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#001 Temporada

Give Your Heart a Break
Demi Lovato




Sem Compromisso, Sem Paixão, Apenas Diversão

Escrita por Bekah Malta | Revisada por Songfics

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  (N/A: Se quiser coloque a música Give Your Heart A Break – Demi Lovato para carregar, e dê play quando eu indicar)

  Ser solteira para muitos é uma coisa ruim, principalmente para muitas pessoas da família; acham que você está ficando velha e que precisa ter alguém em sua vida, mas nem todos pensam assim, nem todos querem se amarrar a alguém. Ter que ficar dando explicações sobre onde você vai, com quem vai, o que vai fazer, já passamos pela fase obrigatória de dar explicações para alguém, que era nossos pais.
  E eu era uma das pessoas que não queria se amarrar a alguém nem tão cedo. Posso dizer que cometi a grande burrada ao ter namorado um cara por dois anos e meio, para depois ele simplesmente querer experimentar outras coisas. Então eu só queria saber de curtir; nos finais de semana ir para barzinhos, casas noturnas, pegar alguns caras sem compromisso algum, apenas festejar e beber.
  Era final de semana e mais uma vez eu queria sair e me distrair.
  Entrei no meu apartamento fechando a porta com o bumbum e já tirando os sapatos de salto alto de meus pés, eu gostava da minha profissão de corretora de imóveis, mas era muito cansativo, eu chegava em casa todo santo dia com os pés doendo de ter ficado o tempo todo em pé apresentando casas e de salto alto nos pés.
  Me joguei no sofá pegando o celular e discando os números do celular da minha melhor amiga, não demorou muito até atender a chamada.
  - Fala, .
  - Oi Eva. – falei de uma forma tentando ser meiga.
  - O que você quer, ?
  - Eu quero saber como você está, amiga.
  - Estou bem e você?
  - Estou bem também, Eva.
  - Que bom, agora, o que você quer?
  - Nossa, quanta delicadeza. – reclamei fingindo estar meio magoada enquanto com certeza, Eva revirava os olhos. – Quer ir comigo em um pub que abriu a pouco tempo? – dei um sorriso largo como eu sempre fazia para convence-la de algo, mas ela não veria meu sorriso naquele momento.
  - Não , estou cansada demais para sair hoje.
  - Vai por favor Eva.
  - Quem sabe da próxima.
  - Serio mesmo que você não vai comigo?
  - Não vou amiga, eu estou muito cansada.
  - Tudo bem. – falei meio chateada por ela não ir comigo.
  - , vai e se divirta, não deixe de sair e festejar porque não vou contigo.
  - Não vai ser a mesma coisa sem você, amiga.
  - Vai sim , quando você começar a beber e dançar feito maluca, você nem vai mais se lembrar da minha pobre existência.
  - Você é uma vaca, Eva.
  - E você, uma puta como sempre. – ela soltou uma risada.
  - Está certo, vou me arrumar, beijos.
  - Beijos e não se esqueça da camisinha.
  - Pode deixar, mamãe. – ela soltou uma risada nasalada e encerrou a chamada em seguida.
  Fui para meu quarto e separei minha roupa um vestido de tubinho meio curto e um sapato de salto alto; eu podia chegar com meus pés fodidos todos os dias por causa deles, mas eu os amava e não deixaria de usar saltos por causa disso.
  Tomei um banho digno de rainha e comecei a me arrumar em seguida.

  Assim que terminei de me arrumar, peguei as coisas necessárias que iria levar e saí de casa.
  Ao chegar no destino, estacionei o carro no estacionamento próprio, que era ao ar livre, e saí arrumando meu vestido, fechei a porta do carro com o bumbum e arrumei meu cabelo no vidro da porta do meu carro, até que enfim fui andando até a entrada do barzinho.
  Na porta de entrada havia dois seguranças, eles me entregaram uma pulseirinha e fizeram uma pequena revista em mim. Eu não reclamei, pois sabia que aquilo era para o bem dos que estavam lá dentro, pela segurança de todos.
  Assim que entrei e vi o local lotado, me senti meio perdida por não ter Eva ao meu lado, ela sempre sabia onde ir primeiro.
  Na pista de dança eu não iria primeiro, pois não estava bêbada o suficiente, eu danço mal e assumo isso, então para ir para a pista eu precisava estar bastante bêbada e/ou na companhia de Eva para passar essa vergonha.
  Então a primeira coisa que eu faria, era ir para o bar.
  Esbarrei em umas pessoas, e com muita educação fui pedindo licença até em fim consegui chegar no bar, me sentei e respirei fundo, no segundo seguinte o bartender estava a minha frente sorrindo de lado e não posso negar, que aquele sorriso dele brincava legal com a minha imaginação. Seus olhos claros e seu cabelo louro me deixava boquiaberta. O cara é lindo e não tem como negar.
  Era realmente uma pena que eu esteja apenas a procura de diversão e não de um relacionamento sério.
  Se bem que eu poderia me divertir com ele sem ter que ter um compromisso, sexo casual apenas. Mas teria que saber se ele também estava afim de apenas diversão de uma noite.
  - O que a senhorita deseja. - ele colocou as mãos no balcão e não pode não reparar em seus braços por baixo da camiseta, ele não era tão fortão, mas tinhas uns músculos.
  - Uma bebida forte por favor.
  - Já vai começar extravasando?
  - Pois é, quero beber até esquecer meu nome. – ele soltou uma risada nasalada e foi preparar meu drink.
  Assumo também que quando ele deu as costas para mim eu fiquei de olho da bunda dele, e coisas perversas invadiram minha mente nada inocente.
  Uns minutos depois o bartender voltou, passou um pano no balcão a minha frente e depositou uma taça de bebida a minha frente.
  - Um Apple Martini para a senhorita. – o sorriso de lado não abandonava sua boca.
  - Obrigada. – peguei a taça e dei um gole, a bebida era muito boa. – Meu Deus, que delícia.
  O bartender me olhava atentamente.
  - Sabia que você iria gostar. – ele disse risonho.
  - Acertou em cheio. – pisquei para ele. - O que tem nesse drink?
  - Apenas vodca, licor de maça e Cointreau.
  - Nossa. – tomei o resto do drink. – Mais um, por favor.
  - Tudo bem.
  Logo ele estava entregando mais uma taça com a bebida e em seguida foi atender outros pedidos.
  Uns drinks depois, fui para a pista de dança ainda, mais porque estava tocando minha música favorita. Eu me mexia da melhor forma que eu podia e sabia. Mexia meus quadris para lá e para cá.
  Fechei meus olhos e mexi em meus cabelos, coloquei os braços para cima e quando abri os olhos, vi o bartender me olhando com o sorriso de lado, sorri de volta e voltei a me mexer no ritmo da música.

  Assim que a música acabou, voltei para o bar e me sentei, não demorou e o bartender estava novamente a minha frente.
  - Me dá mais um apple Martini?
  - Já trago seu pedido.

  Assim que vi que estava alegrinha demais, resolvi que era hora de ir para casa. Antes queria beber até esquecer meu nome, mas acabei desistindo dessa ideia.
  Quando eu estava saindo da pub o bartender também estava saindo, ele estava mais à frente, distraído com seu celular, cheguei perto dele de fininho e disse:
  - Mas já está indo embora?
  - É, já deu minha hora.
  - Pensei que vocês ficassem até a fechar.
  - Geralmente eu fico, mas tem sábados em que preciso trabalhar cedo, e amanhã terei que levantar cedo para trabalhar.
  - Seu patrão é bem legal, para te liberar antes da hora.
  - É, ele bem legal.
  - E você está indo para casa?
  - Sim, só estou esperando um taxi. Ou seja, um amigo meu.
  - Certo. – me aproximei ainda mais dele e fiquei o observando enquanto eu mordia o lábio inferior, ele parecia ainda mais bonito do que já era e a atração que eu estava sentindo por ele era ainda maior, eu podia agarrá-lo ali mesmo no meio da rua.
  - Está tudo bem com você? – sua cara estava meio confusa, com um pouco de preocupação.
  - Sim, estou. Eu só estava me perguntando se você é casado, está namorando ou é solteiro? – ele soltou uma risada nasalada e me olhou.
  - Sou solteiro.
  - Perfeito. – continuei mordendo o lábio inferior.
  - Por quê?
  - Porque eu posso pegar você sem ficar com o peso na consciência depois.
  - Você está bêbada. – soltou mais uma risada.
  - Não estou não, tenho muita consciência de meus atos. Vamos, será divertido, uma transa casual, sem muitas perguntas, sem ligações no dia seguinte, não precisamos nem saber o nome um do outro, se assim achar melhor.
  - Isso é novidade para mim.
  - Qual parte, a do sexo casual ou a de uma mulher estar de propondo isso? – ele passou a observar o movimento da rua.
  - A da mulher estar me propondo isso.
  - Não vejo nada de errado nisso, estamos no século vinte um, é normal. Vamos, eu sei que você quer aceitar.
  Ele respirou fundo e me olhou.
  - Tudo bem, preciso me divertir um pouco também.
  - Isso. E para deixar claro, mesmo eu tendo proposto isso para você, eu não sou uma vadia. – falei caminho até meu carro e ele em meu encalço.
  - Acredito em você.
  Assim que cheguei perto do meu carro e ia entrar no lado do motorista, ele me impediu, me encostando no carro e disse:
  - Eu dirijo, não queremos sofrer um acidente; querendo ou não, você não estava em muitas condições de dirigir.
  Ele falou bem pertinho da minha boca e, no impulso, juntei nossas bocas em um beijo meio quente.
  E olha, que beijo bom.
  - Por mim tudo bem, mas muito cuidado com meu carro. – falei bem próximo a sua boca, assim que parti o beijo.
  E no segundo seguinte nossas bocas estavam coladas novamente em mais um beijo ardente.
  Ele segurava minha nuca com uma mão e a outra mão ele apoiava no carro. O ar estava começando a faltar em meus pulmões, mas eu não estava nem um pouco afim de quebrar aquele beijo.
  Mas ele fez aquilo por mim, ele me olhou por um tempo e sorriu de lado em seguida, e quando ele ia voltar a me beijar me desvencilhei dele e dei a volta entrando no carro no banco do passageiro.
  Em seguida ele também entrou no carro e arrancou pelas ruas da cidade.

  Entramos na casa dele aos tropeços por conta dos beijos que dávamos, com o pé ele fechou a porta principal da casa.
  Mais uma vez naquela noite me desvencilhei dele e dei uma olhada pela sala, mas logo ele me tomou em seus braços e começou novamente a me beijar.
  O bartender passou seus braços por baixo dos meus joelhos e, num impulso, pulei em seu colo, cruzando minhas penas em seu quadril; ainda aos beijos, ele foi me levando para seu quarto. Não prestei atenção no caminho em que fazíamos, mesmo que ele tivesse quebrado o beijo, mas eu aproveitei aquilo para começar a distribuir beijos em seu pescoço, mordidas e lambidas também, enquanto arranhava e apertava suas costas e ombros.
  Ele se virou de costas para a porta de seu quarto e em seguida a abriu. Já dentro do quarto, ele me tirou de seu colo e me prensou na parede.
  Seus beijos foram descendo da minha boca, para o pescoço e colo, e do meu colo, subiu novamente para meu pescoço, me fazendo arrepiar. O cara tinha pegada.
  O bartender pegou meu braço com certa força e me virou de frente para a parede, colocando minhas costas em seu peito, e elevou meus braços. Suas mãos passeavam pelo meu corpo, apalpando cada centímetro dele, principalmente meus seios; sua sorte era que eu estava sem sutiã, pois com aquele vestido não era preciso.
  Uma de suas mãos, devagar, foi escorregando por minha barriga, criando em mim uma grande expectativa de onde aquela mão iria parar.
  Nos segundos seguintes, adentrou a saia do meu vestido, levantando-a uns centímetros. Devagar e com uma certa pressão, passou suas unhas curtas na parte interna da minha coxa direita. Joguei minha cabeça para trás, encostando-a no ombro dele; enlouqueci ainda mais quando senti sua boca ser encostada em meu ouvido e, de forma sensual, falou:
  - Você quer se divertir, gata? – lambeu o lóbulo da minha orelha e passou dois dedos por toda a extensão de minha intimidade até o clitóris, demorando um pouco mais nesse ponto sensível.
  - Q-quero. – reprimi um gemido de prazer, mordendo meu lábio inferior.
  - Então para ter, você terá que implorar. – a umidade no meio das minhas pernas só aumentou.
  Em uma fração de segundos ele começou a esfregar seus dedos indicador e médio em meu clitóris. Gemidos baixos escapavam de minha garganta, eu já não tinha mais controle algum sobre meu corpo.
  Não demorou muito até ele tirar a mão de minha intimidade, antes que eu gozasse; aquilo me deixou um pouco irritada. Meu corpo implorava para que ele continuasse a me tocar.
  Me virei para ele e seu olhos transbordavam desejo, assim como com certeza estava os meus.
  Alguns dos homens (que não foram muitos) com quem me deitei, conseguiam me deixar excitada, mas nenhum deles me deixou louca para tê-los como aquele bartender fazia. Eu pulsava, pegava fogo por ele. Como conseguia fazia aquilo?
  Com pressa, arranquei sua camiseta branca, por um tempo fiquei observando seu tanquinho, e atendendo a desejos meus, passei minhas mãos por seu abdome definido, devagar, aproveitando cada centímetro daquela maravilha.
  Chegando ao cós da sua calça, o agarrei e o puxei, trazendo aquele Deus grego para mais pertinho de mim, ameacei adentrar minha mão ali dentro e ele jogou a cabeça para trás mordendo o lábio inferior.
  Enquanto eu dava beijos e lambidas em seu peitoral, desafivelava seu cinto, sem muita pressa.
  Quando finalmente sua calça estava pronta para ser arrancada de seu corpo, espalmei minhas duas mãos em seu peitoral, invertendo as posições em que estávamos, agora o deixando contra a parede.
  Arranquei a calça de seu corpo, e sem ameaças adentrei sua cueca box com a mão, encontrando seu membro totalmente ereto e pulsante, novamente ele fechou os olhos e jogou a cabeça para trás e gemendo baixo, aquele foi gás preciso para mim, para que eu começasse a passar a mãos por toda sua extensão, o masturbando.
  Quando aumentei a velocidade da minha mão, ele agarrou meus cabelos e aproximou seu rosto do meu pescoço e ali ele dava beijos, chupadas e gemia baixo.
  - Eu vou gozar.
  Dito aquilo, parei o que fazia, retirei minha mão dali de dentro.
  Foi questão de segundos para que ele agarrasse a barra do meu vestido, passasse por minha cabeça e estivesse jogado no chão. O bartender gostoso encarava meus seios, demostrando estar maravilhado com o que via, então se aproximou mais de mim, segurando meus quadris, e me levou para a cama.
  Assim que me deitei na cama, ele engatinhou até mim e logo tratou de abocanhar meu seio; um gemido sôfrego escapou de meus lábios. Suas mãos desceram até as laterais da minha calcinha e a tirou de meu corpo.
  Assim que ele tirou sua atenção dos meus seios, grudou novamente nossas bocas em mais um beijo ardente, tratei de tirar sua cueca com os pés mesmo, de qualquer jeito.
  Bem que ele falou que eu teria que implorar, pois assim que seu membro estava livre da cueca, ele não perdeu a chance de me torturar, esfregando nossas partes íntimas sem penetrar.
  Enlacei minhas pernas em sua cintura, para que ele acabasse logo com aquela tortura.
  - O que você quer, gata?
  - Quero que você me foda. Com força.
  Em seguida ele me penetrou, fazendo movimentos lentos de início. Cravei minhas unhas em suas costas e então começou a estocar cada vez mais rápido e fundo.
  Muitos gemidos e estocadas depois, gozamos.
  Ele se jogou ao meu lado na cama, me cobri com o lençol branco e ficamos ali por um tempo observando o teto branco do quarto dele.
  Uns minutos depois de ficarmos encarando o teto, eu reforcei o que já havia dito, antes de tudo acontecer.
  - Foi ótimo, mas não irá acontecer novamente. – posso parecer bastante fria, mas é melhor ser assim do que ganhar mais um coração partido.
  - Por mim está ótimo. – eu não estava arrependida daquilo, foi bom... muito bom. – Não quero compromisso algum. Não sou um cara do tipo que se apaixona e nem pretendo.
  - Também não quero compromisso. – não sei bem o porquê, mas aquilo meio me atingiu; eu esperava e não esperava por aquelas palavras dele.
  Me levantei da cama e fui em busca das minhas roupas pelo quarto.
  Assim que me troquei, ele me guiou até a porta de entrada e sem sabermos o nome um do outro ou o número do telefone, fui embora sem olhar para trás.

  Duas semanas depois...
  Antes de seguir para o trabalho, passei em minha cafeteria preferida para tomar café.
  Fiz meu pedido e escolhi uma mesa mais ao fundo da cafeteria, que estava lotado àquela hora da manhã. Não tinha muito jeito de fugir da lotação da cafeteria, mas onde aquela mesa estava localizada, estava um pouco tranquilo, e foi ali que fui me sentar.
  Enquanto eu tomava meu café, eu checava meu e-mail em busca de novas informações sobre meu trabalho, mas parei o que fazia quando ouvi alguém me chamar, e então o encontrei ali, em pé perto da minha mesa, sorrindo de lado.
  - Menina do bar? – meu sorriso se desfez, como ele tinha me encontrado? Há duas semanas eu não ia para o pub por conta do cansaço do trabalho.
  - O que faz aqui? Como me encontrou? – fechei meu computador, prestando atenção somente nele.
  - Não pense que estou te seguindo.
  - Não?
  - Não. Só vim pegar um café e seguir para o trabalho, te encontrei por acaso.
  - Certo.
  - Essa é minha cafeteria preferida, venho aqui quase todos os dias.
  - Essa é a minha cafeteria preferida. – falei a ele, em um tom de indignação.
  - Então temos algo em comum.
  - Não pense que isso mudara algo entre nós. – no fundo, no fundo, no fundo eu desejava o contrário. O que estava acontecendo comigo?
  - Não espero que mude, só fiz uma pequena observação.
  - Tudo bem. Então quer dizer que vocês incentivam as pessoas a beberem desde cedo? – perguntei tomando um gole do meu café, em seguida.
  - Não, o pub só abre de noite. De manhã e de tarde eu sou engenheiro.
  - Puxa, nunca vi um engenheiro que também é bartender.
  - Pois é, eu gosto de inovar. – ele novamente sorriu de lado, me dizendo coisas impuras com o olhar.
  E meu cérebro criou cenas perversas naquele momento, sem as cenas da vez em que dormimos junto.
  - Bom, por falar em trabalho, eu preciso ir trabalhar. – falei começando a juntar minhas coisas espalhadas pela mesa, com certa presa.
  - Tudo bem.
  - Tchau.
  - Tchau.
  Saí às pressas da cafeteria, rumo ao meu trabalho.

  Três semanas depois...
  Algumas semanas se passaram e mais um fim de semana havia chegado. Eu estava cansada por conta da semana inteira corrida, por causa do trabalho.
  Naquele final de semana, por incrível parecesse, eu não estava muito afim de sair. Nas semanas que haviam se passado, quase todos os finais de semana eu ia ao mesmo pub, e a maioria eu acabava novamente na cama do bartender gostoso.
  Mas naquele final de semana em especial eu queria apenas ficar em casa, mas isso não demorou muito, minha amiga estava me ligando:
  - Vamos para um pub hoje?
  - Oi para você também, Eva. E eu estou ótima, obrigada por perguntar.
  - Que bom, então vamos?
  - Não, obrigada Eva, eu só quero ficar em casa, curtindo meu sofá.
  - Ah, vai , vamos por favor, estou tão animada hoje, quero curtir muito essa noite e sem você não tem graça.
  - Serio mesmo, Eva?
  - Sim, por favor, amiga.
  - Ta bom, eu vou, mas você paga as bebidas.
  - Fechado.
  Encerrei a chamada e fui me arrumar.

  Assim que chegamos ao pub, fomos direto para o bar. Bom, Eva foi me puxando até o bar. Assim que chegamos no balcão, ela faltou se deitar nele, o que fez com que seus seios quase pulassem para fora do decote de sua blusa tomara que caia.
  E adivinha quem foi que nos atender?
  Isso mesmo, o barman que eu pegava às vezes, o cara que fez suas bebidas me levarem nua, direto até a cama dele.
  - O que irão querer, garotas? – aquele sorriso de lado não abandonava sua cara e, particularmente, ela ficava ainda mais bonito com aquele sorriso.
  Mas Eva estava encantada por ele, por causa daquele maldito sorriso, e eu queria espancar ele naquele momento.
  Ah, por favor, não pense que é ciúmes. Porque não é.
  - Tequila, por favor. – Eva pediu, sorrindo safada para ele, me segurei para não revirar os olhos.
  - Claro, tequila saindo para as madames. – ele falou sorrindo particularmente para mim.
  - Meu Deus, que bartender sexy, eu pegava e fazia um estrago. – Eva falou me dando uma cotovelada de leve e pousou seus olhos na bunda dele, agora eu queria bater nela.
  - Muito sexy. – falei de forma normal, mas me lembrando bem das noites em que dormíamos juntos.
  - Tequila, para as moças. – ele colocou os copinhos em nossa frente e sorriu novamente em nossa (minha) direção.

  Um tempinho depois, saí da pista de dança sorrindo e com o suor escorrendo por meu pescoço.
  Eu e Eva arrasamos na pista de dança, atraímos a atenção de todos ao nosso redor, de muitos homens e até mesmo de mulheres que admiravam nossa forma de dançar. Eu não estava bêbada, eu só tinha tomada um shot de tequila e um drink sem muito teor de álcool.
  Me sentei em um dos banquinhos do balcão do bar ainda sorrindo, e o bartender gato chegou perto de mim, apoiando suas duas mãos no balcão, sorrindo. Peguei um elástico de cabelo em meu pulso e comecei a arrumar meu cabelo em um rabo de cavalo.
  - O que a senhorita irá querer?
  - Só um copo de água mesmo, essa noite eu só quero curtir, sem ficar bêbada.
  - Você quem manda.
  Logo o bartender gostoso me entregou uma garrafinha de água, mas se manteve ali a minha frente do outro lado do balcão.
  - Se perdeu da sua amiga? – Olhei por toda a pista de dança e não encontrei Eva.
  - Acho que sim. – soltei uma risada, voltando a olhar para ele. – Ela deve estar no banheiro.
  - Você está com um bom humor hoje. – tomei um gole da minha água.
  - Você acha mesmo?
  - Acho, e fico feliz, você é bem mais divertida quando não está de mal humor.
  - Taí uma coisa que eu não ouço todo dia. – rimos. É, eu realmente estava de bom humor naquele dia.

  Ele deu mais uma estocada e enfim gozamos.
  Deitou-se ao meu lado na cama e eu puxei o lençol branco até meus seios, me cobrindo, tentando aos poucos recuperar fôlego.
  - Caraca, você é ótima. – ele sorriu me fazendo olhá-lo e sorrir também. – A cada vez que fazemos isso, fica ainda melhor.
  Mais uma vez eu e o bartender tínhamos transado, e novamente eu não me arrependia.
  - Você também é ótimo. E repito novamente que isso não acontecerá de novo.
  - Você disse a mesma coisa nos outros finais de semana e olha onde estamos novamente. Mas fique tranquila, eu guardo seu segredo. – olhei para ele que sorria e eu soltei uma risada.
  Não sei bem como dizer, mas ele me fazia sentir de uma forma diferente, arrisco até dizer que enquanto estávamos entre quatro parede, eu em seus braços, eu me sentir muito desejada por ele, de uma forma que nenhum outro cara me fez sentir antes, quando eu conversava com ele, a conversa fluía de forma impressionante, sempre tínhamos assunto e facilmente ele conseguia arrancar um sorriso de mim.
  Ele era um ótimo amigo, e ótimo em preparar drinks também, sabia muito bem como tratar uma mulher, principalmente na cama. Ele realmente era ótimo.
  - Eu preciso ir. – me levantei da cama, catando minhas roupas pelo quarto.
  - Mas já?
  - Sim, já amanheceu, Eva deve estar maluca atrás de mim.
  - Tudo bem.

  - Até que enfim a madame resolveu dar as caras. – Eva falou assim que entrei em seu apartamento.
  - Desculpa, eu fui dar uma volta com um amigo e perdemos a hora.
  - Estou vendo mesmo que “perderam a hora”. – ela falou as duas últimas palavras fazendo aspas com os dedos no ar. – Mas me diz, o bartender é gostoso mesmo?
  - Como você...?
  - Eu vi, amiga, quando você e o bartender estavam saindo do pub, juntos.
  - É, posso dizer que ele não bom só em fazer drinks. – Eva caiu na gargalhada.
  - Ah, safada.
  - Novamente ele me surpreendeu. – sorri e fui para a cozinha.
  - O quê? – ela foi atrás de mim. – Então quer dizer que não é a primeira vez que vocês dormem juntos?
  - Não, Eva.
  - Nossa. Mas o que aconteceu com o “não durmo mais de uma vez com o mesmo cara”? – ela disse a última frase, tentado imitar minha voz.
  - Sei lá, Eva. E eu não falo desse jeito.
  - Ele te faz sentir coisas que nenhum outro cara fez, não é?
  - É, mais ou menos isso.
  - Meu Deus, amiga.... Só cuidado para não se apaixonar, tudo bem?
  - Pode deixar, me apaixonar por ele será meio que impossível.
  - É possível sim, . Mas de qualquer forma, tome cuidado.
  - Tudo bem, tomarei. – sorri para ela e tomei um gole de água. Ela piscou para mim e saiu da cozinha, me deixando sozinha ali pensando.

  Peguei meu casaco e saí do apartamento da Eva rumo ao meu, mas antes passei em uma padaria para comprar umas guloseimas, e na hora que eu estava saindo, acabei esbarrando em um cara sem querer, quando olhei para seu rosto, a fim pedir desculpas, eu não acreditei que era ele em quem tinha esbarrado.
  - ? Puxa, quanto tempo, como você está? – ele me pegou de surpresa me abraçando, mas retribui o abraço normalmente.
  - Estou bem, Alex, e você?
  - Estou bem também... que bom que te encontrei, porque eu queria conversar com você.
  - Pode falar.
  - Não quer entrar comigo e nos sentarmos para conversar melhor?
  - Eu estou atrasada, Alex... mas tudo bem.
  Entramos ele escolheu uma mesa em uma área mais reservada ali da padaria, foi cavalheiro e puxou a cadeira para mim.
  Antes que ele se sentasse, foi até o balcão e pediu um pedaço grande da torta doce que sempre pedíamos e dividíamos quando ainda estávamos namorando.
  Logo ele retornou à mesa sorrindo gentil.
  - A sua torta preferida. – ele colocou o prato no meio da mesa.
  - Obrigada. – sorri gentil a ele.
  - Como estão as coisas, ?
  - Estão bem, aos poucos estou evoluindo no trabalho.
  - Fico muito feliz por saber. – ficamos um tempinho sem falar nada.
  - Então, o que você queria conversar comigo? – peguei um pedaço da torta e coloquei na boca, eu amava demais aquela torta.
  - Eu andei pensando muito nesses dias em que ficamos longe um do outro. Percebi que é você que eu quero ter ao meu lado, e eu desejo muito, , que você dê mais uma chance para nós.
  - Então quer dizer que você cansou das outras mulheres, que você quer voltar comigo?
  - É isso, , quero você novamente.
  - Olha Alex, você pediu aquele tempo, querendo ou não tive que ir seguindo a minha vida, e agora tudo está diferente.
  - O que você quer dizer com isso?
  - Que eu não tenho mais certeza se eu realmente quero isso para mim.
  - Mas nós nos amávamos.
  - Sim Alex, mas esse tempo eu usei para pensar se era isso mesmo que eu queria, e a conclusão em que cheguei, é que não, eu não quero isso para mim.
  - Ainda estou tentando entender, aonde você quer chegar?
  - Eu não te amo o suficiente para me casar com você, Alex.
  - Você não pode nem pensar mais sobre o assunto?
  - Eu já pensei e muito sobre isso, Alex. Eu preciso mesmo ir, tchau.
  Peguei minha bolsa e saí às pressas da padaria.
  Eu e Alex namoramos por dois anos e meio, até que um belo dia ele chegou em mim e disse que precisávamos de um tempo; que como eu havia sido sua primeira namorada, ele queria ter a certeza que eu era a certa, que esse tempo que iríamos dar, mostraria a nós dois se realmente amávamos um ao outro, e se nos casar era o que realmente queríamos.
  E quando ele pediu esse tempo para mim, por dias eu fiquei me perguntando o que tinha de errado em mim, pois para ele querer ter a real certeza de que era eu, só poderia ter algo de errado em mim. Caso contrário, por que que ele queria ter outras experiências?
  E para mim, naquela época eu era completamente apaixonada por ele.
  Eu finalmente tinha a resposta. Não amava Alex o suficiente para me casar com ele. Carinho de amigos era tudo o que eu sentia por ele.

  De noite, me arrumei e, sem constatar Eva, perguntando se ela queria ir junto comigo, eu fui até o pub. Assim que eu cheguei, me sentei no banco do bar e logo o bartender veio até mim sorrindo.
  - Olha só quem está aqui novamente. Nossa cliente assídua.
  - Oi, eu quero, por favor, uma bebida forte.
  - Vai chutar o balde hoje?
  - Sim, e chutar quem praticamente me chutou um dia.
  - Nossa. – e então eu percebi como aquela frase saiu.
  - Não é exatamente o que você está pensando, eu não fui exatamente chutada, só pediram um tempo.
  - Você foi chutada.
  - Eu acho que não, afinal, se ele me chutou, por que quer reatar agora? – o bartender me entregou a bebida e espalmou as mãos no balcão.
  - Porque ele cansou das outras mulheres e então quer voltar com a segunda opção, que é você.
  - Eu não vou voltar com ele, não o amo o suficiente para me casar com ele.
  - Vocês estavam noivos?
  - Sim. Ah, quer saber, esquece, você é bartender e não meu psicólogo.
  - O que é bom, porque eu não sou muito bom com conselhos.
  - Percebi.
  - Mas eu tento. – rimos.

  Ele colocou seu rosto em meu pescoço e ali soltou um gemido. Deu a última estocada e chegou ao orgasmo; segundos depois, rolou para o meu lado na cama e me puxou para deitar minha cabeça em seu braço, respirávamos com dificuldade, mas eu não conseguia esconder um sorriso pequeno.
  - Não pense que o que acabou de acontecer foi digamos que, uma distração pelo meu ex ter voltado e praticamente me chamado de segunda opção.
  - Eu não pensei isso. – ele me olhou e sorriu.
  - Obrigada.
  - De nada, madame. – ri fraco.
  E mais uma vez, estando ali nos braços dele, eu me sentia desejada de uma forma incrível; me sentia diferente, mas um diferente bom.
  Lá no fundo, no fundo, o que eu mais desejava era estar ali onde estava, todos os dias, sentindo aquelas coisas gostosas e diferentes causada por ele, somente ele.
  Mas eu sabia que aquilo não poderia acontecer, não poderia, porque da primeira vez em que fomos parar ali na cama dele, ele me falou com todas as letras, “por mim está ótimo. Não quero compromisso algum. Não sou um cara do tipo que se apaixona e nem pretendo.”
  Eu podia ouvir a voz dele dizendo aquilo dentro da minha cabeça, e aquilo me quebrou de certa forma. E ainda estou tentando entender o porquê.

  (N/A: Dê play na música)

The day I first met you
  You told me you'd never fall in love
  Now that I get you
  I know fear is what it really was
  Now here we are, so close
  Yet so far, haven't I passed the test?
  When will you realize
  Baby, I'm not like the rest?

Don't wanna break your heart
  Wanna give your heart a break
  I know you're scared, it's wrong
  Like you might make a mistake
  There's just one life to live
  And there's no time to waste, to waste
  So let me give your heart a break
  give your heart a break
  Let me give your heart a break, your heart a break
  Oh yeah, yeah

 

  Duas semanas depois...
  Uns dias se passaram e eu não apareci mais no pub. Evitava ir lá, para que eu não acabasse na cama dele novamente e ficasse ainda mais confusa sobre o que eu sentia ou deixava de sentir realmente.
  Eu me foquei mais em meu trabalho, evitando pensar no assunto. Até dei um tempo de ir na minha cafeteria preferida, para que não acontecesse de acabar o encontrando ali.
  Mas sempre, nas minhas horas livres, acabava pensando nele. Era durante meu almoço, no jantar, enquanto assistia à televisão, tomava banho e deitava para dormir.
  Eu não conseguia entender como tudo aquilo tinha acontecido, quando aquilo tinha começado... só sabia que ali estava eu pensando nele, praticamente todos os dias.

On Sunday, you went home alone
  There were tears in your eyes
  I called your cell phone, my love
  But you did not reply
  The world is ours if we want it
  We can take it, if you just take my hand
  There's no turning back now
  Baby, try to understand

Don't wanna break your heart
  Wanna give your heart a break
  I know you're scared, it's wrong
  Like you might make a mistake
  There's just one life to live
  And there's no time to waste, to waste
  So let me give your heart a break
  give your heart a break
  Let me give your heart a break, your heart a break
  There's just so much you can take
  Give your heart a break
  Let me give your heart a break, your heart a break
  Oh yeah, yeah

  - No que você anda pensando tanto, hein, amiga? – Eva se sentou ao meu lado no sofá da sala, da casa dela.
  - Não é nada demais, é só sobre umas coisas do trabalho. – sorri pequeno para ela, que me olhou com a cara de desconfiança dela.
  - Me engana que eu gosto, , eu sei muito bem que não é o trabalho que anda rodeando essa mente brilhante. Vai, me conta a verdade.
  - Nem eu sei Eva, como começar.
  - Que tal do começo, amiga?
  - Bem que eu queria, mas nem eu mesma sei como e quando isso começou. – a olhei e depois me afundei mais sobre o sofá.
  - Você está falando do bartender, não é? – ele apoiou o cotovelo no encosto do sofá e a mão na cabeça.
  - Sim.
  - E qual é mesmo o nome dele?
  - Eu não sei.
  - Como não sabe? – ela pareceu bastante surpresa.
  - Eu não perguntei o nome dele e nem ele perguntou o meu. Para mim, iriamos transar uma vez só, então saber os nossos nomes não importaria.
  - Mas isso foi evoluindo, dormiram juntos várias vezes e agora você está apaixonada.
  - Epa, calma Eva, eu não falei que estou apaixonada.
  - Não precisa falar, eu vejo em seus olhos. Toda vez que você fala dele, mesmo que indiretamente, seus olhos adquirem um brilho diferente. Todos os dias você pensa nele, mesmo que sem querer?
  - Eu tento ocupar minha mente com o trabalho, mas acabou, em algum momento, pensando nele.
  - Você está apaixonada por ele, .
  - Mas como? Quando isso começou a acontecer?
  - Amiga, quando o amor vem, nem sempre conseguimos explicar como, quando e porquê ele veio.
  - Não pode ser assim, do nada.
  - Pode sim, algo nele foi te atraindo, te cativando, a paixão foi aparecendo, não tão forte, pois você não percebia, mas foi. E agora ele está mais forte e perceptível a você.
  - Eu só gostaria de entender como?
  - Pare e pense no que nele te cativou mais, e aposto que não foi só o sexo. – rimos e eu taquei de leve uma almofada nela.
  - Boba.
  - Não, é sério Chalotte, pare e pense no que pode ter te levado a se apaixonar por ele.
  - Vou pensar, mas não sei se irei chegar a uma conclusão.
  - Vai sim, sei que vai. – ela bateu de leve em minha coxa e se levantou indo para a cozinha.

When your lips are on my lips
  Then our hearts beat as one
  But you slip out of my finger tips
  Everytime you run

Don't wanna break your heart
  I wanna give your heart a break
  I know you're scared, it's wrong
  Like you might make a mistake
  There's just one life to live
  And there's no time to waste, to waste
  So let me give your heart a break

  Parei, pensei bem o que nele poderia ter me feito ficar apaixonada e talvez seja porque toda a vez que eu o beijava, as sensações que sentia eram completamente diferente; eram sensações que eu jamais senti quando Alex me beijava, e quando estávamos juntos, eu podia jurar que era super apaixonada por ele.
  Quando estava com o bartender, ele me fazia rir sem muitos esforços; quando eu estava nos braços dele, me sentia protegida, mesmo que sem perceber. A forma como ele levava a vida, que era de uma forma não muito sério, me deixava impressionada; a maneira como ele sabia tratar uma mulher, como fazia piadas na hora certa e de forma respeitosa, como falava sério quando era preciso e mesmo não sabendo dar conselhos, tentava, só para ajudar.
  Foram as pequenas coisas nele que me fez ficar apaixonada. Pode parecer loucura, ainda mais para mim, que dizia que não queria mais me apaixonar. Na minha opinião, eu não me apaixonei novamente, eu me apaixonei pela primeira vez de verdade, porque quando eu pensei estar, era apenas uma ilusão, eu apenas queria que aquilo fosse verdade.
  Mas daquela vez era diferente, eu realmente tinha me apaixonado pelo bartender.

'Cause you've been hurt before
  I can see it in your eyes
  You try to smile away
  Some things you can't disguise
  Don't wanna break your heart
  Maybe I can ease the ache, the ache
  So let me give your heart a break
  give your heart a break
  Let me give your heart a break, your heart a break
  There's just so much you can take
  Give your heart a break
  Let me give your heart a break, your heart a break
  Oh yeah, yeah

  Peguei uma garrafa de cerveja e dei uma passeada pelo terraço do prédio da Eva. Ali estava acontecendo a festa do meu aniversário, eu não estava sabendo que aquilo iria acontecer, foi uma festa surpresa e eu queria muito saber como Eva conseguiu planejar e organizar tudo sem que eu ficasse sabendo ou desconfiasse.
  Eu estava amando, o lugar estava cheio de gente e a decoração estava linda, mas quando dei mais uma rondada pelo lugar, encontrei quem eu pensei que não encontraria. Alex estava ali na festa no bar e adivinha com quem ele estava conversando? Com o bartender que eu peguei várias vezes. Eu imaginei também que ele não estaria ali.
  O que os dois estavam fazendo ali? E ainda mais, sobre o que eles estavam conversando?
  Disfarcei como pude e me distanciei de onde os dois estavam sem que percebessem. Corri para todos os lados à procura da Eva, e quando finalmente a encontrei, ela estava em um canto do terraço dançando e bebendo.
  - Eva.
  - Amiga, parabéns de novo! – ela me abraçou sorrindo, pelo menos aquela louca não estava bêbada.
  - Obrigada, mas preciso que você me responda uma pergunta.
  - Qual, amiga?
  - O que o Alex e o bartender estão fazendo aqui?
  - Ué, eu os convidei! Achei que você iria gostar da presença deles.
  - Eu até gostaria, se apenas o bartender tivesse vindo, o Alex não. E ainda por cima, os dois estão conversando.
  - , olha, uma hora ou outra você terá que tomar sua decisão. Dizer de uma vez por todas que não quer casar com o Alex, e dizer ao bartender que você está apaixonada por ele. Ou ficar com o Alex e dizer adeus ao barman.
  - Eu já estou decidida, Eva, mas essa decisão não precisava ser tomada agora.
  - Será melhor para você, amiga, não continue mais se enganando, querida, o que tiver que ser, será.
  - Tá. – respirei fundo, dei as costas à ela me afastei.

  Na escada de incêndio se encontrava eu e Alex sentados, conversando sobre minha decisão.
  - Eu sinto muito, Alex.
  - Tudo bem, as pessoas mudam, não posso colocar a culpa você, fui eu quem pedi por aquilo.
  - Tenho certeza que você irá encontrar uma pessoa ainda melhor que eu.
  - Acho meio difícil isso, .
  - Mas não impossível.
  - Qual é o nome dele? – Alex me olhou perguntando.
  - O nome de quem?
  - Do cara por quem você está apaixonada.
  - Quem te disse que estou apaixonada por alguém?
  - Sei, porque você parece diferente. Te conheço bem para saber, , você tem um brilho diferente nos olhos, você não vai ficar comigo porque está apaixonada por outro.
  - Eu não ficar com você, Alex, não significa exatamente que posso estar apaixonada por outro. Como eu já te falei, não te amo tanto para me casar com você, pode parecer bem cruel e frio, mas não podemos casar por pena um do outro e ficarmos infelizes.
  - Você tem razão, me desculpe, .
  - Está tudo bem, Alex.
  - E obrigado por tudo. – sorri pequeno e lhe dei um abraço voltando para a festa.

  Joguei em direção da cama e ele caiu sentado nela. Com certa pressa, retirei a blusa do meu corpo e me aproximei dele, sentando-me em seu colo, voltando a beijá-lo de forma urgente.
  Era o , eu tinha certeza absoluta que era ele.
   era o bartender por quem eu estava apaixonada.
  - Caraca, que pressa é essa, hein, ?
  Como finalmente sabemos o nome um do outro?
  Depois que eu deixei o Alex na escada de incêndio, eu fui atrás de , conversamos e finalmente nos apresentamos, dizendo nossos nomes.
  - Estou. Você me deixa maluca, . – falei distribuindo beijos pela boca e bochecha dele.
  - Só se for de prazer, meu amor.
  - De todas as formas, .
  - Cara, se eu não tivesse te sacado da primeira vez, eu diria que você está apaixonada por mim. – ele soltou uma risada, e eu parei os beijos e o olhei.
  - E se eu ficasse, ?
  - Não poderia, eu falei da primeira vez que eu não quero e não vou me apaixonar.
  - Mas não podemos mandar no nosso coração, uma hora pode acontecer.
  - Por isso teremos que nos controlar, é só sexo, lembra? – ele sorriu de lado de forma suave.
  - Só sexo? – ele me olhou profundamente, respirando fundo e adquirindo uma feição mais séria.
  Ele tinha percebido que eu já estava apaixonada por ele.
  - É... olha , você é linda, uma mulher incrível e é fácil um cara se apaixonar por você pelo o que é, e se você estiver apaixonada por ele também, esse cara terá muita sorte. Mas eu não sou do tipo de cara que dá flores e essas coisas clichês.
  - Eu não me importo com isso, , eu também nem gosto do clichê.
  - Você se importa sim, .
  - Não, porque só tendo você está de bom tamanho. Não sei bem quando e como isso aconteceu, mas ter você é o que eu mais desejo, . – ele respirou fundo mais uma vez e falou:
  - Desculpa, .
  Me levantei do seu colo percebendo que de nada adiantaria, era aquilo que ele havia decidido e que ele não estava apaixonado por mim, da mesma forma que eu estava por ele, e seria aquilo.
  Busquei minha blusa no chão do quarto e a vesti, segurando as lagrimas enquanto a fazia. Eu não iria chorar.
  Fui até a porta e quando a abri para sair, ele me chamou:
  - Espera, !
  - Não, está tudo bem, Aiden, é isso que você quer, então irei respeitar sua decisão. Eu entendi que você não sente a mesma coisa que sinto por você, e não vou, nem posso te culpar por isso. Foi um erro isso tudo ter acontecido, eu vou ficar bem, você não precisa e nem deve se preocupar. – falei e em seguida saí do quarto sem olhar para trás.
  Mesmo quebrada por dentro, caminhei até meu apartamento. Durante o trajeto todo fui chorando e pensando em tudo, me xingando de idiota, de burra, de todos os nomes feios possíveis por ter me deixado apaixonar por ele, mesmo sabendo que eu não ficaria com ele no final.

The day I first met you
  You told me you'd never fall in love

FIM