Put a Ring On It
Talita Evans | Revisada por Duda
Capítulo Único
- Estou gata, amiga? – Perguntei a enquanto me olhava no espelho. Modéstia parte, eu havia caprichado na produção. Vestido longo, com uma fenda que vinha até o meio da coxa, justo, da cor dourada. Maquiagem forte, sombra esfumaçada preta, com cílios bem trabalhados no rímel e para finalizar um gloss rosa. Meus cabelos estavam em cachos bem definidos que caiam perfeitamente em minhas costas e para fechar o look estava com uma sandália preta de salto e com tiras desenhadas.
- Está sim, arrasou! – ela fez um positivo com os dedos – Será que agora ele te pede em casamento?
- Eu tenho fé que sim, poxa já são sete anos de relacionamento – franziu o cenho, espantada.
- Mentira, , tudo isso já? – assenti com a cabeça - ! – Ela estava perplexa, parecia não acreditar no tempo em que e eu namorávamos e ele nunca havia colocado sequer uma aliança em meu dedo.
- Eu sei, , eu sei! Mas acredito que agora ele vá me pedir em casamento, ele fez uma reserva no Varanda Ribeye! – falei extremamente feliz, enquanto verificava, mais uma vez, minha vestimenta no espelho.
- Ai, meu Deus, estou chocada! Esse restaurante é um dos mais caros de São Paulo! Agora vai, amiga! Pode apostar – começou a pular e me abraçou, pulávamos como idiotas, até o interfone tocar, tomamos um susto com o barulho e rimos. Atendi ao interfone e autorizei a subida de ao meu apartamento. Eu o dividia com , minha melhor amiga.
Namoro há sete anos, nos conhecemos em um cursinho pré-vestibular, entrei nesse cursinho para atingir meu objetivo de entrar em uma faculdade pública. Começamos com uma amizade e depois nosso relacionamento foi crescendo a ponto de começarmos a namorar. Eu o amo demais, mas já tenho 27 anos e quero construir uma família, quero casar, ter filhos. Quando eu toco nesse assunto, desconversa, ou diz que é muito cedo, que precisa alavancar nos negócios. Poxa, evoluímos muito na nossa vida profissional, já tem uma empresa que a cada dia cresce mais, eu sou engenheira química e sou bem sucedida em minha profissão, sinto que estamos prontos para o segundo passo em nosso relacionamento. Finalmente script>document.write(Harry) amadureceu e mudou de ideia. Por que eu afirmo isso? No começo da semana ele me ligou dizendo que tinha feito uma reserva no Varanda, (aquele restaurante é muito chique) e que tinha algo muito importante para me falar! Estou extremamente animada, é hoje que eu volto noiva pra casa!
- Ai, estou tão nervosa, ! – eu estava roendo as poucas unhas que eu tinha. Minha amiga bate em minhas mãos. - Ai!
- Comer sua mão não vai adiantar... Para com isso, vai dar tudo certo, aliás... – foi interrompida pelo som da campainha. – É ele. – Suspirei enquanto ajeitava meus cachos para abrir a porta para meu namorado. Passei mal, estava lindo! Meu Deus, como ele conseguia ser tão lindo desde sempre?
- Uaau, , você está linda! – Ele me olhava da cabeça aos pés, enquanto eu sorria para ele.
- Você também não está nada mal, coisa linda! – continuei sorrindo, enquanto nós dávamos um selinho demorado. – Vamos? – ele acenou positivamente para a minha amiga, entrelaçou nossas mãos e fomos para seu carro.
Conversamos sobre coisas banais durante o trajeto, enquanto escutávamos uma música ambiente. Eu não via a hora de chegarmos a aquele restaurante e ele falar as três palavrinhas mágicas: quer casar comigo?
Chegamos ao local, como o cavalheiro que era, abriu a porta para mim, descemos do carro e ele deixou a chave com o manobrista. Entramos e fomos conduzidos até a mesa pela recepcionista. Pedimos o que gostaríamos de comer e beber e sem muita demora o garçom nos trouxe.
- Amor, por que me trouxe aqui? Está todo misterioso – lancei-lhe um olhar instigador.
- Você não suspeita de nadinha? – ele riu, enquanto mastigava um pouco a sua comida.
- Eu suspeito sim, mas quero escutar da sua boca. – achei que meu rosto iria rasgar a qualquer momento com o tamanho do meu sorriso. Tá acontecendo!
- Hum... Vou te deixar mais um pouco curiosa – me lançou um olhar divertido. Acenou ao garçom que nos trouxe a sobremesa escolhida por ele. Ai, esse mistério todo, sabe como me desestabilizar.
Comemos a sobremesa, até começar a dialogar sobre o porquê ter me levado ao Varanda:
- Amor, eu acho que chegou a hora – meu coração disparou – Sinto que precisamos chegar a um novo patamar – cadê minhas pernas? Gente, eu não sinto minhas pernas – Há muito tempo eu tinha essa vontade, mas resolvi te trazer aqui para te dar essa notícia – Céus, é agora que ele tira a caixinha do bolso e diz as três palavrinhas. Tô suando. Vai, idiota, diz logo! – ... – é agora, Brasil! - Vou abrir uma nova filial da empresa no Rio de Janeiro! – minha cara foi no chão. Decepção, acho que é essa a palavra que me definia naquele momento – O que foi, amor? Não gostou da notícia?
Eu não sabia o que responder, meus olhos estavam marejados. , engole o choro.
- Eu... Eu preciso ir ao toilet. – Levantei sem olhar para trás e corri para o banheiro. Lágrimas escorriam pela minha face. Eu estava tão decepcionada, criei expectativas demais para esse momento. A essa altura eu chorava alto, como ele pode ser tão idiota assim? Marcar um jantar, me levar para um dos restaurantes mais caros da cidade para me falar que ia abrir uma nova filial da empresa? Agora eu estava em um misto de sentimentos, eu chorava de raiva, decepção, tristeza como eu pude ser tão burra? Ele nunca deu indícios que queria me pedir em casamento, eu interpretei os sinais errados. Respirei fundo tentando me recompor, joguei água no meu rosto para ver se melhorava aquela situação, mas só piorava minha maquiagem estava parcialmente borrada e meu rosto bem inchado.
- Vamos, , respira fundo, conta até dez e volta para aquela mesa. Para de ser tonta e confronta aquele imbecil. Peça você ele em casamento – Discurso de autoajuda porque sim. Chorei mais um pouquinho, sequei as lágrimas e voltei a mesa a passos decididos. Estava disposta a tudo. Vi o idiota mexendo no celular como se nada tivesse acontecido. Sentei-me, ele logo percebeu minha presença e largou o celular.
- Uauu, , o que houve? – ele me olhava preocupado.
- O que houve, ? O que houve? – comecei a alterar minha voz, ele me olhava espantado. – Você me trás a um restaurante caro para me falar que vai abrir uma filial da porcaria da sua empresa em outra cidade, não vai falar mais nada? – ele me olhava desentendido – Meu Deus, eu não acredito nisso!
- , eu não estou entendendo sua reação. Eu te trouxe aqui para comemorarmos, poxa é uma boa notícia, não? – ele bebericou um pouco de seu vinho.
- Como eu sou idiota... Eu jurei que você fosse me pedir em casamento! Colocar uma aliança dourada no meu dedo, dizer as três palavrinhas... – há esse ponto eu já chorava de novo.
- Eu... Eu... – acabou o resto de paciência que eu tinha com ele.
- Você o quê, ? Que droga, namoramos há sete anos! SETE ANOS! Todas as vezes que eu toco no assunto de casamento você desconversa... – eu respirava fundo, o choro dificultando minha fala. Vamos lá, , você consegue. Você quer esse homem, não é? Ele é um tapado, mas você o ama. – , casa comigo? – Há essa altura todos no restaurante nos olhavam.
- , as pessoas estão olhando. Controle-se!
- Você é inacreditável, eu não me importo com as pessoas, só quero a sua resposta. Sua última chance, . Casa comigo? – falei pausadamente ao mesmo tempo em que meus olhos imploravam por uma resposta positiva.
- ... Não faz assim... Olha, está muito cedo para casarmos, somos jovens ainda. Está ótima a forma como estamos vivendo, eu na minha casa, você na sua. Em time que está ganhando não se mexe, ! – ele desenhava círculos imaginários na mesa, para não me encarar. Não pode ser, não pode. Pra mim já chega!
- Eu devia ter escutado meu pai, minha mãe, a , todo mundo que me dizia que você só estava me enrolando... – ele me interrompeu.
- Eu não estou te enrolando, eu quero casar contigo, mas não agora. Não é o momento! – ele ralhou comigo.
- E quando vai ser o momento? Quando completarmos catorze anos de relacionamento? Chega, pra mim já deu essa porcaria toda. Acabou, ! – peguei meu celular e chamei um uber pelo aplicativo. Levantei-me da mesa pronta para ir embora.
- , espera, por favor, eu te amo! – respirei fundo enquanto ele me olhava, já não era a primeira vez que isso acontecia, eu já estava cansada. Nem com essa carinha de cachorrinho eu voltaria atrás em minha palavra. Meu celular vibrou, era provável que o táxi tivesse chegado.
- Eu já esperei por sete anos, . Você já fez sua escolha – disse num murmúrio, enquanto lágrimas escorriam por minha face. Todos nos encaravam no local, apreciando o espetáculo que nós os proporcionávamos.
Dei uma última olhada para ele e fui embora. Como o esperado o motorista já estava me esperando. Entrei no carro e chorei mais ainda. Como a vida era, eu nunca presumi que meu dia terminaria assim, achei que voltaria para casa com uma aliança de ouro em meu dedo e com um sorriso rasgando meu rosto. Agora eu estava chorando feito uma louca, maquiagem borrada, sem a maldita aliança, solteira e de quebra com o olhar de pena do motorista do aplicativo. O rapaz estacionou em frente ao prédio em que eu morava, o agradeci, lhe paguei, já que meu uber era a dinheiro e desci. Entrei correndo em meu prédio, tudo o que queria era sumir. Cheguei em casa e me esperava com um sorriso lindo que se desmanchou no momento em que me viu.
- O que houve, ? – ela me abraçava preocupada, enquanto eu chorava.
- Acabou, ! Acabou! – a apertei mais em meus braços, eu chorava forte. Ela me levou até minha cama me deitou lá, e me fez carinho até que eu pegasse no sono. Nenhuma palavra foi dita, sabia do que eu precisava.
Já havia se passado três longas semanas depois de meu término com o , ele tentou inúmeras vezes me ligar, o bloquei no Whatsapp, pelas inúmeras mensagens, e no facebook pelo mesmo motivo. Eu não podia e não queria ficar num relacionamento que no fundo era uma perda de tempo! Eu o amo, mas não posso mais.
Estava jogada no sofá assistindo as minhas séries no Netflix, porque era assim que eu me comportava nos meus dias de folga pós , ou eu dormia ou assistia algo no site.
- , chega! – parou em frente à televisão – Amiga, pelo amor de Deus, para de vegetar! O palerma do não merece que você fique assim. Hoje é sábado e a gente vai sair, conhecer pessoas novas, e nos divertirmos.
- Ai, , não me leve a mal, mas eu não quero – estava bem cabisbaixa, só queria ficar em casa e me enterrar em muito chocolate.
- , já faz três semanas, você precisa viver! – ela me olhava com certo desespero, seu tom era de súplica. – , você precisa seguir em frente!
- Amiga, eu sei, mas é que... – ela me interrompeu, sentando na minha barriga – Sai, sua gorda! – ela começou a fazer cócegas em mim – Para!
- Só paro se a gente sair hoje – eu ria descontroladamente.
- Tá bom, tá bom – eu estava mole de tanto rir – Golpe baixo, !
- Cada um usa a arma que tem – a belisquei – Sua ogra! Vai tomar banho, porque você tá fedida. – ela ria da minha cara, fiz um bico enorme, tentei avançar nela, mas ela se esquivou.
Fui tomar meu banho, passei apenas rímel e gloss, deixei meus cachinhos soltos, escolhi um short que eu gostava, o coloquei, mas ele não fechou. Eu não acredito que eu tinha engordado, também nessas últimas três semanas só comia besteira. Filho de uma mãe, que raiva do ! Decidi escolher outro short jeans que estava mais larguinho na época que eu comprei, o vesti e ele coube perfeitamente. Coloquei uma regatinha básica, e uma melissa dourada. Seja lá pra onde íamos era o máximo que eu me arrumaria hoje. Sentei-me no sofá enquanto esperava se arrumar.
- Que produção básica é essa? – me olhava com olhar de reprovação.
- Estou ótima, não me força a mais nada, sim.
- Tá certo, tá certo! Vamos dançar hoje e você vai arrumar um boy magia para você esquecer o !
- Pode apostar que sim – a respondi só para ela ficar contente, mas esquecer o não seria uma tarefa tão fácil assim.
Aquele dia sai com , ficamos em uma baladinha open bar, minha amiga se jogou na pista de dança, ficou com alguns carinhas por lá, enquanto eu conheci um cara legal, conversamos mesmo com a música alta, ele tentou ficar comigo, mas eu não o quis. Seu nome era , tinha 25 anos, ele era um cara divertido, sabia dançar muito bem, e ainda por cima era um gato. Conversamos todos os dias pelo Whatsappe de tanto ele insistir acabei topando encontrá-lo. Para não ir sozinha encontrar com ele, dessa vez fui eu que convidei minha amiga baladeira de plantão para me acompanhar nesse barzinho/balada que eu tinha marcado com ele. , não desistiu tentava me contatar de todas as formas, mas eu sempre o evitava.
- ! Já tô pronta – esperava sentada minha amiga no sofá. Eu sempre me arrumava antes dela todas as vezes que saíamos, parecia uma noiva. Dessa vez eu estava com um vestidinho florido, que vinha até o meio das minhas coxas, com um scarpin de bico redondo. No rosto uma sombra clara, rímel caprichado e um batom vermelho. Simples, mas bonita.
- Tô pronta! – estava linda, como sempre! Vestido tubinho vermelho, sandália preta de salto, uma bolsa de mão também preta. Maquiagem carregada nos olhos, e para finalizar um batom nude.
Chegamos ao local, procurei e localizei e seu amigo, pedi para que ele levasse alguém para que se distraísse. Cumprimentamo-nos, seu amigo se chamava Luís e com olhar de águia já definiu que ele era uma presa em potencial. Essa minha amiga...
- Fico feliz que tenha aceitado encontrar-se comigo – sorria, enquanto tomava sua Heineken.
- Pois é, né? Você é um cara bacana, por que não? – Lhe sorri. Logo após peguei o cardápio do local para escolher o que beberia.
O local tinha dois ambientes, bar embaixo e balada em cima. Estávamos localizados na parte debaixo. Escolhi a bebida e me dirigi ao caixa, me acompanhava. A fila estava um pouquinho grande então aproveitamos para conversar.
- Então você está solteira há muito tempo? – acenei a cabeça negativamente.
- Pois é, – a fila de espera andou um pouco – eu não queria tocar nesse assunto, ainda é novo. – abaixei meu olhar.
- Claro, claro, me desculpe. Eu não queria te trazer algum desconforto, me desculpe, eu...
- , calma! Relaxa – sorri brevemente – Você não tinha como adivinhar, né? – pisquei para ele. Ele sorriu. Chegou minha vez de ser atendida.
- Uma Skol Beats, por favor? – retirei a ficha e me encaminhei ao bar, o barman logo me deu a garrafinha.
- Qual sua pretensão daqui a dois anos? – perguntei para ele, que prontamente respondeu. Encaminhávamo-nos para mesa, que estava vazia, com certeza deveria ter ido para a pista de dança.
- Bom, eu quero ter terminado minha pós-graduação, se estiver com alguém me dedicar inteiramente a esse relacionamento – me fitou, seus olhos tinham algo que me deixavam curiosa – E você?
- Eu quero ter encontrado alguém que compartilha e almeja as mesmas coisas que eu; minha vida profissional mais alavancada ainda e acho que só. – sorri e bebericava minha beats.
- E o que você almeja? – ele me fitava de forma intensa.
- Eu desejo construir uma família. – o encarei, ele sorriu abertamente.
- Hum... Interessante! Vamos dançar? – maneei a cabeça positivamente, subimos as escadas em direção à pista de dança.
Encontrei aos beijos com Luís em uma dança meio estranha, minha amiga não perdia tempo mesmo. Se tinha uma coisa que eu me odiava era ser fraca com bebidas, metade de uma Skol Beats e eu já estava alegre. Puxei para uma dança enquanto as caixas de som estouravam em uma música conhecida.
All the single ladies (All the single ladies)
Todas as moças solteiras (todas as moças solteiras)
All the single ladies (All the single ladies)
Todas as moças solteiras (todas as moças solteiras)
All the single ladies (All the single ladies)
Todas as moças solteiras (todas as moças solteiras)
All the single ladies, now put your hands up
Todas as moças solteiras, agora, ponham as mãos para cima
Dançava com como se não houvesse amanhã. Ainda tinha em minha mão a garrafa de cerveja, confesso que estava enrolando para bebê-la.
Ai, meu Deus, só podia ser obra da bebida, eu não acredito que ele estava aqui e ainda me fuzilava com os olhos. Qual era a dele? Ele não tinha o direito de estar bravo comigo.
Puxei para mais próximo de mim, me virei de costas para ele, coloquei suas mãos em minha cintura e rebolei. Parecia que o explodiria, ele estava muito vermelho! Céus, não, não pode ser, ele estava vindo em minha direção, parece que eu o irritei mesmo.
Foi tudo muito rápido, quando percebi estava sendo puxada para fora do local por , a cada minuto ficava cada vez mais distante, ele me olhava apavorado, ele tentou se aproximar, acenei negativamente com a cabeça, era hora de conversar com o .
- Ai, , me larga, você está me machucando – ele me largou bruscamente e se não tivesse uma parede para que eu me apoiasse eu com certeza iria ao chão.
- , na boate, nós acabamos de terminar – ele me encarava indignado. Quem ele pensava que era?
- Estou fazendo do meu próprio jeito. Você decidiu sair fora e agora quer surtar porque outro cara reparou em mim. Eu estou na dele, ele está na minha porque chorei as minhas lágrimas por sete bons anos, você não pode ficar bravo comigo – esbravejei, ele não tinha o direito de simplesmente chegar ao bar e fazer esse tipo de ceninha.
- Você está se comportando como uma qualquer! Eu te amo, , eu sei que você não me esqueceu ainda.
- Cala a sua boca, ! Eu não sou uma qualquer, eu nunca fui. Eu estou solteira, eu faço o que eu quiser! Porque se você gostava de mim então devia ter me dado uma aliança! Não fique bravo, uma vez que ver que é isso o que ele quer.
- Você está me dizendo que esse idiota que algo sério contigo? Era só o que me faltava, . – ele não tinha o direito.
- Eu não sei, , quem sabe? Eu estou seguindo minha vida, conhecendo pessoas novas. Enfim, você teve a sua vez, mas agora você vai aprender o que é sentir falta de verdade.
- , por favor, olha eu... – o interrompi, não aguentava mais escutá-lo se desculpar.
- Diga que eu sou a única que você quer, se você não fizer isso, ficará sozinho e como um fantasma eu terei ido - sai de lá, eu estava cansada do e suas enrolações, se ele realmente me queria ele teria que correr atrás. Ele tentou pegar meu braço, mas logo me desvencilhei dele e voltei à boate. Lá encontrei ao lado de e os dois conversavam.
- , o que houve? me contou que o estava aqui e te puxou a força para fora da balada.
- Pois é, amiga, mas eu já me resolvi com ele. Enfim, conversamos melhor em casa, o não vai estragar minha noite. Vem, , vamos dançar! – o puxei para a pista de dança.
- Mas está tudo bem? Quem era aquele? Era seu ex? – atropelava as perguntas. Coitado, ele merecia uma explicação.
- Calma, ! Sim, eu estou bem. O nome dele é e ele é meu ex-namorado. Ele estava com ciúmes, mas eu já dei um fora nele. Pronto, agora vamos dançar. – Ele me olhou de forma estranha, mas assentiu.
Lá começamos a dançar juntos, vi que não voltou à boate, graças a Deus, tudo que eu queria era isso. Cansei dessa situação, cansei do , que o mundo explodisse, hoje eu só queria me divertir, e tinha uma ótima companhia ao meu lado. era um gato e a noite era apenas uma criança.
I got gloss on my lips, a man on my hips
Eu tenho gloss nos meus lábios, um homem em meus quadris
Hold me tighter than my Dereon jeans
Que me segura mais apertado que o meu jeans Dereon
Acting up, drink in my cup
Fazendo acontecer, bebeu no meu copo
I could care less what you think
Eu poderia me importar menos do que você pensa
I need no permission, did I mention?
Eu não preciso de permissão, eu já mencionei?
***
Tive uma semana tranquila, troquei algumas mensagens com , ele era uma boa pessoa, legal, divertido, espontâneo, mas tinha um defeito: ele não era o . Maldito apego por aquele serumaninho. Eu estava bem, mas praticar o desapego em um relacionamento que havia durado sete anos era uma tarefa muito difícil. Falando no , recebi flores e chocolates na quarta feira, junto com um pedido de desculpas. Se ele estava achando que seria fácil voltarmos, ele estava enganado.
Hoje era sábado, finalmente! Estava a caminho de uma livraria que tinha em um shopping próximo daqui, queria me entreter, compraria no mínimo uns três livros. Enquanto caminhava distraída fui surpreendida por .
- Você venceu, ! – eu o olhava perplexa. Eu venci o quê, pelo amor de Deus?
- Como assim, não estou entendendo. – foi quando eu o vi se ajoelhar aos meus pês e tirar algo do bolso. Ai, meu Deus, não pode ser o que eu acho que é. Eu tô bege, gente.
- Você tinha razão em tudo o que disse, eu não quero te perder. Essas semanas foram longas, e eu pude perceber que minha vida é uma merda se você não está nela. Olha, eu acho que realmente está na hora de darmos o segundo passo em nosso relacionamento. Eu te amo e você é única que eu quero pelo resto da minha vida – ele abriu a caixinha e tinha um anel maravilhoso lá dentro – As três palavrinhas, ! Quer casar comigo? – ele me olhava em expectativa.
Eu estava mais perdida que cega em tiroteio. Ai, meu Deus, eu tô realmente passando mal. Eu esperei sete anos pra eu ouvir essas palavras dele, e quando ele diz eu fico sem reação? De fato, eu quero me casar com ele, mas será que esse pedido é como uma obrigação pra ele? Será que ele só está tendo essa atitude porque ele percebeu que eu estou tentando seguir em frente? O que eu faço?
- , você tá bem? – Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! Idiota, diz alguma coisa.
- – ele me olhava com um olhar preocupado – Eu quero me casar contigo sim – ele veio me abraçar, e eu o empurrei – Espera, eu não terminei de falar. Eu aceitei, mas já vamos ao cartório para marcarmos a data, sem enrolações, ok?
- Combinado, Tudo o que você quiser. Eu tô tão feliz! – ele tirou o anel e o colocou em meu dedo anelar direito. Uau, o anel era a coisa mais linda que eu tinha visto na minha vida, com certeza ele foi extremamente caro, aquilo era um diamante. Eu tirei sua aliança de ouro e coloquei em seu dedo. Oficialmente nos casaríamos.
- Eu te amo, – nos beijamos.
O beijo tinha um misto de saudade, amor, afeto e carinho. Enquanto nos beijávamos sentia a urgência de e percebi que ele queria sim de coração casar comigo e assim construirmos uma família. Nos separamos e demos vários selinhos em seguida Caminhamos em direção ao seu carro que estava estacionado por perto e fomos rumo ao cartório para marcarmos a data de nosso casório. finalmente havia colocado uma aliança em meu dedo e seria para sempre!
FIM
Nota: Oi, garotas!
Pesquisei sobre o tema, e vi que na cultura americana, colocar uma aliança no dedo é sinônimo de um compromisso mais sério, um casamento. Por isso levei a temática da história pra esse lado. Espero que tenham gostado, porque foi difícil demais escrevê-la. Beijos <3

