Perfectly Entwined

Escrito por Fliss V. | Revisada por Natashia Kitamura

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  Estacionei o carro na frente do prédio de exatamente na hora que eu disse que chegaria: Quatro da tarde. Peguei meu celular para mandar uma mensagem avisando que tinha chegado, mas mudei de ideia na metade da ação. Com toda essa tecnologia, simplesmente nos esquecemos de buscar nossas garotas na porta de casa.
  Bati três vezes na porta, e não demorou a atender.
  - O que está fazendo aqui? – Ela disse, com uma das sobrancelhas arqueadas, como eu já esperava.
  - Vim te buscar.
  - Eu sei, . – Abriu mais a porta para me deixar passar e foi ao banheiro terminar de se arrumar. – Podia ter me mandado uma mensagem avisando que tinha chegado.
  - Resolvi subir. – Dei de ombros, encostado no batente da porta. se limitou a revirar os olhos e passar um pouco de batom nos lábios.
  - Vamos? – Piscou seus longos cílios para mim, se aproximando para me dar um beijo. Coloquei minhas mãos na base de suas costas, e ela jogou os braços por volta do meu pescoço, aproximando nossos corpos ainda mais. Quem visse de fora, acharia estranho esse casal jovem de beijando na porta do banheiro. Agradeci mentalmente pela sua colega de quarto não estar em casa.
  - Vamos. – Sussurrei depois de relutantemente desfazer o beijo. Eu tinha um dia planejado e não poderia perder tempo.

  - Para onde estamos indo? – me perguntou, sentada no banco do carona. Ela me encarava com aqueles grandes olhos azuis.
  - Já disse, é surpresa. – Sorri. Evitei olhar para ela, pois me desconcentraria da estrada.
  - Você está muito estranho hoje. – Pelo canto do olho vi ela se ajeitar no banco e cruzar os braços na frente do peito.
  - Hey... – Tirei uma mão do volante e coloquei em seu joelho. – É uma surpresa boa, não se preocupe. – Senti-a colocando sua mão sobre a minha e brincando com os meus dedos.
  Fomos em silencio durante o resto do caminho. Eu sabia que ela não estava nem um pouco feliz com toda a discrição que eu estava fazendo; como disse antes, era surpresa. Minha ideia inicial era colocar uma venda em seus olhos, para que ela não reconhecesse o caminho, mas temi que achasse que eu iria fazer algo ruim a ela. sempre pensa o pior.
  - Ah, ! – Ela disse com a voz cheia de carinho.
  Estávamos no mirante, o ponto mais alto de nossa cidade. Estacionei o carro virado para a parte mais bonita, mostrando os prédios e casas logo abaixo e um belo planalto mais ao longe. ficou parada ao lado do carro enquanto eu tirava uma toalha e uma cesta de picnic do porta-malas.
  - Alguma comemoração especial? – Perguntou, me ajudando a arrumar o picnic. Aposto que ela pensou que tinha esquecido algum aniversário...
  - Não, nenhuma. – Sorri. Colocamos a toalha sem cima do capô do carro e deitamos sobre ela. A intenção era passar o resto da tarde comendo sanduíches, conversando e, bem, nos beijando.
  O primeiro vento chegou de surpresa, e foi quem percebeu. Rapidamente nuvens cobriram o brilho do sol. Antes que pudéssemos pensar o que fazer em seguida, gotas pesadas e geladas caíam em nós. pegou a cesta, eu enrolei o resto das coisas na toalha e corremos para dentro do carro.
  - De onde veio essa chuva? – Perguntou, rindo de nossa “sorte”. Olhei para a garota ao meu lado, e ela não fazia ideia do quão linda era sentada ali, com o cabelo molhado grudado no rosto.
  Liguei o carro e segui para o meu apartamento.
  Nenhum de nós falou durante o caminho todo.

  - Espere aqui, vou pegar uma toalha para você. – Disse para assim que entramos no apartamento e tiramos nossos tênis molhados. Voltei rapidamente e entreguei-lhe a toalha.
  - Obrigada. – Murmurou, secando o rosto e cabelo.
  Sentei no sofá sem nem me importar se iria molhar ou deixar uma mancha. Morar sozinho tinha suas vantagens... Enterrei meu rosto nas mãos. Eu não podia acreditar na minha desgraça. Era para ser uma tarde perfeita com a minha namorada perfeita e a merda de tempo estragou tudo. Eu tinha tudo planejado meticulosamente. Senti me encarando, mas eu não iria encarar de volta. A tarde incrível que íamos ter tinha ido por água abaixo. Literalmente!
  - Merda... – Suspirei. Ouvi-a se aproximando com cautela. Suas mãos pegaram nas minhas e as afastaram do meu rosto enquanto ela mesma ia se curvando para mim.
  - ? – Não fazia a mínima ideia do que ela pretendia fazer.
  - Shhh... – Disse, fazendo sinal para que eu me calasse. Ela, então, sentou-se no meu colo virada de frente para mim, colocando uma perna de cada lado do meu corpo e fazendo eu me encostar na parte de trás do sofá. Ignorou meu olhar de estranhamento e colocou as duas mãos no meu pescoço, aproximando nossos lábios.
  Sua boca era suave, com o familiar gosto de pêssego devido ao batom (ou gloss, eu não sei diferenciar essas coisas) e se encaixava perfeitamente na minha. Suas mãos passeavam entre meu peito, ombros, nuca e cabelos, me pegando de surpresa quando as senti na barra da minha camiseta. quebrou o beijo apenas por tempo suficiente para que tirasse essa peça de roupa de mim e logo voltou a me beijar vorazmente. Seu quadril fazia movimentos de vai-e-vem no meu colo, com minhas mãos apertando sua cintura. Eu sabia que ela não sabia muito bem o que fazer. Ficamos um tempo nos beijando, me deixando cada vez mais excitado, até que ela resolveu parar o beijo e, olhando bem nos meus olhos, tirou sua blusa.
  Aquele momento passou em câmera lenta para mim, e um flashback veio à minha cabeça. Uma memória do começo do nosso namoro, quando eu tentei passar a mão embaixo de sua blusa:
  - Você vai ter que fazer alguma coisa muito, muito boa para mim, , para me fazer tirar a blusa por você. – Ela dissera na época, sorrindo. Eu não tinha gostado muito dessa declaração, não sabia se ela estava brincando ou não, mas logo esqueci e aprendi a viver com o seu jeito.
   me observava tímida enquanto eu encarava seu sutiã rendado cor-de-rosa e o que estava dentro dele também. Quando olhei para cima, ela mordia seu lábio inferior de um jeito extremamente sexy. Não pedi permissão, puxei-a para mais perto ainda e – por falta de palavra melhor – enterrei meu rosto no espaço entre seus seios, percorrendo toda aquela área com a minha boca. A garota em meu colo mexia freneticamente no meu cabelo, e eu podia ouvir a sua respiração ficando pesada.
  De repente, o sofá ficou pequeno demais. Fiz com que me abraçasse com suas pernas e segurei-a por debaixo delas, me levantando e caminhando aos tropeços até o meu quarto.
  Quero ver você tentar andar segurando uma garota no colo e com a garota em questão deixando marcas roxas no seu pescoço e arranhões nas suas costas. Não é tão fácil quanto parece...

  Nos meus sonhos mais loucos eu imaginava jogando na cama com força e subindo em cima dela e fazendo sexo selvagem digno de um filme pornô. Minha mente me surpreendeu quando a deitei na cama gentilmente, e eu estava tentando ser o cavalheiro ali, mas me puxou de volta e colou nossos lábios em um beijo urgente e cheio de desejo. Eu já sentia a minha calça ficando apertada e sabia que ela sentia isso também, pois sorriu ao quebrar o beijo.
   me virou na cama, ficando por cima. Distribuía beijos por todo o meu peito e abdômen enquanto suas mãos ágeis tiravam meu cinto e abriam a minha calça. Nos virei de novo na cama, não querendo ficar em desvantagem, e tirei seu shorts jeans, revelando uma calcinha amarela de ursinhos. Ela sorria tímida, e só para brincar um pouco, tracei um caminho de beijos desde a barra da sua calcinha até a base de seu pescoço, me demorando por ali.
  - . – Sussurrou no meu ouvido, me fazendo levantar a cabeça. mordia o lábio inferior e me olhava de forma intensa.
  - Quer ir para debaixo do lençol? – Perguntei, lembrando-me de um filme em que os protagonistas iam para debaixo da coberta antes de transarem pela primeira vez. Ok, foi uma péssima pergunta. Ela diz meu nome de um jeito totalmente sexy, e eu pergunto “quer ir para debaixo do lençol?” no mesmo tom. Qual é o meu problema?
  Ela solta uma gargalhada.
  - Claro. – Nos levantamos, puxamos o lençol e deitamos na cama em sincronia, parecendo um casal velho indo dormir. Sinto uma movimentação ao meu lado e depois um barulho abafado no chão. me olhava como se esperasse uma reação minha.
  - Ah, sim. – Disse, um pouco atrasado. Tirei minha cueca e peguei uma camisinha no criado-mudo ao lado, colocando-a em seguida. Subi em cima de meio desajeitado, me encaixando entre suas pernas. – Tem certeza? – murmurei. Ela estava de olhos fechados, mas acenou com a cabeça.
  Fiquei esperando sua reação satisfatória ao me sentir entrando nela, mas o que vi foi uma expressão de dor.
  - ? – Ela abriu os olhos, e eu vi um pouco de medo ali. – Eu não quero te machucar.
  - Não vai me machucar. – Falou com a voz firme, mas com um resquício de vacilo.
  - Então, relaxa. – Olhei bem fundo em seus olhos e dei um selinho em seus lábios. – Fica relaxada, eu não vou te machucar.
  O que aconteceu em seguida foi... não tenho nem palavras para descrever.
  Senti seu corpo relaxar em baixo de mim, me deixando entrar com mais facilidade. jogou a cabeça para trás na minha primeira investida, e eu posso jurar que saiu um gemido daquela boca.
  Vê-la assim por minha causa é a melhor sensação do mundo.

  Mentira.
  Vê-la dormindo serenamente depois de ter feito com que ela se sentisse a garota mais especial do mundo (ela quem disse), com o seu cabelo jogado pelo travesseiro e o lençol deixando suas costas nuas à mostra é a melhor sensação que um cara pode ter.

FIM



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