Perfect in your own way

Escrito por Angela Maciel Faleiro | Revisado por Natashia Kitamura

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  ! , volte aqui agora! ! – seu pai gritava subindo as escadas, indo atrás do filho que tinha saído enfurecido da mesa de jantar. Antes de chegar ao topo da escada, ouviu um baque muito forte que indicava mais uma noite na qual ficaria ouvindo musica no volume máximo de seus fones, mexendo em seu computador.
  Isso, além de, claro, um gelo básico em seu pai por uns 3 dias, o que incluía faltar a todas as refeições em família de propósito. Só que, dessa vez, seu pai não tinha certeza se tudo ia voltar ao normal. Por que der repente tinha virado um rebelde, se eles estavam falando do futuro dele? Do futuro que os dois sonhavam há tanto tempo juntos?
  O que entrou naquele quarto não era o que seu pai achava que conhecia desde que tinha nascido. A discussão que tiveram deixou isso bem claro. Dessa vez mostrou um lado que seu pai não conhecia, um lado decidido, quase agressivo, e o tom de magoa na voz de seu filho não lhe passou despercebido.
  Seu pai percebeu que seria inútil bater mais a porta. não iria abrir. Ele suspirou e desceu novamente as escadas e foi terminar de jantar com sua esposa.

  Do outro lado da porta, estava inquieto, furioso. Ele nem conseguia ficar sentado por muito, logo se levantava indignado. Pegou seu iPod, ligou na sua seleção de músicas preferida e botou no máximo. Esse era seu ritual para esvair sua raiva, deixar a música levá-la para longe.
   não gostava de se sentir assim. Ele era um menino muito calmo, sempre sorridente e de bem com a vida. Mas, ultimamente, tinha sido difícil manter o bom humor já que todo dia seu pai aparecia de novo com aquele mesmo papo que estava cansado de ouvir, e principalmente, cansado de dizer que não era o que ele queria. Seu pai estava surdo e para piorar, ainda era muito teimoso. Ele não iria ouvir o que tinha a dizer.
   amava muito seus pais, mas ultimamente estava ficando difícil agüentar seu pai. E ele se deu conta que logo essa situação ficaria fora de controle, porque hoje, nem a música estava conseguindo acalmá-lo.
  Todas as palavras proferidas durante o jantar ainda rondavam sua cabeça, numa incessante valsa que trazia à tona um turbilhão de emoções que não costumava ter. Isso alem de entristecer , o enfurecia profundamente pois ele não conseguia controlar o sentimento de magoa dentro do peito, e isso o frustrava profundamente.
  E o pior é que ele não conseguia interromper a dança dessas palavra por seus ouvidos.

  *Flashback*

  - Venham! O jantar está na mesa – A mãe de gritou para que todos na casa pudessem ouvir. Logo os três se sentavam à mesa e se preparava para iniciar o assunto da melhor forma possível.
  - , está tudo bem? – sua mãe perguntou preocupada, tirando de seus pensamentos – Você ainda não se serviu e fica encarando seu prato, perdido. Como vão as coisas com a ?
  - Ah, mãe esta tudo muito bem sim – se pronunciou depois de voltar à realidade – A está ótima, e vai tudo bem. É só que eu queria falar com vocês sobre um assunto... Bem... É meio importante.... Mas é delicado ao mesmo tempo e...
  - , pare de enrolar. O que houve? – o pai cortou o filho, que estava começando a se enrolar nas próprias palavras.
  - Pois é, então, hoje na escola, distribuíram as folhas e as fichas escolares, porque amanhã temos que dar o retorno e avisar para que universidades vamos tentar a inscrição, então para onde vamos mandar as fichas – soltou numa golfada de ar, esperando a resposta dos pais.
  - Sim, que ótimo! Então para onde você escolheu? – Seu pai o questionou com um sorriso no rosto, encorajando o filho a prosseguir.
  - É justamente sobe isso que eu queria conversar com vocês. Eu... – hesitou, então respirou fundo e soltou a bomba – Eu escolhi mandar a minha ficha para Julliard.
  - Mas filho, não estou entendo. Por que você escolheria mandar sua ficha para a Julliard? – seu pai perguntou, traduzindo sua duvida e a de sua mulher.
  - Porque, pai, eu quero estudar música na Julliard – disse e viu o sorriso no rosto de seu pai murchar.
  - Mas que historia é essa agora, ? O que está acontecendo? – seu pai falou com uma expressão bastante seria e um tom de voz com uma pitada de irritação, que não passou despercebida por .
  - Não é bem de agora pai, mas eu quero ser músico. Quero viver disso.
  - , está fora de questão! Você não vai simplesmente jogar fora toda a educação e o seu talento querendo virar músico! Isso seria um ultraje! Como pretende ganhar sua vida? Porque para ser músico é preciso de muito talento, coisa que eu duvido que você tenha, e dar sorte de não viver na miséria – O pai de se levantou e fez uma pausa – Como você vai sustentar sua própria família sendo músico? Porque não sou eu quem vai sustentar você para sempre sabia? Essa careira não tem futuro algum! Aliás, quem começou a botar tanta minhoca na sua cabeça? Desde quando você se tornou um rebelde, um... – ele não completou a frase, tamanha era sua frustração. Ele respirou fundo e continuou – E eu não vou ficar sentado assistindo você arruinar sua vida e jogando fora todo o dinheiro que investi na sua escola, ouviu? Nem pense que isso vai acontecer – Seu pai disse com tom de conclusão, e o silêncio tomou conta da sala.
  A cada frase terminada, uma dor lancinante rasgava o peito de . Ele sabia que a reação do pai não seria das melhores, mas não esperava algo tão ruim. Nunca tinha visto seu pai se alterar tanto, e nunca pensou que seria justamente quando iriam tratar de algo tão importante e delicado que ele iria perder o controle.
   resolveu engolir a magoa, ainda que isso fosse difícil, e se acalmar. Ele não deixaria seu pai concluir a conversa desta vez. Quando seu pai, ia sair da sala, respirou fundo e falou com um voz mais calma do realmente estava.
  - Pai, olhe para mim. Me diz, eu cresci de acordo com os seus desejos? Eu não fiz tudo o que você sempre quis? – deixou a pergunta no ar, e o silêncio de seu pai foi resposta suficiente – Poxa, eu fiz de tudo a minha vida inteira pra te deixar orgulhoso, para te ver feliz. Me dediquei muito a escola, coisa que você sempre disse ser fundamental, e nunca fui de aprontar. Agora, qual o grande problema em eu querer seguir uma carreira na musica? Por que você não pode simplesmente me apoiar, me dizer que vai ficar tudo bem independe do que acontecer? – parou por um instante – Eu sei que você quer que eu siga seus passos, que eu seja tão bom quanto meu irmão, mas eu não sou assim!
  - Mas filho, você sempre quis fazer direito na universidade, nós combinamos isso há muito tempo. E agora, assim de repente, você tem um súbito desejo de ser rebelde e querer estudar música! Você acha que tem cabimento eu aceitar essa revolta rebeldezinha sua?
  - Não pai, não é bem assim. Eu NUNCA disse que queria estudar direito e virar advogado. Você sempre se iludiu, sempre pensou que fosse o que eu quisesse, independente da minha opinião. E nem adianta me dizer que a gente discutiu isso porque não é verdade. Só você podia falar e ai de quem dissesse o contrário! – sentia a mágoa guardada subir e aos poucos tomar conta dele. As lágrimas de frustração também começavam a se acumular em seus olhos, mas desejava não derramá-las, não queria demonstrar fraqueza – Sei que o Chris sempre foi seu filho preferido, ele é perfeito. Ele representa tudo o que você sempre quis: ele é um medico bem sucedido em tudo. Ele é o numero um da turma, passou de primeira com bolsa integral numa super universidade, é o queridinho da mulherada e está casado com uma mulher maravilhosa e tem a família perfeita. Não importa o quanto eu tente nunca vou chegar nem aos pés dele. Sempre vou ter que viver na sombra dele! A única coisa na qual eu realmente chance de ser melhor que ele porque é nisso que eu sou bom, é isso que eu amo, você não quer nem me deixar tentar!
  - , você está se iludindo! Como pode querer ser músico se você não tem talento nenhum? Você mal sabe tocar violão quanto mais compor! Como acha que vai sobreviver assim? – seu pai falou sério em tom de deboche. Ele realmente não acreditava no potencial do filho.
  - Como você pode saber se eu tenho talento ou não, pai? Você nunca foi a uma apresentação minha, nunca me perguntou o que eu queria fazer mais para frente, você mal sabe do que eu gosto, ou qualquer coisa sobre a minha vida! Você nem me conhece para falar a verdade! Tudo o que você sabe de mim é invenção da sua cabeça! – estava muito irritado e sua raiva era transmitida em suas palavras.
  - , abaixe seu tom de voz! – Seu pai o repreendeu – Sou seu pai e você me deve respeito!
  - Ai pai, quer saber o que mais? Tudo o que você quer é poder falar e se exibir para os seus amigos! Pai, você nem liga para a minha felicidade, para a minha opinião, nem nunca ligou! Eu costumava idolatrar você, eu queria algum dia conseguir ser tão bom assim quando eu era pequeno. Mas depois você mudou! Nada mais que eu fizesse era bom o suficiente, você era contra todas as coisas que eu gostava e eu tinha eu me tornar uma miniatura sua! Eu não agüento mais isso... – As lágrimas acumuladas nos olhos de logo iriam começar a rolar por suas bochechas, então ele respirou fundo antes de concluir tudo – Quer saber? Guarda isso para você se lembrar sempre a desgraça que o seu filho traz para você, o quão imperfeito eu sou...
   atirou um mp3 sobre a mesa e saiu enfurecido, magoado, pela porta da cozinha, com passos pesados que demonstravam o sofrimento que o corroia por dentro. Ele tinha preparado aquele mp3 como um presente para seu pai como presente de aniversário, e posto ali dentro algumas musicas de sua composição. Ele ia presentear seu pai na ocasião na próxima semana, mas desistiu da idéia ao ouvir o desprezo na voz de seu pai ao falar das capacidades de .

  *End Flashblack*

  Ele botou o iPod de lado, e foi tomar um banho, para tentar esfriar a cabeça.
  Realmente, não tinha nada melhor que um banho pro nervosismo sair pelo ralo. Aos poucos o toque da água o relaxou e ele se sentiu melhor. Quase resolveu dormir no chuveiro,de tão relaxado que estava. Depois de uma meia hora lá dentro, ele resolveu sair e se deitar. Devia estar cansado e seria melhor descansar.
  Antes de dormir, ele destrancou a porta e desceu para comer uma tigela de cereal. Depois pegou seu copo d’água, deitou-se e mandou uma mensagem de boa noite a sua namorada. Ele ainda sentiu o beijo de boa noite de sua mãe, no entanto não sabia se era real ou se já estava sonhando.
  No outro dia de manhã, abriu seus olhos e voltou a fechá-los, já que um raio de sol batia direto em seu rosto. Aos poucos acostumou os olhos a claridade, e levantou meio tonto indo ate a porta de seu quarto.
  - Olha, a bela adormecida acordou! – ouviu aquela voz tão conhecida, mas deu um pulo enorme e quase cuspiu o coração pela boca, tamanho o susto que levou.
  - Ai, ! Qual o seu problema? Quer me matar do coração? – disse indignado levando uma mão ao peito enquanto seu melhor amigo se acabava de rir.
  - Não, não. Só acho que rir faz bem logo cedo – ele disse e riu mais um pouco.
  - Aliás, o que você está fazendo aqui a essa hora da manhã? – perguntou a descendo as escadas, seguido de , indo tomar café da manhã na cozinha.
  - Assim, é que eu imaginei que como você perdeu a primeira hora da manhã, você devia ter brigado com teu pai de novo e ia querer a companhia do seu melhor amigo, alem de uma carona é claro – ele disse e mordeu uma maçã que ele pegou na fruteira da mesa da cozinha.
  Pois é, os meninos se conheciam muito bem. Saberiam dizer por atos muito pequeninos o que seu amigo estaria sentindo.
   estava muito feliz em ver seu melhor amigo idiota logo cedo. Ele queria mesmo vê-lo principalmente depois da discussão que ele teve na noite anterior com seu pai. Até que ele percebeu algo errado na frase.
  - Como assim perdi a primeira hora da manhã? – exclamou surpreso e olhou para o relógio do microondas, e se dando conta que já eram dez horas, sendo que suas aulas começavam as oito. Então bateu a mão na testa e se apressou para se arrumar e ir ao colégio.
  Durante todo o caminho no carro, explicou a o que tinha acontecido na noite anterior, e por consequente, o motivo de seu sono profundo. fez como sempre quando o amigo tinha esses problemas, o aconselhou e o apoiou.
  - Ah, você sabe que a vai te matar, né? – disse rindo, imaginando a cena que estava por vir – Afinal de contas, você sumiu de manhã e nem mandou mensagem avisando.
  - Ai nem me fale, já estou até sentindo a dor dos tapas que ela vai dar – ele disse, contorcendo o rosto numa careta, e ambos começaram a rir.
  - Chegamos! – anunciou – Pronto para enfrentar a fera?
  - É, chegou a hora da verdade! – disse e desceu do carro. Esperou o amigo descer e ambos foram caminhando até a entrada do colégio. já estava estranhando tanto tempo de atraso, geralmente já estaria na frente da escola, se não indo até sua casa.
  - PASCOWITCH VALENTIN CHIORINO CORRÊA – apareceu do nada bem atrás de que até se arrepiou, já que sabia que nunca vinha coisa boa quando ela dizia seu nome completo – Onde você estava? Como não me mandou mensagens? Sabia que eu estou quase morrendo de preocupação?
  - Calma , minha linda – falou com a voz doce que sempre usava para falar com a amada, enquanto morria de rir da cena – Eu só perdi a hora hoje de manhã... Ai eu meio que estou atrasado.
  - Eu SEI que você está atrasado, mas fiquei preocupada, já que você só some quando coisas graves acontecem – ela falou estapeando o braço do namorado e se virou para – E você, seu pentelho? Se diz meu melhor amigo, mas na hora de me avisar que o está vivo e que você foi buscá-lo, nada né? – trocou os tapas do braço de para o de , que parou de rir e pediu clemência à amiga.
  - , me desculpa, está bem? Juro que nunca mais te deixo preocupada assim – disse e abraçou a namorada.
  - Ok, eu desculpo – ela lhe deu um selinho - Mas se voltar a me preocupar desse jeito, eu te mato, ouviu?
  - É por isso que eu te amo – concluiu e os dois se beijaram.
  - Ai, eu vou vomitar! – comentou olhando enojado para a ceninha romântica dos dois, que separaram o beijo rapidamente para rir da cara do amigo “segura-vela”.
  Eles ainda tiveram tempo suficiente para contar em detalhes o que tinha acontecido na noite anterior em sua casa, e ouvir as palavras de apoio de sua namorada.
  O sinal tocou e todos se dirigiram a suas salas de aula. Logo, a diretora apareceu, chamando a todos os alunos do terceiro ano para ir ao ginásio, onde os resultados de solicitação de bolsas e inscrições nas universidades pelas fichas escolares seriam revelados. Acatando as ordens da diretora, todos os alunos desceram pra o imenso ginásio da escola, e permaneceram em silencio, traduzindo o estado de ânimo de todos os presentes.
  Estavam apreensivos. Uns porque queriam saber se conseguiriam entrar na universidade que tanto sonhavam, outros porque queriam saber se alguma universidade os tinha aceito. Já não sabia o que queria receber como resposta.

  A diretora começou seu pronunciamento no microfone, trazendo de volta para a terra aqueles que estavam perdidos em seus pensamentos. Ela falou, com muito orgulho, que muitos alunos tinham recebido várias propostas de bolsas em grandes universidades, tanto nacionais como internacionais.
  Ela parabenizou o corpo docente igualmente pelo grande trabalho que fizeram com os alunos e pela dedicação que eles demonstraram pelo estabelecimento ao longo desses anos, seguindo vários dos alunos desde o inicio de sua escolaridade.
  Então, ela limpou a garganta, e anunciou que chegara a hora da verdade, tirando da pasta uma folha onde estava traçado o destino de todos os presentes ali pelos próximos anos.
  - Vamos começar então? – Ela falou entusiasmada, sorriu e baixou os olhos para a folha que estava encima da bancada e anunciando o primeiro nome da folha – Letícia Andorilla, você foi aceita na universidade de Manchester com bolsa integral para cursar fotografia.
  Gustavo Sanchez, bolsa integral para cursar arqueologia no campus de La Rioja, Espanha.
  Maria Luisa Silva Fernandes, aceita na UCLA com bolsa parcial para o curso de medicina.
  Assim foram desfilando os nomes privilegiados que tinham recebido bolsas ou sido aceitos em grandes e prestigiosas universidades ao redor do mundo todo. As reações eram das mais variadas. Os nomes que eram pronunciados explodiam de felicidade e recebiam parabéns de seus amigos que estariam ali perto, enquanto os que invejavam essas pessoas pronunciavam rumores que essas bolsas não eram merecidas por tais motivos e se remoíam de inveja por dentro. Os nomes que ainda não tinham sido chamados continuavam extremamente apreensivos e cada vez mais a ansiedade aumentava dentro do peito de todos eles. Os três amigos não estavam diferentes, mas sua turma na ordem dos nomes que diretora pronunciava, estava chegando.
  - Della Torre Leite – este tremeu e segurou instintivamente a mão da melhor amiga sentada a sua esquerda – Bolsa integral para universidade de tecnologia de Sydney, para o curso de engenharia civil.
  - UHUUUUUUUUUL – vibrou, pulando de onde estava e o ginásio inteiro caiu na risada.
  - Está bem, senhor Leite, sabemos que esta feliz, mas sente-se por favor para que eu possa continuar - a diretora sorriu por ver a felicidade do menino com a noticia e então prosseguiu.
  – Sullivan – pausa dramática, que fez o coração da menina ficar a mil – bolsa integral na Julliard para artes cênicas.
  -Ai. Meu... DEUS! – gritou e foi abraçada pelo melhor amigo e recebeu um beijo do namorado, alem dos parabéns das amigas à sua volta, claro.
  - Então, é isso. Semana que vem, na cerimônia de formatura destas turmas de terceiro ano serão, entregues os diplomas de vocês e então poderão todos caminhar para o novo patamar de suas vidas. Parabéns a todos que conseguiram suas bolsas e inscrições e boa sorte aos que ainda não tentaram ou os que ainda não conseguiram. Como presente pelo esforço de todos vocês ao longo deste ano, estão todos liberados para sair agora. Podem ir, até amanhã. – a diretora concluiu e saiu pelos fundos do ginásio.
  - Eu... Não consegui – falou perplexo, olhando para seus sapatos.
  - Olha , tudo bem! Você ainda pode tentar de novo, ou mandar sua ficha escolar para outras grandes universidades! – falou olhando em seus olhos – Tenho certeza que você vai conseguir algo grande, por todo o seu talento!
  - Ela ta certa cara – se intrometeu batendo nas costas do amigo – Você ainda vai conseguir algo grande, relaxa!
  -Valeu gente pelo apoio – sorriu de canto – Tenho mesmo os melhores amigos, e a melhor namorada do mundo!
  Os alunos ficaram todos extremamente felizes com o encurtamento dos horários do dia e rumaram para a entrada da escola, se dirigindo às suas casas ou restaurantes nas redondezas para comemorar as noticias. Os três se despediram, já que e tiveram que sair apressados para compromissos.
  - Então, quer dizer que eu realmente não estou a altura... - estava frustrado, e foi caminhando cabisbaixo, falando sozinho e chutando pedrinhas – Não acredito... Pronto, agora que meu pai vai me dizer que eu sou um inútil mesmo! Droga!

  Ele foi andando assim o caminho todo, até chegar em casa. Abriu a porta e subiu direto para seu quarto, atirando suas coisas na cama e se agarrando em seu violão. Compor, era isso que ele precisava agora.
  Algumas horas se passaram mais depressa que o imaginado para , já que estava empolgado na sua composição. Ele resolveu descer para almoçar, mas encontrou um movimento atípico para a hora do almoço em sua casa.
  Normalmente, ninguém deveria estar em casa. No entanto, o almoço estava servido na mesa de jantar para cinco pessoas. estranhou, e logo que adentrou a sala de jantar, seu pai e sua mãe apareceram à porta.
  - Sente-se filho – sua mãe falou gentilmente, e todos os três se juntaram para almoçar. O silêncio tomou conta do ressinto, e a tensão ali era evidente.
  - Então filho – seu pai começou a falar – Como foi o anúncio das bolsas hoje?
  - Bem, o e a conseguiram bolsas para as universidades que queriam e estão muito felizes – disse sinceramente feliz pela conquista dos amigos.
  - Hum... Mas e você? – seu pai perguntou desafiador.
  - Bom, aparentemente, eu sou um fracasso de novo! Feliz pai? – soltou exaltado e jogando seus talheres em seu prato.
  - Sim – seu pai disse muito calmo e fazendo um sorriso imenso aparecer em seu rosto – E muito!
  - Por quê? Para jogar na cara que você tinha razão? Que eu nunca vou conseguir nada com a vida? – Ele disse se levantando.
  - Não. Estou feliz porque quer dizer que a diretora seguiu meu pedido especial – seu pai fez um sorriso malicioso.
  - Tá pai, eu sei que eu não sou... – parou confuso – O quê? Que pedido especial? Que historia é essa?
  - Então , lembra daquele mp3 que você atirou em mim ontem? – assentiu e seu pai prosseguiu – Ontem à noite, parei para pensar em tudo o que você tinha dito e resolvi ouvir o que tinha nele. Confesso que fiquei extremamente surpreso com o seu talento, e percebi que tinha agido incorretamente, te subestimando e não te dando o apoio devido. Então, contei sua diretora ontem para falar sobre sua inscrição na universidade.
  - Tá, mas ainda não estou entendendo nada – continuava perdido.
  - Filho, Você conseguiu sim a bolsa INTEGRAL pra Julliard! – Sua mãe pulou no seu pescoço não aguentando guardar o orgulho e felicidade no peito.
  - O QUÊÊÊ? – faltou pular ate a lua – Isso é verdade mesmo?
  - É sim filho! – seu pai o abraçou - Saiba que você é sim um motivo de orgulho muito grande para nós. Por favor, nunca se esqueça disso!
  - AI eu preciso contar isso pros meus amigos! – já estava quase nas escadas quando ouviu uma voz conhecida.
  - Nem precisa! Estamos aqui – gritou alto e logo sendo levado ao chão junto com pelo amigo que tinha pulado encima dele dando um abraço de urso.
  - Mas como? – se levantou e olhou para seus amigos e para seus pais.
  - Bem, nós meio que sabíamos desse esquema todo antes dos anúncios hoje – sorriu sapeca – Seu pai ligou pra mim no recreio perguntando de você e me contou todo o plano.
  - E você aceitou fazer essa maldade comigo? – fazia carinha de cachorro que caiu da mudança.
  - Bem, eu tinha direito a uma vingancinha pela preocupação que passei - ela disse e deu um peteleco em seu nariz antes de beijar seu namorado querido.
  - Acho que está na hora do almoço, não? – a mãe de chamou todos a mesa – Afinal, temos muito o que comemorar.



Comentários da autora


  Oi meninas! Então, essa é a minha primeira fic aqui no site, ou em qualquer outro, e agradeço a compreensão de vocês por nao atirarem tomates em mim. Enfim, penei pra escrever essa fic e nao sei quantas vezes eu apaguei o tinha feito e começado do zero. Eu curto bastante Simple Plan e sei que muitas leitoras tb então quiz escrever algo que estivesse à altura... Enfim espero ter conseguido.
  Obrigada ao meu IPod por nao ter quebrado de tanto que eu botei essa musica pra repetir, aos meus amigos que me ajudaram a montar aquele nome gigante (A-Do-RO escrever nomes grandes hehehehehe), a minha irmã que participou comigo aqui do projeto tb. Obrigada à minha beta, que é um amor e que betou com muito carinho e paciência ( porque me aturar é difícil :p ) e claro, a vocês leitoras que tiveram paciência comigo e que fazem todo o esforço valer a pena! Obrigada :) se quiserem falar comigo é no meu e-mail ou Twitter, beijos!