Rebound

Escrito por Queen B | Revisado por Mariana

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Rebound, segundo o UrbanDictionary, seria o equivalente ao relacionamento tapa buraco em português, ou, um amor para superar o outro. Trata-se de quando você se envolve com alguém sem realmente gostar da pessoa, buscando apenas preencher o vazio que o relacionamento anterior deixou até estar pronto para um novo, e realmente significativo.

  O México não tinha a beleza sofisticada da maioria dos paraísos praianos mundo a fora, mas havia algo naquele lugar e aquilo era inegável. Talvez fosse o ar, não havia jeito de saber com certeza, mas havia sim algo ali, algo que envolvia as pessoas o suficiente para considerar o lugar um paraíso praiano também. O modo como as ondas quebravam na praia, os dias estavam sempre quentes e a água do mar refrescante talvez.
  Ou, mais ainda, talvez fosse as noites, o clima festivo que durava o ano inteiro, a queimação que tal clima, por si só, era capaz de causar em cada novo turista esperançoso, ansioso de maneira quase desesperada por algo, qualquer coisa.
  Naquele dia, no entanto, estava achando tudo uma droga.
  Depois de ser traída pelo namorado e terminar um relacionamento de quase três anos, é de se esperar que até paraísos praianos percam um pouco da sua mágica, afinal. Ela nem sabia o que estava fazendo ali, no México, quando tinha acabado de terminar um relacionamento de anos. Seus amigos estavam animados, era verão e eles tinham férias que realmente prometiam pela frente, mas , definitivamente, não compartilhava o estado de espírito.
  — Vai, se anima. É verão. – , sua melhor amiga, murmurou ao se sentar ao seu lado na areia da praia, passando um braço ao seu redor.
   suspirou, deitando a cabeça em seu ombro.
  — Tem uma coisa que é horrível e... Meio que não sai da minha cabeça. – murmurou depois de um instante, fazendo com que olhasse pelo canto do olho pra ela, esperando pelo resto. suspirou, com um gosto horrível na boca. — Vai contra todos os meus princípios, tudo em que sempre acreditei, mas eu fico pensando que... Que talvez o problema seja eu. Que eu não seja bonita o suficiente, sexy o suficiente, divertida o suficiente... – mordeu o lábio, sentindo os olhos arderem e se endireitou na toalha de praia que haviam estendido no chão, buscando ficar de frente para a amiga.
  Haviam chegado ao México a poucas horas e, depois de um banho, decidiram ir imediatamente a praia. Não fazia sentido, afinal, passar horas num carro a fim de deixar para trás por alguns dias a selva de concreto que era Nova York, o lugar que chamavam de casa.
  — , não. Você não pode pensar uma coisa dessas. Eu sei que se sente péssima agora, mas sou sua melhor amiga e jamais mentiria para você, portanto precisa acreditar no que tenho para dizer. – disse, olhando em seus olhos. — Você é linda, é incrível e não devia acreditar em nada diferente disso. Mark é que é um estúpido por não ver isso, . Vamos lá, você é muito melhor que isso. — sacudiu os ombros da amiga, tentando animá-la, mas tudo que conseguiu foi um suspiro desanimado.
  — Acredite, gosto do que sinto tanto quanto você. — retrucou, desgostosa, fazendo com que espelhasse seu ato anterior e suspirasse também.
  — Você precisa tirar essas coisas da cabeça. — decidiu, jogando os braços para o ar e olhando brevemente em volta, sorrindo ao encontrar o cooler que carregaram até ali do hotel e arrastando-o para perto delas, tirando dali uma latinha de cerveja para cada. — Precisa tirar toda essa roupa, tomar um pouco de sol e ficar bêbada, quem sabe. Um porre costuma ser útil nessas horas — murmurou, arrancando uma careta da outra. ignorou, continuando ainda assim. – Sexo casual é melhor ainda e o México é cheio de homens lindos, vamos te encontrar alguém... — parou, pensativa, e olhou em volta, como se analisasse as opções.
   rolou os olhos, sem levá-la a sério.
  — Para com isso. — resmungou, incomodada.
  — Que tal o ? — murmurou, virando de frente para ela como se a garota não houvesse dito nada e rolou os olhos outra vez. A quantidade de vezes que fazia aquilo quando estava com era quase assombrosa. — Ele estava perguntando para o de você. —comentou e rolou os olhos, achando aquilo extremamente difícil de acreditar.
   era amigo de , já o conhecia há muito tempo, desde o início do namoro de e , porém os dois nunca conversaram direito. Ele era lindo, do tipo que qualquer um teria que admitir, querendo ou não e, por mais que nunca fosse admitir em voz alta para ninguém, já imaginara cenários dos quais não tinha orgulho nenhum envolvendo o garoto. Tentar fazê-la acreditar que retribuía aquela pequena centelha de interesse que sempre existiu dentro dela, o modo como seu corpo esquentava sempre que olhava para ele, mesmo tendo um namorado, mesmo mal o conhecendo, era demais.
  Era, definitivamente, demais.
   sequer sabia que ela existia.
  — nunca nem olhou direito para mim, . — externou os pensamentos, deixando claro que não acreditava na amiga nem por um segundo e rolou os olhos.
  — Aposto que ele pensa o mesmo de você. Irônico, não é? — ela olhou pelo canto do olho para , que rolou os olhos, sem falar nada.
   riu, satisfeita por ter pelo menos feito a amiga pensar no assunto, o que era sua intenção desde o início, e então se afastou, se pondo de pé.
  — Vou dar um mergulho. — avisou e assentiu, observando a amiga se afastar só para, em seguida, sem que pudesse se conter, desviar o olhar para , jogando bola com na areia, mais perto do mar do que de onde estava.
  Ela mordeu o lábio, desviando o olhar para o tronco a mostra do garoto, já que ele se livrara da camisa assim que puseram os pés na areia do México.
  Além de e , outros quatro amigos se juntaram a elas na viagem, que já estava planejada desde o final do ano anterior. Eles queriam ir para o México no verão e, inicialmente, levaria Clark, mas com o fim do namoro, acabou indo em seu lugar, a convite de . Além dos três, outro casal de amigos deles estava com eles e, bem, era isso. Lá estavam eles, no México.
  Céus, era bonito. Bonito demais.
   sentiu novamente o corpo esquentar, como sentia sempre que ele estava por perto e balançou a cabeça, fazendo que não. Havia acabado de terminar um namoro muito conturbado, a última coisa que precisava era pular na cama com e fazer sexo inconsequente e delicioso. Precisava de um tempo para si, isso era tudo que precisava.

...

  À noite, muitas horas mais tarde, passara tanto tempo andando de um lado para o outro no quarto que começava a se sentir tonta, mesmo já estando sentada, no bar do hotel. Bom, isso devia ter algo a ver com o fato de já estar no terceiro copo de Martini, mas aquele era outro detalhe sobre o qual estava evitando pensar.
  A garota passou quase duas horas vestindo apenas uma toalha, andando pelo quarto enquanto martelava em sua cabeça o que devia ou não fazer, o que era seguro, até simplesmente cansar de pensar tanto e decidir ser inconsequente e irresponsável, para variar um pouco. passara anos na porra de um relacionamento em que aparentemente era a única que considerava a pessoa com quem estava quando pensava no que fazer e era um alivio finalmente poder pensar só em si mesma.
  Ou, pelo menos, era aquilo que ela ficava repetindo para si mesma, ainda que a verdade fosse diferente de maneira, no mínimo, desconfortável. Ela estava aterrorizada com a ideia de finalmente colocar a si mesma em primeiro lugar, como sua maior prioridade, afinal... Bem, há quanto tempo não fazia aquilo?
  — ? — perguntaram atrás dela e a garota virou rápido demais para olhar, piscando com a tontura que veio como consequência. Era . — Está tudo bem? — ele perguntou, se aproximando de maneira hesitante e ela assentiu, dando de ombros.
  — Por que não estaria? — a garota arqueou as sobrancelhas, lhe testando.
   dissera que ele perguntou a sobre ela, não foi? Bom, ali estava sua oportunidade de saber a verdade.
  — disse que você terminou o namoro. — ele respondeu, com ela ainda olhando em seus olhos e umedeceu os lábios, desviando o olhar. Ele sabia jogar aquele jogo, sabia, inclusive, muito mais do que ela. sequer sabia se queria, de fato, saber. — Esse tipo de coisa nunca é fácil.
  — Você me trairia? — ela o interrompeu, virando o corpo para ficar de frente para o garoto, que piscou, pego de surpresa pela pergunta. Ela suspirou, balançando a cabeça e se esforçando para ser racional. Obviamente, sem sucesso. — Desculpe. Eu só... Ainda estou processando o que aconteceu, sabe? Tentando entender como devo agir.
  — Deve agir como quiser agir. — deu de ombros, com simplicidade, e ela lhe encarou novamente, pelo canto do olho. Ele deu de ombros, como se fosse tudo bem simples para ele. — É só você agora e deve manter isso em mente. Não tem que fazer nada por ninguém, não tinha antes, embora ache o contrário e agora menos ainda. Não há regras e provavelmente vai levar um tempo para você se acostumar, mas é isso. É só você agora.
  — É assustador. — a garota murmurou em resposta e sorriu minimamente em resposta, assentindo.
  — Eu sei.
  Ela mordeu o lábio e virou para encará-lo, aproveitando-se do fato de o garoto estar concentrado no garçom do outro lado do balcão, pedindo uma bebida. era, de fato, lindo. A camisa social realçava seus braços, desenhava seu abdômen e fazia sentir o corpo quente outra vez. Era quase como uma dose de ar fresco depois de muito tempo debaixo da água, poder sentir aquelas coisas mesmo na situação tão merda em que estava.
  — Eu sempre te achei bonitinho. — ela confessou depois de um instante, mordendo o lábio quando ele lhe encarou novamente, com uma pontada de diversão no olhar.
  — Sei disso também. — disse, rindo quando ela corou com suas palavras. — E sei que sempre achou também que eu não reparava em você. Que sou muita areia para o seu caminhãozinho ou sei lá. — ele sorriu ao vê-la morder o lábio, corando mais. Ela sempre achou aquilo mesmo. — Agora que você não tem mais um namorado, acho que é seguro falar, então.... Não, não sou muita areia para você e, sim, eu definitivamente reparava em você. O tempo todo.
  Ela riu, de maneira ridiculamente envergonhada. Se odiou por aquela ser a única reação que conseguiu ter as palavras dele e mordeu o lábio, arrancando um sorrisinho dele por não desviar o olhar.

...

  Os lábios de eram quentes e sua língua agressiva, invadia a boca de com pressa, combinando perfeitamente com a maneira que as mãos dele tocavam o corpo da garota, cobrindo sua bunda, apertando-a só para impulsionar a garota para cima, fazendo com que ela passasse as pernas ao redor de sua cintura, ao mesmo tempo em que ele lhe prendia contra a porta do próprio quarto, antes mesmo de abri-la para que entrassem, mas nenhum dos dois se preocupou com aquilo naquele momento.
   afundou as unhas na nuca de e fechou os olhos enquanto ele afundava o rosto em seu pescoço, provando cada pequena parte da região com os lábios e fazendo com que um arrepio alcançasse a espinha de , que apertou mais as pernas ao redor de seus quadris, sentindo-se incrivelmente quente, em especial quando uma das mãos do homem entrou por seu vestido, subindo por suas coxas até a calcinha, alcançando a tira da peça e quase esqueceu que estavam no meio do corredor, praticamente em público, puxando o rosto de para si e moldando seus lábios outra vez, com pressa.
  Ele apertou mais o corpo contra o dela em resposta, fazendo com que a garota soltasse o ar contra sua boca, afundando mais as unhas contra sua pele. Temperatura corporal, temperatura corporal era o que ela precisava no final das contas, porque, céus, mal haviam começado e ela se sentia bem demais, quase como se flutuasse.
  Foi só quando ouviram o som da porta de outro quarto no corredor que se lembraram de onde estavam e pôs a garota no chão, rindo contra a boca dela e levando-a a fazer o mesmo.
  Estava quase dando para o cara no meio do corredor... Quando, em um milhão de anos, se imaginara fazendo isso?
  — Abre a porta. — ela pediu quando conseguiu se recompor e ele puxou seu lábio inferior entre os dentes, virando a garota de costas para ele e afastando seus cabelos para o ombro, beijando seu pescoço enquanto procurava a chave no bolso, passando-a para a garota, que segurou, mas não teve forças para fazer muito mais que aquilo no primeiro instante, em especial quando raspou os dentes em suas costas, subindo novamente a outra mão por seu vestido, apertando sua bunda e então subindo por suas costas, explorando toda a região antes de alcançar seu seio, fazendo a garota fechar os olhos, segurando com firmeza na fechadura e gemendo baixo, soltando seu nome por entre os lábios.
   sentiu o volume entre as pernas incomodar.
  — Abre, . — pediu, beijando atrás de sua orelha, fazendo com que a garota apertasse os olhos, roçando as pernas uma na outra, sentindo o calor entre elas intenso demais, quase doloroso. Sua intimidade clamava por atenção, mesmo que já fosse incrivelmente bom em enlouquecê-la só com as mãos em um de seus seios. — Abre a porta ou eu vou parar. — ele apertou com mais força no seio da garota, levando a mão livre para sua cintura a fim de juntar seus corpos. sentiu o corpo inteiro fraquejar ao sentir a ereção dele contra sua bunda. — E nenhum de nós quer isso, huh? — provocou e mordeu fortemente o lábio, tentando pensar com clareza ao levar a chave a porta do quarto e girá-la de uma vez, fazendo com que a porta se abrisse, o que foi incentivo o suficiente para que virasse a garota novamente de frente para si e segurasse em sua nuca, moldando seus lábios enquanto entravam juntos no quarto.
  Ela segurou em sua blusa de imediato, puxando-a para fora da calça a fim de livrá-lo da peça, mas antes que pudesse realmente ir em frente com a atitude, ele afastou suas mãos, empurrando para a cama e ela caiu sentada ali, mordendo o lábio ao vê-lo abrir os botões da peça, um por um, com os olhos nos seus.
  — Puta merda, . — ela suspirou, baixo, e ele sorriu quando a peça foi ao chão, indicando o vestido dela.
  — Sua vez.
  Ela estreitou os olhos, levando uma mão para a barra do vestido e puxando-o lentamente para cima, só para parar no meio do caminho antes que a calcinha aparecesse, mudando de ideia e levando a mão para dentro da roupa, rebolando para conseguir tirar a calcinha e então deslizando-a por entre suas pernas, fazendo exatamente como e mantendo os olhos nos dele o tempo inteiro.
   passou a língua pelos lábios, desviando o olhar para a calcinha aos pés da garota antes de voltar a olhar em seus olhos. Ela estava inconsequente, incansável e queria atenção. A atenção dele.
  Ela estava sentindo muitas coisas ao mesmo tempo e ficando extremamente satisfeita com todas elas. Estava excitada e, ao mesmo tempo, sentia um tipo novo de poder correr por suas veias, dominando-a, trazendo uma confiança que ela não sentia há tempo demais, muito mais do que era saudável pelo menos.
  Pensando naquilo, a garota arqueou as sobrancelhas para , como se perguntasse o que ele estava esperando.
  De jeito nenhum ia parar agora que descobrira quão incrível aquela sensação era.
  Novamente, passou a língua pelos lábios, mas não ousou perder mais tempo dessa vez, completando a distância entre os dois e segurando na nuca da garota ao invadir sua boca com a língua, juntando seus cabelos num bolo, porém ignorando completamente seu corpo. O beijo não deixava negar, havia fogo em cada uma das atitudes de naquela noite, até mesmo na maneira que ele olhava para , porém, ainda assim, ele evitou seu corpo, brincando com sua língua e explorando sua boca até sentir a mão da garota subir por seu peito, os dedos explorando todo seu abdômen antes que ele mordesse seu lábio e virasse o corpo dela, fazendo com que ela ficasse de costas para ele, de quatro na cama.
  Satisfeito com a visão, subiu seu vestido até a cintura, raspando os dentes em sua bunda antes de levar uma das mãos para seu clitóris, pressionando gentilmente a região e fazendo jogar a cabeça para trás, seu gemido ecoando de maneira deliciosa por todo o cômodo.
  — Céus. — ele soltou, completamente maravilhado com a visão, com o som, enfim, com todo o conjunto. Aquela garota era incrível demais para tudo que ele imaginara e, bem, ele passara tempo demais imaginando, isso ninguém podia negar. — Eu não vejo a hora de te fuder, garota. — soltou, completamente deliciado quando ela saiu da posição em que ele lhe colocara, olhando em seus olhos.
  — Eu vejo. — ela respondeu simplesmente e ele sorriu, puxando-a pela nuca para beijar seus lábios, indo lentamente por cima dela na cama, sem romper em momento nenhum o contato de seus lábios, as línguas quentes dançando entre si de maneira boa demais para que qualquer um dos dois realmente pensasse em parar, mesmo ansiosos para continuar, por mais.
  Um instante depois, desceu as mãos pelo peitoral de só para, em seguida, alcançar suas calças e abri-las de uma vez, empurrando a peça, junto com a cueca, para baixo. baixou o olhar para as mãos pequenas da garota em seu corpo e puxou seu lábio inferior entre os dentes, afastando seus joelhos antes de enterrar o rosto em seu pescoço, penetrando-lhe de uma vez.
   jogou a cabeça e as mãos para trás, gemendo alto outra vez, entregue a sensação de estar completamente preenchida por ele, que passou a vir e vir dentro dela de maneira boa demais para que a garota fosse capaz de descrever, agarrando os músculos de seus ombros, sentindo-os firmes nas mãos antes de descer para suas costas.
   abraçou sua cintura com as pernas, permitindo assim que ele fosse mais fundo dentro dela, fazendo com que o garoto soltasse o ar contra sua pele em resposta a atitude, cada vez mais excitado em senti-la tão quente, tão molhada, o engolindo de maneira boa demais para que ele tivesse a capacidade de fazer muito mais além de continuar a estocar na garota, indo e vindo incansavelmente, soltando o ar contra sua pele simultaneamente.
   não se movia rápido demais, ao contrário, cada estocada era precisa e sem pressa alguma. Ele se movia bem demais, tirando com os quadris toda a sanidade que ainda restava no corpo de . Ele era muito bom naquilo e decidiu que era exatamente do que precisava, dar para o cara que já fora seu objeto de fantasia inúmeras vezes e gozar como não fazia há tempo demais.
  No fim, estava certa e ela se pegou rindo enquanto jogava a cabeça para trás em meio as estocadas do garoto dentro dela, por se dar conta daquilo: , de todas as pessoas, estava certa. Nunca admitiria aquilo em voz alta para ela, mas, caramba, ia ter que encontrar uma forma de, ao menos agradecer.
  A garota mordia o lábio, tentando conter os próprios gemidos, porém aquilo era no mínimo inútil e depois de algum tempo ela desistiu. Tentar se conter não era mais algo que ela queria fazer, ela só queria sentir tudo que estava sentindo ali, com ele. Só queria se permitir sentir tudo aquilo.
   segurou em sua nuca em meio às investidas no interior da garota e voltou a beijá-la, mesmo com o ar escasso tornando aquilo no mínimo difícil. levou as mãos para seus cabelos, torcendo os dedos ali e se esforçou para beijá-lo de volta, especialmente depois de descobrir que gostava tanto daquilo, da sensação dos lábios dele nos seus, da forma como o encontro de suas línguas fazia seu estomago vibrar.
  Claro, com o membro duro de dentro dela tudo se tornava um pouco mais difícil, o ar travava em sua garganta e qualquer esforço parecia ridículo e ela se ocupou de apenas apreciar cada parte daquilo, de senti-lo deslizar para fora dela, e então para dentro outra vez.
  Foi só uma questão de tempo até ela morder sua boca e romper o beijo, deslizando as mãos até a bunda do garoto, afundando-as ali para fazer com que ele fosse mais fundo dentro dela e, exatamente como era de se esperar, gemendo junto com ele com o resultado.
  Um filete de suor escapava pelas costas de , fazendo seu caminho por seu corpo e ele puxou as mãos da garota de volta, pousando-as no alto, no topo de sua cabeça e diminuindo ao mesmo tempo a velocidade dos movimentos dentro dela, fazendo com que a garota soltasse o ar, sentindo-se envolta pelo mais puro tesão enquanto lhe provocava, se movendo devagar demais dentro dela, fazendo com que a garota mordesse com força o lábio inferior, fechando os olhos.
  No instante seguinte, balançou a cabeça e entrelaçou as pernas nas dele de modo a inverter as posições, indo por cima do garoto e terminando, assim, sentada em seu pênis. O membro dele pulsava de maneira deliciosa demais quando segurou em seus pulsos, prendendo-os acima de sua cabeça e descendo sob ele, fechando os olhos e gemendo junto com ele diante da própria atitude.
  Ela podia senti-lo tão de maneira tão deliciosa daquela form.
   olhou a cena e achou nunca ter visto nada mais excitante, certo que não ia aguentar muito mais tempo daquilo, com o membro duro já de maneira dolorosa, como se fosse explodir de tesão a qualquer momento e , por si só, não ajudava. Ela acelerava de maneira gradativa os movimentos, sentando cada vez mais forte no pênis do garoto e o fazendo apertar os olhos, forçando uma das mãos em seu aperto apenas para puxá-la para si, segurando em sua nuca e trazendo o rosto dela para o seu a fim de moldar seus lábios.
   moveu a língua contra a sua devagar, não permitindo que ele acelerasse nem mesmo o ritmo do beijo enquanto rebolava de um jeito tão estupidamente enlouquecedor em cima dele que julgou ser tortura, deslizando a mão de sua nuca para seu seio e pressionando o mamilo com os dedos só para, no fim, descer para a cintura da garota, apertando-a ali e a ajudando com os movimentos.
  — Não para. — ele pediu, baixo, excitado, e ela sorriu em meio ao tesão, ao cansaço, a tudo junto, pousando os lábios sob os seus.
  — Não vou. — garantiu e, como se para provar o que dizia, ela desceu mais forte em seu pau, fazendo com que ele apertasse os olhos ao gemer, jogando a cabeça para trás.
  Aproveitando-se disso, lambeu seu peitoral, pouco abaixo dos mamilos, e então subiu para seu pescoço, fechando os lábios ao redor da região e chupando-a de maneira minuciosa, pousando simultaneamente uma mão sob sua cintura, aumentando o ritmo dos movimentos que não durariam muito mais.
  Ela não ia durar muito mais, estava enlouquecendo, entregue. E ele também não, ela podia ver.
   afundou as unhas nos ombros de , começando a sentir fagulhas intensas no estomago, que foram, pouco a pouco, se espalhando por seu corpo, chegando até a ponta dos pés e o topo da cabeça simultaneamente, fazendo com que ela fechasse os olhos outra vez, com força, e gritasse, ainda mais alto naquele momento, com o corpo inteiro sendo tomado por espasmos enquanto sua mente se tornava um grande vácuo, confortável e intenso ao mesmo tempo, coisas que só iam juntas ali, naquele momento.
   se sentou, invertendo as posições antes de sair de dentro dela, gemendo ao tocar o próprio membro, precisando mover a mão ali uma, duas vezes apenas antes de gozar, deixando que seu liquido caísse sob a barriga da garota, antes que ele mesmo caísse no espaço ao seu lado na cama, sentindo-se dominar pelo melhor tipo de exaustão possível.
  , em seguida, virou de lado na cama, olhando para ele, aproveitando-se dos olhos fechados do garoto para observá-lo sem pudor, com a boca entreaberta e suor escorrendo pelo abdômen. quase podia sentir as mãos dele ainda em seu corpo, seu membro em sua intimidade, indo e vindo.
  Céus, aquilo era bom. Era tão bom com ele quanto ela jamais imaginou ser possível ser e a garota mordeu o lábio, desviando o olhar para o teto novamente.
  — Falei que reparava em você. — ele disse de repente, fazendo-a rir antes de assentir.
  — É, você disse. — falou, vendo pelo canto do olho o garoto sorrir, de olhos fechados, visão que por algum motivo encheu de satisfação, fazendo com que ela se sentisse livre para sorrir ao fechar os olhos também.
  Antes, no início daquele dia, o pensamento de realmente fazer aquilo, ir de férias ao México com os amigos, lhe fazia se encolher, resmungar e desejar voltar pra casa, onde poderia se encolher num canto escuro de seu quarto e se sentir miserável sem que ninguém esperasse, mas agora... Era como se tudo estivesse diferente.
  Ela não precisava se sentir miserável, estava bem. Não, estava melhor. Estava cada dia melhor.

FIM

28/08/17 – Reescrita em 15/06/19


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