Rhythm of Love

Escrito por Camilla Belmiro | Revisado por Natashia Kitamura

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  Mais um dia de verão e eu passeava de mãos dadas com John por um parque da cidade. O sol brilhava timidamente no céu, como se tivesse medo de que a qualquer momento alguma nuvem pudesse tampá-lo. John balançava nossas mãos no ar de forma divertida e eu sorria que nem uma boba vendo-as ir para frente e para trás. Fazia um mês que havíamos começado a namorar. Eu o conhecia há quatro anos, e ele há dois meses. Parece loucura, mas eu já era apaixonada por ele antes de sequer ter trocado uma palavra com o mesmo.
  The Maine era minha banda preferida. E como a maioria das fãs, eu sabia cada passo deles, ia a todos os shows que tinha em minha cidade e fazia de tudo para ser notada pelo vocalista: John O'Callaghan. Essa que por sinal, não era uma das missões mais fáceis, e é ai que minha história começa.

  Dois meses atrás.
  Era meu terceiro show do The Maine e lá estava eu na fila para entrar na pequena casa de show que eles se apresentariam. Não estava muito diferente das outras meninas que estavam comigo. Parecia que todas haviam combinado de ir com roupas parecidas... Skinny, all star, blusa da banda e algum casaco por cima. Sentia-me como se tivessem me colado em uma máquina de xerox, mas eu não podia voltar para casa e mudar de roupa, não mesmo, só faltava uma hora para o show e a fila estava relativamente grande. , minha companheira de shows, não parava de falar como estava animada para ver o "seu Garrett" de novo e que tentaria de tudo para que ele a notasse. Acho que esse era o pensamento de quase todas as garotas daquela fila, inclusive o meu, porém, com alguém diferente, no caso, o "meu John".
  John era o mais cobiçado da banda (também, com aquela gostosura toda até alguns meninos trocariam de time) e o que eu mais admirava. O sorriso dele fazia o meu estômago borbulhar, o olhar dele me hipnotizava e a voz dele me fazia ter orgasmos. É isso mesmo que você leu: eu tenho orgasmos com a voz de John O'Callaghan, mas afinal, quem não tem" Beleza ele tinha de sobra e suas palavras também eram tocantes. As mensagens que ele passava deixavam claro o tipo de pessoa que ele era, ou não, podia ser também a pessoa que ele queria que achássemos que ele era. Tanto faz, só sabia que o que eu sentia não era apenas amor pelo cara de uma banda era outro tipo de amor... Talvez algo mais forte.
  Depois de alguns minutos na fila eu e a conseguimos entrar e nos espremer até achar um lugar bom entre o microfone do meio onde ficaria John e o lado que Garrett costumava ficar. O show começou com meia hora de atraso, mas valeu apena, pois eles estavam mais lindos do que eu conseguia me lembrar e super animados, aposto que já tinham bebido alguma coisa. Ri desse pensamento e senti os olhos de John cair em mim. Claro que minha reação foi gritar, pular e mandar beijinhos para ele, o que foi meu maior erro, porque ele apenas desviou o olhar para outro canto. Droga, eu era muito idiota mesmo, eu tinha que ter apenas sorrido timidamente e olhado para ele de uma forma fofa, mas não, eu tinha que dar uma de histérica! Palmas para mim.
  Ao final do show eu e a nos sentamos exaustas na calçada e eu comentei com ela sobre o pequeno acontecimento entre eu e John. Ela apenas riu revirando os olhos, voltando a tagarelar sobre como Garrett estava gostoso, sedutor e algumas coisas pervertidas que eu fiz questão de ignorar. Aos poucos o movimento de saída foi diminuindo e em pouco tempo a rua estava apenas com algumas pessoas que esperavam seus pais ou qualquer pessoa que fossem buscá-los. Eu não fazia ideia de como voltaria para casa. Talvez pegasse algum ônibus ou tentaria convencer minha mãe a sair de debaixo de seu cobertor e vir me buscar de carro. Olhei para e ela finalmente havia parado de falar, agora olhava para um ponto fixo no final da rua. Segui seu olhar e gemi. Era um grupo de mais ou menos cinco garotos nem um pouco amigáveis que tinha sorrisos perversos nos rostos e vinham em nossa direção. Olhei para a entrada da casa de show atrás de algum segurança e nada. O último tinha acabada de entrar. olhou para minha cara apavorada e pediu tentando manter a calma para que levantássemos normalmente e saíssemos atrás de um lugar aberto, uma loja ou lanchonete. Sorri para ela e concordei com a cabeça. Levantamo-nos normalmente e começamos a andar com passos largos. tinha os braços entrelaçados com o meu me apertando para junto dela como se tivesse medo que eu saísse correndo a deixando.
  Já passava das onze horas, poderia chutar que já ia dar meia-noite e a rua da casa de show estava praticamente deserta. Uma garoa começou a cair e um vento também resolveu aparecer. Estava uma perfeita cena de filme de suspense e eu não estava gostando nem um pouco de ser uma das protagonistas.
  "Acho que tem uma lanchonete ali na frente" disse apontando com o queixo. "Se a gente começar a correr agora, talvez dê tempo de chegarmos lá e..."
  "Melhor não. Vai que eles resolvam correr atrás da gente?" Disse com a voz meio trêmula por causa do frio e do medo.
   não se conteve e deu uma olhada para trás por cima dos ombros e seu rosto ficou mais pálido do que estava.
  "Merda. Merda. Corre." Ela falou tudo de uma vez me puxando.
  Arrisquei a dar uma olhada para trás vendo que eles estavam se aproximando e resolvi correr mais rápido, sendo acompanhada por . Nós tínhamos cabelos em nossos olhos o que estava afetando nossa visão. Senti meu corpo bater em algo me desequilibrando e quase caindo, mas em tempo recorde a mesma coisa que eu bati me segurou. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi: "Merda, pegaram a gente." Mas eu tirei meus cabelos dos meus olhos e dei de cara com ninguém mais ninguém menos que John O'Callaghan. Preciso dizer que na hora eu me esqueci de tudo" Esse tudo incluía: Eu estar sendo perseguida por um grupo estranho, estar sozinha com uma amiga que por sinal eu também tinha esquecido e que eu estava congelando de frio.
  Eu encontrei aqueles olhos e paralisei. Por um momento achei que tinha congelado de frio, mas é claro que não tinha sido isso. Era a presença do homem que eu vinha sonhando há tempos bem perto de mim, tão perto que conseguia sentir sua respiração em meu rosto. Gaguejei algo sem nexo e me afastei dele olhando pela primeira vez em volta. tinha parado um pouco a frente e olhava para mim com os olhos arregalados. John não estava sozinho, a banda toda estava ali, inclusive Tim, o empresário da banda. Eu olhei para trás procurando os garotos e logo os vi parado a alguns metros de distância. Engoli em seco e fui para perto de .
  "Está acontecendo algo?" John perguntou com as sobrancelhas levantadas olhando pra mim e depois para os meninos estranhos.
  "Bom, vocês estão atrapalhando nossa diversão." Um gorducho falou fazendo uma careta.
  "Ah claro. Então espero que vocês me desculpem por roubar a diversão de vocês" John caminhou tranquilamente até mim e e passou cada braço pelo ombro de cada uma.
  Os meninos grunhiram em sincronia e deram meia volta sumindo em um beco mais a frente. Suspirei aliviada e sorri tímida para John.
  "Obrigada..." O olhei. Meu Deus, ele era realmente muito alto. Eu batia um pouco abaixo de seus ombros e que ombros. Seu sotaque era realmente encantador e eu estava me segurando para não surtar e estragar tudo outra vez.
  "Não poderíamos deixar nossas fãs em apuros, certo?" Ele sorriu tirando os braços de volta da gente e olhando para nossas blusas.
   concordou e soltou um obrigado meio gaguejado. Os olhos dela estavam fixos em Garrett, que a olhava com curiosidade. Olhei para o resto dos meninos que nos olhavam entediados e acenei.
  "Eu sou a e essa é a " Nos apresentei com minha voz estranhamente baixa.
  "Acho que não precisamos nos apresentar" Pat sorriu brincalhão.
  "Acho que é totalmente desnecessário, uma vez que somos grandes fãs de vocês e meu Deus, isso ta acontecendo mesmo" John O'Callaghan acaba de salvar minha vida e os maines estão parados na minha frente?" desatou a falar, como ela sempre faz quando está nervosa. Fui obrigada a dar um leve beliscão nela. "Mas , olha a nossa situação e... Eles são de verdade e meu Deus... Por favor, fale que eu não to sonhando e..."
  "Ok, chega !" A cortei de vez. Não podíamos perder essa oportunidade e fazer a fan girl agora não iria ajudar só atrapalhar.
  Eles pareciam se divertir com o nervosismo da , inclusive Pat que até arriscou a fazer uma piadinha interna com Jared o cutucando e cochichando alguma coisa.
  "Bom, estávamos indo em uma lanchonete comer alguma coisa, vocês querem vir conosco?" Tim propôs.
  "É melhor vocês não ficarem andando por aqui sozinhas. Já está tarde e aqueles meninos ainda devem estar por aqui, além do mais acho que vocês estão congelando." Garrett falou pela primeira vez.
  "Por mim tudo bem" Concordei e olhei para que apenas acenou.
  John tirou seu casaco e colocou em mim, o que ficou bastante grande arrancando risadas do mesmo.
  "Tá tão feio assim?" Fiz uma careta abrindo os braços.
  "Melhor eu não responder." Ele deu um sorriso que na hora provocou um sorriso meu.
  Fui caminhando com ele mais na frente enquanto se divertia com alguma piadinha que Jared fazia. Chegamos à lanchonete que não estava muito cheia, apenas com algumas meninas que usavam saltos bem altos e vestidos tão curtos que eu conseguia ver o útero de cada uma. Elas lançaram sorrisos maldosos para os meninos o que fez arregalar os olhos e se segurar para não pular encima de uma loira oxigenada que tinha piscado para Garrett. Desviei os olhos do grupo e sentei-me à mesa que os meninos haviam escolhido.
  "Se a gente tiver atrapalhando a gente pode ir embora, sabe?" Falei.
  "Atrapalhando o quê?" Pat perguntou meio perdido.
  "Ah, você sabe..." olhou pro grupo de meninas que acenaram para nossa mesa.
  "Claro que vocês não estão atrapalhando nada!" Garrett falou rapidamente ignorando os acenos.
  "É, relaxa, elas não fazem nosso tipo" Kennedy riu.
  "Consigo ver o útero daquela de azul!" John franziu a testa.
  "Desnecessário, John" fez cara de nojo.
  Fizemos nossos pedidos e logo eles chegaram. Garrett e pareciam estar se entendendo conversando sobre algo que eu não consegui entender, mas pelos movimentos de cada um pareciam estar falando de Star Wars. Pat e Jared apostavam quem conseguia comer mais batata em um minuto e Kennedy conversava com Tim sobre o show.
  "O que você achou do show?" John me perguntou.
  "Você quer mesmo saber o que eu achei do show" Porque se eu começar a falar sobre isso não vou parar de falar tão cedo!"
  "Pode prosseguir" Ele riu.
  "Foi um dos melhores shows da minha vida! E olha que eu já fui a muitos, e esse foi o meu terceiro do The Maine, mas vocês continuam me surpreendendo cada vez mais! As músicas novas são maravilhosas, e eu chorei muito com Jenny porque é uma das minhas músicas preferidas, sabe" E nossa, Misery foi incrível! Aliás, todas foram perfeitas, mas eu sinto falta de Inside of You... Eu adoro essa música e nossa aquela hora que você olhou pra mim eu achei que eu ia morrer e..." Parei rapidamente de falar corando de vergonha. É sério que eu disse isso pra ele" E espera, está todo mundo da mesa olhando pra mim por quê"
  "Acho que você se empolgou um pouco" sussurrou pra mim.
  "Muita convivência com você." Sussurrei de volta.
  "Eu acho que vi vocês no show..." Garrett comentou. "Vocês estavam muito animadas"
  "Bem, desculpe te decepcionar, mas eu não me lembro de ter te visto" John falou pra mim, o que me fez querer morrer. Isso é pior do que um fora, sabia senhor O'Callaghan"
  "Mas se serve de consolo, estou te olhando agora..." Ele fixou o olhar em mim e meu Deus que olhos! "Agora você quer morrer?" Um sorrisinho divertido brotou em seus lábios e meu Deus que lábios!
  "Não... Se eu morrer eu nunca mais vou ver esse rosto assim tão perto." Falei inconscientemente.
  Escutei longas risadas da mesa toda, porém John não se mexeu, nem tirou o sorrisinho dos lábios. Ele estava concentrado em mim e eu nele, como se não houvesse ninguém que pudesse atrapalhar esse momento. Sentia os olhos dele examinando cada célula do meu rosto e eu não conseguia decidir se focava em seus olhos que brilhavam ou nos lábios rosados dele. John abriu a boca pra dizer alguma coisa, mas algo começou a tremer no meu bolso e eu dei um pulo o assustando e provocando mais risadas do pessoal.
  "Acho que é meu celular..." Falei pegando meu celular e corando. "Ah, oi mãe."
  "Aonde você tá" Já são uma e meia da manhã, que show é esse que você foi" Não acabou ainda não" Por que você ainda está na rua" Com quem você está" Está chovendo!" Minha mãe disparou a falar no telefone.
  "Calma, eu estou em uma lanchonete com a e uns amigos que encontrei no show."
  "Amigos" Sei... Eu quero que você volte pra casa agora!"
  "Você pode vir me buscar?"
  "A chave do carro ficou na mochila do seu irmão e ele foi para a casa da namorada dele! Você vai ter que pegar um táxi ou um ônibus"
  "Mas mãe, está deserta a rua!"
  "Pede para seus amigos te levarem no ponto. Não demora. Tchau." Ela desligou.
  "Mas que legal, é hoje que nós vamos ser estupradas, ." Resmunguei guardando o telefone.
  "Desculpe... O QUÊ?" parou sua conversa com os meninos pra me olhar assustada.
  "É isso mesmo. Minha mãe está sem o carro, a gente vai ter que voltar pra casa de ônibus."
  "Mas eu sou muito nova pra morrer!"
  "Vocês querem uma carona?" Tim perguntou.
  Eu e minha querida amiga ficamos paralisadas olhando pra ele com os olhos arregalados. Essa noite estava muito estranha.
  "E se vocês tentarem sequestrar a gente?" Perguntei desconfiada.
  "Eu não ligo!" deu pulinhos na cadeira.
  Garrett sussurrou algo no ouvido dela e eu revirei os olhos.
  "Tudo bem. Eu não moro muito longe daqui... Talvez um pouquinho, mas essa hora não tem trânsito então acho que não vai demorar" Comentei procurando dinheiro no meu bolso pra pagar meu lanche que eu nem tinha tocado direito.
  "Hoje é por minha conta!" John piscou pra mim e se levantou pra ir pagar.
  "Até que fim O'Callaghan!" Kennedy riu.
  "Ele nunca paga." Jared explicou.
  "Para de falar calunias de mim para minha fã número um, Jared!" John colocou as mãos em meu ombro. SOCORRO, QUE DEDOS, QUE DEDOS!
  "Então vamos logo porque hoje temos que deixar duas moças em casa!" Tim se levantou saindo da lanchonete em direção a casa de show.
  A chuva tinha parado, mas o frio continuava e agora um pouco mais intenso. Eu estava aquecida, mas John parecia estar com frio.
  "Você quer seu casaco de volta?" Perguntei pra ele.
  "Não, está tudo bem." Ele sorriu e apontou disfarçadamente pra frente onde Garrett andava abraçado com por causa do frio.
  "Ela gosta muito dele, sabe..." Comecei a falar.
  "E acho que eles se deram muito bem." Ele comentou. "Assim como a gente..."
  Parei de andar e levantei uma sobrancelha. Ele parou na minha frente e virou um pouco o rosto pro lado.
  "O que foi?" Ele perguntou.
  Dei de ombros e voltei a andar. Isso só podia ser alguma espécie de sonho, não é possível! John O'Callaghan dizendo que eu e ele nos demos bem, mas espera, em que sentido ele quis dizer" É claro que não no que eu queria que fosse... Até porque isso não seria mais um sonho, seria um milagre. Tudo bem, eu não sou tão feia e nem tão mais nova do que ele, só dois anos... Poderia rolar alguma coisa, mas eu sou uma fã e desde quando o ídolo se apaixona por fã" É você não pode se iludir.
  "No que você está pensando?" Ele perguntou caminhando do meu lado com as mãos nos bolsos.
  "Como essa noite foi surreal."
  "Eu também achei... Nunca tinha saído com fãs tão legais como você e a . E sabe me senti o herói da noite botando aqueles garotos pra correr."
  "Obrigado mais uma vez. Ainda bem que vocês apareceram se não..."
  "Tudo bem. Esquece isso, ok" Eu salvei a noite e isso é o que importa!"
  "Convencido." Rimos.
  Entramos na van que estava estacionada na porta da casa de show e guiei Tim até minha casa. ia dormi lá para não dar mais trabalho para os meninos. Como eu havia dito não havia transito nenhum nas ruas e chegamos à minha casa em menos de dez minutos. Todos saíram do carro para se despedir da gente, menos Tim que preferiu acenar da janela.
  Abracei cada um deles bem apertados, afinal, eles eram meus ídolos e depois de anos finalmente consegui ficar pertinho deles e vamos combinar que isso ta melhor do que eu planejei.
  Abracei John e pude sentir o cheiro dele o que fez minha cabeça rodar e meu estomago da voltas.
  "Acho que eu devia te soltar agora" John sussurrou no meu ouvido.
  "É." Não consegui formular alguma coisa melhor do que isso.
  "Mas eu não quero."
  "Não quero que você me solte agora."
  "Eu não vou."
  Ficamos mais um tempo abraçados sem dizer nada até que Tim buzinou, nos fazendo pular de susto e se separar.
  "Soltei." John falou sorrindo.
  "Você vai ficar na cidade por quanto tempo?" Perguntei.
  "Me empresta seu celular?" Ele pediu ignorando minha pergunta.
  Entreguei meu celular pra ele e logo me arrependi. A foto de plano de fundo era ele sem camisa.
  "Isso é sério?" Ele riu.
  "Você é gostoso." Falei baixinho totalmente vermelha.
  Ele digitou um número no meu celular e ligou pra esse número. Fiquei olhando pra ele sem entender esperando ele me explicar.
  "Bem, anotei meu número no seu celular e liguei pro meu, agora você tem o meu e eu o seu."
  "Hmmm, espertinho!"
  "Vamos logo antes que Tim acorde a vizinhança buzinando." Garrett puxou John pelo braço.
  "Como eles são fofos..." suspirou.
  "Demais... Isso realmente aconteceu?" Perguntei vendo a van se afastar.
  "Acho que sim..."
  "Como a vida é bonita."
  "Como o Garrett é bonito."
  "Filha" O que você está fazendo ai fora no frio" Faça o favor de entrar agora! Ah, oi . ENTREM!" Minha mãe apareceu na porta de roupão.
  "Vamos." Puxei minha amiga pra dentro.
  Nem preciso dizer que não pregamos os olhos a noite toda, não é? Ficamos conversando sobre tudo o que aconteceu com a gente nesse dia que obviamente foi um dos melhores.
  "Agora é oficial: estou apaixonada!" falava pela milésima vez. "Ele me deu o número dele, você acha que eu deveria ligar?"
  "O John me deu o dele e pegou o meu... Acho que vou esperar ele me ligar... Não sei, acho que não teria coragem."
  Não demorou muitos dias e John me mandou uma mensagem:
  "Com saudades" John."
  Fiquei uns quinze minutos encarando o meu celular com um sorriso bobo no rosto.
  "Sim. E você, com saudades da sua fã número um" ."
  Ele respondeu no minuto seguinte:
  "Também. Acho que precisamos nos encontrar."
  "Apóio essa ideia!"
  "Posso passar ai?"
  "Estou te esperando."

  Sempre que John vinha pra cidade nos encontrávamos. Sempre tentava arranjar um tempo na agenda para vir me visitar e trocávamos mensagens o dia todo. Com Garrett e não foi diferente e depois de um mês e meio enrolando, Garrett a pediu em namoro o que fez a coitada quase ter um ataque. John me pediu oficialmente em namoro a um mês de termos nos esbarrado. Eu me considerava a garota mais sortuda do mundo e torcia para que desse certo. Mesmo não morando na mesma cidade, estávamos sempre dando um jeito de nos encontrarmos. Eu confiava nele mais que tudo e ele confiavam em mim. Isso tinha tudo para dar certo, e eu sei que ia.



Comentários da autora


Minha primeira fanfic aqui no All Time Fics e eu não sei se ficou muito legal, mas eu fiz muito inspirada depois que consegui conhecer os meninos do The Maine (que são as coisas mais fofas do mundo!). Eu já tinha o começo da fanfic um tempinho no computador, já tinha desistido dela, mas quando vi essa promoção relâmpago eu não resisti, tive que tentar! Tá, eu não sei o que falar aqui, então obrigado se você leu e espero que tenha gostado. Beijinhos.