fervente. — Acha que pode me punir com sua raiva, mas no fundo só quer me tocar.
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  A mão dele subiu até o braço dela, apertando com firmeza. Ela não recuou. Ao contrário — ergueu o queixo, desafiando.
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  — Você me tira do sério.
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  — E você me deixa em chamas.
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  Ele puxou o braço dela de repente, não com violência, mas com urgência, e os dois cambalearam até o sofá. Ela tropeçou para trás e caiu sentada, o vestido subindo um pouco nas coxas. %Hoseok% a seguiu, ficando de pé diante dela, as mãos nos bolsos, como se lutasse contra tudo que queria fazer.
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  — Se você continuar me provocando desse jeito, eu juro…
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  — Jura o quê? — %Olga% sussurrou, o olhar desafiador, as palavras como faísca. — Vai me mostrar o quanto te incomoda?
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  Ele se inclinou devagar, o rosto próximo ao dela, as mãos ainda firmes nos bolsos. O cheiro dela o enlouquecia. A raiva dela o incendiava.
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  — Cuidado com o que deseja — ele respondeu, com a voz rouca. — Porque eu sou péssimo em parar no meio.
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  — E eu sou péssima em resistir — ela rebateu, o olhar fixo na boca dele. A respiração de ambos já misturava o ar entre eles, quente, ofegante.
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  Num segundo, o silêncio implodiu.
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  %Hoseok% se inclinou de vez e tomou a boca dela com a dele. Não foi um beijo suave — foi um ataque. A raiva ainda latente se traduziu nos movimentos bruscos, nos dedos dele apertando a cintura de %Olga% com força, nos lábios famintos que exigiam mais. Ela respondeu com igual intensidade, os braços enroscando em volta do pescoço dele, puxando-o para mais perto como se quisesse fundi-los.
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  As mãos dele deslizaram pelas coxas dela, abrindo caminho por entre o tecido do vestido, até alcançar sua pele nua. %Olga% arfou contra os lábios dele, uma mistura de surpresa e necessidade, os dedos fincando nos ombros dele.
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  — Você me provoca — ele murmurou contra o pescoço dela, mordiscando a pele com raiva e desejo. — Me tira do sério e depois age como se não soubesse o efeito que tem.
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  — E você... — ela retrucou, puxando a camisa dele para fora da calça, os dedos entrando por baixo, tocando a pele quente. — Você vive dizendo que me odeia assim, mas nunca consegue se controlar.
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  Ele puxou o vestido dela até a cintura e a deitou de costas no sofá, os olhos flamejando sobre ela. Por um instante, apenas a encarou. Como se quisesse gravar aquela imagem: %Olga% com os cabelos bagunçados, as pernas abertas para ele, os lábios entreabertos e o peito arfando.
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  — Eu não te odeio. — disse, num sussurro rouco. — Eu te quero mais do que deveria.
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  Ela ergueu os quadris em resposta, convidativa, como se dissesse então me mostra.
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  %Hoseok% se abaixou sobre ela, distribuindo beijos quentes e beirando a brutalidade pelo pescoço, clavícula, ombros. Os gemidos dela escapavam sem controle, as mãos agarrando os cabelos dele, guiando, puxando, pedindo mais.
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  Os corpos se encaixando no sofá estreito de forma desajeitada, mas nenhuma parte daquilo era calma ou delicada. Era bruto. Era urgente. Era inevitável.
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  Os movimentos começaram intensos, sem pressa para serem sutis. O ranger do sofá, os sussurros, os gemidos abafados contra bocas e pescoços — tudo era cravado naquele instante.
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  %Hoseok% a puxou com firmeza para mais perto de si, sentando-se com as pernas abertas e fazendo %Olga% se encaixar entre elas, sentada sobre ele, o vestido já levantado até a cintura. As mãos dele deslizaram por suas coxas, espalmadas, sentindo cada centímetro da pele quente. O polegar subia e descia em movimentos circulares, perigosamente próximos da calcinha fina que ainda a separava dele.
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  Ela soltou um gemido abafado, mordeu o lábio inferior, e depois se inclinou para frente, os seios roçando contra o peito dele enquanto o beijava de novo, mais lento, mais profundo. A língua dela invadiu a boca dele com fome, enquanto seus dedos deslizavam pelos botões da camisa de %Hoseok%, um a um, até desfazê-los por completo.
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  — Você é tão ridiculamente bonito... até quando tá com raiva de mim. — Ela murmurou contra a pele do pescoço dele antes de começar a beijá-lo ali, chupando com força o ponto sensível abaixo da orelha, deixando marcas.
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  — E você é insuportável. — ele gemeu baixo, os dedos agora empurrando a calcinha para o lado, roçando contra a pele úmida dela com precisão. — Uma praga na minha vida. E eu quero você mesmo assim.
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  Os quadris dela se moveram por reflexo, pressionando contra os dedos dele. %Hoseok% desceu o olhar para ver a forma como ela reagia ao toque. O prazer evidente. A entrega sem pudor.
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  Dois dedos deslizaram para dentro dela ao mesmo tempo em que o polegar massageava o ponto exato que a fazia perder o fôlego. Ela jogou a cabeça para trás, arqueando as costas, os seios apontando para ele por baixo do sutiã de renda que ainda restava.
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  — Você gosta quando eu te toco assim? — ele perguntou, a voz rouca, os lábios se aproximando de seu colo. — Ou prefere quando eu brigo com você?
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  — As duas coisas. — ela arfou, os olhos brilhando. — Você me enlouquece das duas formas.
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  %Hoseok% puxou o sutiã para baixo e envolveu um dos seios com a boca, sugando com força e alternando com mordidas suaves. A mão livre subiu por suas costas, arranhando até alcançar a nuca, puxando seus cabelos com desejo mal contido.
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  %Olga% gemeu alto dessa vez, os quadris se mexendo sobre os dedos dele, que agora se moviam num ritmo mais intenso dentro dela. As pernas tremiam ao redor do quadril dele, o corpo implorando por mais.
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  Ela então desceu, roçando o corpo no dele até ajoelhar entre suas pernas. Os olhos não se desviaram dos dele enquanto abria o zíper da calça de %Hoseok% com lentidão cruel. Libertou o membro dele com cuidado e, sem uma palavra, o envolveu com a mão, sentindo a rigidez, o calor pulsante.
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  — Ainda bravo comigo? — ela perguntou, com um sorriso provocador nos lábios antes de descer e envolvê-lo com a boca quente e úmida, lenta, firme, profunda.
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  %Hoseok% soltou um palavrão entre dentes, os olhos se fechando, a cabeça tombando para trás.
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  — Você vai me matar, %Olga%...
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  Ela alternava entre a sucção e a provocação com a língua, olhando para ele enquanto fazia. As mãos dele seguraram seus cabelos, guiando levemente os movimentos, até que ele a puxou de volta para o colo, as bocas se encontrando de novo, agora mais selvagens.
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  — Vira de costas pra mim. — ele ordenou, a voz mais grave que nunca.
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  Ela obedeceu sem hesitar, deitando-se de bruços sobre o sofá estreito, com o vestido ainda amassado na cintura. %Hoseok% se posicionou atrás, afastando as pernas dela com os joelhos, e se inclinou sobre ela, uma mão firmando sua cintura, a outra segurando seu quadril com força.
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  — Você tem ideia do que faz comigo? — ele perguntou, os lábios colados à orelha dela. — De como me deixa completamente fora de mim?
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  — Então mostra. — ela respondeu, ofegante. — Mostra o quanto me odeia, %Hoseok%.
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  Ele a penetrou com força, de uma vez, arrancando um grito abafado de prazer dela. O sofá balançou sob o impacto, os corpos se moldando entre empurrões ritmados e beijos desesperados. As mãos dele exploravam cada curva dela com avidez, os dedos marcando sua pele, os gemidos abafados contra a almofada enquanto o mundo ao redor simplesmente desaparecia.
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  %Hoseok% se inclinou sobre ela, o peito colado às costas suadas de %Olga%, os quadris se movendo num ritmo firme e impiedoso. Cada estocada fazia o sofá ranger e o corpo dela estremecer, as unhas cravadas no estofado, as pernas entreabertas tentando manter o equilíbrio.
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  — Assim…? — ele sussurrou entre os dentes, os lábios roçando o lóbulo da orelha dela. — Era isso que você queria quando me enfrentou com aquele maldito vestido?
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  Ela apenas gemeu, arfando, o rosto pressionado contra a almofada.
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  — Responde, %Olga%. — ele rosnou, apertando sua cintura com mais força. — Você queria me provocar até eu perder o controle, não queria?
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  — Eu queria que você me lembrasse… — ela ofegou, virando o rosto para que ele a ouvisse. — ...quem manda aqui.
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  %Hoseok% soltou um riso baixo, animalesco, e enfiou mais fundo, arrancando outro gemido desesperado dela.
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  — Quem manda aqui somos nós dois, e você sabe. — Ele mordeu o ombro dela com força, depois beijou ali, como se pedisse desculpa e castigo ao mesmo tempo. — Mas eu vou te lembrar assim mesmo.
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  Ele puxou o corpo dela com uma das mãos, erguendo-a de leve, para que ficasse parcialmente ajoelhada sobre o sofá. O novo ângulo fez com que ela arqueasse as costas e soltasse um gemido mais alto, descompassado, o prazer se acumulando com mais intensidade.
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  Os quadris dele batiam contra ela com estalos ritmados, cada vez mais fortes, mais fundos, enquanto a mão livre de %Hoseok% deslizava pela frente do corpo dela, buscando seu ponto mais sensível. Os dedos se moveram com destreza, circulares, pressionando no ritmo exato da penetração.
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  — %Hoseok%… — ela gemeu alto, quase chorando. — Eu vou...
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  — Então goza pra mim. — ele ordenou, a respiração descontrolada contra o pescoço dela. — Goza sendo minha. Só minha.
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  Os movimentos se tornaram mais intensos, quase desesperados. O sofá rangia, as respirações se misturavam em gemidos abafados, os corpos suados, colados, tremendo. Ela arqueou o corpo de uma vez, soltando um grito sufocado, o clímax a sacudindo inteira enquanto os músculos se contraíam ao redor dele.
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  — Merda... — ele rosnou, enterrando-se nela uma última vez, o corpo inteiro estremecendo contra o dela, até que ele também se entregasse, com um gemido rouco, quebrado, como se a alma também escapasse junto.
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  Ficaram assim por um momento — ele ainda dentro dela, os corpos colados, o sofá afundado, os corações disparados. %Hoseok% deixou o rosto descansar entre as omoplatas dela, sentindo o cheiro da pele misturada ao suor, ao sexo, à raiva que agora era só silêncio.
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  Ele foi o primeiro a se mover, saindo devagar, com cuidado. As mãos deslizaram pela cintura de %Olga% com carinho inusitado depois de toda aquela brutalidade. Ela caiu de lado no sofá, os olhos fechados, o corpo mole, os lábios entreabertos.
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  — Isso resolve nossa briga? — ele perguntou, ofegante, o cabelo grudado na testa.
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  Ela abriu os olhos devagar, encarando-o com um sorriso de canto.
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  — Não. Mas me ajuda a lembrar porque é tão difícil ir embora.
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  %Hoseok% sorriu também, fraco, como quem sabia que estavam condenados a repetir aquele ciclo. Ele se aproximou de novo, deitando-se por cima dela com o peso do corpo suavizado, e beijou os lábios ainda quentes.
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  — Então fica. Só por essa noite. — ele sussurrou.
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  — Só por essa noite. — ela mentiu, sabendo que nunca seria só por uma noite.
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❤️‍🔥❤️‍🔥❤️‍🔥

  O silêncio que veio depois era pesado, denso, como se tudo ainda estivesse suspenso no ar — o cheiro do sexo, a raiva que não se dissolveu completamente, a confissão muda que acontecia nos olhares cansados.
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  %Olga% ajeitou o corpo no sofá estreito, com um suspiro baixo. A pele ainda ardia onde os dedos dele haviam apertado, os músculos doloridos em partes que ela nem sabia que existiam. Passou as mãos nos cabelos, tentando domá-los, e então se sentou, puxando o vestido até os quadris, respirando fundo.
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  %Hoseok% já estava de pé. Ainda ofegante, mas em silêncio, ele se afastou devagar. Pegou a calça jogada no chão e a vestiu com pressa, os olhos passando rapidamente por ela uma última vez antes de seguir para o corredor.
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  Ele não disse nada — e não precisava.
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  %Olga% observou enquanto ele desaparecia pela porta do quarto. Então ficou ali, sozinha por alguns instantes, cercada pelos próprios pensamentos e pelo som abafado da casa, que parecia finalmente se acalmar.
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  Com cuidado, ela se levantou, as pernas ainda trêmulas, e pegou a lingerie que havia sido arrancada com pressa mais cedo, largada próxima à poltrona. Vestiu a calcinha de volta, ajeitou o sutiã e depois deixou o vestido escorregar pelos ombros, deixando-o cair ao chão como se aquilo também fosse um alívio.
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  O sofá estava amassado, o estofado ainda morno pelo calor dos corpos. %Olga% passou as mãos sobre ele como quem tenta apagar evidências, mas acabou apenas se sentando outra vez, exausta, as costas apoiadas no encosto.
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  %Hoseok% voltou pouco depois. Trocara de roupa — agora vestia uma calça de moletom escura e uma camiseta larga. Carregava uma camiseta dele dobrada nas mãos, que estendeu para ela em silêncio.
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  Ela a pegou. Sem perguntas, sem sorrisos. Apenas puxou a peça pela cabeça, o tecido ainda com o cheiro dele, ainda quente. Cobriu o corpo e suspirou fundo.
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  %Hoseok% não voltou para o quarto. Ao invés disso, sentou-se no sofá ao lado dela, o corpo tão próximo que os ombros se tocavam. Ele puxou a manta que estava jogada no braço do sofá e a cobriu sobre os dois, como se aquele gesto contivesse tudo que nenhum dos dois sabia dizer.
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  %Olga% deitou a cabeça no ombro dele, ainda sem falar. Ele não afastou. Apenas deixou a mão descansar sobre a perna dela, como se aquilo fosse o único jeito que conheciam de fazer as pazes.
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  Não houve desculpas. Nem promessas.
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  Só a certeza de que, por mais que tentassem, não sabiam mais existir longe um do outro.
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  E naquele sofá, em meio aos restos do caos, adormeceram juntos.
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  Incapazes de se afastar.
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Lelen

Será que esses dois vivem se bicando assim? UHASOIDANOID
Tudo bem, a “reconciliação” foi boa, mas imagina isso a longo prazo? NASDOANODAS
E o Hobi ciumento? hmmm Gosto da ideia dele com a expressão séria HEHEHEH
Mas segura aí, homem! Se bem que, eu imagino que a Olga não deve ficar muito para trás :B

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