Say When II - Skyfall

Escrito por Júlia Oliveira | Revisado por Pepper

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  - Veja, Andrew, que belíssima propriedade – ouviu senhor no banco de trás, soltou um sorriso debochado.
  - Soube que é herança.
  - Obviamente é, querido – a mãe respondeu – é um castelo!
  - É uma fazenda, querida.
  Desligou-se da conversa dos pais enquanto via, finalmente, os anfitriões. Senhor e Senhora estavam em pé à frente da grande mansão em branco, com milhares de plantas trepadeiras enfeitando. Além do jardim extremamente belo com tantas flores que mal tinha idéia de como nomeá-las. Já conseguia sentir o odor adocicado delas ainda há metros de distancia.
  E então a viu, caminhando tranquilamente segurando uma sesta de frutas, usando um vestido florido que nunca a vira usando e um chapéu primaveril, sorridente, ela se uniu aos pais, sorrido de uma forma maliciosa.
   era uma deusa. Um cabaré em brasas. A escritora, artista... tudo o que ela quisesse ser. Disso tinha certeza, ela era um baú cheio de segredos, do qual em quase seis meses de encontros fervorosos de desejo, ele nunca soube decifrar.
  Se, se encontrava com outras mulheres? Claro, nenhum dos dois pedira exclusividade, mas não sentia a mesma coisa. O ápice era sempre melhor com ao seu lado, as vezes nem era alcançado sem ela. O que mais lhe excitava, talvez, fosse o fato de insistirem em falsos encontros casuais que sempre eram combinados via SMS. Ou ligações diretas.
  Parou o carro em frente a família, viu-se devorando as belíssimas pernas de enquanto cumprimentava seus pais.
  Os mais velhos logo entraram em uma conversa amistosa sobre a propriedade, Senhora logo se dispôs a perguntar tudo sobre o terreno, enquanto Senhor e limitaram-se a caminhar até a adega, sorriu ao ouvir elogios da senhora .
  - Quanto mais lhe encontro, mais lhe acho encantadora, . – Senhora sorriu enquanto abraçava a garota.
  - Devo dizer o mesmo. – Senhor disse, beijando a mão da mocinha. Ela ficava cada vez mais corada, riu, ainda mais quando viu a expressão de “Elogie-a também, ”. Soltou um suspiro.
  - Eu não preciso elogiá-la, Mamãe. – riu – ela sabe o quanto acho-a maravilhosa.
  - Por favor, sem elogios, estou ficando envergonhada – a garota sorriu, tampando as bochechas – é sério.
  Os seis riram enquanto a garota escondia as bochechas vermelhas e caminhavam em direção a mansão.
  Estar tão perto de sem poder tocá-la estava deixando louco, suas mãos quase coçavam de vontade de possuí-la.
  - Espero que não se importem com a ausência de ser quase constante... – Senhor quebrou o silêncio enquanto os convidados se sentavam em grandes sofás. – tem alguém muito ocupada com seu quarto romance.
  - Oh, sério? – Senhora sorriu, enquanto entregava as frutas a uma empregada. – O que teremos dessa vez, querida?
  - Síndrome de Estocolmo, honestamente, acho que será o melhor até hoje. – deu de ombros - enquanto o primeiro recebeu uma proposta tentadora para virar filme.
  - Você pretende aceitar, não é? – ajeitou-se na poltrona extremamente confortável que estava, podia até dormir ali.
  - Andei analisando a proposta e ela é quase irrecusável. – sorriu, sentando-se ao lado do pai.   - Faz muito tempo que recebeu a proposta, querida? – a mãe de perguntou novamente.
   - Quase um mês – explicou, ajeitando o cabelo.
  Há quase um mês, e haviam se encontrado em Londres, por que não comentara nada com ele? Quase sentira uma pontinha de ciúmes.
  - Mas ela esta só se fazendo de difícil, no fundo já aceitara a proposta – a Mãe de sorrira – tudo isso é orgulho.
  - É – concordou, fazendo todos no recinto rirem levemente. – ainda me propuseram escolher os atores, então... – ela deu de ombros, sentando-se ao lado do pai e cruzando as pernas: exibindo-as. teve que se remexer um pouco no sofá enquanto sentia um arrepio passar por todo seu corpo: que pernas.
  - Querida, isso é fantástico! – Senhora sorriu – seus pais devem estar extremamente orgulhosos.
  - E como. – o pai de , Senhor , depositou a mão sobre um dos ombros da filha – mas a gente dizia pra ela...
  - Você tem um talento, um dom, tem que compartilhá-lo com o mundo. – a mãe completou, fazendo corar.
  - E foi o que eu fiz. – ela concordou, levantando-se. – se me dão licença, eu tenho que escrever um pouco... – ela pediu, educadamente.
  - Fique à vontade, filha. – seu pai sorriu, ela acenou com a cabeça enquanto adentrava ainda mais na casa.
   obrigou-se a ficar um pouco mais na sala, enquanto os mais velhos conversavam sobre algum assunto desinteressante apenas para não parecer tão mal educado, ou até desesperado para .
  - Querido, - a mãe o chamou de repente. – suba, deve estar cansado da viagem.
  - Na verdade, mãe, eu realmente estou – respondeu, coçando os olhos infantilmente.
  - Gostaria de ir para o quarto, ? – Senhora perguntou.
  - Na verdade, sim. – respondeu novamente.
  - Espere só um instante que vou conferir se seus aposentos estão prontos. – ela levantou-se, caminhando na mesma direção da qual havia ido. Depois de alguns segundos de espera, e a mãe voltaram lado a lado.
  - Vamos, sorriu, de uma forma infantil e marota – seu saco de batata, nem consegue ficar algum tempo dirigindo. – puxou-o pela mão, os mais velhos riram enquanto o arrastava escadas a cima.
  Assim como o resto da casa, o andar de cima, dos quartos, não perdia em nenhum quesito: coberto de uma luxúria clássica de castelos, móveis luxuosos e bem lustrados e o carpete terrivelmente bem limpo. Quando saíram do campo de visão dos mais velhos e estavam longe o suficiente para não serem escutados, a laçou pela cintura, obrigando-a a virar-se para ele.
  - Por que não me contou? – perguntou, enquanto colava a testa da moça à dele.
  - Sobre o que? – ela perguntou, passando os braços envolta do pescoço do rapaz.
  - O romance virar filme. – ele disse, fazendo um bico birrento e infantil.
  - Oh, . – ela o soltou, caminhando para fora dos braços do rapaz enquanto abria uma das portas de madeira clara. – nós temos um relacionamento aberto e livre, não é necessário que eu te conte tudo, certo?
   remexeu-se um pouco desconfortável. “Relacionamento aberto e livre” era a perfeita descrição do que tinha com , mas não era exatamente o que estava sentindo. Claro que nunca cobrara nada da moça, além dos encontros furtivos, escondidos, e as rápidas passagens pelo apartamento um do outro durante algumas madrugadas.
  - Se me lembro bem, você não me disse nada sofre Collins versus Zusak. – ela sorriu, marotamente, indicando o quarto com uma das mãos.
  - Certo, mas são coisas diferentes.
  - Diferentes como? – ela arqueou as sobrancelhas enquanto assistia entrar no quarto azul bebê.
  - Collins versus Zusak corre em segredo de justiça. – ele disse, voltando-se para ela e fechando a porta. Passou a chave enquanto caminhava em direção à janela.
  - E eu estou fazendo mistério com a proposta para surpreender os fãs. – ela disse, dona de uma lógica irrefutável.
  - Certo, vamos parar com essa discussão idiota. – ele deu de ombros, laçando-a pela cintura. passou seus braços pela nuca do rapaz e colou seus lábios, desejosa. Aquele beijo terrivelmente quente, coberto por desejo foi se aprofundando cada vez mais, até que tivesse com um das mãos na cocha de , obrigando-a a laçá-lo com as pernas, de uma forma que ele tivesse que carregá-la.
   deu os passos que os separavam da enorme cama de casal do quarto, deitando-a sobre os lençóis brancos de algodão.
   fechou os olhos enquanto acariciava a nuca de , puxando-lhe o cabelo enquanto ele beijava-lhe o busto, à mostra pelo vestido. Dava pequenas mordidinhas periódicas pelo pescoço, temia apenas deixar marcas muito obvias. mordia os lábios tentando conter alguns murmúrios de prazer.
  - E então, o que temos pra esses dias? – perguntou, enquanto apertava-lhe os ombros.
  - Bem, - ela fez força, jogando-a para o lado e ficando por cima dele: colocando uma perna em cada lado do corpo de . Era uma das coisas que ele mais adorava nela, ela também tinha o controle da situação. – eu tenho alguns capítulos pra escrever, algumas pessoas pra cumprimentar e tudo mais.
  Depois de dizer isso, foi a vez dela de beijar o pescoço do rapaz, enquanto ele apertava-lhe as cochas.
  - E como eu fico enquanto isso?
  - Controlado. – ela respondeu, parando de beijá-lo e sentando-se na cama. – toda a minha família está vindo, sem falar de quase toda a nobreza britânica, desculpe , mas acho que...
  - Vai estar ocupada de mais pra mim.
  - Eu ia sugerir entradas furtivas no meu quarto durante a madrugada... – ela disse, dando de ombros e levantando-se da cama – mas se você prefere desse jeito...
   riu, tomando-a pela cintura novamente e obrigando-a a deitar-se sobre seu peito. Era o melhor jeito que havia de dormir, banhado no odor adocicado do cabelo de enquanto sentia sua respiração. Não que fosse dormir agora, só gostaria mesmo de uma rápida amostra de seu cheiro natural.
  - Então estamos combinados? – ele sorriu.
  - Por mim tudo bem. – ela riu, virando-se e depositando um beijo sobre a testa de – agora, eu tenho que ir.
   arregalou os olhos, assistindo-a levantar da cama e parar a um passo da porta. Apontou para seu membro ereto, ainda com os olhos arregalados.
  - Como eu fico? – abriu um dos braços, indignado.
  - Você tem duas mãos, uma internet wi-fi e suas próprias memórias e imaginação. – ela sugeriu, rindo cinicamente enquanto saía do quarto.

  Esticou-se, ainda esparramado pela cama. Ótimo. Levantou-se enquanto bagunçava ainda mais os cabelos: mal abriu os olhos enquanto passava ao lado da janela e caminhava para o banheiro, onde tomou um banho de temperatura morna, enquanto sentia as gotas batendo violentamente por suas costas.
  Vestiu-se, agora desperto, e desceu as escadas, ouvindo um certo rebuliço no andar de baixo. Caminhou até a sala de jantar, encontrando-a vazia, uma das empregados o informou que o café seria servido no jardim, caminhou até lá: encontrando a família de , seu melhor amigo, a de , sua própria e de mais alguns nobres ingleses. Cumprimentou a todos com alguma simpatia, deixando por ultimo. Sentou-se no lugar vazio entre a dama e .
  - Conte-me como consegue dormir até as onze da manhã? – provocou, sorrindo.
  - Conte-me como consegue não dormir até as onze da manhã em um lugar tão silencioso e fantástico? – retrucou, enquanto era servido de café.
  - Simples, eu acordei em Londres.
  - Então amanhã conversamos sobre essa coisa de horário. – deu de ombros, virando-se discretamente para encarar em um belo par de calças jeans skinny, que delineavam suas pernas de uma forma descontroladamente sensual e uma blusa levíssima de seda sendo coberta por um blaser do mesmo tom azulado da blusa. Teria encarado por mais tempo, mas notaria. – falando em horário, e os negócios?
  - Estou farto dessa coisa da construtora, não sei como meu pai agüentava. – deu de ombros, tomando um gole de seu chá. – eles acham que são donos, que sou novo de mais e mais aquelas chatices. Eu só queria construir a porra do Hospital e ir para as Bahamas. Você não quer ouvir sobre isso, como anda Collins versus Zusak?
  - Contem-me por que todo mundo quer saber desse caso? – juntou suas sobrancelhas em uma só. – até ...
  - Hm? – ela virou-se de repente, ignorando a conversa que estava tendo com alguma senhora e virando-se para os dois.
  - Collins versus Zusak! – disse, feliz que tinha atenção de – o caso corre em segredo de justiça e eu não posso contar nada. Qual é, exatamente o interesse de vocês no caso?
  - Quero saber se Zusak é doente! – sorriu, rindo de uma forma controlada. – ouvi que a defesa vai alegar insanidade mental, mas claramente ele tem total posse de seu juízo.
  - Concordo. – apontou para a moça, sorrindo. – ele tem olhar de psicótico, mas é uma pessoa normal...
  - Só é um pouco maldosa.
  - Ótimo, se querem saber, a verdade é que ele é doente, mas isso só diminui a pena dele um pouco. Talvez dois até cinco anos. – perdeu a paciência. – Podemos mudar de assunto?
  - O que ele tem? – e perguntaram em uníssono.
  - Eu não sei, vocês tem que perguntar isso pra psiquiatra contratada, não pra mim.
  - Oh , - jogou-se novamente na cadeira, desinteressado – você não sabe nada da parte mais interessante do caso, como se acha um bom promotor?
  - Eu tenho seis meses e o caso já está ganho. – ele disse, tomando seu café. – ele foi visto com a faca, tem precedentes e é completamente perverso.
  - Veremos. – disse, virando-se novamente para o lado e ignorando os dois rapazes.

  Assistia a casa: lotada. Tinha tanta gente ali que mal conseguia se situar no gigantesco jardim da propriedade, coberto por damas inglesas e seus chapeis coloridos, os vestidos de seda balançando com a brisa enquanto os homens provavam sua masculinidade dos jeitos mais variados: os mais novos estavam dispostos em frente aos cavalos, os mais velhos erguiam taças de vinho enquanto conversavam com moças – em sua grande parte, pouco interessadas – e os pais, sentavam-se em grandes mesas com suas risadas palpáveis enquanto se gabavam dos méritos dos filhos.
   assistiu o rebuliço da casa enquanto caminhava, solitário, por entre as pessoas. Tentando encontrar ou qualquer outra companhia.
  Avistou ao longe, ao lado de seu pai, um homem mais velho e um rapaz de sua idade. Ele passava um dos braços pela cintura de , que mantinha o olhar entediado em outra direção: parecia alheia ao que acontecia entre os três homens a seu lado. Sei pai pareceu perceber o desconforto da filha e a encarou, perguntando alguma coisa a ela que ela respondeu sem indiferença, tentando se afastar do rapaz que a laçava pela cintura. Deu mais um passo tirando as mãos deles sobre si mesma, ele a seguiu, colocando novamente. Ela o encarou por um segundo: nervosa. Ele ignorou. revirou os olhos e deu a batalha como vencida, mas não passou os braços pela cintura nem por seus ombros. Apenas fez um bico monumental e parou de lutar.

  Sentia-se em ebulição enquanto esperava. Ansiosa: pedira a ele que esperasse acordado para evitar tal fadiga. Aquela ansiedade vergonhosa que a fazia quase tremer, tinha andado em círculos enquanto aprontava-se, nervosa. Não era assim antes, tudo bem que um “encontro” furtivo de baixo do mesmo teto de seus pais enquanto eles estão sãos de suas próprias consciências enquanto dormem era loucura. Uma coisa era bater no quarto dele de madrugada, no apartamento dele, com ele sozinho. Uma coisa era recebê-lo em seu apartamento, sozinha. Outra coisa completamente diferente era bater na porta do quarto onde ele está, na casa de seus próprios pais.
  Seu desejo incontrolável remexeu-se dentro de si. Fazendo-a ignorar os pensamentos racionais em sua mente e colocar a mão sobre a maçaneta dourada, o corpo formigava de ansiedade. Abrir ou não abrir? Ele disse que ela poderia. Encontrá-lo dormindo ou acordado, encontraria : lar de seus desejos mais devassos. Abriu a porta: ignorando seu próprio cérebro e seguindo seu libido.
  Encontrou andando pelo quarto, do mesmo jeito que ela andava há minutos atrás: evidenciando a ansiedade devido ao encontro. Engoliu em seco enquanto dava passos lentos até entrar, verdadeiramente, no quarto. Ele a encarava, desejoso. fechou a porta delicadamente atrás de si mesma, enquanto caminhava – corria, voava feito um raio, se preferirem – ao encontro da moça.
  Antes que ela dissesse qualquer coisa: laçou-a pela cintura, colando seus corpos quentes. Passou seus braços pela cintura da moça, agarrando-a com força e desejo enquanto juntava seus lábios, ainda mais vorazes enquanto suas línguas lutava por espaço dentro da boca do outro. passou seus braços pelo pescoço de , enquanto o puxava para ainda mais perto. Borbulhando, aliviada por finalmente tê-lo tão perto. Passou uma de suas mãos por toda a extensão de suas costas despidas, como pássaros. Acariciou-lhe a região das omoplatas enquanto a outra mão puxava-lhe delicadamente o cabelo.
  Soltaram-se do beijo, já sem fôlego. tomou a liberdade de tomá-la em seu colo enquanto beijava seu pescoço, determinado em deixar marcar por toda aquela região. passou suas pernas pela cintura do rapaz enquanto ele a carregava até a cama, ainda agarrando-lhe a nuca enquanto sentia o odor incrível do rapaz: doce, ardente.
   a colocou sobre a cama, voltando sua atenção para os lábios da moça: já um pouco inchados. Colocou seus joelhos cada um de um lado do corpo da garota, ficando por cima dela enquanto a beijava. apertou seus ombros enquanto tentava puxá-lo para mais perto de si, colando o abdomem definido do rapaz a seu robe, que começava a irritar .
  - Sem conversas dessa vez? – ouviu o sussurro da moça, seu hálito gélido entre seu pescoço e orelha.
  - Se quiser conversar. – ele respondeu, ainda tentando marcas seu pescoço.
  - Claro que não. – ela respondeu, puxando-o para mais um beijo. Concentrou toda a sua força e empurrou , fazendo-o ficar por baixo.
  - Acho que tem alguém aqui com roupa de mais. – ele disse, sentando-se na cama enquanto ficava ajoelhada em sua frente.
  Desabotoou o único botão do robe: passando a mãos pelos braços da moça enquanto o jogava longe. A pele agora estava à mostra, mordeu os lábios inferiores enquanto assistia deliciando-se em seu sutiã, riu sozinha.
  - Vai tirá-lo ou vai ficar apenas olhando? – desafiou.
   obedeceu dignamente, com um movimento rápido conseguiu desatar o sutiã, deixando-o cair sobre o chão. Não perdeu mais tempo e abocanhou um deles enquanto a outra mão a puxava para mais perto, enquanto se deitavam na cama. conteve um gemido de prazer, até por que: sentia tanta falta de tão próximo ao seu corpo.
  Mas ainda não era bom o suficiente. Suspirou, usando as mãos para se afastarem de e olhava um pouco mais pra baixo: encontrando as boxers de , já apertadas para sua ereção. Riu um pouco enquanto passava uma das mãos por seu membro, ereto. A expressão de ansiedade tornou-se ainda mais óbvia. Começou a masturbá-lo por cima do tecido, fazendo-o revirar os olhos.
  - Podemos ir logo com isso? – ele perguntou, contorcendo-se.
  - Depende do que você quer dizer com “isso”.
  Ela largou seu membro e passou a prestar atenção apenas na barra da boxer. Passou seus dedos lentamente pelo elástico, fazendo tremer internamente. riu, parando de rodeios: arrancou aquele pedaço de tecido. Jogando-o fora de seu alcance.
   estava pronto para mudar as posições quando o abocanhou: com vontade. Fazia movimento circulares com a mão enquanto passava a língua por toda a extensão de seu membro: enquanto ouvia e sua força sob-humana para não se descontrolar. Sentia cada milímetro de seu corpo implorando por velocidade enquanto mantinha seu movimento constante, porém, lento. Ardia em chamas. mal conteve uma risada ao vê-lo tão entregue.
  Se descontrolou no que se pareceram horas – mas não passaram-se segundos – fazendo soltar seu membro e trocando as posições: agora estava por cima, no controle.
   também queria fazê-la sofrer um pouco, sabia que quanto mais sedenta, melhor ela era. Passou suas mãos por cada centímetro do corpo da moça: dando atenção especial à suas coxas, apertando-as com vontade enquanto assistia se contorcer, clamando por mais. Abocanhou um de seus seios enquanto apalpava o outro com uma das mãos livres. passou a arranhar suas costas: sinal de que estava gostando.
  Não bastou ficar com uma das mãos livres: soltou seu seio por alguns segundos para que se livrasse da calçinha de , o único pedaço de pano que o impedia de reencontrar o paraíso. Mas desejava ouvi-la implorar por mais, então apenas lançara a peça de roupa para longe, voltando a atenção para os seios da moça.
  Ouviu-a gemer em protesto e riu; penetrando-a com dois dedos, começando a fazer movimentos circulares com o dedão pressionando o clitóris da moça. mordeu o lábio inferior enquanto arqueava as costas: fechando os olhos com força enquanto sentia seus dedos remexendo dentro de si. Moveu o quadril, implorando por mais. Queria que ele parece com aquela palhaçada de dedos.
   se contorcia, mordia os lábios com tanta força que por um momento imaginou a possibilidade de machucá-los profundamente. Se sentia completamente em êxtase enquanto sentia seus dedos estocando, principalmente quando ajudados por seu dedão, que apertava o clitóris. Era ainda pior, por que ele usava a outra mão e a boca em seus seios. Remexeu-se, tirando os dedos de de dentro de si mesma. Ele os levou até a boca, lambendo-os com atenção. achou o movimento terrivelmente sensual, e vendo-o finalmente encará-la nos olhos: inverteu as posições.
  - Chega de enrolar? – abriu bem os olhos, colocando as pernas uma de cada lado do corpo do rapaz, assim como as mãos, apertavam-lhe seus ombros enquanto encarava aqueles olhos terrivelmente azuis.
  - Implora. – ele mandou, puxando-a para mais perto.
  - Eu não vou implorar, sei que você não agüenta mais muito tempo. – dito isso, ela o puxou para cima, fazendo-o ficar em pé.
   a agarrou novamente pela cintura, laçou-o com as pernas enquanto beijavam-se, ainda com força. caminhou até a parede, espremendo contra ela enquanto tentava invadi-la.
  A primeira estocada soou como um alívio. Oh, a quanto tempo não faziam aquilo? Uma semana, uma semana e meia ou duas semanas? Afinal de contas, qual dos dois tinha sanidade o suficiente pra pensar nisso enquanto sentiam-se tão próximos? Queimando, ardendo em brasas enquanto se sentiam tão bem, tão completos com as estocadas firmes e rápidas de . Não se importavam com mais nada, só com o outro. podia sentir a respiração acelerada de em seu ombro, enquanto mordia seu lábio tentando não gemer, por que internamente: já tinha gritado todos os palavrões que conhecia. Agora tinha certeza que seus lábios tinham machucado profundamente.
  Chegaram ao ápice juntos: bufando, cansados. Mas felizes. passou seus braços pelo pescoço do rapaz, enquanto ele a laçava pela cintura. Colaram suas testas enquanto caminhavam – ainda exaustos, em pânico enquanto cada célula de seus corpos relaxava – até a cama.
  Deitaram-se delicadamente, aninhando-se um no outro: ouvindo as respirações voltando ao normal, pouco a pouco. Passaram-se minutos, longos, enquanto apenas aproveitavam a presença um do outro. suspirou pesadamente, enquanto acariciava o topo da cabeça da moça. Vinte segundos de insanidade lhe bastaram:
  - Quem era? – perguntou, fazendo remexer-se para encará-lo.
  - Quem?
  - Aquele, hoje a tarde. – explicou, encarando-a.
  - , eu... – ela se levantou, tirando a cabeça de seu peito. – não quero falar sobre ele.
  Remexeu-se desconfortável. Como assim não queria falar sobre ele? Endireitou o corpo, a encarando.
  - Você sabe que pode conversar comigo sobre o que quiser... – iniciou, fazendo-a sorrir.
  - Eu sei, . – acariciou-lhe as bochechas, voltando a se jogar na cama – só acho que você não vai querer ouvir a notícia.
  Não conseguiu imitar a moça e voltar a se deitar, ficou a encarando, completamente nua, deitada sobre aqueles lençóis branquíssimos e com o olhar distante. Sentiu um desconforto na garganta.
  - Como assim? – deitou-se, ficando de frente pra ela: com as testas quase coladas enquanto sentiam as respirações.
  - O nome dele é Richard. – comentou, brincando com a barra do lençol – e ele é engenheiro...
  - Certo, onde chegamos na explicação de por que ele parecia insistir em te segurar pela cintura...
  - ... Sendo que eu estava notavelmente incomodada? – ela o interrompeu, com uma expressão meiga no rosto. – é que... – ela sorriu amarelo, parecia decepcionada. – ele é uma espécie de pretendente.
  - Pretendente? – arqueou as sobrancelhas, confuso.
  - Meus pais querem que eu me case com ele. – ela lançou, rápida, sem conseguir encará-lo nos olhos.
   não quis demonstrar sua verdadeira reação. Por sorte, tinha desviado o olhos e agora estava deitada de barriga para cima, encarando o teto. Sentia-se tão mal por estar falando com ele sobre isso só agora, enquanto sabia disso há muito tempo. Sentiu seu estomago revirar levemente em hesitação: reaja , reaja! Não fique aí ele silêncio quando eu quero ouvir alguma coisa de você!
  Ele sentia-se confuso, virou-se, encarando o teto também. Se casar? Casar? Na igreja e tudo mais?
  - Sério? – perguntou, incrédulo.
  - É. – ela respondeu – Aparentemente, ter 22 anos e ser solteira é um crime.
  - Não é como se você fosse uma solteirona. – respondeu, tentando soar controlado: enquanto internamente entrava em combustão.
  - Essa é a palavra mais tola do idioma. – completou, bufando. – Seguida bem de perto por “chocólatra”.
  - Não mude de assunto. – pediu, virando-se para a moça.
  - Não estou mudando. – ela virou-se também. – Só não quero conversar sobre um possível casamento.
  - Parece assim tão iminente?
  - Meus pais querem e ele tem um orgasmo toda vez que o assunto é posto em pauta. – ela respondeu, com um sorriso amarelo nos lábios. soltou uma risada tímida. – suspeito que ele é virgem, sério.
   riu um pouco, não podendo evitar ao assistir a expressão séria e incrédula da moça.
  - E tem algum jeito de fazer os seus pais mudarem de ideia? – perguntou, sério.
  - Provando que é melhor que Richard, - deu de ombros, sorrindo, conformada.
  - O que ele tem assim de tão especial?
  - Ele é campeão invicto de arco. – deu de ombros novamente, aproximando-se de . Beijou-lhe os lábios rapidamente, voltando a aninhar-se sobre seu peito.
  Não queria conversar sobre isso com quem realmente amava.

  - E VOCÊ SÓ ESTÁ ME CONTANDO ISSO AGORA? – praticamente berrou, abrindo os braços em indignação.
  - Não é o tipo de coisa que você liga pro melhor amigo dentro de um tribunal e conta. – deu de ombros – “hey, sabe aquela escritora gostosa? Então, comi ela no escritório dos meus pais.” – fez uma voz afetada, - primeiro por que ela não é do tipo que “se come”.
  - Certo cara, e então: você pega a , e aí?
  - E aí que os pais arranjaram um casamento pra ela. – contou, escorando-se em uma das toras de madeira que sustentavam o teto do curral, ao lado dos cavalos.
  - Arranjado? Tipo aqueles de cinqüenta anos atrás? Em que tempo esse povo vive?
  - É. – resmungou. – não sei, mas preciso de arrumar um jeito de impedir...
  - Espera, cara, informações demais. – colocou a mão sobre a testa, fechando os olhos. – além de pegando a você esta apaixonado por ela?
   se endireitou, não tinha encarado dessa forma: “apaixonado por ela” era um conjunto de palavras meio estranho pra si. Coçou a cabeça enquanto sentia o nó em sua garganta, quase impedindo-lhe a respiração. Suspirou.
  - É, de um jeito sucinto.
  - CARA. – arregalou os olhos, bagunçando o cabelo. – Nem sei o que dizer.
  - Não precisa dizer nada. – suspirou pesadamente, colocando as mãos sobre os ombros do amigo. – só preciso um jeito de impedir essa palhaçada.
  - E a te disse alguma coisa nesses seus...
  - Encontros. – ajudou a terminar.
  - Disse? – colocou as mãos nos bolsos.
  - Ela disse que ele é campeão invicto de arco. – deu de ombros, achando a informação trivial.
  , por sua vez, arregalou os olhos, começando a pular de forma infantil – pareciam dois adolescentes idiotas, só faltavam as blusas do Blink-182 ou do Sum 41. Aquilo era estressante.
  - Não vê o quão isso é importante?
  - Não. – confessou, envergonhado.
  - Hoje, eles farão uma competição amistosa de arco. – contou-lhe, quase sussurrando. – vá lá e o desafie: quem ganhar fica com a garota.
  - Em que você acha que estamos? Em um livro da Meg Cabot? – cerrou os olhos, um tanto indignado.
  - Tem alguma idéia melhor? – arqueou os olhos. – isso aqui é vida real, , ou você impressiona os pais da garota, ou vai perdê-la.
   engoliu em seco, o nó em sua garganta aumentou drasticamente. Respirou fundo.
  - Você tem razão. – confessou, suspirando. Por uma fração de segundos, talvez tenha perdido a áurea forte e imponente que tinha.
  - É claro que eu tenho. – resmungou, dando tapinhas sobre o ombro do amigo. – como anda a sua pontaria? Você sempre foi bom em basquete...
  - Basquete. E Arco, quer mesmo fazer essa comparação? – arqueou uma das sobrancelhas, fazendo se calar.
  - OK.

  Senhor caminhava ao lado da filha, cabisbaixa e em silêncio.
  - Eu não quero me casar, pai. – ela suspirou, baixo. – Pelo menos não com Richard.
  Senhor sentiu o nó em sua garganta, não tinham outra opção: a mão de era prometida a Richard desde seu nascimento.
  - Você não se casou com Mamãe por que a amava? Por que eu não posso me casar com o homem que amo? – ela perguntou, tentando esconder uma lágrima solitária. – achei que quisessem a minha felicidade.
  - Não há nada que eu possa fazer, querida. – ele pousou a mão direita sobre a bochecha da filha, secando-lhe a lágrimas.
  - Há sim, pai. – ela pediu, com a voz em um fio, enquanto voltava a caminhar em direção a casa principal. – não me obrigue a casar com Richard, qualquer um, menos Richard.
  Enquanto os dois caminhavam, lado a lado e a brisa da tarde de primavera beijava-lhe delicadamente as bochechas, e Richard caminhavam – cada um vindo de algum ponto da fazenda – a procura do mais velho dos , sedentos e apaixonados pela mesma moça. Oh, . afastou um garçom com os ombros enquanto Richard tentava desviar-se de sua própria irmã que não parava de tagarelar algo nada importante sobre papinhas de neném.
  Como um golpe do destino, os dois trocaram olhares rápidos, separados por uma das mesas que enfeitavam a varada do casarão. Milésimos depois, depararam-se com as madeixas da moça, voando enquanto ela caminhava ao lado do pai.
  - Senhor ! – chamaram ao mesmo tempo, fazendo ele e a filha pararem de caminhar por um segundo. apertou sua gargantilha delicada, com os olhos brilhantes ao ver os passos largos e apressados que dava, com o peito estufado enquanto caminhava tão elegantemente até o dois, mal notara, o quanto Richard caminhava tão esbaforido, com as narinas infladas enquanto sua pele ficava vermelha, ele parecia entender exatamente o que estava acontecendo.
  Então, os dois alcançaram seus objetivos, parando em frente à e a seu Pai, que ainda dividia seus olhar confuso entre o sorriso idiota da filha e os outros dois.
  - Em que posso ajudá-los? – ele perguntou, educadamente.
  - Não dando a mão de sua filha para esse imbecil. – disse, dono de uma convicção tão forte que fez com que Senhor arregalasse os olhos. Quanta petulância.
  Por um milésimo de segundo, ele ainda manteve seus olhos no jovem , encarando-o perplexo. Depois, passou seu olhar pela filha, que apesar de manter uma expressão surpresa, deixava, involuntariamente, que um brilho satisfeito tomasse-lhe os olhos. Acabou por engolir em seco, evitando olhar Richard enquanto assistia os dois rapazes, com as narinas infladas, respiraram com dificuldade à sua frente.
  - O que significa isso? – Senhor perguntou, assustado, dividindo o olhar entre e .
  - Significa que o homem que escolheu para sua filha, não é o ideal. – revelou, pensativo, tomando pose de um cavalheiro, enchendo seu peito com ar e respirando com mais facilidade. – ele não a fará feliz, do modo que eu farei.
  Senhor ignorou, por algum tempo, a afirmação do rapaz e olhou a filha.
  - O que significa isso ? – perguntou.
  - Ele está dizendo a verdade pai. – suspirou, pesadamente, saindo do lado de seu pai e passando para o lado de . – eu não quero me casar com Richard.
  O rapaz, que até então tinha permanecido calado finalmente percebera a gravidade da situação, e ao ver sua noiva caminhar em direção aos braços de outro homem, não teve nenhuma outra reação a não ser puxá-la pelo braço, com violência, fazendo-a se afastar de e grudando-a a seu próprio corpo.
  - Não é uma questão de querer . – resmungou entre os dentes com toda raiva que suas narinas inflaram ainda mais, ignorando a expressão de pânico no rosto da moça. – é um compromisso assinado por toda a sua família.
  - É isso que quer pra sua filha? – arregalou os olhos; - Que ela viva com um ogro?
  - Um ogro campeão de arco que a ama! – Richard gritou, antes que Senhor tivesse chance de responder.
  - Grande coisa, ser uma campeão de arco. – deu de ombros, raivoso.
  - Você não é um campeão de arco. – Richard disse, segurando com tanta força que seu braço ficava vermelho.
  - Então eu desafio. – disse, colocando as mãos sobre a cintura.
  - Por que eu, um ganhador, um campeão, desperdiçaria tempo dessa forma, competindo com alguém que nunca pegara em um arco? – Richard disse, desdenhoso, enquanto finalmente se livrava dos braços de Richard.
  - Por que eu me caso com quem ganhar. – ela disse, encarando Richard com raiva.
  - Você não tem esse poder, . – Richard disse, enquanto Senhor limpava a garganta.
  - Não mesmo.
  - Se vocês estão tão convictos da superioridade desse energúmeno, por que temer? – disse, apontando para Richard e dando de ombros.
  - Não é assim que deve se referir ao seu marido, . – Richard resmungou, segurando-a pelo braço novamente.
  - Veremos quem é meu marido. Quem ganhar no arco, tem a minha mão. – disse, soltando-se novamente, e se afastando.
  - Então, - Richard bufou, raivoso, parecia um touro. – desafio aceito, .
  Esticou sua mão, murmurou enojado enquanto apertava a mão de Richard.
  - Que vença o melhor. – Senhor resmungou, olhando a filha caminhar a passos raivosos, pesados em direção ao casarão. Conseguiam ouvi-la xingar Richard enquanto encarava seu braço, um pouco roxo.

  - Cretino! – ela resmungou, sozinha, em silêncio, enquanto assistia os dois “pretendentes” em frente ao alvo. Tinha um terço em mãos, de forma disfarçada: estava apelando para a fé, precisava de um milagre.
  - Ele é tão ruim assim? – perguntou, assistindo aproximar do concorrente, passando sem nem lhe dar atenção.
  - Horrível. – deu de ombros. – e além de mais, não o amo.
  - E ? – perguntou, temeroso, engolindo em seco.
  - o que? – perguntou, um tanto distraída em seus próprios pensamentos.
  - Você o ama?
   abalançou-se por um ou dois segundos nos calcanhares, temerosa e engolindo em seco. Sentiu um nó em sua garganta, sem jeito enquanto suas bochechas torravam, vermelhas e seus joelhos tremiam de forma desconhecida.
  - , é... – iniciou, tímida. – é claro que sim. – soltou um sorriso, um tanto tímido e aliviado.
   sorriu de lado, involuntariamente.
  - Ele vai conseguir. – suspirou, por fim.
  - Assim esperamos. – suspirou novamente, dolorida.
  Enquanto isso, os dois empunhavam os arcos, apontando para alvos: apesar de campeão, conseguiam ver o nervosismo estampado no rosto de Richard, enquanto mantinha-se calmo: concentrado em seu alvo.
  Com um grito, os dois lançaram as flechas, acertando, ambos no centro do alvo. Alguém gritara, segundos depois “empate”, deixando e ainda mais apreensivos. Viu-se os pais de Richard baterem palmas entre os murmúrios, orgulhosos enquanto Senhor e Senhora suspiravam, aliviados.
  - Como é feito o desempate? – perguntou, encarando .
  - Eles aumentam a distância entre o arqueiro e o alvo. – disse, segurando uma mão com a outra e a colocando na altura do queixo, como em uma prece.
  Com outro grito: as duas flechas foram lançadas longe, com tanta força por ambos os lados, que conseguiram ouvir um ruído incômodo.
  Segundos de tensão. Na verdade, milésimos, mas passaram-se feito séculos. Os corações batiam mais lentamente enquanto as flechas voavam. As respirações pararam por algum tempo enquanto esperavam o resultado.
   engoliu em seco. sentiu suas mãos suarem de nervosismo: era amigo de e de , desejava a felicidade de ambos, e tinha certeza que ela não seria alcançada sem que os dois se casassem.
  Uma das flechas acertou o centro do alvo. A outra, nem se sabia o paradeiro.
  Suspiraram, pavorosos, mas assim que conseguiram enxergar a expressão indignada de Richard, não ouve mais duvida.
   acertara o alvo.
  O primeiro a se levantar e bater palmas fora Senhor . Ele não era um carrasco, só tinha uma maneira errada de procurar a felicidade para a filha. Bateu palmas um tanto frustrado, impressionado e admirado pela determinação do rapaz. Mas virou-se, procurando pelo rosto de que iluminava-se de uma forma que ele nunca tinha visto. Seu sorriso crescia a cada instante, enquanto corria apressadamente, voando entre os convidados até encontrar-se com ele.
   virou-se em direção à moça, que parou por um instante: incrédulo. Aquilo era verdade, significava tudo que ela mais desejava viver: ele a amava. Ele a queria, não só como amante, mas como mulher. Queria suas almas unidas em uma só, não apenas seus corpos.
  Suspiraram em uníssono. lançou seu sorriso mais calmo, enquanto voltava a correr para os seus braços.
  Abraçou-a com tudo que pode, sentindo seu coração bater em seu peito apressadamente.
  - Quer casar comigo? – pediu, sentindo as lágrimas de caírem sobre seu ombro, nervosamente.
  - Sim. – ela sussurrou. – quero, claro. – encarou seus olhos, sorrindo imensamente. – eternamente.
  E selou seus lábios, sorrindo internamente enquanto concordava de maneira marota.
  É, se casaria com a garota de Cambridge. O amor de sua vida.

FIM



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