Please, Stay

Escrito por Cecília | Revisado por Mandyy

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   entrou apressado pela porta do apartamento de , com medo que tudo o que haviam lhe dito fosse verdade, porém esse fio de esperança desapareceu quando ele se deparou com uma imagem chocante.
  Sua amada estava lá, de pé, com as mãos na barriga enquanto o sangue escorria e um punhal ensangüentado no chão.
  A garota lançou-lhe um olhar de desculpas enquanto caia ao chão, claro que não a deixou cair, apesar de ter hesitado.
  O motivo dessa cena?
  Uma série de brigas com o namorado, cortes e uma briga com a amiga por causa dos cortes.
  O garoto ligou rapidamente para a ambulância que chegou em 10 minutos, dos quais, diria, foram os piores de sua vida.

  [...]

  - Como assim não posso vê-la?
  - Acho que fui bem claro, Sr. Horan.
  - Presumo que não, eu que estava lá quando tudo aconteceu, se não fosse por mim ela não estaria aqui – o garoto disse irritado.
  - Exato, mas também será você quem irá sofrer se algo acontecer, então, sinto lhe informar que o senhor não poderá vê-la. Mas não se preocupe, não vou te deixar ai, sentado sem fazer nada. Precisamos de alguém com o tipo sanguíneo dela.
  O garoto lembrou-se que havia um amigo dele com o tipo sanguíneo dela, então ligou pra ele o mais rápido que pode:
  - Alô.
  - Oi, !
  - Cara, eu to no hospital com a e ela ta precisando de sangue, será que você podia...
  - Claro, já to indo.

  [...]

  Em 15 minutos o amigo do garoto chegou, , que até aquela hora não parava no lugar, foi correndo chamar o médico.
  - Ele chegou na hora certa – disse o médico, pois até o momento estava preocupado com o tempo que a garota agüentaria.
  O amigo de foi encaminhado para uma sala onde doaria o sangue preciso para salvar a menina.
  Na cabeça de se passavam de cenas onde ele e estavam juntos até cenas onde ele se imaginava gritando que ela não poderia tê-lo deixado, que ele sabia que ela ainda estava viva.
  O menino chegou a lembrar das últimas coisas que disse a ela, e se odiou por isso, pois suas últimas palavras foram em uma briga.
  - está agora em uma cirurgia, o estado dela é de risco, mas faremos o possível e o impossível para que ela sobreviva.
  As palavras do médico ecoaram em sua mente, o estado dela é de risco, pensou o garoto, mas eles farão tudo para que ela sobreviva... E se ela não sobreviver?
  A relação de e sempre fora aberta, ela sempre dizia a ele que se algo acontecesse era pra ele continuar a vida sem ela, e queria que ele fosse feliz, não se importando com quem.
   nem ao menos tentou contar a amiga da menina, ele queria ficar sozinho com .
  1 hora, 2 horas, 3 horas, o tempo não passava, minutos pareciam horas, horas pareciam dias, o menino tinha cada vez mais medo de que algo acontecesse, ele não tinha mais aquele otimismo todo, não, agora só se pensava no pior.
  Para o alívio do menino, o médico chegou com notícias, talvez boas, talvez, mas, quem se importa? Afinal, fazia horas que não se tinha uma única noticia.
  - Agora você pode ir ver ela, mas faça silêncio, por favor, ela está fraca e o estado dela ainda não é dos melhores.
  O menino nem respondeu, correu para a sala onde a menina se encontrava. Chegou silencioso e se sentou ao lado dela.
  Os olhos transbordando de lágrimas, ele cantou:

Dear Darlin’
Please excuse my writing
I can’t stop my hands from shaking
‘Cause I’m cold
And alone tonight

  Ele sabia que essa era a música favorita dela, uma música que dizia tudo.
  Depois de cantar ele segurou a mão de , que, assim que sentiu o toque do menino, se fechou, segurando a mão dele.
  - ? Está me ouvindo?
  Ela apertou a mão dele com mais força.
  - Então saiba que eu te amo, e que é melhor você nunca mais me dar um susto desses, eu não sei o que seria de mim sem você.
  A menina, se esforçando ao máximo, porque ainda estava fraca, conseguiu gaguejar:
  - E-eu te a-amo.
  O garoto sorriu como nunca antes, porque sabia que aquilo era a verdade. Mas o sorriso logo se desfez, porque ele lembrou que ela estava fraca, e gastando suas forças para falar com ele, então ele disse:
  - Não fale, só me escute, não quero que você gaste suas forças. Você quer que eu continue cantando?
  A menina apertou a mão do menino, que começou a pensar em músicas para cantar...

You’ll never love yourself half as much as I love you
And you’ll never treat yourself right darlin’
But I want you to
If I let you know
I’m here
For you
Maybe you’ll love yourself
Like I love you

  Ele sabia que essa era a música que inspirava a garota a sorrir, sabia que quando ele a canta, o mundo da menina se iluminava, e era isso que ele queria, ver a garota feliz.
  Acontece que ele conhecia a menina como só ele, ela sabia das manias dela, inclusive, a de colocar uma música em todas as situações, como se ela fizesse uma trilha sonora para a vida. Ele também sabia seus artistas favoritos, sabia seus sonhos impossíveis, sabia seus medos e que tremia quando estava nervosa, e ele normalmente ria quando isso acontecia.
  Varias músicas depois, o silêncio voltou a reinar, fora pelo barulhinho da maquina que media os batimentos da menina, que antes se encontravam lentos e quase inexistentes.
  A menina dormia, tranqüila, depois de um dia cansativo como aquele, o garoto, porém, não conseguia dormir, só conseguia olhar para a menina que amava, como se a tivesse perdido e reencontrado, porém estava com medo de a perder de novo.
  No dia seguinte os dois foram acordados pelo médico, a menina acordou como se nada houvesse acontecido, porém o menino, assustado.
  O médico disse que a menina passaria mais dois dias no hospital, porque precisava ficar em observação, e ainda estava mais fraca que o normal, apesar de estar bem mais forte que na noite anterior.
  Também disse que ela não recuperaria o movimento das pernas tão cedo, porém não ficaria na cadeira de rodas pra sempre.

  [...]

  - Meu Deus, nem da pra acreditar que logo eu nem vou mais precisar usar essa coisa.
  - Essa é a ultima sessão de fisioterapia né?
  - É!
  - Então hoje vamos ter duas comemorações, , quer casar comigo?
  - Com certeza...
  O resto dessa historia vocês inventam, porque imaginar é bom, só lhes garanto uma coisa, eles não fizeram um novo conto de fadas, porque a menina disse que contos de fadas são entediantes, então eles fizeram diferente, porém foram felizes...

Fim.



Comentários da autora


Meu Deus, esse imagine ta muito triste.
Obrigada por lerem, a primeira música, pra quem não sabe, é Dear Darlin’ do Olly Murs.
Leiam também Oops I Did It Again, minha fic aqui no all time fics mesmo e tem uma na minha página no facebook, Right Place Right Time, na página 1D Fics Br.
XOXO
Ceciih