Santa Mônica

Escrito por Maby | Revisado por Francielle

Tamanho da fonte: |


Capítulo 1

  Estava super animada, tinha me chamado para um pub, e não era um simples pub, era O pub, iria usar um vestido de paete preto, eu queria usar uma calça skinny, uma camiseta e minha jaqueta de couro, mas ninguém pode negar algo a ela é muito teimosa, e insistiu em eu usar algo "sensual" porque ela acha que eu estou solteira a muito tempo.
  O pub estava demais, música boa, bebidas e alguns caras muito gatos. Estava no auge da festa, todos estavam bêbados, eu nem tanto, mas tudo bem.
  Estava no bar quando o Caleb se aproximou de mim, já tive uma quedinha por ele, mas como todos sabem, eu não sou muito boa para fazer esse tipo de escolha.
  - Oi, - Caleb disse meio embolado, é ele estava muito bêbado.
  - Err... Oi, Caleb.
  - Então... Soube que você está solteira... E bem, eu também estou.
  Ele se aproximou, coloquei minha mão no seu peito e o empurrei.
  - Caleb, acho melhor você ir embora.
  - Calma, a festa acabou de começar.
  Ele se aproximou de novo, mas antes de tentar me agarrar senti um braço sobre meus ombros, olhei para o lado e o vi, sim por alguma razão estranha estava lá do meu lado, por quê? Bem, também não estou entendendo nada.
  - Oi, amor. - disse me dando um beijo na bochecha, mas que merda está acontecendo aqui?
  - Você... Você... - gaguejou um pouco - Você está namorando o ? - Caleb disse um pouco assustado.
  - Está! - disse antes de eu tentar dizer alguma coisa.
  - Ok. - o ruivo disse se afastando.
  Esperamos ele se afastar um pouco mais e...
  - Pode me explicar que merda está acontecendo aqui?
  - Nossa, eu te ajudo a se livrar daquele bêbado e você nem me agradece?
  - Eu conseguiria me livrar dele sozinha tá?
  - Sei... - ele disse apontando para o Caleb, que estava se agarrando com uma garota, até que ele colocou a mão na bunda da garota, que logo lhe deu um tapa.
  - Tá, talvez eu precisasse de uma ajudinha, mas por que você?
  - Ah, sei lá, eu te vi precisando de ajuda e resolvi vir te ajudar. - ele disse dando os ombros.
  - Tá, obrigada. - disse de mau gosto.
  - Rápido, me beija.
  - O quê? Por quê? - ele apontou para o ruivo que estava voltando, depois de levar um tapa.
  - Ele não vai largar do seu pé, me beija logo. - Caleb estava mais próximo, se aproximou e me beijou.   O beijo se intensificava a cada segundo, ou ele finge bem ou ele realmente estava gostando daquilo, não posso negar que gostei um pouquinho, mas ele é passado, quando me apaixonei por ele, o que ele fez? Nada além de quebrar meu coração, mas já superei isso. Cedi ao beijo porque não queria o Caleb dando em cima de mim a noite toda, mas SÓ por isso. Ele me soltou, nossas respirações estavam pesadas.
  - Bem, acho que ele não vai mais encher você. - disse.
  - Obrigado... De novo. - disse sem graça (tipo, ele tinha acabado de me beijar) e ele se afastou.
  O resto da festa foi normal, não quis beber muito, vai que eu começo a me agarrar com alguém.

Capítulo 2

  Estava naquele lugar onde o tédio é inevitável, sim, escola, estava no refeitório com o Kyle, a e o Travis, é, eu estava ficando amiga do Kyle, meio que naquele pub a gente ficou conversando (ele sabia que no final da festa o Caleb não estaria "em um bom estado para dirigir", então ele resolveu não beber, e como nós éramos os únicos sóbrios, a gente conversou) e ele veio pedir desculpas pelo Turman depois que ele nos viu juntos.
  Estava indo para a aula de matemática, odeio essa bosta, quando senti uma mão me segurando levemente pelos pulsos, me virei e vi , o que aquela coisa quer?
  - Oi, , você vai na festa do John em Santa Mônica no feriado? - Por que eu sou sempre a última a saber das coisas?
  - Err... Não sei, eu nem sabia disso.
  - Ah tá, desculpa, é que a vai e eu pensei que você estava a par da situação. - como assim aquela vadia nem me avisou?
  - Ah, mas eu acho que vou, não tenho nada para fazer no feriado mesmo.
  Quando ele saiu fui para a aula e me sentei ao lado da , então aquela tagarela da sra. Crababel começou a falar algo sobre Xs e Ys. Me virei para .
  - Por que você não me falou de Santa Mônica? - disse indignada.
  - O quê? - ela disse confusa.
  - Santa Mônica... Feriado... Super Festa... John... Lembrou?
  - Ah, eu pensei que você sabia, tipo 4 dias em Santa Mônica, quem não sabe é idiota.
  - Tenho cara de idiota? - tá, talvez um pouco.
  - Não, mas era sua obrigação saber.
  - E sua obrigação me contar.
  - Tá bom, meninas, já chega - Kyle disse entrando na conversa. - O importante é que vai ter uma super festa em Santa Monica e que eu sou gostoso.   - Ai, ai, Kyle sempre muito humilde.
  - Tá, mas se não fui eu quem te contou... Quem foi? - disse curiosa.
  - O . - disse dando os ombros.
  - Você falou com o e nem me contou. - disse indignada.
  - Cara, ela beijou o . - Kyle, por que você não fecha a porra da sua boca?
  - O QUÊ?? E VOCE NEM ME CONTA? EU SOU SUA MELHOR AMIGA, ESQUECEU? - ela falou tão alto que a sra. Crababel parou de falar, todos nos olharem e a Crababel a fuzilou com o olhar.
  - Cala boca sua doida, estamos em aula, depois da aula eu te conto. - disse baixo.
  A Crababel tossiu rudemente chamando a atenção, limpou a garganta e continuou a falar. Depois de toda aquela baboseira inútil que não vai servir para nada na minha vida, eu contei tudo para a .
  - Véi, você beijou ele e nem me contou? - protestou.
  - Você não me contou de Santa Mônica.
  - Não era TÃO importante assim.
  - Não, Não, é SÓ uma festa do John. - disse irônica, todos sabiam que John dava as melhores festas.
  - Ai, tá bom, . - disse desistindo. - Mas... Ele beija bem?
  - Sua safada, por que você quer saber?
  - Para de frescura e responde, .
  - Sim. - disse sem graça - Mas não importa, eu não gosto dele, lembra os potes de sorvete que eu te fiz comprar - disse encerrando o assunto.

Capítulo 3

  Estava terminando de fazer minhas malas, ia passar na minha casa às 9h e já eram 9:40. Ouvi o som da buzina e logo um grito.
  - Vamos, filha de Deus, vai ficar ai até quando? - gritou.
  - Já vou. - disse fechando o zíper da mala.
  - Vamos, porra, não quero me atrasar, caralho. - ai adoro o bom humor da minha linda amiguinha de manhã.
  - Adoro o jeito que você é delicada comigo. - disse abrindo a porta do carro dela e lhe dando um beijo na bochecha.
  Entrei no carro e liguei o mesmo, estava tocando kiss me in the morning do stereo skyline, fomos ouvindo música até chegar em Santa Mônica.
  - Aleluia! - Kyle disse abrindo a porta do carro.
  - É que a dorminhoca aqui - disse apontando para mim - só arrumou as malas hoje e dormiu até tarde.
  - Desculpinha. - disse fazendo biquinho.
  - Own, não consigo ficar bravo com você - Kyle disse me abraçando.
  - Depois de tantos anos com ela eu já me tornei imune as carinhas da - disse.
  - Bem, vamos logo, a casa do John é gigante, tipo, acho que nem é considerado uma casa e sim uma mansão ou um hotel. - Kyle disse animado. - O quarto de vocês é perto do meu... É esse aqui. - ele disse apontando para uma porta marrom. - O meu é aquele. - disse apontando para uma posta branca.
  - Nossa, temos um quarto só para nós? - disse surpresa.
  - Claro que não, o John é rico, mas nem tanto, vocês vão dividi-lo com mais 2 ou 3 garotas. - Kyle disse.
  - Tá, onde é a cozinha, Kyle? - perguntei.
  - Vai para o hall, no corredor à direita a última porta. - ele disse apontando para o hall.
  - Nossa, desculpa então, fodão. - disse irônica.
  - Só quis ser útil, se não me ama é só falar. - ele disse fazendo biquinho e logo levou um tapa no braço da   . - Outch, calma não precisa partir para a violência.
  - É, , esqueceu da lei Maria da Penha? - disse rindo e Kyle me olho bravo.
  Fui para o hall, tá corredor à direita, mas qual? Tinha dois a direita, nem sinal do Kyle ou da , e agora? Estava morrendo de sede, a não quis parar em um posto para eu matar minha sede porque ela queria chegar logo em Santa Mônica... Oh glória, vi a última porta de um dos corredores semi-aberta, deduzi que fosse aquela e corri em direção à porta, ao abrir completamente a porta vi Caleb com um copo na mão.
   - Oi. - disse sem graça, ele me olhou.
  - Oi, . - ele disse sem graça também - Er... Eu queria me desculpar sobre aquele pub, sabe? O Kyle me contou...
  - Ah, não é nada, tá tudo bem, eu também exagero na bebida nos pubs.
  - Mas você nunca fez o que eu fiz. - fez uma pausa - Espero. - ele disse soltando um riso abafado.
  - Cara, eu já fiz coisa pior, eu entrei no carro de um estranho achando que fosse um taxista e dei 2 dólares para ele me levar para casa.
  - E o que ele fez?
  - Me botou para fora do carro, óbvio. - nós dois rimos, até que ele pareceu se lembrar de algo, ouvi a porta abrir, mas não vi quem era e nem o Caleb.
  - Agora eu lembrei, o Kyle disse que eu só não te beijei porque o apareceu. - fez uma pausa. - Então vocês estão juntos?   - Kyle de novo, por que você não cala a porra da sua boca?
  De novo, antes de eu tentar dizer alguma coisa um braço se envolveu em meus ombros, ele? Como assim? Ah, então ele tinha entrado na cozinha, vai embora seu puto.
  - Na verdade, estamos. - disse, cala a boca e vai embora caralho.
  - Ok, só para saber. - Caleb disse com um pouco de medo, ele deixou a cozinha, me deixando apenas com o , ele me envolveu em seus braços e me beijou, DE NOVO, por que quando ele me beija eu cedo, ah, dessa vez não, separei nossos lábios o empurrando.
  - Sai daqui garoto, como você é tarado, não consegue ficar um minuto sem tentar me agarrar?
  - Tentar? - ele sorriu.
  - É tentar, não viu que eu acabei de te empurrar?
  - Só por que tem medo de gostar de me beijar ou você está apaixonada pelo texano?
  - Nem um dos dois, e gostar de te beijar? Se toca garoto. - disse estalando os dedos na frente do rosto dele, ele segurou minha mão e me puxou para perto, íamos nos beijar, mas eu virei o rosto e ele beijou minha bochecha, bem feito.
  - Por que você fez isso garota? - ele disse indignado.
  - Por que está surpreso, até agora ninguém tinha recusado um beijo seu? - disse irônica.
  - Para falar a verdade, não. - ele disse chegando mais perto, perigo, perigo.
  - Dá para parar de ser convencido por pelo menos 3 minutos? E me responde uma coisa, desde quando nós estamos namorando, por que eu não me lembro disso, tá?
  - Não estamos namorando.
  - Então por que disse isso para o Caleb?
  - Por que logo, logo vai ser verdade.
  - Vai sonhando. - disse saindo da cozinha.
  Merda, esqueci meu copo lá na cozinha, eu não vou voltar lá, acabei de fazer uma saída triunfal, ah, foda-se, eu falo para o Kyle ir buscar depois.

Capítulo 4

  Estava com um vestido lindo, estava cansada de esperar a , já tinha passado um século e ela ainda estava se maquiando, quando a vi tive que admitir que valeu a pena esperar, eu também não estava tão mal, o vestido azul com detalhes pretos era lindo, ainda bem que a me emprestou ele, meus cabelos castanhos estavam soltos (não gosto muito de prendê-los) e uma maquiagem feita, lógico, pela rainha das maquiagens .
  - Uau, vocês estão lindas. - ele disse arregalando os olhos, mudou de postura e percebeu o que tinha dito. - Mas também né, vocês ficaram horas, que bom que o resultado foi esse. - corei, não estou acostumada com elogios.
  Fomos para a piscina onde ficava o bar, a pista de dança e a concentração da festa, lógico que o primeiro lugar que paramos foi o bar, lá estavam os nossos amigos, a Julia, a Vitoria, a Taylor, o Cameron e o Travis, por que eu só sou amiga de bêbado?
  - O que vocês vão beber? - Ju perguntou.
  - Ah, sei lá, tem tantas opções assim? – perguntei.
  - Tem um cardápio inteiro. - Vih disse me entregando o cardápio.
  - Acho que vou começar com uma marguerita. - Taylor disse e nós dissemos que faríamos o mesmo.
  - Bem acho que vou "dançar". - Kyle disse apontando para uma garota e fazendo aspas na última palavra.
  Agora sim a festa tinha começado, uma marguerita, está tudo bem, vejo o e nem ligo, mas a puta da o chamou para beber com a gente.
  - Acho que vou partir para as tequilas. - disse decidido.
  - Vou fazer o mesmo. - dissemos em unissom.
  Estava me sentindo muito viva, já tinha perdido a conta de quantos shoots de tequila já havia tomando, tá bom que no meu estado eu não conseguia contar até 4.
  Eu estava tão bêbada que comecei a gritar.
  - Eu quero um orgasmo, me dá um... Não, dois. - disse toda embolada, disse não, gritei.
  Acho que a maioria das pessoas ainda estavam sóbrias quando eu disse isso, porque todos olharam para mim meio assustados.
  Como eu disse não me lembro de muita coisa da noite passada, eu só lembro que o passou a mão na minha bunda diversas vezes, lembro de ter bebido MUITO e que o Kyle tentou me jogar na piscina, mas eu o puxei e nós dois caímos.

Capítulo 5

  Acordei com uma baita dor de cabeça, parecia que eu tinha ficado batendo na minha cabeça a noite todo com um martelo que tinha um prego na ponta. Abri meus olhos devagar, olhei para os lados e... Espera, aquele não era meu quarto, roupas masculinas no chão, olhei para o lado, ninguém, levantei a coberta, beleza, estava de roupa.
  Ouvi um ronco, olhei para o chão e vi o deitado lá, mas que merda tinha acontecido? Me levantei e dei um chute nele.
  - Outch, mas que bosta você está fazendo? - ele disse abrindo os olhos, ou melhor, os arregalando.
  - Eu é que te pergunto o que aconteceu! - disse.
  - Eu sei lá, não me lembro de quase nada.
  - E do que você lembra?
  - Dá gente bebendo.
  - Disso eu também lembro, né? - ele começou a rir. - Do que você está rindo, você é idiota, velho?
  - É que eu lembrei de você gritando que queria um orgasmo ontem. - ele disse entre risos.
  - Era o nome da bebida. Ok, vamos analisar a situação, você no chão sem camisa, eu na SUA cama com a roupa molhada... Isso não deve ser algo bom.
  - Como a sua roupa ficou molhada?
  - O Kyle me jogou na piscina...
  - E por que estamos de roupa? - ele sorriu malicioso.
  - Vai se fuder - disse jogando o travesseiro nele. - Vou lá fora ver se encontro alguém que saiba o que aconteceu ontem. - disse abrindo a porta do quarto.
  - Tá, pode fazer o que quiser, eu vou dormir - disse se jogando na cama, inútil!
  Fui andando pela casa com uma linda decoração, pessoas jogadas no chão, garrafas por ai, coisas quebradas, etc... Sempre achei que John tinha um bom gosto para decoração.
  Vi Kyle dormindo perto do bar.
  - Kyle, acorda - disse cutucando seu rosto. - KYLE, ACORDA CARALHO!
  - O quê? O quê? - ele disse acordando espantado.
  - Nada, só queria te acordar... Ehh você lembra de alguma coisa da noite passada?
  - Eu sei lá, deixa eu dormir, eu tô com uma puta ressaca.
  - Tá, pelo menos vai para o seu quarto. - disse estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar. - Senão depois você vai ficar reclamando PARA MIM que está com dor nas costas, vai logo, seu vagabundo.
  - Tá bom - ele disse desistindo e levantando-se.
  Fomos até o quarto dele, quando entrei dei um grito e o Kyle colocou a mão na minha boca me calando, saímos do quarto e eu encostei a porta atrás de mim.
  - Mas que merda é essa? - disse assustada
  - Esqueceu que eu também divido o quarto?
  - Mas tem uma menina lá na cama dormindo também.
  - Pelo menos eles estão dormindo...
  - Ai, cala boca, Kyle.
  - Ah, então vou dormir no chão.
  - Também vou, não tenho escolha, vai que tem uma pessoa a mais no meu quarto.
  - Se você quiser pode ficar com a minha cama, está vazia.
  - Eu não, vai que aqueles dois acordam.
  - É mesmo. - ele disse se sentando no chão, logo depois se deitando e apoiando a cabeça na parede, me deitei ao seu lado, apoiei minha cabeça nele e adormeci rapidamente, nem sei por quanto tempo dormi.
  - Hmmmm... - disse me acordando.
  - Oi, . - disse.
  - Dormiu acompanhada? - disse maliciosa - E no meio do corredor, hein? Safada.
  - Vai se ferrar! - disse.
  - Ele vai dormir para sempre? - disse apontando para Kyle.
  - Eu acordo ele. - cutuquei o rosto dele, não deu certo de novo, bem vou fazer como da última vez. - ACORDA KYLE!! TÁ TENDO UM INCÊNDIO, VAI TODO MUNDO MORRER, LEVANTA!!!!!!!!
  - O QUÊ? QUEM MORREU? - ele disse se levantando assustado.
  - Ninguém, eu só queria te acordar. - ele me deu um tapa no braço - Aí, e a lei Maria da Penha?
  - Parem de frescura vocês dois, está quase na hora do jantar e o John disse que ontem uma emissora de TV filmou a festa e vai passar daqui uma hora. - disse.
  - Que horas são? - disse.
  - 8 da noite. - respondeu.
  - PORRA - kyle disse - nós dormimos tudo isso!!
  - É o que a bebida faz colega - disse dando tapinhas nos ombros de Kyle - e é melhor vocês tomarem banho, estão fedendo a tequila. - ela disse fazendo uma careta.
  Cada um foi para o próprio quarto tomar banho, logo depois me dirigi ao hall para saber onde encontrar comida e encontrei Kyle no caminho.
  - Soube que vai ter pizza. - ele disse.
  - Hmmm... - enquanto andávamos pelo corredor as pessoas nos olhavam, acho que nos viram no corredor, mas não liguei para isso.

Capítulo 6

  Todos estavam reunidos na sala de John assistindo TV, esperando o programa começar.
  O apresentador começou a falar sobre a festa de depois mostrou algumas cenas da festa, escondi meu rosto quando me mostrou com os meus amigos bêbados no bar, nas cenas havia várias pessoas bebendo e se beijando, eu vi Kyle tentando me empurrando para piscina, todos riram.
  Estávamos dando risada até que... EU BEIJEI O ?? E dessa vez todo mundo viu, fodeu, não foi só uma pessoa que viu, foram milhares, mas que merda eu tinha na cabeça? Tá, agora ferrou, não da para piorar... Espera! Que droga é essa? EU BEIJEI O KYLE TAMBÉM? Vida, quando eu digo que não da para piorar eu não estou te desafiando, ok? Mas agora definitivamente não da para piorar... Calma, o que é isso? O me levou para o quarto dele me carregando no colo (ah, foi assim que eu fui parar lá), eu acho que devo calar a boca e parar de falar que as coisas não podem piorar, sorte que todos estavam pensando nas próprias besteiras que fizeram noite passada.
  O programa mostrou mais cenas da festa, o apresentador falou que talvez essa fora a maior festa que ele viu e depois mostrou o pós festa (acho que eles vieram enquanto estava todo mundo dormindo), ou seja, pessoas roncando, eles me filmaram encostada no Kyle.
  - Nossa, no corredor? Esse cara é bom e... Espera, essa não é a menina que foi carregada para um quarto? Hmm, parece que ela teve uma noite agitada, hein? - o apresentador disse levantando a sobrancelha, vai se fuder seu filho da puta, eu não fiz nada além de dormir, ok?
  Depois que o programa acabou me virei para e gesticulei um "preciso falar com você", me levantei e fui até o meu quarto, ele me seguiu e quando entramos no quarto, fechou a porta atrás dele.
  - Bom, boa parte do que aconteceu ontem está explicado – disse.
  - Acho que lembrei como eu fui para no chão e você na cama, com roupa. - ele sussurrou a última parte, mas eu ouvi, ok, ? - Eu te carreguei até a cama... Eu tirei a camisa... Eu tava tão bêbado que cai no chão e dormi e você deve ter dormido depois de mim.
  - Graças a Deus, obrigada bebida por me apagar e apagar o . - disse olhando para o teto.
  - , explique-se - disse sério.
  - Me explicar sobre o quê?
  - Tá me achando com cara de corno?
  - Eu não te traí, nós não estamos namorando.
  - Ah, não? Então por que eu posso fazer isso? - ele chegou perto e me beijou, POR QUE ELE SEMPRE FAZ ISSO? E o mais importante, por que eu deixo? Ai, por que eu sou tão idiota?
  O beijo acabou, olhei para ele com os olhos arregalado.
  - QUER PARAR DE FAZER ISSO! - disse com raiva.
  - Não - ele disse calmo - e não me diga que não gostou, porque eu sei quando você mente, você fala a mentira nos olhos da pessoa, só para ela acreditar, e depois vira os olhos para o lado direito. E além do mais, eu posso fazer isso porque eu sou seu namorado.
  - Por que você fica dizendo isso? Não é verdade.
  - Porque quando você perceber isso vai ser verdade e você vai estar ainda mais apaixonada por mim.
  Dito isso ele abriu a porta e foi embora, vai se fuder, por que você fica fazendo esses joguinhos comigo? Eu só sei de uma coisa... Eu NUNCA vou sentir nem sequer um pouco de amor por ele.

Capítulo 7

  Santa Monica foi demaaaaaaaaaaaaaais, queria que a minha vida fosse daquele jeito, mas eu acho que se a minha vida fosse como foi em Santa Monica eu iria morrer de overdose, nos outros dias em Santa Monica eu não beijei nem o e nem o Kyle, espero...
  De volta à escola, bosta, tomara que eu não veja aquela coisa que todos chamam de , estou morrendo de raiva dele, o que deu nele? Tipo de repente ele começou a gostar de mim? Mas eu conheço o logo, logo ele desiste.
  Estava indo para a aula de biologia, quando senti alguém me segurando, já até sei quem é.
  - Me solta, - disse sem olhar para ele.
  - Eu por acaso enfeiei do nada para parecer com o ? - Kyle disse.
  - Ah, desculpa Kyle, pensei que fosse ele - ri e ele também, paramos e ele me olhou sério.
  - Preciso falar com você - o segui até a biblioteca, estava vazia, todos estavam em aula só haviam livros velhos lá - eeeeee... Tem uma coisa que eu queria te falar...
  - O quê? – disse.
  - Eu acho que desde Santa Monica, eu... Bem... Estou sentindo algo estranho...
  - Você está bem? Está meio pálido, ficou doente?
  - Não, eu estou sentindo algo estranho... Por você. - ele fez uma pausa - Eu te amo.
  Tá, eu definitivamente não estava esperando isso (talvez se ele tivesse dito que pegou alguma DST eu estaria mais preparada sobre o que dizer, mas isso? Caiu como um tijolo na minha cabeça), e como assim o Kyle, pensei que éramos SÓ amigos.
  - Err... Desculpa Kyle, eu... Eu não sinto o mesmo, desculpa mesmo, eu ainda quero ser sua amiga, por favor não fique bravo comigo...
  - Mas e o tempo que passamos juntos? E tudo o que tivemos?
  - Kyle, nós não tivemos nada, eu passei muito tempo com você sim, mas é por que eu pensei que éramos amigos.
  - Mas eu quero ser MAIS do que isso - ele disse se aproximando.
  - Me desculpe - disse me afastando.
  - É o , não é? Pode dizer, eu aguento.
  - Não, não é o ...
  - Então é o quê?
  - Nada, eu só não...
  - É o sim, você acha que eu não sei?
  - Não, é ele...
  - Sabia... Sabe eu estava mentindo, eu sou mesmo só seu amigo, e como seu amigo eu tinha que fazer para te provar que você gosta dele, só não admite.
  - EU NÃO GOSTO DELE!
  - É, você não gosta dele, você o AMA, está APAIXONADA, .
  - Não, eu não estou apaixonada por ele, não de novo - a última parte saiu como um sussurro, mas acho que ele ouviu.
  - Não minta para você mesma, você está apaixonada sim.
  - E se eu estiver? Não vou ser correspondida mesmo.
  - Claro que vai, o te ama.
  - Assim como amou as outras mil garotas que ele namorou? Acorda, Kyle! Ele não me ama, vai ser como da última vez...
  - Você não é como as outras garotas, e eu sei que ele não vai te magoar de novo, eu sei disso!
  - Como você pode ter tanta certeza?
  - Não sei, só tenho, confia em mim, - aquilo conseguiu me calar, saí de lá correndo depois disso e quase chorando, mas eu não iria chorar, já chorei demais por ele...

Capítulo 8

  Aquilo que Kyle havia me dito estava me deixando louca, ficou martelando na minha cabeça por tempos, e o pior é que eu estava COMEÇANDO A ACHAR QUE ELE TINHA RAZÃO, droga.
  Eu sentia que iria morrer a qualquer segundo (e eu não estava sendo dramática), só não faltei a aula porque minha querida mãe só me deixa faltar se:
  1- Estar com uma febre com mais de 42 graus.
  2- Estar com uma doença rara e fatal.
  3- Se eu tiver que amputar alguma parte do corpo.
  4- Se eu estiver quase morrendo.

  E para ela, sofrer por amor não é considerado como o número 4 da lista. "Você ainda vai sofrer muito antes de achar o amor da sua vida", valeu mãe, ajudou muito saber que vai piorar.
  De qualquer jeito, indo ou não, não faz a menor diferença (pelo menos para a minha cabeça), porque eu fiquei boiando todas as aulas e ignorando as pessoas que tentavam se socializar comigo, coitadas, não queria conversar com ninguém, só com uma pessoa, mas o infeliz não veio a escola, tudo bem no dia seguinte eu tento falar com ele.
  No dia seguinte mandei um SMS para ele, "Me encontre embaixo da arquibancada", fui até o lugar combinado esperar.
  Minutos depois ele estava lá, nos encaramos por um breve momento, até que ele limpou a garganta e começou a falar.
  - Então, o que você quer?
  - Quero falar com você sobre...
  - Sobre...
  - Nós.
  - Finalmente percebeu que eu te amo.
  - Era sobre isso que eu queria falar, você não me ama!
  - Claro que amo.
  - Não, não ama.
  - Claro que...
  - Não, eu sei que não ama - o cortei.
  - Como pode saber?
  - Porque eu convivo com você há MUITO tempo, e você nunca ligou para mim, muito pelo contrário, quando eu fui burra e me apaixonei por você, você não fez nada, só me ignorou e me deu falsas expectativas.
  - Não diga isso - ele disse baixo.
  - Mas é a verdade...
  - Não é!
  - Não, não, claro que não - disse irônica.
  - PARA COM ISSO!
  - Com o quê?
  - De me fazer sentir culpado...
  - Mas você é culpado, é isso mesmo que eu quero, quero que perceba o que VOCÊ fez para mim.
  - Me desculpa - ele disse fraco.
  - Ah, e você acha que um "me desculpe" vai consertar tudo? Deixa de ser idiota, !
  - Mas eu te amo!
  - Ah, é? E desde quando?
  - Desde daquele pub, acho...
  - Quê?
  - No momento em que te vi com o Caleb confesso que senti um pouco de ciúmes, eu não sei por que, só senti - fez uma pausa - quando te beijei, foi... Não consigo nem explicar, eu senti algo que nunca havia sentido antes, toda hora que olho para você eu sinto uma vontade inexplicável de te beijar, eu... Eu preciso de você!
  Fiquei calada o encarando tentando entender o que havia acabado de acontecer.
  - Mas... - tentei dizer.
  - Eu sei que fui idiota, não devia ter te tratado daquela maneira, mas eu mudei, acredite.
  - Não sei se consigo - disse insegura.
  - Confia em mim. - odeio quando dizem isso para mim.
  - Mas...
  Ele me cortou selando nossos lábios, colocou suas mãos em minhas cinturas e eu coloquei minhas mãos atrás se sua nuca, aquele beijo foi diferente dos outros, era calmo e com esse beijo a minha paixão pelo só crescia a cada segundo, só parávamos quando respirar era mesmo necessário.
  Estava pouco me fodendo para a aula, para tudo, eu só queria ficar ali para sempre.

FIM



Comentários da autora