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#003 Temporada

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Quando você chegar

Samilla Way | Revisada por Songfics

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Prólogo

  New York, 1923
  Na festa de casamento de Adelaide e Zachary, na igreja de São João (ou St. John), eles estavam dançando felizes, toda famílias dos noivos estavam muito felizes. Então a Alicia chegou perto de Adelaide e a abraçou pela cintura.
  - Estou muito feliz por você ser minha tia agora. – Alicia afirmou.
  - Isso é para sempre, sempre vou estar com você, minha linda. – Adelaide respondeu. – Está na hora do brinde.
  Adelaide chegou perto de uma garçonete que na verdade era Meg, sua irmã invejosa disfarçada, que lhe ofereceu duas taças de champanhe envenenado. Adelaide levou as taças de champanhe para Zachary seu marido, ele bebeu toda a taça e a outra deixou cair no chão.
  Em seguida deu um selinho longo nos lábios de Adelaide, os seus corações dispararam, eles sentiram o toque de seus lábios, ela não queria parar de beija-lo. Em seguida, Zachary começou a se sentir mal, uma dor forte no peito, todo mundo parou para olhar. Então, a melhor amiga de Adelaide/cunhada Valery avistou Meghan tentando fugir, ela gritou e um convidado a segurou pelo braço.
  Então, Zachary caiu no chão do salão da igreja, Adelaide se sentou no chão para abraçar seu corpo, ela segurou suas mãos frias e começou a chorar, ele sorriu para ela.
  - Não me deixe, por favor. – Zachary pediu e Adelaide chorava. – Ainda temos tanto para viver, nem tivemos nossa lua de mel. – Zachary continuou e deu um sorriso.
  - Como você pode pensar nessas coisas, nunca mais vou deixar. – Adelaide respondeu, ela o abraçou forte, Zachary sentiu seu coração desacelerar rapidamente e uma falta de ar, sabia que sua hora estava chegando mesmo sendo tão jovem. – Como viver sem você.
  - Preciso que você me prometa que vai me amar. – Adelaide fez sinal de escoteiro. – Ok, tenha calma, meu amor, numa próxima vida vamos ficar juntos novamente, por mais tempo.
  - Na outra vida, quando eu chegar, como você me encontrará? – Adelaide ficou confusa e o segurou mais forte.
  - Eu te amo e também, assim como nós nos conhecemos, o vento vai levar o seu chapéu e eu vou pegar, então você vai ser que eu sou o único amor de sua vida. – Eles se emocionaram, Zachary não conseguia respirar direito, então ele pegou seu ultimo folego. – Eu sempre te encontrarei...
  E ele faleceu nos braços de sua amada...

Capítulo 01

  Rio de Janeiro, 2007
  ’s POV
  Eu estava na praia da Gávea olhando a paisagem, estava quente, ainda me lembro. O verão estava castigando, não tanto quanto a minha situação econômica, olha foi antes da crise, mas outra historia. Eu não dormia há dias, estava tendo muitos pesadelos. Eu morava com a minha melhor amiga Monique – loira, alta, linda e de cabelos lisos que vinha nos quadris – e naquele momento, estava na praia comigo.
  Ela ficava olhando para os gringos e os morenos bronzeados, ninguém me interessava, sempre sonhei alto e não ia me conformar com playbozinho da zona sul, que só tinha academia, sexo e maconha na cabeça. Eu queria um americano rico que tratasse como rainha, estava cansada da vida de pobre. Eu joguei meus longos cabelos cacheados para trás, na época não era tão valorizado, mas eu odiava fazer escova então tentei me conformar.
  Então um surfista se aproximou, eu revirei meus olhos, ninguém merecia aquilo, era feio e ainda cheirava a maconha, com cabelo descolorido se achando o californiano. Eu coloquei meus óculos escuros vindo da rua da Alfandega, no centro. Eu morava no morro da Providencia, morava próximo a Central do Brasil, mas voltando ao surfista, ele fez questão de sentar-se ao meu lado. Eu virei meu rosto para ignora-lo só que o idiota ficou na minha frente, tampando o sol para bronzear-me.
  - Qual é o seu problema, garota? – O surfista gritou.
  - É você, que esse seu cheiro de maconha está me deixando com vontade de vomitar, valeu. – Eu tentei empurra-lo.
  - Te achei a maior gata, e está me desprezando. – Ele ficou falando.
  - Cai fora, seu idiota, não quero você! – O surfista jogou areia em mim, todo nervoso, eu peguei a prancha dele e acertei no rosto dele, e ele veio para cima de mim.
  - Deixa a garota em paz. – O vendedor de agua coco apareceu com um facão nas mãos. – Saí daqui se não te furo todo, seu maconheiro de merda. – O surfista que ficou com o rosto ensanguentado da pranchada, pegou sua prancha e saiu fora. – Você está bem, menina?
  - Graças a você sim, não aguento mais esse playboys me perturbando. Obrigada! – Eu agradeci ao vendedor de agua que saiu. – Monique, vamos embora daqui, daqui a pouco, ele vai chamar os amiguinhos e aí nem sei o que ele vai fazer.
  Nós pegamos nossas coisas, eu vesti a minha saída de praia, coloquei o meu chapéu, peguei meu celular, um LG chocolate que ainda estava pagando – Comprado em 12x na Casas Bahia – eu vi o horário, ainda era quatro horas da tarde, eu bufei, meu dia de folga no trabalho no supermercado Guanabara (aff, procura aniversario Guanabara no google para ver a merda).
  Eu revirei meus olhos, eu nunca podia curtir a praia porque sempre perdi paciência com alguém do sexo masculino. Então eu senti algo, olhei para cima e a minha intuição me dizia para ir ao pão de açúcar. Eu coloquei meu chapéu enorme de praia.
  - Monique, vamos ao pão de açúcar. – Monique não entendeu nada. – Minha intuição diz que devemos ir lá.
  - Você vai encontrar o homem dos seus sonhos? – Monique me perguntou.
  - Se é dos meus sonhos, só nos meus sonhos que eu encontro ele, caraca, Monique. – Eu respondi e em seguida puxei seu braço a levando para o ponto de ônibus.
  Então pegamos o 512, que por milagre chegou rápido, pagamos a passagem ao cobrador, e sentamos próximo ao cobrador para não nos estressar. Chegando ao ponto da Praia vermelha descemos do ônibus. Eu respirei fundo, então tínhamos que pegar o bondinho, eu morria de medo de altura, mas não tive escolha.
  Entramos na fila do bondinho, eu ajeitei meu chapéu na cabeça, Monique não parava de olhar para um gringo branquelo, regata branca, bermuda e de chinelo havaianas. Ele estava de costas na nossa frente, Monique queria uma desculpa para falar com ele, entretanto ela se lembrou que não falava inglês. Ela ficou raiva, eu dei uma risada alta, ela ficou vermelha, para ajudar a minha desafortunada amiga, eu a empurrei e ela caiu nos braços do cara.
  Ele era estatura mediana, cabelos negros como a noite, poético, não é? Voltando, ele tinha um rosto formato oval, nariz reto e pequeno, lábios rosados, ele era um gato, ele abaixou os óculos escuros para nos olhar, para o azar da Monique, ela travou ficando olhando para ele, eu dei um sorriso.
  - Desculpe pela minha amiga, senhor, ela é bem distraída. – Eu disse em inglês.
  - Tudo bem, acontece. – Ele colocou a Monique no lugar, Monique olhava com cara de peixe morto para ele. – É a minha primeira vez no Rio, eu nunca vim aqui. – Redundante.
  - A gente vem aqui sempre, e minha amiga pode te ajudar. – Eu a empurrei novamente para os braços dele, então ele a abraçou de novo, mas estava sem graça.
  - Eu estou aqui com meus amigos, e nossa não faço ideia de onde eles se meteram. – Eu dei uma risada.
  - Eles devem ter subido, mas vamos acha-los. – Então ele beijou a minha mão, eu fiquei impressionada.
  - Eu sou tão mal educado, me chamo Brian. – Ele soltou a minha mão e eu fiquei sem graça.
  - Meu nome é e dessa toupeira é Monique. – Ela estendeu a mão para Brian que apenas apertou, eu saquei que estava flertando comigo, mas eu gostei dele e ele tirou uma nota de cem reais da carteira, gostei ainda mais dele.
  - Olá meninas. – Brian disse em português cheio de sotaque americano, da costa oeste.
  - Você é americano? – Ele concordou com a cabeça. – Cool.
  O bondinho chegou e era nossa vez, Brian deixou a gente passar na frente dele, deixando quem estava atrás puto da vida, entramos os três no bondinho, juntamente com umas vinte pessoas, ali estava muito espremido, eu me segurei nas barras. Monique estava ficando com ciúme da forma de que Brian estava me olhando, eu me virei e coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, e ele me olhou me desejando ardentemente, ele mordeu o lábio inferior.
  Monique deu um beliscão no meu braço, eu dei outro na coxa dela, ela deu um grito, o bondinho chocalhou, eu me segurei com força nas barras, ela caiu mais uma vez nos braços que estava começando a se irritar com isso. Eu a puxei pelo braço e sussurrei:
  - Para com isso. – Ela me olhou com cara feia. – E mais uma coisa, não estou afim dele, só que ele está me paquerando.
  - Ah tá, eu vi como você olhou para ele principalmente quando ele pegou a nota cem, sua interesseira, eu sei que você quer dar um golpe do baú. – Eu fingi estar ofendida.
  - Sua burra, eu quero casar com homem rico, ele disse que está com amigos igualmente ricos como ele, de repente, ele tem um amigo gato que fique louco por mim. – Eu pisquei para ela. – Aí eu vou morar nos Estados Unidos, LA, New York, Boston, Las Vegas, Miami, Seatle. – Eu suspirei fundo.
  - Desde que você deixe esse gato para mim, nunca se interessou por ninguém, vai querer justamente o que eu quero. – Eu coloquei a mão no peito.
  - Primeiro seja muito quente e sexy, segundo para de se jogar em cima dele, isso só funciona uma vez, ele não está gostando. Terceiro fale em inglês, porra! – Eu dei um tapa na cabeça dela.
  Finalmente chegamos no alto do pão de açúcar, a vista era linda, dava para ver toda a baia de Guanabara, as praias, eu senti o clima ficar mais ameno. Eu dei um sorriso, mas não deveria, porque Brian já estava do meu lado e involuntariamente mordi o lábio inferior, ele deu um sorriso para mim, Monique semi cerrou os olhos.
  - Você é muito linda. – Eita caralho, ele estava a meio metro de mim, eu tentei me afastar por Monique, se ela não estivesse afim, eu ia beija-lo naquele instante.
  - Obrigada. – Eu coloquei mais uma mecha atrás da orelha e mexi a cabeça. – Que tal procurarmos seus amigos, nesse exato momento? – Eu tentei desviar a conversa, ele deu uma risada alta.
  - Agora. – Brian fez um biquinho, eu me afastei e me escondi atrás de Monique. – Eu queria ficar sozinho com você.
  - Puta merda, holy shit. – Eu fiquei sem graça. – Ok, vamos procura seus amigos e aí vai que algum deles se interesse pela minha amiga aqui e aí podemos nos conhecer melhor. – Eu falei por cima dos ombros de Monique que não entendeu nada, e em seguida mordi o lábio inferior e dei uma piscadela para Brian que fez um ok com a mão.
  Então começamos a andar pelo pão de açúcar, Brian pegou seu iPhone novo, eu fiquei babando pelo celular, e tirou uma foto minha quando Monique estava de costas. Depois começou a tirar foto da paisagem, eu fiquei procurando algum grupo de jovens americanos, tinha muitos gringos, mas nenhum jovem que poderia fazer parte do grupo de Brian.
  De repente, bateu uma ventania forte estranha, o meu chapéu voou da minha cabeça, eu não tinha dinheiro para comprar outro. Eu vi o meu chapéu voando pelo Pão de açúcar, eu comecei a persegui-lo, se afastando de Brian e Monique. Quando o meu chapéu caiu nas mãos de um rapaz lindo, estatura mediana, era gringo com certeza, pele pálida, olhos , eu fiquei babando. Meu coração acelerou como nunca antes, ele me olhava de uma forma como se me conhecesse, como um deja vu.
  Ficamos nos olhando por alguns segundos sem dizer nada um para o outro, eu mordi o lábio inferior, então ele me entregou o meu chapéu.
  - Isso é seu. – Ele falou comigo em inglês.
  - Obrigada. – Eu sorri, então Brian e Monique apareceram e Brian o abraçou, era amigo dele. – Você é um dos amigos que deixaram esse cara sozinho?
  - Sim, eu queria que alguém o sequestrasse, mas ninguém pagaria o resgate. – Eu queria que ele fosse meu, mas olhei a enorme aliança de noivado na mão direita.
  - Vão ficar muito tempo aqui no Rio? – Eu perguntei curiosa, Brian me olhou nos olhos.
  - Apenas duas semanas. – Eu fiquei olhando para os dois para disfarçar.
  - Em duas semanas muita coisa pode acontecer, meninos. – Eu olhei maliciosamente para os dois e os dois sorriram para mim, me desejando...

Capítulo 02

  No ponto de ônibus, eu mordi o lábio inferior, eu passei o numero do meu telefone celular para os dois. Eu não sabia o nome do cara pegou o meu chapéu, mas não parava de pensar nele, queria conhecer, até rouba-lo de sua noiva, eu teria que ser inteligente.
  Monique olhou para mim, ela estava desconfiada achando que eu gostava do Brian, ele era o meu passaporte, mas o que havia achado o meu chapéu que me chamado a minha atenção de uma forma diferente.
  - Em quem você está pensando? – Monique falou enciumada, eu balancei a minha cabeça negativamente.
  - Não é em quem você acha que é, na verdade é o amigo dele, não sei sinto que o conheço. – Eu respondi. – Estranho?!
  - Sim, pelo menos eu tenho chance de ficar com o Brian. – Monique se encheu de esperanças.
  - Boa sorte, amiga. – Eu ri baixo. – Pelo menos aprenda umas palavras em inglês, na verdade, umas frases.
  O ônibus chegou e nós entramos...
  No dia seguinte, eu peguei o ônibus e fui trabalhar. Chegando ao supermercado, o gerente me chamou na sala dele, eu revirei meus olhos, eu fui a sala dele, me pediu para sentar numa cadeira, simplesmente colocou a rescisão em cima da mesa. Eu mordi o lábio inferior, peguei uma caneta e assinei aquela bosta. Peguei a minha bolsa e saí. Odiava o meu emprego, mas odiava mais ficar sem trabalhar.
  Quando estava indo pegar o ônibus de volta para casa, o meu telefone tocou, eu peguei e era um numero desconhecido, literalmente.
  - Alô? Quem é? – Eu atendi, a pessoa do outro lado riu, a voz era masculina.
  - Hello, girl, sou eu o cara que pegou o seu chapéu. – Então eu lembrei e dei um sorriso.
  - Ah sim, mas você nem disse o seu nome. – Eu comecei o meu flerte.
  - Que idiota eu sou, bom me chamar de . – Eu mordi o lábio inferior.
  - Eu me chamo . – Eu me apresentei. – Então porque você me ligou? – Eu o indaguei.
  - Eu queria te chamar para almoçar numa churrascaria em Copacabana, só nós. Queria te conhecer melhor, vai parecer mentira, mas não paro de pensar em você. – me explicou e pela primeira vez, eu acreditei em um homem.
  - Sim, eu vou me arrumar, mas em qual hotel você está? – Eu precisava saber quanto de dinheiro ele tinha.
  - Copacabana palace. – Eu comemorei discretamente. – Sabe onde fica?
  - Sim, te encontro 11h30 na frente do hotel, tchau. – Eu desliguei o telefone.
  Mais tarde, em casa, eu não conseguia uma roupa adequada para ir ao almoço, eu peguei um vestido vermelho decotado, mas era muito formal para um almoço. Eu não podia colocar uma roupa simples porque não sabia em qual churrascaria ele me levaria, poderia aquelas chiques da zona sul.
  Eu peguei um vestido vermelho florido de elástico, as alças que amarravam nos ombros, tinha babados na barra, era curto, mostrava metade das minhas coxas. Eu coloquei dentro da minha bolsa uma sandália de salto agulha, e de estampa de cobra. Eu usei o chinelo havaianas, afinal eu não ia descer o morro da Providencia de salto alto, era quase um suicídio. Eu não era a maluca da Monique.
  Fiz uma maquiagem leve, passei um batom vermelho para destacar meus lábios. Quando fiquei pronta, Monique estava tomando café da manhã ainda, eu joguei meus cabelos para trás, ela ficou desconfiada.
  - Antes de você pensar que vou sair com seu querido Brian, já vou avisando que eu vou sair com o amigo dele, o igualmente gato. – Eu me adiantei e peguei a minha bolsa em cima do sofá.
  - O cara que está com aliança. – Monique comeu um pedaço de pão francês. – Para de ser doida.
  - Como minha avó dizia: Enquanto não estiver no altar dizendo sim, o jogo ainda não acabou. – Eu pisquei para ela.
  - Quero ver, mas antes ele do que o Brian. – Isso já estava me irritando.
  Eu desci o morro, mas para meu azar a boca de fumo já estava formada as onze da manhã, os traficantes ficaram me chamando de gracinha, gostosa, eu fiquei com ânsia de vomito. Aqueles imbecis que não tinha nem feito a 4ª serie, se achando só porque eu morava no morro, que eu me impressionaria com enormes fuzis que eles portavam, só me deixavam mais enojada. Eu resolvi ignora-lo, porque se eu pudesse eu levantaria o dedo do meio, no mínimo.
  Depois de descer a escadaria, continuei andando em direção a Central do Brasil, desviando dos mendigos e camelôs vendendo cds e dvds piratas, jogos para Playstation II e outra coisas roubadas.
  Eu coloquei o celular dentro do sutiã para acaso alguém tentasse roubar, coloquei o Rio card (vale transporte eletrônico do Rio) dentro sutiã também. Eu andei rapidamente para dentro da estação do metrô, passei o cartão e peguei a linha 1 em direção a General Osorio, tinha soltar Cardeal Arcoverde em Copacabana.
  Mesmo sendo às onze e dez da manhã, o metrô já estava lotado, ia passar por várias estações, então ficaria mais lotado, eu estava em pé e o ar condicionado estava quebrado, estava muito calor, eu estava ficando com raiva, não aguentava mais aquela vida. Passou varias estações, tinha umas mulheres falando alto, estava ficando irritada com calor.
  Finalmente chegou a minha estação, eu saí daquele metrô assim que as portas se abriram. Então eu saí rapidamente, corri que nem uma louca porque olhei a hora no celular e vi que estava dez minutos atrasada. Eu corri atravessando as ruas quando cheguei próximo a Avenida Atlântica, eu avistei olhando para o relógio, então eu tirei o chinelo e coloquei a sandália de salto.
  Eu joguei meus cabelos para o lado e abaixei a alça do meu vestido, atravessei a rua. Ele estava bermuda de jeans, camiseta e chinelo, então fiquei por trás dele e coloquei as minhas mãos em seus olhos e cheguei bem perto de sua orelha.
  - Advinha quem é? – Eu sussurrei no ouvido dele, então ele tocou as minhas mãos e as tirou.
  - A garota mais linda do mundo. – Eu tirei as minhas mãos e coloquei na cintura, em seguida peguei a mão direita dele.
  - Hmm sei. – Respondi e ele ficou sem graça.
  - É um caso complicado. – Eu dei uma risada sarcástica.
  - Não é complicado, você vai se casar, . – Ele fez uma careta, eu ri.
  - Você acertou, mas só porque estou noivo não quer dizer que eu quero me casar. – Eu arqueei as sobrancelhas desconfiada. – Mas, vamos parar de falar com algo que não importa e vamos comer, estou morrendo de fome.
  Quando chegamos a churrascaria, uma pessoa nos levou até a mesa, antes de eu me sentar, puxou a cadeira para mim, eu sentei e ele empurrou, depois pegou uma cadeira em frente a minha e sentou-se.
  - Você é algum tipo de bruxa? – Eu neguei com a cabeça. – Para me enfeitiçar de uma forma, não é possível que eu nunca tenha te visto antes. – Eu sorri.
  - Eu tenho essa impressão, mas eu nunca saí do Rio, então é praticamente impossível. – Então chegaram oferecendo pão de alho, mas eu não aceitei. – Nunca coma pão de alho, eles sempre oferecem para não comermos tanta carne no rodizio.
  - Disso eu não sabia, você é bem esperta. – tocou a minha mão e eu me arrepiei, senti como se borboletas voassem no meu estomago. – Tem algo que eu preciso saber antes que me ofereçam mais alguma coisa.
  - Sim, não beba muito, porque seu estomago fica cheio de liquido e mais uma vez não vai conseguir comer. – Eu segurei as mãos dele nas minhas, era sensação ótima.
  - Entendi, mas uma cerveja eu vou beber. – o garçom passou com uma garrafa de vinho e aceitou, o garçom encheu nossas taças. – Ocasião especial merece algo especial.
  Algumas carnes e varias taças depois, o meu cérebro estava de folga, somente meus instintos primitivos estão prevalecendo, eu não discernindo por sorte, a bebida ainda não havia afetado a parte cerebral dos idiomas, conseguia falar inglês perfeitamente.
  Finalmente fechou e pagou a conta, mas em dinheiro e não em cartão, suspeito, pois talvez não queria que sua noiva soubesse no que ele estava gastando e com quem estava. Eu poderia não ficar com ele, mas ia aproveitar com jantares para me divertir um pouco.
  Saímos do restaurante, chamou um taxi que nos levou de volta a praia de Copacabana, ainda não tinha escurecido, eu olhei no relógio no taxi, era apenas quatro horas da tarde. Chegando a praia, o taxi parou e mais uma vez, pagou em dinheiro. Ele estava sentado na frente, eu estava bastante tonta, abriu a porta como cavalheiro, me colocou no colo e me levou para areia da praia.
  Ficou me girando, fazendo as pessoas na praia olharem para gente, nós demos risadas retardadas, pois estávamos meio bêbados. Eu toquei no rosto dele então ele parou de me girar, ele fechou os olhos sentindo o meu toque. Em seguida peguei no cabelo dele cheio de gel, mas acabou se desiquilibrando e caímos na areia.
  Eu tirei as minhas sandálias e meio tonta, com muita dificuldade coloquei dentro da bolsa, tentei me levantar, mas tropecei em meus próprios pés e caí. me pegou pela cintura e me trouxe para perto dele. Ele deitou na areia, eu deitei por cima dele, com a minha cabeça no ombro dele. ficou enroscando seus dedos em meus cachos, ele me abraçou forte.
  - Já se sentiu assim antes? – me perguntou e eu olhei diretamente em seus olhos .
  - Não é a primeira vez, é uma coisa diferente. – Eu coloquei as mãos sobre seus ombros.
  - Eu estou sentindo essa coisa...
  Então deitou por cima de mim, tocou meus cabelos com uma das mãos. tocou meus lábios suavemente, eu senti os lábios molhados tocarem os meus, ele estava me beijando sem pressa. Eu intensifiquei o beijo, e dei passagem para língua dele tocar a minha e elas se tocaram furiosamente, enquanto suas mãos deslizava pelas minhas costas. Então coloquei as minhas duas mãos dentro da camiseta branca dele senti sua barriga dura e a toquei com a ponta dos meus dedos, o deixando bem excitado.
  Mas ele foi desacelerando, para meu desgosto, mordicou o meu lábio inferior, eu respirei fundo enquanto seus lábios tocaram o canto da minha boca, seus beijos foram descendo até o meu pescoço e ele ficou tocando a ponta do nariz e dando leves selinhos, eu gemia baixo, depois ele arranhou meu pescoço com os dentes. Uma sensação maravilhosa.
  Eu toquei o seu rosto suavemente, toquei os lábios dele novamente, demos mais um selinho longo, então eu virei meus lábios e coloquei a minha língua dentro da boca de , e ele me correspondeu a altura e nos beijamos intensamente de novo, as nossas línguas tocavam novamente com fúria. Eu toquei o seu pescoço enquanto suas mãos estavam na minha nuca, sentíamos como se não fosse mais a gente que estava se beijando, era uma coisa de alma. Então partimos o beijo, me olhou de uma forma esquisita, olhei diretamente nos olhos dele.
  - Que foi? Alguma coisa com sua noiva? Está se sentindo culpado? – Eu perguntei a ele e toquei em seus cabelos.
  - Eu sinto uma vontade de ficar com você muito forte, não consigo entender e explicar. – Ele me deu um selinho. – Se eu pedisse para você fugir comigo. Você fugiria?
  - Sim, com certeza...
  E nós sorrimos um para o outro, eu olhei para a entrada do hotel e Brian estava olhando furioso para mim, então eu abracei com força...

Fim?