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#031 Temporada

Enchanted
Taylor Swift



Parallel Universe

Escrito por Lysse

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  Monstro
  Substantivo masculino
  1. Ser disforme, fantástico e ameaçador, ger. Descomunal, que pode ter várias formas e cujas origens remontam à mitologia.
  2. Qualquer ser ou coisa contrária à natureza; anomalia, deformidade, monstruosidade.
  “m. de duas cabeças”

  Uma das coisas que   Ferrari odiava era o fato de que tinha que viajar para cobrir os campeonatos de Quadribol desde que se tornara uma correspondente sênior do jornal que circulava em seu país, apesar de Eclia ser mais trouxa do que bruxa, ajeitando os cabelos volumosos e ajeitando a pena, enquanto as pessoas encaravam ela, os cochichos soando da boca deles com as mentiras que diziam sobre ela e sobre… Rony Wesley, este último era o que ela menos queria falar, enquanto apenas suspirou pensando onde estava Edwin e Carson.
  Talvez Eclia devesse fechar os benditos portões e jamais retornar para o contato com o mundo Exterior, enquanto seu espírito primordial se agitava em seu íntimo para com os pensamentos sobre si mesma e sobre as opiniões de terceiros, ao mesmo tempo em que sua reputação de ser uma Maria Quadribol fosse estranha quando se pensava em seu romance tórrido com Rony, mas como sempre, ambos estavam separados.
  Pensava nas coisas que Salvador havia dito sobre ela ter um crush em Viktor Krum desde os tempos de colégio, mesmo que ela houvesse escapado em 1994 para ver Krum durante o campeonato mundial no qual ela teve problemas com o ataque surpresa dos comensais da morte, e no qual acabou quase sete meses de castigo durante o verão e no então internato já que havia vindo escondida para o bendito campeonato junto com mais alguns amigos, mesmo que a culpa toda fosse de August Griffin que fingia que havia sido ameaçado pelo grupo de adolescentes, mas seu pai a conhecia demais para fingir que ela não tinha dedos no plano maléfico de ir ver o campeonato.
  Maldito traidor! Porém, ela sabia que Iwan deveria assumir a culpa, entretanto, Donald havia dito algo que eles precisavam entender: eles realmente ameaçaram Iwan, mesmo que o rapaz de 19 anos na época fosse muito mais habilidoso na varinha que eles, se lembrava que a personalidade introvertida de August não ajudava.
  Desde quando ser aficionada por Quadribol era ser louca pelo búlgaro? Talvez fosse um dos motivos das brigas com Rony no passado, mas os pôsteres dele em seu quarto na adolescência tivessem sido o motivo de piada entre os colegas, mesmo que entre os mais próximos, gostava do búlgaro como fã ao invés de um amor platônico que não daria em nada.
  Salvador iria morrer por suas mãos. Enquanto apenas andava pelas arquibancadas, seu crachá escondido, as roupas mais bruxas do que trouxas, pensava que estaria congelando em Eclia naquele segundo enquanto pensava no campeonato júnior de Quadribol, pensava também nas iguarias que só havia em sua casa como Torta Ecliana que as árvores de Pinheiros do Yan do Norte davam frutos deliciosos, enquanto a mão a parou.
  — Você parece irritada, Ferrari.
  Entre todas as pessoas que ela não queria ver, talvez Gina Wesley fosse a última pessoa na face da terra que ela desejava ver.
  — O que faz aqui?
  — Trabalhando. E o que a jogadora dos Harpias de Holyhead está fazendo aqui?
  As mãos no casaco ao mesmo tempo em que a garota encarava ao redor, se lembrava do porquê acha bruxos do exterior muito fechados.
  — Edgar não veio, Weasley.
  — Onde ele está?
  — Fodendo com alguém, talvez.
  Ela não queria ser rude, mas Gina Wesley e ela não se davam bem mesmo sendo do mesmo ano que a garota, talvez tivesse exagerado, ao mesmo tempo em que disse:
  — A mãe dele ficou doente e por isso ele não pôde vir. Então, não se preocupe, ele não está fodendo com ninguém ainda.
  Talvez fosse o fato de ela ser irmã de Rony que provocava seu lado ruim, ademais, o mero pensamento de ver o ruivo trazia emoções que ela não entendia em nenhum momento.
  Apenas se afastou da versão feminina de Rony seguindo entre as arquibancadas, enquanto sentia a agitação em seu peito, ele estava perto.
  Ronald estava mais próximo que ela desejava, ao mesmo tempo em que engoliu a vontade de correr para aqueles braços, ela jamais daria o braço a torcer.
  Ronald e ela tinham sentimentos estranhos um pelo outro, talvez fosse o fato dele ser um homem que não entendia, e muito menos queria entender. Apenas ajeitou os cabelos em um coque, enquanto pensava nas palavras de Salvador para ela desde que ela rejeitara qualquer ajuda da família para seus problemas amorosos.
  “Um dia você irá compreender o que é ser alguém amado por outros”, mesmo que ela e Salvador viessem da mesma família, eles eram completamente diferentes, enquanto um dos motivos de odiar ele era o fato dele agir como um ser humano melhor o qual ele não era.
  Enquanto era uma filha bastarda de um romance tórrido entre seus pais que era até engraçado de ser mencionar, Salvador havia sido adotado pela Sra.  Ferrari sendo criado por Amis que o chamava de criança rude e sem talento, porém um coração de manteiga derretida por sua esposa e seus filhos, principalmente como sua única filha mulher em meio aos seus filhos desde que se casara com Hannah, no fim de 1998, durante o tempo em que estava no internato.
  Salvador encarou a menina enquanto puxou a trança, os cabelos loiros e sorriso endiabrado demais para ser uma pessoa de bom coração.
  — Mas que porra!
  — Olha o linguajar, mocinha, senão eu irei avisar ao papai!
  Brincou o mais velho, enquanto encarou a irmã adotiva, os cabelos loiros, às vezes questionava como seu pai havia decidido ter ele como parte da família? Mas, Salvador sorriu para ela.
  — Eu vi o seu ex.
  — Eu e ele não somos...
  — Irmãzinha, você pode até negar, mas você arrasta uma asinha pelo Weasley. Talvez sejam os cabelos ruivos, sabe? Os McQueen têm bons partidos.
  Só o fato de mencionar Ronald, o rapaz encarou ela, os anos haviam sido gentis com ambos, ao mesmo tempo em que a voz se agitou.
  — Rony.
   Ferrari tinha aqueles olhos grandes, em tons escuros, como um buraco negro.
  Ronald Wesley sempre a achou bonita, assim como na primeira vez que a viu, porém... havia coisas que ele não entendia nela como o ar de sedução, os feromônios que atraíam eles.
  A tendência de discussão acaloradas entre ambos, as farpas das palavras que escapavam de suas bocas assim como a junção das duas numa batalha feroz no final, Rony estava sendo atacado pela então Tigresa de olhos castanhos que parecia avaliar ele como uma predadora prestes a dar o bote.
  Puta que pariu, como ela está linda, ao mesmo tempo em que o homem loiro fez um barulho chamando de sua bolha particular com que parecia ser impenetrável por terceiros, ao mesmo tempo em que os dedos daquele cara estavam no corpo de sua então ex-namorada.
  — Prazer.... Salvador Dalí. Namorado da .
  Antes que Ronald pudesse se recuperar do fato de que havia reencontrado a garota, ele engoliu a seco. Namorado? O loiro sorriu, enquanto o ruivo pontuava tudo que não era agradável nas feições de almofadinhas dele, a voz dela soava numa língua que Ronald não conhecia numa discussão baixa causando um pouco de estranhamento entre os bruxos.
  — Você está engraçado, Sal.
  — O que posso fazer, é divertido ver a cara de pateta dele.
  Antes que Ronald pudesse avançar, Harry o segurou. Potter estava ali, Rony encarou o homem de quase 21 anos que encarava seu rosto vermelho iguais aos seus cabelos, Harry disse não com os lábios, ele sabia o que significava, ao mesmo tempo em que percebeu Salvador rindo levantando as mãos.
  — Sr. Dalí é um pintor espanhol trouxa.
  — Touché. Ia ser divertido, mas Sr. Potter conhece bem algumas coisas trouxas, uma pena, mas sou Salvador Ferrari — murmurou ele, enquanto puxou os cabelos negros de —, irmão mais velho da nossa , prazer, sr. Weasley. Sr. Potter.
  — Vocês não são parecidos.
  Salvador mostrou os dentes brancos, enquanto revirou os olhos, ao mesmo tempo em que um pássaro em tons surgiu.
  — Eu irei trabalhar. Se comporte, irmãzinha. Até mais, Sr. Weasley.
  Salvador apenas desapareceu no ar, enquanto encarava eles, indisposta a estar no mesmo ambiente que Rony, porém, antes que pudessem dizer qualquer coisa e ir embora...
  — Podemos conversar, ?
   apenas percebeu a figura, ao mesmo tempo em que deu um leve sorriso, porém, apenas negou.
  — Agora não.
  Um dos motivos do término eram os segredos, os quais queria contar para Ronald, mas a vida pacífica em Eclia poderia ser colocada em perigo.
  Antes que ele pudesse pedir mais alguma coisa, saiu do campo de visão dele, estava irritada consigo mesma e pensava naqueles segredos que havia feito um voto de jamais revelar, apenas encarou o grupo de eclianos enquanto se sentou o mais distante possível deles, sua cabeça estourando enquanto Salvador se sentou ao seu lado.
  — Conversou com ele?
  — Nessa linha de trabalho, não podemos ser sensíveis.
  — Eu esqueci que você é uma rastreadora e não uma repórter. Achou ele?
  — Se você quer dizer o cara que está sentado juntamente aos britânicos se fingindo de repórter. Sim. Você pode ir pegar ele.
  Ao mesmo tempo em que durante um dos momentos mais emocionantes do jogo houve uma explosão no canto inferior sul.
  E o dragão de rabo torto surgiu.
   correu assim que ouviu a explosão, enquanto os disparos de varinha vinham de todos os lados. Quem imaginaria que aquele idiota se transformaria? E logo num local público?
  Ela realmente queria dar na cara de alguém ao ponto de deixar essa pessoa em St. Clair’s num estado lastimável, pulou ouvindo os gritos de desespero, o Dragão rugia em seu descontrole, apenas pensava nas feras do Leste que eram muito mais fáceis de dominar do que dragões quase humanos como aquele.
  A corda mágica se juntou. Como parte do esquadrão especial de controle de criaturas mágicas soavam os piores impropérios de seus chefes quando um ou dois fugitivos se fingiam de humanos e saíam pelo mundo exterior, ao mesmo tempo em que puxou. Ronald não entenderia aquele estilo de vida.
  O estilo de vida de Eclia com seus segredos sórdidos, seus festivais mundanos que os bruxos do mundo do exterior não entenderiam, sua ânsia em se encaixar em dois mundos opostos, enquanto nem mesmo eles sabiam como lidar com suas diferenças. Afinal, havia uma linha tênue entre o bom e o mal, Eclia é uma ilha eternal, onde as forças da vida e da morte estavam em constantes conflitos, enquanto a corrupção e as intrigas de poder corrompiam os homens. Ronald não precisava daquilo, enquanto a magia ancestral se unia ao seu corpo.
  Afinal, Eclia é o lar dos monstros. Conjurou o feitiço tão antigo quanto Roma, as palavras conjuradas se tornavam cada vez mais rápidas, ao mesmo tempo em que percebeu Rony ali. Os olhos assustados enquanto tinha o espírito ao redor de si, de um grande Tigre como os então monstros dos contos de fadas bruxos entre as histórias perdidas no mundo.
  Enquanto o Dragão caiu quando sentiu o imperador, uma das coisas mais engraçadas quando Isaac Falk aparecia em cena era que ele era uma Realeza, um dos dragões-bruxos mais puros que existia. Uma das pessoas que gostaria de ter evitado em sua vida.
  Pensava que o Sr. Falk tinha ares esplêndidos como um ser de casa nobre, porém, a existência deles pertencia a Casa das Raposas Vermelhas de Pendragon. Pensava que mesmo com as diferenças, Eclia é o lar das Raposas de Nove Caudas, das Tartarugas Negras, das Serpentes Marinhas, dos Ursos Celtas dos Antigos, dos Tigres Brancos dos mitos antigos, dos Dragões que se transformam em homens conhecidos como demônios.
  A união entre bruxo e demônios é profana, mesmo que sejam da mesma espécie. se lembrava da primeira vez que se transformou, o desespero por saber que era um Tigre Branco do Oeste, a mesma questionava o porquê de ser escolhida como uma das Feras dos Mitos da China, entre todos os seres primordiais que a família Ferrari poderia dispor, alguns dos seus descendentes tinham sido escolhidos pelos espíritos dos Tigres.
  O pequeno Dragão foi levado imediatamente para o porto, pensava que ao menos logo estaria em casa, quando uma mão a segurou.
  — Você está bem?
  A voz de Ronald soou, enquanto todo aquele negócio existencial em sua vida parecia desaparecer no ar, como ela odiava isso, porém antes que esquecesse de quem ela era, deveria se afastar, deveria fugir dos braços do Wesley.
  Porém, seu coração estava marcado.
  — Não.
  A palavra flutuou de sua boca, enquanto os braços a puxaram. Outra coisa engraçada dos eclianos é que eles amavam por todo uma vida mesmo que eles fossem o tipo de se envolver com várias pessoas, no final, seu coração tinha seu soulmate.
  E a dela era Ronald Weasley.

Fim

  Notas da autora: essa história foi de oito e oitenta num passo.
  Espero que gostem!
  Haverá continuação numa fanfic no futuro!

  With love,
  Lysse.