Say When

Escrito por Júlia Oliveira | Revisado por Júlia

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  Tentou se ajeitar na cadeira dura enquanto o garçom lhe servia com outra dose do vinho, a única coisa que tinha gostado até agora.
  - Talvez devesse enviar seu filho mais novo para Harvard. – a fala de seu pai lhe chamou a atenção, fazendo com que encarasse a mesa cheia de homens, já grisalhos, em sua frente. – você sabe, fora pra lá. Se ele recomendar, não teremos problemas.
  Mas que conversa chata. Resmungou algo inteligível enquanto tentava entender qual pirralho estavam lhe empurrando agora. Da última vez que tentara colocar um filho de algum sócio de seu pai na linha tinha acabado tendo que pegar um avião para o Caribe pra tirar o garoto da cadeia. Não queria tentar de novo.
   também parecia desconfortável, ainda mais quando pescando algumas partes da conversa dos velhos escutara um “Talvez consiga ajudá-lo”. Estava farto de meninos novos e inconseqüentes. Isso, pelo menos, deixava um pouco mais aliviado. Era bem melhor não ser o único chateado por ali.
  Fez um sinal para o amigo e pediu licença. Levantou-se quando viu que sua presença não era mais tão necessária – como tinha garantido seu pai – e arrastou-se até a varanda da cobertura dos pais. Pos as mãos nos bolsos, precisava de um cigarro.
  Acendeu-o e deu a primeira tragada, sentindo seus pulmões contraindo-se. Aos vinte e três anos, seu par de exemplares já deveria parecer com o par de algum velho, quase morto. Tinha total consciência disso, mas não se importava. O gosto da nicotina lhe agradava, o deixava mais leve e calmo. Era como se ele não quisesse esganar o imbecil do assistente que não conseguira fazer tudo como ele tinha mandado, como se não estivesse muito mais interessado em ir pra casa e ligar para alguma mulher do que estar ali sozinho assistindo o pai se vangloriar, não só pelas posses da família, mas como também como o status. balançou a cabeça e deu outra tragada. Bem melhor.
  Ouviu risadas femininas vindas de sua direita. Mas, quem diabos poderia estar atrapalhando-o em seu momento mais feliz da noite? Virou o rosto pronto pra mandar as criadas de volta para a cozinha, quando se deparou com moças muito bem vestidas sorridentes, cada uma com sua taça de vinho na mão.
  Notou que as moças estavam acompanhadas por suas mães – deduziu – enquanto as mais velhas falavam mais do que as mais novas. Deveriam estar falando o quanto sua filha tinha conseguido tirando algumas fotos para uma revista parisiense. Bufou, estava farto daquela conversa mole e burguesa, queria algo mais inovador.
  Foi quando pôs seus olhos nela. Destacava-se, não só pela beleza, mas como pelo jeito despojado. Parecia articulada, quando falava não pedia atenção a nenhuma das presentes, elas apenas se calavam, como se a própria rainha fosse dizer alguma coisa. Tinha um sorriso encantador e curioso, parecia esconder alguma coisa. Revirou a memória, se quisesse, lembraria o nome de todas as presentes no pequeno grupo, não só os nomes mas, como as instituições que tinham cursado e onde tinham nascidos. Grande parte das moças no grupo constava em sua lista de “Já comidas”.
  A garota em questão não se encaixava em nenhum desses quesitos, nem sequer conseguia lembrar o nome dela.
  Enquanto devorava a garota com os olhos, o pequeno grupo foi se desfazendo e refazendo com outras pessoas, logos seu próprios pais estavam em frente à garota conversando agradavelmente. Parecia que todos queriam conhecê-la, cumprimentá-la e ela continuava não parecer saber que alguém a observava.
  Depois de alguns minutos de observação, finalmente seu olhar encontrou com o da garota. Ajeitou-se no paletó, esperando que a garota sorrisse ou até menos chegasse até ele. Era um homem bonito e poderoso, todas as mulheres de Londres que o conheciam o desejavam, queriam sentir o prazer que o jovem tinha para lhes dar. Jovem, bonito, rico, bem sucedido e de família nobre. Era o sonho de qualquer garota.
  Novamente, a garota em questão não se encaixava em nenhum desses quesitos.
  Vendo o olhar de nela, agira com indiferença, como se não tivesse nem notado a presença do rapaz. Nem seu olhar. Como se não soubesse de quem estava se tratando.
   ficara atônito. Agora tinha realmente chamado sua atenção, o que diabos tinha errado com a garota? estava a encarando, estava a secando, devorando com os olhos, e ela simplesmente agia como se não estivesse? Como se fosse um qualquer? Agora a queria.
  Tinha que conversar com a garota, a queria tanto que sentia seus músculos se contraírem de desejo. Precisava dela.
  A turma em sua volta fora diminuindo gradativamente, até que restara ela e sua própria mãe, que levantara sorridente dizendo algo a filha. partiu para o ataque.
  Caminhou lentamente até a moça, que agora parecia nervosa com o fato de estarem os dois, finalmente sozinhos.
  - Qual é o seu nome? Eu preciso saber. – lançou, sem nem sentir a brisa gelada que agora surgia.
  Estavam aterrorizados, estavam indo direto ao ponto. Poderiam conseguir.
  Ela sorriu em desdém. Passou a mão em suas madeixas e sem olhar pro rapaz, respondeu.
  - .
  - Belo nome... – respondeu, esperava que a garota perguntasse o seu. Acabou esperando, sem acreditar, por alguns minutos, enquanto a garota ainda agia normalmente, como se não estivesse ali. – Hey, - disse, depois de esperar por tempo de mais – você não quer saber o meu?
  - Não, - a garota sorriu em desdém novamente. Extremamente sexy – eu já sei. Quem não sabe o seu nome, ?
  Sorriu involuntariamente. Ela não só tinha o notado, como sabia seu nome.
  - ...Afinal, essa é a casa dos seus pais.
  Frustrou-se, ela sabia seu nome por que estava na casa dos pais dele, não por que ele tinha certa fama.
  Logo, a pequena aglomeração voltara. e alguma filha de algum velho surgiram ao lado de e tirando-lhes a pouca privacidade que tinham, seus próprios pais surgiram como uma conversa – já altos – sobre negócios. O que deixara um tanto desconfortável.
  - Quer ir para um lugar mais reservado? – perguntou, enquanto o garçom lhes estendia outra taça de vinho.
  - Não seria má idéia. – concordou, enquanto tomava a frente em direção a uma sala separada da cobertura, onde os dois, com sorte, teriam privacidade de verdade.
  Abriu a porta da sala, com a iluminação propositalmente fraca, era o escritório da cobertura. Deixou com que a garota entrasse para que fechasse a porta, apontou-lhe o sofá e ela se sentou, enquanto procurava algum descanso de copo para que as taças não manchassem a pequena mesa de madeira no centro da sala.
  Viu sobre a mesa um livro rosado, que contrastava com os livros do pai, o título era escrito com uma caligrafia delicada e romântica. E no nome do autor: .
  Então era por isso que todos queriam conhecê-la? Ela tinha escrito um livro.
  Nenhum dos dois era burro. já tinha notado que o rapaz nunca teria interesse em um romance. Ele era um cara de lances de uma noite, e a menos se buscasse dicas de conquistas em Nicholas Sparks, ele nunca leria seu livro. Com a mesma astúcia que chegara a essa conclusão, também tinha chegado à conclusão de que tudo que queria era sexo.
  E pela primeira vez na noite, ela estava errada.
   caminhou até o sofá onde a garota estava e se sentou a seu lado, sorrindo cordialmente. Pela primeira vez em muito tempo queria ouvir o que uma garota tinha a dizer: afinal, chamar a atenção de , da maneira que ela tinha feito, sem proferir-lhe uma única palavra, era um feito, até então, inédito.
  - Acabei de descobrir que escrevera um livro. – sorriu, qualquer outro em seu lugar estaria constrangido: não. Era um dos melhores na área que atuava não que fosse sempre esnobe, mas podia se considerar melhor que muita gente.
  - Acabei de descobrir que ganhou aquele caso impressionante... – a garota sorriu no mesmo tom. Era uma mulher esperta – de homicídio, me esqueci os nomes. – deu de ombros, desdenhando de novamente.
  O deixara extremamente frustrado novamente. O caso em questão – o crime quase perfeito que condenara um perverso à prisão perpétua pela morte de 67 garotas nos últimos 16 anos. Todos nos julgamento eram, pelos menos, 30 anos mais velho que ele e tinha conseguido chamar a atenção pela incrível astúcia – e tinha tido grande reprodução na mídia pelas atitudes cruéis do assassino, sem falar de seus milhões de segredos, quase inalcançáveis: mas que tinham sido facilmente derrubadas por , como todo o país – e temo em dizer: mundo – tinha visto com seus próprios olhos. Era impossível que a garota á seu lado estava ignorando tão grandioso fato.
  - Rey versus Inglaterra – o rapaz gabou-se, enquanto a garota apenas levantara o copo, cumprimentando-o.
  - Mas creio que isso não fora de nada para o incrível recém formado, com todas as regalias possíveis, de Harvard. – a garota acrescentou, cruzando as pernas.
  - Ainda tenho muitos processos pela frente. – sorriu, galanteador.
  - Definitivamente.
  - Estou com um à minha frente, neste exato momento.
  - Hm – a garota arrumou sua postura, finalmente interessada no que tinha em mãos – conte-me sobre ele.
  - É sobre uma mulher extremamente interessante e um homem terrivelmente interessado nela. – explicou, dando de ombros: como se não tivesse acabado de lançar uma indireta extremamente cara de pau.
  - Neste caso, senhor , creio que perdeu. – a garota respondeu com a mesma rapidez e cinismo. Soltando um sorriso que abalava os joelhos até dos homens mais fortes.
  - Estou em desvantagem no momento, como pode ver.
  - Não, não posso – corrigiu-o instantaneamente.
  - Você sabe até com o que eu trabalho, - sorriu, aproximando-se – e eu nem sabia seu nome.
  - Agora sabe. – sorriu, levantando-se do sofá e caminhando lentamente até a escrivaninha do mais velho, onde pegou o livro rosado e apontou para seu nome escrito.
  - Quero saber mais coisas. – arqueou as sobrancelhas com um sorriso malicioso nos lábios. Não se sentia atraído apenas fisicamente por ela, sabia que aquela à sua frente era boa de mais para ser desperdiçada em apenas uma noite. Levantou-se do sofá e caminhou até a mulher, quase colando seus corpos. A proximidade era confortável para ele, tinha vontade de passar suas mãos por aquele corpo e confortá-la.
  A garota manteve o sorriso convencido no rosto e entregou o livro ao homem à sua frente, dando dois passos e transformando a distancia entre os dois em algo confortável pra ela, e aumentou a frustração de .
  - Na orelha da contracapa – a garota sugeriu, voltando para seu lugar de origem no sofá.
   abriu o livro, deparando-se com uma pequena biografia dela. A foto era encantadoramente bela, tinha um sorriso encantadoramente doce. Parecia meiga e até um pouco infantil.
  - Cambridge. – leu, encarando novamente o sorriso venenoso dela. – E autora de um best seller antes dos 25. Quem é J. K. Rowling perto de você?
  - A autora de Harry Potter.
  - E apesar da fortuna que fez com a saga, não chega ao pés da fortuna que você fez com apenas três livros. Completamente distintos.
  Fechou o livro e colocou-o sobre a mesa. Estava intrigado, curioso, em brasas pela mulher à sua frente. Onde esteve nos últimos anos que não a tinha encontrado? Por que demoraram tanto tempo pra lhe entregar a perfeição?
  - E Cambridge ainda é a apenas a terceira maior faculdade do mundo. – adicionou, ainda impressionado com os feitos de .
  - Perdão, mas como se chama a cidade em que Harvard se situa? – ela arqueou as sobrancelhas, além de tudo era teimosa. Uma das atitudes que mais apreciava em mulheres. – os pioneiros em Harvard, eram de onde, mesmo?
  - Por que mesmo estamos discutindo o prestígio de nossas faculdades quando poderíamos estar discutindo assuntos mais interessantes? - chegou mais perto da garota e abaixou-se, de maneira que ainda pudesse encará-la frente á frente.
  - Por exemplo...? – arqueou as sobrancelhas, aproximando-se de .
  - Por que ainda estamos com essa história estúpida de manter nossos lábios tão distantes?
  Finalmente tinha conseguido pegá-la com a guarda baixa. E no fim das contas, era irresistível. , apesar de ser uma mulher independe e bastante inteligente era completamente vulnerável ao encanto de um homem como , ele era um partido e tanto. Advogado, tinham a mesma idade e já eram bem sucedidos, eram destaques. Respirou pesadamente.
  - Talvez devêssemos resolver isso agora.
  - Concordo plenamente.
  Ao proferir a última palavra, a distancia entre seus lábios já era mínina. Quase inexistente. Com uma rápida ajuda da garota, seus lábios esfomeados já tentavam se transformar em um só. Encaixavam-se tão bem quanto suas personalidades, conectavam-se de uma forma tão irreal que pareciam explodir.
  Logo, os braços de já estavam envoltos à cintura de enquanto carregavam-na, para que ficassem em uma posição mais confortável no sofá, enquanto suas mãos acariciavam-lhe as costas expostas pelo vestido. Ela não se continha, apertava fortemente seu corpo em brasas contra o dele. Parecia tão errado fazer aquilo ali, naquele momento... Mas não se importava. Estava rastejando por mais , precisava dele. As respirações irregulares e pesadas acompanhadas de o compasso acelerado de seus corações: tudo soava perfeitamente. Era tudo maravilhoso.
  Não era apenas físico. Enquanto mantinham o contato um com o outro, sabiam exatamente o que estavam sentindo e fazendo. Mas continuavam sem falar. Preferiram sussurrar coisas desconexas enquanto estavam juntos naquele sofá, que nunca tinha parecido tão acolhedor e confortável. Cada milímetro de seus corpos fervilhava de desejo, paixão e até amor. Estavam fartos daqueles pedaços inúteis de pano que os separavam do prazer.
   fora abrindo o fecho do vestido provocando-a, passava os dedos lentamente pela lateral de seu corpo, prolongando a espera e a torturando. Sem desgrudar os lábios, soltava pequenos risinhos: estava sendo torturada, mas sabia muito bem que a tortura era ainda maior pra . E não deixava por aí: a gravata que usava já estava há quilômetros do sofá, e os botões de sua camisa estavam sendo desabotoados um por um, enquanto arranhava o peitoral definido de um bom jogador de futebol.
  Esqueceu-se da brincadeira quando colocou os olhos no sutiã extremamente provocante da mulher. Tinha um fetiche mal confessado por renda vermelha, mas, apesar de achar a peça terrivelmente linda, desabotoou-a; exibindo o belo par de seios que a mulher tinha.
  Viu-se em desvantagem e apressou-se em se livrar do paletó e da camisa de seda que a separava da pele de porcelana de . Não agüentava ficar naquela palhaçada, desceu suas mãos para o cós da calça do rapaz, vendo o grande volume entre suas pernas. Riu sozinha enquanto desatava o sinto dele, sentindo-se no paraíso. E as coisas ainda estavam começando.
   não estava ocupado o suficiente com os milhões de beijos que distribuía no pescoço desnuda da garota, nem muito menos saciado. Afastou-se por alguns segundos apenas pra encará-la: os cabelos agora estavam completamente espalhados, em ondas, por todo o sofá, seus lábios estavam um tanto vermelhos e ela sorria de uma maneira maliciosa. Seios como aqueles sendo deixados de lado? Quase pediu perdão enquanto os agarrava com fome. Eram magníficos, a pele macia e doce. Apertou-os com força, eram realmente incríveis.
  Em desvantagem novamente, levou mais a sério o trabalho de arrancar-lhe as calças. Precisava dele o mais perto possível, precisava dele dentro de si. o fez sem pestanejar.
  Depois de arranhões, gemidos mal contidos, carícias e palavras desconexas e sem sentidos: sentiram a respiração falhar por uma última vez. deixou-se cair por cima do corpo de e inverteu as posições, confortando-a em seu peito, enquanto ainda respirava irregularmente. Passou um dos braços pela cintura da moça: acariciando-lhe com a ponta dos dedos, enquanto o outro brincava com a ponta de seus cabelos.
  - Vão sentir a nossa falta – suspirou, enquanto juntava vontade para sair do conforto dos braços de .
  - Acha que algum daqueles velhos lá fora está sóbrio o suficiente pra dar falta de um de nós? – o rapaz riu, puxando a garota pra mais perto de si e beijando-lhe o pescoço, deduzia que aquilo era seu fraco: já que ela tinha que conter um suspiro toda vez que se aproximava.
  - E é por isso mesmo que acho que vão. – se levantou, ficando sentada ao lado do corpo do rapaz. Não conseguia tirar os olhos do corpo escultural da garota, queria tocá-la até que queimassem, ela o deixava extremamente excitado. Não fazia ideia do que se tratava, mas sentia como se ela fosse um cabaré em brasas. Como se ela fosse onde ele queria ficar.
   começou a recolher as roupas espalhadas pelo escritório entre provocações de , ele estava tentando tirá-la do sério. Ria timidamente enquanto ele dizia absurdos em relação a ela: elogiou-lhe as coxas – disse que eram extremamente “apertáveis” – e no final das contas – enquanto tentava dar novamente um nó na gravata – viu-se desejando os lábios dele nos seus novamente.
   teve a mesma vontade: só que a seguiu. Enlaçando a cintura da garota com os braços, novamente, juntou seus lábios, mais delicadamente do que da última vez. Não era um beijo de desejo, era o beijo apaixonado.
  Saíram do escritório, sem que tirasse os braços de sua cintura e com sorrisos meio estúpidos no rosto. Alguns dos mais velhos sussurravam coisas conservadoras ou elogios enquanto caminhavam lado a lado em direção a varanda novamente, onde avisou a mãe que iria pra casa.
   não ousou pedir a garota pra ficar. Sabia que queria senti-la novamente, o jeito que ela se mexia, beijá-la, e até amá-la novamente, queria que a cena do escritório se repetisse por milhões e milhões de vezes. Até o fim de sua vida.
  Quando a viu caminhando sozinha em direção à porta da cobertura, segurou-a pelos pulsos, delicadíssimos.
  - Será que podemos repetir? – sorriu, galanteador: nenhuma mulher, em sã consciência não cederia.
  - Claro. – deu de ombros, voltando a caminhar até a porta.
  - Diga quando. – sorriu novamente, ainda a segurando.
  - Hm. – a garota hesitou apenas por charme, era provocadora e se orgulhava disso. – meu apartamento esta vazio agora.
   riu, colando seus lábios novamente. Ouviu outros cochichos das velhas mal amadas presentes e limitou-se a sorrir para a garota, enquanto pegava a chave de seu carro.
  Talvez estivesse apaixonado pela garota de Cambridge.

FIM



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