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Temporada 18 | #004

Recaída
Giulia Be



Recaída

Escrito por Jozi B.

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Vem, vem, para de fingir que ‘tá
Bem, bem, a real é que eu ‘tô
Bem, bem, ‘tô afim de dar
Aquela recaída, vamos se encontrar...

  – Eu leio, faço umas anotações e te envio de volta, pode ser? – perguntou para o garoto que estava do outro lado da linha, mas foi para o para o rapaz parado a sua frente que o sorriso de apareceu. Ela sabia que iria ao seu encontro após a breve troca de mensagens que tiveram uma hora antes. Afinal, ele sempre atendia aos chamados da garota. E eles sabiam: a reciproca existia. – -ah, não se preocupe. Você vai se sair muito bem, tenho certeza.
  Com um movimento curto de cabeça, autorizou a entrada de no apartamento e virou as costas ao voltar para dentro do apartamento que ela dividia com três amigas.
  Passando a língua pelos lábios e sorrindo também de lado, observou sumir por dentro do apartamento enquanto ele tirava os sapatos pretos e os deixava na entrada. Ele conhecia aquele apartamento tão bem quanto conhecia uma de suas donas, por isso tinha a tranquilidade de quem sabia onde estava pisando quando seguiu os passos de para dentro. sabia que cômodo ficava atrás de cada porta. Conhecia, especialmente, o quarto que ficava no final do corredor. Estivera muitas vezes lá dentro. Horas a fio.
   reencontrou na cozinha era separada da sala por uma ilha de pedra de mármore. A garota olhava algo na tela do notebook ligado, ainda falava ao celular com quem quer que fosse e, apesar de olhar para vez ou outra, demorando alguns segundos com o olhar na figura dele que erguera a sobrancelha, ela ainda se mantinha concentrada no assunto.
  De tantas coisas que gostava em aquela era uma das principais: a concentração. se prestava atenção no que quer que falassem com ela. Fazia com que a outra pessoa se sentisse ouvida de verdade, tratava qualquer assunto como importante – até mesmo aqueles que ela não gostava muito e sabia bem pouco.
  E gostava, precisava ser sincero, de roubar a atenção de para si. Principalmente quando ela o chamava numa sexta-feira a noite, o fazendo cancelar a saída que marcou com uns amigos.
  Por isso, em silêncio, ele se aproximou de a passos calmos. Parou ao lado da ilha para bisbilhotar o que olhava na tela do notebook, leu algumas coisas e logo olhou para a garota que já o encarava enquanto a voz do outro homem vinha do celular. aproximou os rostos, deixou um beijo breve na bochecha alheia e cansou de estar do lado e foi para trás.
  O corpo de ficou menor quando o de a cobriu por trás, os dois braços dele a prendia entre ele e a o mármore. As mãos do homem apoiadas na pedra, o rosto colocado do lado esquerdo ao de . não queria ouvir a conversa, não o interessava saber quem com quem falava. Ele só queria a atenção dela. Estava ali para isso, certo?
  Ela o chamou até ali para ter a atenção dele.
  Então, teria.
   se arrependeu de ter chamado com tanta pressa quando percebeu que a chegada dele enquanto ela ainda falava com não foi bom. Passou a ser difícil se concentrar no que o novato falava do outro lado da linha depois que se aproximou demais. Depois que ele tirou o cabelo dela do caminho e colocou o rosto dele bem ao lado do dela, depois que (cansado de fingir que estava lendo o arquivo aberto na tela do notebook) passou a cheirar o pescoço de . E logo começou a distribuir beijos e mordidas no ombro e no pescoço dela, afastando com a boca o pano da camisa que usava, fazendo-a fechar os olhos algumas vezes para logo abri-los assustadas quando a voz de a chamava. sorria quando esses momentos aconteciam, sentia o sorriso dele em sua própria pele. E apesar de tentar empurrá-lo, ela não o queria longe. Por isso, os empurrões eram fracos enquanto os beijos de cada vez mais fortes, e por vezes quase chegavam aos lábios dela.
  Quando , finalmente, encerrou a ligação quase o agradeceu. Mas conseguiu ouvir os agradecimentos dele que estava realmente grato pelas duvidas tiradas, e o esperou encerrar a ligação antes de bloquear o celular e se virar de frente para que a fitava de perto.
  As mãos dele ainda estavam apoiadas na ilha, ainda estava presa a que seguiu o olhar dela e sorriu quando a viu olhar para sua boca.
  – é o novato? – perguntou, curioso, por se lembrar de um novato com o mesmo nome que disse ao final da ligação. – Não sabia que eram amigos.
  – Ciúmes? – devolveu, erguendo a sobrancelha fazendo rir um pouquinho. – Sabe que isso não combina com a gente.
  – Eu não sinto ciúmes do que não é meu. De quem não é.
   sabia que não o pertencia, assim como ele também não a pertencia. Eles não tinham nada sério, não se completavam e muito menos trocavam declarações de amor. e aprenderam, há dois meses, que eles não podiam ter um relacionamento que envolvia essas coisas. O que existia entre eles não funcionava dessa maneira e por isso praticamente o chutou para fora da cama dela após uma briga quando tentaram fazer funcionar dessa maneira doce. Eles ficaram sem se falar até mesmo na faculdade, se ignoravam quando estavam no grupo de amigos que tinham em comum agiam como se o outro não estivesse ali, ainda que vez ou outra o olhar de um encontrava com o do outro. Ficaram distantes até que a saudade do corpo alheio falou mais alto e o chamou no aplicativo de mensagens:
  Estou entediada, foi o que ela enviou.
  Que pena. Eu estou no bar com os garotos, ele a respondeu cinco minutos depois.
  E daí?, perguntou e não a respondeu mais.
  A mensagem ficou azul, ele tinha lido e não enviou nada de volta.
   fez melhor: foi até ao apartamento de . Ali estava e ficaria por algumas horas.
  – Ainda bem – sorriu.
  E como sempre acontecia quando estavam juntos, especialmente a sós, o clima mudou de repente e permitir existência de uma distancia entre os dois corpos se tornou errado. Por isso as bocas se uniram num beijo afoito, as mãos de deixaram a pedra de mármore para tocar o corpo tão bem conhecido e que nunca deixava de ser maravilhoso para si. segurou o rapaz pela nuca, os dedos tocando os fios escuros do cabelo que fora puxado para aproximá-lo ainda mais. Os corpos já quentes pela expectativa do reencontro desde a primeira mensagem trocada, esquentaram ainda mais com o contato.
  O beijo era apressado, não porque tinham pouco tempo a sós, e, sim, porque precisavam recuperar o tempo perdido. As mãos de deslizaram pela lateral do corpo de até chegaram nas pernas, ele segurou e com a facilidade de quem sabia o que fazia (por já tê-lo feito algumas maravilhosas vezes) a ergueu por baixo do bumbum e a colocou sentada na ilha. O beijo se partiu quando sorriu, ela gostava quando ele a segurava daquela maneira. sabia disso, é claro. E por isso fazia. Continuaria fazendo.
  A jaqueta preta dele foi a primeira peça a ser tirada do corpo, a camisa branca foi a segunda e o beijo foi interrompido para que a peça passasse pela cabeça de . aproveitou para olhar o corpo sempre malhado, a abdômen marcado pelos exercícios feitos na academia e o esforço físico nos treinos do time de basquete da faculdade. sorriu quando a beijou de novo, mordeu o lábio macio e sentiu as unhas de marcar as costas.
  – Qual a desculpa que você deu? – ele perguntou ao puxar a camisa dela para cima, vendo-a erguer os braços para se livrar da peça. não usava sutiã. Antes que o respondesse, a beijou mais uma vez, forte.
  – Disse que, hm, iria ao cinema – respondeu depois de pensar no que tinha dito mais cedo para as amigas, quando se recusou a sair com as amigas. – E você? – questionou apertando os olhos quando beijou desde a boca dela até os seios, segurando-os com ambas as mãos e apertando-os de maneira tão gostosa. Os lábios chupando um enquanto dois dedos beliscavam o outro. Arrepiando e esquentando ainda mais o corpo de que tinha seus seios como um de seus pontos fracos. A calcinha tornando-se ainda mais incomoda.
  – Surgiu um problema – a olhou de baixo para cima, beijando o outro seio. – E eu precisei resolver.
  – E resolveu? – provocou, segurando o rosto dele com as duas mãos. Sorrindo para o olhar brilhoso, excitado.
  – Ainda não.
   puxou para fora da ilha e a colocou de pé novamente, o calor da parte de cima dos corpos se encostando esquentava as partes debaixo também. As mãos de alcançaram o botão da calça preta de sem muitas delongas, o zíper foi abaixado e logo a calça e a cueca preta também. A extensão foi segurada pela mão de que sorriu quando mordeu o pescoço dela para abafar o grunhido baixo que escapara de seus lábios. O polegar espalhou o líquido pela glande, os outros dedos apertaram a excitação e quase gritou quando a estapeou na bunda.
  A saia de não demorou no corpo dela, logo encontrou as outras peças largadas no chão da cozinha ao que o corpo da mulher ficou tão exposto quanto o de . Enquanto ainda se beijavam, frente a frente, segurou os cabelos de num bolo e a olhou quando puxou os fios. Ela sorriu, ainda o segurando e subindo e descendo a mão. xingou com os lábios raspando os dela, os dedos mordendo o queixo de e logo um sorriso surgindo quando a outra mão dele encontrou o caminho até o meio das pernas da garota e a tocou.
  Ela estava tão excitada quanto ele. Tão molhada e quente. Tão sensível.
  – Tem camisinha no bolso...
  – Sem. Eu quero sem – o interrompeu.
  Os olhos parecendo ter chamas quando encontrou os de , fazendo-o perder o controle como toda vez que ela fazia isso; que o pedia sem. Que o queria puro. Sem nada entre eles.
  Apesar de não terem um relacionamento sério e longo, e se confiavam para aquela decisão. Ela tomava remédios todos os dias e nos horários certos, tendo ou não um companheiro sexual, fazia parte de seu auto cuidado, e só transara sem proteção com uma garota desde que iniciou sua vida sexual: com .
  – Tem certeza? – ele quis se certificar ainda assim.
  E tudo o que recebeu foi um pedido para que calasse a boca.
  As bocas se chocaram em um novo beijo, quando a glande tocou o meio das pernas de e espalhou a excitação de junto com a dela. gemeu entre o beijo quando seu ponto mais íntimo foi tocado e pediu por tudo quando enfiou a cabeça devagar.
   sempre foi um filho da puta.
  Ainda beijando-a e erguendo a perna direita de , meteu de uma vez e sentiu o corpo alheio tremer contra o seu. Teve o lábio mordido e achou que sentiu gosto de ferro em sua boca. Pouco se importou.
  As estocadas começaram como o momento pedia: fundas e rápidas. O aperto quente e molhado fazia com que fechasse a apertasse os olhos as vezes, logo abrindo-os para admirar a expressão de prazer que tomava o rosto de . Os lábios dela estavam entreabertos emitindo palavras que as vezes não faziam sentidos, mas logo se transformavam no nome de e em pedidos por mais. Sempre mais.
  Mais rápido. Mais fundo. Aí. Não para. Gostoso. Assim. Não para...
  Os beijos ficavam perdidos e molhadas ao que os corpos se encaixavam tão bem. As mãos procuravam no corpo alheio o apoio necessário, também deixando marcas (no caso, as unhas de ) na pele alheia. Deixando para o dia seguinte a memória física do que acontecia naquele momento.
  O som do encontro dos quadris deixava o jovem não-casal ainda mais imerso no que faziam, a boca de marcou o pescoço de que olhou para baixo e metendo do jeito que ela gostava. Então, tudo ficou ainda mais intenso para ela que apertou os olhos para abri-los quando mandou que o fizesse.
  O orgasmo veio enquanto ainda olhava nos olhos de , ao que ele metia dentro dela e a fazia tremer em seus braços e chama-lo pelo nome como não fazia há um tempo. E como sentira saudades de chama-lo...
   segurou a base de seu membro antes de gozar, mas, teve sua mão substituída pela de que segurou a excitação molhada pelo próprio líquido e se ajoelhou diante de para receber o prazer dele direto na boca. Ela o limpou com a língua, e sorriu quando o olhou de baixo para cima e viu o corpo másculo contraído por sua causa.
  Com o gosto de na boca, o beijou quando ele a puxou para cima.
  – Qual filme você falou que iria assistir? – questionou, passou a mão nos cabelos dela, assoprando a pele alheia. As respirações ainda estavam agitadas, os corpos tão sensíveis que qualquer toque causava gemidos baixinhos.
  – Algum da Marvel...
  – Ótimo – a puxou para um beijo, andando para frente e fazendo ir para trás.
  – O que você está fazendo? – riu, teve o sorriso beijado. – Eu acho que o problema já foi resolvido... – murmurou, olhando para que, assim como , tinha uma camada de suor cobrindo a pele.
  – Agora eu preciso revisar o problema, ter a certeza de que foi tudo resolvido...
  – Hm, eu também acho que precisa de uma revisão... – provocou.
   gritou quando tentou fugir e logo a alcançou e jogou em cima do ombro, deu um tapa na bunda ela que revidou na dele.
  Ao som de implicâncias e tapas sendo deferidos, levou para outro cômodo do apartamento: aquele que ele conhecia tão bem... O quarto que ficava no final do corredor.
  Quando a porta foi fechada bruscamente, as risadas cessaram.
  Eles tinham um problema para revisar... E isso requer muita atenção.
  E eles tinham tempo de sobra para isso...
  Afinal, no cinema, a sessão do filme que foi assistir tinha apenas começado...
  E a resolução para o problema de também.

FIM