Presente de Grego

Escrito por Jéssica Franciele | Revisado por May

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  Dissimulada, prepotente, filha de uma puta, ingrata, injusta, antiquada, desgraçada, filha de... Calma , ela é a mãe do teu marido, ok, noivo, quase marido, quase órfão de mãe, e se... Eu deixasse um ventilador cair acidentalmente dentro de uma piscina onde ela nadava? Ou jogasse de uma escada? Nazaré me ilumine! Porque se aquela velha aprontar mais alguma, meu lado mais obscuro vai agir e livrar a humanidade de um ser desumano desses.
  “Sogra é uma nova mãe.” Foi o que minha mãe disse a quando jantamos lá pela primeira vez.
  “Você não vai conseguir roubar meu filhinho de mim.” Foi o que eu ouvi, segundos depois de conhecer a vaca. E daquele dia pra cá, já se passaram quase dois anos de torturas, sofrimento, piadinhas e muita, mas muita louça pra eu lavar. A velha é uma vaca, perdoem-me as vacas, tadinhas, tão queridas. A velha é uma peçonhenta que ama me humilhar e agora resolveu me levar para fazer compras, segundo ela, preciso ser uma boa esposa para seu filho, e só ela sabe seus gostos. Mereço? Tá certo... Já cometi alguns pecados na vida, já fiz alguns meninos sofrerem, perdoem-me antigas sogras queridas, que Deus lhe guardem muito bem, e pegue essa coisa para dar de presente ao amigo lá de baixo, afinal presente de grego melhor que esse não existe.
  Nove horas da manhã – Sábado – 24 de Maio de 2014 (Sim, são nove, repito, nove horas da manhã de um sábado e eu estou acordada de corpo presente e imaginando como seria lindo o conjunto: + cama).
  Clarita, minha nem tão amada, mas muito odiada sogra me espera para irmos a um lugar especial.
  - Você vai amar, é lá que faço as principais compras do dia. – Fala, pedindo para o motorista levar no “lugar de sempre”. Vai ser alguma feira de animais, penso eu. Se bem que o medo de ser confundida com algum deve ser grande, e se algum biólogo resolve tirar a peçonha dela? Disfarço o riso imaginando a cena. Paramos no lugar de destino: Feira.
  Aquele lugar era lotado. Em alguns momentos pensei em estar em um baile funk, diante do número de frutas que eram gritadas lá. Me perguntei a todo momento por quê deveria ir a um lugar assim sendo que só como congelados. Nunca fui boa cozinheira e meu noivo sabe disso, o pior de tudo é que minha querida sogra também sabe.
  - A cenoura traz benefícios para os olhos, a pele, cabelos, mucosas, ossos e sistema imunológico, nunca se esqueça de cozinhar bem a cenoura, meu coelhinho come bastante. – Ela disse pegando algumas cenouras. - Ah, você sabia que ela ainda previne úlceras, reumatismo e arteriosclerose.
  - A senhora deveria comer bastante. Ah, não, ela só previne, né? Depois que tem a doença não adianta mais. – Falei malcriada.
  - O que você quer dizer com isso ? – Me fuzilou com o olhar.
  - Nada não, senhora. – Falei comprando um doce, para adoçar minha vida.
  - Doces engordam. – Falou observando-me comprar doces caseiros.
  - Você deveria parar de comê-los então. – A fuzilei com o olhar.
  - Não como doces há anos. – Falou, querendo me matar. É, o desejo é recíproco.
  - Imagina se comesse então, hein?
  Ela me ignorou e continuou falando de benefícios dos legumes e vegetais. Engoliu algum almanaque da verdura, só pode.
  - A couve tem cálcio, ferro, proteínas, fibras e sais minerais entre outras coisas. Meu menino gosta dela cozida. – Diz.
  “Vou cozinhar os ovos dele e comer com linguiça picada se ele me fizer passar mais um dia com sua mãe.” – Penso.
  - A cebola tem vitamina C e betacaroteno. – Percebo que ela lê enquanto mexe em alguma coisa no celular. Rá, tá descoberto o segredo.
  - Quem gosta de minhoca é galinha. – Comento razoavelmente alto o suficiente para ela ouvir e eu dar a desculpa de pensar alto.
  - O que você disse? – Perguntou gentilmente.
  - Que esse doce tá bom. – Falo de boca cheia, comendo uma rapadura de coco.
  Aulas sobre tomate, cebola, cenoura, couve, vagem e mais mil verduras, vegetais, frutas, uma infinidade de coisas que você encontra em feiras, supermercados e cozinha da minha sogra. Sim, porque ela comprou para um batalhão e eu tive que ajudar (carregar), pra ela. Mas como tudo tem seu lado bom, pastel de feira, quindim de feira, pé de moleque, rapadura e quebra-queixo. O ultimo eu ofereci umas três vezes, mas a FDCC (filhote de cruz credo) não quis. Fico imaginando o quão divertido seria ela quebrando um dente, pena que esse sonho jamais se realizará, dentes de dentaduras devem ser difíceis de quebrar. Pesquisarei mais sobre isso.
  E assim passou o dia, ou melhor, manhã. Chegamos em casa por volta das 13 horas. Eu não suportando ela, ela não me suportando, um caso de amor correspondido, ou melhor, desamor, ódio, ou qualquer sinônimo disso.
  - Amor, como foi a manhã? – disse se aproximando de mim, enquanto sua mãe reclamava de algo com a empregada. Não era de se estranhar o fato de todos os seus cinco maridos terem sofrido algum acidente como infarto, derrame...
  - Preciso dormir. – Respondi demonstrando minha não alegria.
  - Vem, vamos para o quarto. – Ele disse me abraçando.
  - Quero ir para casa. – Respondi encarando ela.
  - , vamos almoçar meu filho. – Sua tão amada mãe, falou.
  - Já comi na rua. – respondeu me pegando pela mão, indo em direção ao carro.
  O abracei e encarei ela logo após mandei um beijo no ar. Acho que a víbora queria me matar, mas meu noivo não poderia ficar viúvo antes do casamento...
  - Sua mãe é insuportável. – Falei entrando no carro.
  - Amor, calma. – Foi tudo que disse, enquanto colocava o cinto de segurança.
  - Você não sabe o que ela fez! Eu precisei ser forte! – Falei tentando ter sua atenção.
  - Amor, eu sei, minha mãe é uma pessoa difícil, mas ela só quer o meu bem. – Falou dirigindo.
  - O teu bem pra ela é se separando de mim! – Falei com raiva, descontando minha manhã péssima nele.
  - Aham... – Disse, acredito que nem escutando o que eu estava falando.
  - Para esse carro! – Falei já abrindo a porta do carro.
  - Está maluca? – Ele disse travando as portas.
  - Aham, é contagioso! Muito tempo com uma cobra, fiquei doida.
  - Não chama minha mãe assim, ! – disse brabo.
  - Eu chamo do que eu quiser, inclusive de ex sogra. – Abri a porra da porta do carro e desci. Ele logo estacionou e foi atrás.
  - Amor, calma, por favor, calma. – Disse me alcançando e segurando meu braço.
  - Calma nada, eu não aguento mais isso. – Falei com raiva.
  - Amor, você sabe que eu te amo, e nunca cairia nas invenções da minha mãe.
  - A questão não é cair em invenção, é eu não aguentar mais desaforos. – Falei como se conseguisse levar algum para casa. Verdade é que ao longo desses dois anos, passei um ano ouvindo, outro retrucando, e de pensar que esse pesadelo está só começando, sinto vontade de fugir, correr. Mas por outro lado olho para os olhos de e sinto que não conseguiria dar muitos passos sem ele. Foi com ele que senti as tais borboletas no estômago e só sei de uma coisa: que sensação boa! Hoje faltam exatos sete dias para nosso casamento e ainda não sei o que fazer para me livrar da sogra, mas sei que esse jogo de retrucas tem que acabar. Paz é tudo que quero.
  - Você não vai mais aguentar, ó, eu prometi que te faria uma surpresa hoje, lembra? Vem, quero te mostrar uma coisa. – Falou calmo.
  - Não quero ver. – Disse mimada.
  - Hum, então não olha, fecho os olhos... – Disse rindo, provocando.
  - Como você consegue fazer piada de tudo? Eu não sou o Bozo !
  - Você é a mulher mais linda do mundo. – Falou me levando pro carro.
  - Para de mentir. – Falei indo de braços cruzados.
  - Estou falando a verdade, minha linda. – Disse roubando selinho.
  - Te odeio! – Respondi ainda emburrada.
  - Eu te amo por nós dois... – Disse mordendo meu lábio inferior.
  - Sei... – Falei entrando no carro.
  - Que bom que sabe. – Disse fazendo careta, imitando meu jeito de falar.
  - Vou cortar teu pinto fora, se continuar com piadinhas. – Falei braba.
  - Não vai ter mais um brinquedão para usar. – Disse marrento.
  - Quem disse? Mando empalhar e uso sozinha.
  - ! Você é uma menina, não pode falar essas coisas. – Falou brabo.
  - Pensar pode? – Provoquei.
  - Não. Só fazer... Comigo! – Respondeu apertando minha coxa, enquanto dirigia.
  - Esquece que isso existe! Tô fechada pra eternidade. – Falei cruzando as pernas. Enquanto calmamente ele percorria a parte interna de minha coxa, levando as mãos para minha intimidade. Vestia um vestido curto, levemente rodado, simples e casual, logo senti seus dedos tocarem minha calcinha por cima da peça intima. Ele passou os dedos por toda extensão de minha intimidade, me fazendo descruzar as pernas e gemer baixo. Percebi um sorriso maroto no rosto de e então notei que estávamos na rua de um motel conhecido entre a gente. Ele estacionou o carro em frente um dos quartos/apartamentos do lugar. Sem que eu me movesse, tirou o cinto de segurança e me pegou no colo, entrando comigo dentro do lugar.
  O quarto era pequeno, uma cama redonda de lençóis vermelhos nos esperava, em volta e no teto espelhos. Incrível como espelhos conseguem excitar, pelo menos a mim. Ainda contávamos com um banheiro gigante, com direito a banheira de hidromassagem.
   me pegou no colo e prensou na parede, dando um beijo calmo logo após fechar a porta do lugar. Suas mãos percorriam meu corpo, enquanto as minhas se preocupavam em puxar seu cabelo levemente. Seus lábios começaram a percorrer o meu corpo, enquanto eu de pé, o observava. Ele retirou meu vestido descendo os beijos, em seguida com o auxilio da boca, desceu minhas calcinha e voltou para minha região intima, espalhando leves chupões por minhas coxas. Fiz careta ao perceber que estava ficando marcada. Ralhei com ele.
  – ! – Não precisei falar mais nada, ele sorriu maroto e mordeu meu clitóris para fora. Ele lambia e mordiscava meu clitóris enquanto eu abria minhas pernas olhando para ele abaixo de mim, suas mãos tiraram seu pênis para fora, e começou a se tocar enquanto me puxava. Eu gemia alto excitada com a cena e sendo excitada por ele. Sentia minha intimidade ficar molhada e o mesmo se deliciando passando a língua por toda minha intimidade. Gemia alto puxando seu cabelo, então senti suas mãos apalparem minha bunda, e me levantarem do chão, prendi minhas pernas envolta da cintura dele, arrancando sua camiseta, enquanto o mesmo retirou sua bermuda e boxer e começou a roçar o membro entre minhas pernas. Gemia pedindo para a tortura parar, até que ele penetrou lento, parando com o membro dentro de mim e me olhando nos olhos. – Vai ter volta. – Foi tudo que disse antes de morder forte seu ombro e ouvi-lo gargalhar.
  – Esperando ansiosamente pela vingança. – Ele disse caminhando dentro do quarto, ainda com o membro dentro de mim, me atirou na cama e virou de costas, penetrando novamente, enquanto passava as mãos por minha bunda, focando os dedos na região do anus.
  – Amor, por favor. – Pedi chorosa, me movimentando para senti-lo dentro de mim. Ele começou a se mover rapidamente, com estocadas profundas me fazendo gemer alto. Gemendo em meu ouvido, sentia entrar e sair de dentro de mim, suas mãos foram até meus seios, apertando, massageando.
  – Vou te foder de todas as maneiras possíveis. – O ouvir dizer e senti um frio percorrer a espinha. Ele continuou me penetrando, enquanto de quatro eu gemia e sentia suas mãos explorarem meu clitóris, sentia meu corpo tremer, suava, sentia minha pele quente ficar ainda mais quente, entrei em total êxtase, me atirando na cama após um orgasmo. Ele me virou e então o encarei ainda com o corpo em colapso, então passou seu membro pelo meu corpo, chegando a região dos seios, o colocou entre meus seios e apertou, começando então a se movimentar rapidamente, aquela foi a primeira vez que fizemos espanhola, e não demorou para sentir seu liquido escorrer entre meus seios, o senti se atirar na cama, e beijar meu pescoço, enquanto se recuperava de seu clímax.
  Subi para cima dele com o objetivo de reanimar o garoto, comecei a beijar seu corpo, enquanto o via sorrir maroto para mim. Virei, ficando de costas pra ele, com as pernas envoltas de sua barriga, sentei em cima de seu peito, e comecei a chupá-lo. Seu membro logo ficou rígido novamente, então senti sua boca morder minha bunda, fiquei de quatro em cima dele, o chupando e o mesmo me puxou começando a chupar também. Sentia sua língua quente explorar minha vagina enquanto chupava com força seu membro, o causando gemidos, minutos depois, suas mãos me pegaram pela cintura e fizeram com que eu saísse de cima dele, me apoiando na guarda da cama, ficando virada de costas pra ele. Então pegou uma pomada e passou eu seu membro lubrificando mais. Mordeu meu ombro, roçando o membro em meu anus e penetrou fundo. Sentia seus testículos baterem em minha intimidade, me causando sensações boas de incrível prazer, enquanto o mesmo me penetrava rápido, gemendo. Incrível como anal sempre o excitava e segundos depois já despejava novamente seu liquido em mim. Percebendo que eu não havia gozado ainda, ele me fez deitar e abriu minhas pernas colocando um gel com sensação gelada em minha vagina, começou a chupar e penetrar dois dedos, sentindo um misto de gelado e quente excitante. Senti meu liquido descer, e então o molhei com meu liquido. Ele me abraçou e ficamos quietos, nos olhando sem falar nada.
  Desde que conheci tive a certeza que ele era o homem da minha vida, lembro como se fosse hoje do dia em que o conheci, lembro da nossa primeira vez e de diversos momentos que passamos juntos. Somos verdadeiros opostos, enquanto ele é um cara certinho, focado no trabalho, responsável e orgulho da família, eu vivo no mundo da lua, no mundo das histórias, amo uma molecagem e não tenho papas na língua. é o cara que me faz sorrir, que me faz sentir protegida e amada, com ele conheci o amor e o significado de insegurança, talvez por isso tente melhorar a cada dia, tentando ser perfeita pra ele. Nosso casamento aconteceria na semana seguinte e combinamos de não nos falarmos por uma semana. Ideia de que eu odiei, mas aceitei tentando não demonstrar insegurança.

  31 de Maio de 2014

  Fazia frio em Porto Alegre, ao mesmo tempo o céu estava incrivelmente azul, com poucas nuvens tornando o dia agradável. Não dormi a noite, ansiosa com o dia que me esperava. Acordei e fui direto para um SPA, viver meu dia de noiva. Sentia meu coração se corroer por dentro e por diversas vezes peguei o celular disposta a ligar para o , ou trocar ao menos um sms, fui forte e não enviei nenhum. Já estava perto das 18 horas e com maquiagem e cabelo pronto, terminava de vestir meu vestido de noivas branco com detalhes em pérolas, algo bonito e ao mesmo tempo simples, que valorizava meu corpo, mas ao meigo. A calda era enorme, me causando medo ao caminhar. Atrapalhada como sempre fui, poderia tropeçar a qualquer momento. “Será que me acharia bonita?” Era tudo o que pensava enquanto me olhava no espelho, esperando meu pai chegar junto do motorista. Não o vejo há mais de um ano, meu pai é dono de algumas fazendas no interior do estado e separado de minha mãe não mantemos muito contato, mas jamais deixaria ser sua garotinha mimada. Ele e , nas poucas vezes que se viram, conversaram bastante, realmente meu agradou toda minha família, pena que não consegui o mesmo com a dele.
  Com apenas 30 minutos de atraso, corpo tremendo e suando frio, entrei na igreja onde todos me olhavam boquiabertos. sorria emocionado me olhando. Após cumprimentar meu pai, e ouvi-lo pedir para cuidar bem de sua menina beijou carinhosamente minha testa, e começou a cerimônia de casamento.
  Senti vontade de chorar em diversos momentos, e em todos, nossas mãos estavam unidas, como seria durante nossa vida toda. como meu porto seguro, agora oficialmente era meu marido, o homem da minha vida. Me tornei sua sra .
  Após choros e momentos emocionantes fomos para uma luxuosa festa em uma fazenda perto dali. Meu pai sentado na mesa ao lado de mãe de , fez com que nós nos sentimos uma verdadeira vela.
  A sograraca (mistura de sogra com jararaca) se aproximou então de mim, sem que percebesse e parecendo com receio me disse.
  - Gostei muito de conhecer seu pai, parece um verdadeiro cavalheiro.
  - Realmente ele é, e sabe, eu sou sua princesinha e a única mulher de sua vida.
  Daquele dia em diante, nunca mais ouvi um desaforo sequer de minha sogra, e anos depois, madrasta. Eu ensinei a víbora que nada como um dia após o outro.
  Um dia da nora, outro dia enteada.

FIM



Comentários da autora


  N/a: Nunca escrevi e pensei tão rápido em uma fic, li o e-mail enviado pela equipe do All Time Fics, e imediatamente pensei em uma fic onde o PP, se casava com a filha, mas tarava e transava com a mãe, é minha mente, preciso se despoluir... Então, pensei mais um pouco e surgiu a ideia dessa fic, quase uma comédia, embora não me ache “boa” com comédias, meu histórico entrega que eu curto um drama! Hahaha Enfim, espero que tenham gostado e quero saber o que vocês acharam! Beijos e adicionem meu grupo no facebook
  Ps: Agradeçam a Lisandra pela cena restrita, pois o tema era sogra, mas exigência de melhor amiga também conta, e a “santa” queria algo +18.