Palpite

Escrito por Lary Camargo | Revisado por Mah

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  Tô com saudade de você debaixo do meu cobertor e te arrancar suspiros... Fazer amor.
  Tô com saudade de você na varanda em noite quente e o arrepio frio que dá na gente...   Truque do desejo, guardo na boca o gosto do beijo.
  Eu sinto a falta de você, me sinto só... E aí? Será que você volta? Tudo à minha volta é triste...
  E aí? O amor pode acontecer de novo pra você... Palpite...
  To com saudade de você, do nosso banho de chuva, do calor na minha pele, da língua tua.
  To com saudade de você censurando o meu vestido, as juras de amor ao pé do ouvido...   Truque do desejo, guardo na boca o gosto do beijo.
  Eu sinto a falta de você, me sinto só...

  Eu sentia falta dele.
  E como não sentiria? Em três anos aquela casa nunca tinha estado tão silenciosa, escura e vazia. Ele acendia todas as luzes de todos os cômodos por onde passava, estava sempre cantando, falando no celular ou assistindo a TV alta, colocava os pés na mesinha de centro da sala, deixava as garrafinhas de cerveja em cima da pia...
  Ele me irritava! Tudo que ele fazia me irritava.

  Flashback

  “... Tá invadindo de novo meu lado da cama!” – Falei, sentindo-o entrar embaixo dos cobertores e a perna dele roçar a minha.
  Ele deu uma risadinha zombeteira. Além de tudo, estava bêbado! Tinha saído sem mim, tinha bebido e agora atrapalhava meu sono. Bufei de impaciência.
  “Boa noite, meu amor!” – Falou com a voz alegre e me deu um beijo no rosto. – “Achei que você tava dormindo!”.
  “Eu tava!” – Respondi de mau humor.
  “Você tá brava, né?” – Me perguntou, murchando seu balãozinho de felicidade. – “Mas foi você que não quis ir...”
  “Eu trabalho amanhã cedo, !” – Respondi, descontando nele um ressentimento que não era sua culpa. Senti seu corpo voltando para a metade dele da cama.
  “Se você tivesse ido, teria sido mais divertido...” – Ele tentou, mas eu não respondi.
  Houve um silêncio, mas eu sabia que ainda me observava, esperando alguma reação. Eu estava me arrependendo por ser tão grossa e ele sabia.
  “Você sabe que nada mais tem graça se você não tá do meu lado pra dividir comigo...”
  Aaaaaaaaaargh! Por quê? Por que eu sempre me derretia até com a maior das abobrinhas que ele dizia? tossiu e se virou para o outro lado sem dizer nada, eu nem conseguia mais sentir seu pé gelado me tocando e me irritando.
  Cedi. Porque eu sempre cedia, mesmo quando ele não fazia nada.
  Me virei e fui invadindo seu lado da cama, entrelaçando minhas pernas nas dele e dando um beijo em seu ombro sem camisa. Ele deu uma risadinha, mas não se virou.
  “Tá com sono?” – Perguntei, subindo os beijos pelo pescoço dele.
  “Não... Mas achei que você estivesse!”
  “Perdi o sono...”
   finalmente se virou, rindo da minha cara por ter ganho mais uma das nossas briguinhas idiotas. Tirou uma mecha de cabelo do meu rosto e me deu um selinho demorado.
  “Odeio você!” – Falei, me aconchegando em seus braços.
  “É... Eu sei...” – Ele respondeu, me abraçando mais forte e falando em meu ouvido: – “E você tá invadindo meu lado da cama...”
  “Babaca!” – Ri e o beijei.
  O pé gelado dele nem era um problema mais. Nada era. Me irritava amar tanto cada pedacinho daquele ser irritante.

***

  Eu estava na varanda observando a chuva cair. Era o único barulho que eu escutava naquele silêncio agoniante. Fechei os olhos e quase desejei ouvi-lo tropeçar nos meus sapatos no quarto. A risada. As músicas assobiadas no chuveiro. A casa toda molhada, porque ele tinha mania de tomar banho no banheiro comum e sair pingando por todos os lugares.
  Mas naquele momento em que eu observava a chuva cair, eu desejava que ele chegasse e me abraçasse dizendo que sentia minha falta, como eu sentia a dele.

  Flashback

  Eu estava observando a chuva de verão cair encostada na porta da varanda, pensando em contas, gastos, dinheiro e todas essas coisas que só dão dor de cabeça. Estava tão concentrada e preocupada que nem me incomodei com , que saía do banho molhando todo o piso da sala mais uma vez. Ele passou por mim assobiando... Sempre imperturbável.
  Refazia alguns cálculos na minha cabeça quando senti os braços de me envolverem. Eu podia sentir o cheiro do meu shampoo caro (que já havia pedido pra ele não usar), mas estava tão exausta naquele momento que relevei. Na verdade, sentir o cheiro do shampoo e do desodorante dele me deixaram milagrosamente mais calma. Mesmo as gotinhas de água que caíam do cabelo dele em mim, de alguma forma, me confortavam e me faziam acreditar que estava tudo bem. Eu sempre me sentia assim com ele. Passei meus braços pelos dele e relaxei, sentindo-o beijar meu ombro.
  “Tá tudo bem?” – Ele perguntou, apoiando o queixo onde havia beijado.
  “Tá... Tá sim...” – Menti. Mas então achei que não tinha porque mentir, apesar de me sentir extremamente sem graça quando o assunto era esse. – “Eu tava só pensando em umas contas e tal...”
  “Você sabe que isso não é problema!”
  Era o que eu temia.
  “Não é problema pra você... Pra mim é!” – Eu não estava acusando-o de nada. Estava constatando fatos. – “Você é um artista famoso... Eu tenho um empreguinho medíocre e um salário pior ainda...”
  Odiava admitir isso, odiava falar de dinheiro com ele. Me arrependi do fundo da alma por não ter continuado mentindo.
   afrouxou o abraço que me dava e me fez virar até poder encará-lo.
  “, de novo isso?” – Ele perguntou, fazendo eu me encolher com o peso de seu olhar. Nós já tínhamos discutido isso tantas vezes... Talvez ser tão teimosa fosse a minha “coisa irritante”. – “Eu já te disse que esse relacionamento não vai dar certo se você ficar dizendo ‘eu’ e ‘você’. Nós somos um casal! Uma dupla! Somos ‘nós’. Não tem meu dinheiro, seu dinheiro, meu problema, seu problema, poxa! Me fala o que você precisa e eu vou te ajudar e pronto!”
  “Eu não gosto disso, , não gosto de sentir que tô me aproveitando de você!” – Eu falava evitando olhá-lo nos olhos, porque estava muito envergonhada. Mas ele caçava meu olhar e ainda segurava em meus braços, me impedindo de fugir. – “Não gosto de saber que as pessoas acham que eu tô com você por causa disso!”
  “EU sei que você não tá e pra mim é o que basta... Para de ser paranoica!” – Então ele começou a sorrir... Aquele sorrisinho de quem ia aprontar. deu um passo para frente me levando junto em direção ao quintal. – Sabe o que você precisa? Esfriar a cabeça!”
  Só entendi o que ele queria dizer um segundo antes de ser colocada sob a chuva torrencial que caía. Assim que comecei a me molhar fui para mais perto dele, tentando sem sucesso permanecer seca. Ele ria e chacoalhava o cabelo para a franja molhada sair de seus olhos, já que suas mãos estavam ocupadas me mantendo ali.
  Então eu levantei a cabeça e vi seus olhos, seu sorriso, sua expressão marota e o cabelo molhado... Meu coração pareceu dobrar de tamanho e eu passei meus braços por seu pescoço. Eu me sentia feliz. Eu ERA feliz. E o motivo da minha felicidade estava ali na minha frente, me segurando pela cintura.
  “Você me faz feliz, sabia?” – Eu disse, de repente. Ele abriu um sorriso enorme e lindo. Nunca havia visto nada igual! – “Eu sei que não digo isso vezes suficiente e na maior parte do tempo fico gritando com você...”
  “É... Você grita bastante mesmo...” – Ele me interrompeu para dizer.
  “Idiota! Posso terminar?”
  Ele riu. Lá estava eu de novo... Gritando com ele. Ri também.
  “Você é o meu melhor namorado e a minha melhor história! Eu sou TÃO feliz morando com você, TÃO feliz sendo a sua garota...”
   continuava sorrindo e agora analisava o meu rosto como se nunca o tivesse visto antes.
  “Você é que me faz feliz, sua chata paranoica! Eu nem sei o que seria de mim sem você e o seu shampoo caro!” – Nós dois rimos. – “E que fique claro que eu vou entrar pra tomar banho de novo e usar ele de novo!”
  Eu sorri e dei um passo pra frente.
  “Eu não me importo. Não agora... Na verdade, um banho ia bem mesmo!” – Falei, copiando sua expressão marota.
  Ele também deu um passo para frente e apertou minha cintura quando encostei meus lábios nos dele. Beijar na chuva é tão clichê, mas naquele momento eu me sentia tão bem que realmente achava que merecia um momento clichê como em um filme adolescente. tinha o melhor beijo que eu já havia provado na vida. E não era porque ele era meu atual namorado não, pois era assim desde o nosso primeiro beijo. Acho que nós simplesmente combinávamos perfeitamente em tudo.

***

  Me desencostei da porta e saí da varanda, apertando meus olhos e me livrando das lembranças daquele dia. Dos beijos molhados e quentes... E da pele dele... Dos arrepios... Do banho... E do depois do banho...
  Me sentei no sofá encolhida no canto em que eu normalmente ficava quando ele se esparramava por ali. E eu sentia falta da companhia dele... Da risada alta durante os filmes de comédia, da pipoca, de dividir o sofá e o cobertor, do cheiro do perfume dele, do toque de celular, de quando ele chegava perguntando se nós podíamos ter um cachorro e nós passávamos horas pensando em nomes e na raça do bichinho...
  Quando estávamos bêbados, planejávamos nosso casamento. Na praia, só para os mais íntimos... E tocaria Beatles... E ele dizia que tocaria uma música para mim no violão, mas nunca me contava qual, apesar de já ter escolhido. E eu queria me casar com ele para saber qual era.
  E porque ele era o amor da minha vida.
  E eu já disse que ele me irritava?
  Mas eu sentia falta dele me irritando e eu sentia falta de irritá-lo... Sentia falta das discussõezinhas que sempre acabavam da melhor forma possível. Porque nós éramos como polos opostos de um imã.

  Flashback

  Eu me olhava no espelho e gostava do que via. O que era no mínimo inusitado. Havia comprado o vestido especialmente para esta noite com o dinheiro de horas e horas de plantão. Meu cabelo tinha resolvido ajudar e meu estômago e minhas pernas também. Todo mundo estava no lugar, ninguém sobrando.
  Saí do quarto e parei na porta da sala, passando a mão no vestido sobre a minha barriga, na tentativa de alisá-lo. Levantei os olhos e ali no sofá, sentado todo desleixado, estava o rapaz mais lindo do mundo. usava um terno azul marinho lindo e tinha o cabelo todo arrumado como eu poucas vezes via. Ele era tão bonito!
   finalmente tirou os olhos da TV e parou seu olhar em mim, com uma expressão que eu não reconheci. Minha expectativa sobre o que ele ia achar só crescia em meio ao silêncio da sala.
  “Você vai assim?” – Foi o que ele perguntou, num tom de voz estranho.
  Fiquei sem entender. O que havia de errado?
  “Hum... Eu ia. Comprei esse vestido hoje...” – Tentei justificar.
  “Achei curto demais. E justo...” – Ele acrescentou, sem alterar o tom.
  Olhei para baixo de novo reavaliando meu vestido. De repente eu voltava a ver meu estômago ali. E as minhas pernas grandes demais. Era curto mesmo... E justo... Senti vontade de chorar.
  “Eu... Eu vou me trocar...” – Falei com uma voz fraquinha e saí rápido antes que começasse a chorar na frente dele.
  Cheguei em nosso quarto pensando que não havia nada que eu quisesse usar mais do que aquele vestido. Nada era tão bonito quanto ele... E se esse vestido, que para mim era perfeito (bom, agora já não era mais), não era o que esperava... Eu não fazia ideia do que vestir. Me sentei do meu lado da cama ainda tentando não chorar para não estragar a maquiagem e fiquei olhando o nada. Ouvi passos no corredor que pararam na porta do quarto.
  “?”
  Engoli em seco e respirei fundo para minha voz não sair alterada.
  “Eu vou me trocar, . É rápido, prometo...”
  Não me virei para encará-lo, mas ouvi seus passos se aproximando.
  “Você tá chorando?” – Ele perguntou, dando a volta na cama e se ajoelhando na minha frente.
  “Não, não... Eu tô bem, eu...” – Tentei sorrir, tentei fugir dos olhos dele... Mas eu simplesmente não pude. Quando vi, já estava borrando o rímel, o lápis de olho... Por que mesmo eu não usava maquiagem a prova d’água? – “Você não gostou do meu vestido!” – Confessei da maneira mais infantil possível. Ele me olhava exasperado.
  “... Não, você entendeu mal! Eu não...”
  Mas eu só fazia chorar. Me levantei e passei por ele em direção ao closet, tentando ver por entre as minhas lágrimas que pedaço de pano ridículo eu iria vestir. veio atrás de mim.
  “Você pode fazer o favor de me escutar?” – Ele falou, parando na minha frente e limpando meus olhos gentilmente. – “Eu me expressei mal. Você tá maravilhosa nesse vestido! Tão maravilhosa que eu, por um minuto, pensei em todos os olhos que parariam em você hoje à noite e isso me deixou maluco!”
  Tentei abaixar a cabeça, mas ele não deixou.
  “E você continua linda mesmo com a maquiagem borrada e esse nariz vermelho de chorar...” – Ele completou rindo e me fazendo rir também.
  “Eu só queria estar à sua altura!” – Falei, olhando-o nos olhos e o abraçando também.
  “Você está além de mim! Milhões de quilômetros acima!”
  Sorri e ele me deu um selinho delicado. E outro. E mais um... Antes que eu pudesse sequer pensar, me encostou na parede do closet e nós já estávamos nos beijando apaixonadamente e sem previsão de parada.
  Ele distribuía beijos pelo meu pescoço e parou com os lábios perto da minha orelha.
  “Duas coisas que você precisa lembrar: A primeira é que eu amo você. E amo tudo em você (ele deslizava a mão pela lateral do meu corpo)... Tudo!” – Ele sussurrou e eu sorri largamente, apertando minha mão em sua nuca. – “A segunda é que você é linda e que nesse vestido você estava simplesmente a mulher mais sexy que eu já conheci. MAS eu prefiro você sem roupa!”
  Nós dois rimos e eu o encarei.
  “Você existe mesmo? Ou você é só um sonho maluco que eu estou tendo há uns dois anos?”
  Ele riu, mas não respondeu, pois estava ocupado com o zíper lateral do vestido.
  “Você quer um sonho fofo ou um sonho safado?” – Ele perguntou algum tempo depois, me fazendo rir e corar. Eu não respondi de primeira.
  “Hum... Fofo...” – Falei, quando ele já puxava meu vestido para baixo.
  “Demorou demais para responder!” – Foi só o que ele disse antes de voltar a me beijar.

***

  Sei que fiz parecer que nós só brigávamos e nos resolvíamos na cama. Bom, isso era bem frequente mesmo... mas nós também nos dávamos bem boa parte do tempo. Ele cozinhava para a gente e eu fazia a sobremesa; eu o lembrava de ligar para os pais toda quarta-feira e ele sempre falava com a minha mãe antes de mim; sempre me dava um beijinho na testa quando íamos dormir e também quando acordávamos e se ele estava fora por conta do trabalho, nós ficávamos no skype até pegarmos no sono e trocávamos mensagens fofinhas todo santo dia. As brigas eram só o tempero de uma relação que, a meu ver, era completamente normal.
  Mas as briguinhas bobas de repente levavam mais tempo para acabar. Os motivos continuavam estúpidos, mas nós dávamos mais peso às nossas próprias opiniões. Ele estava cansado, eu estava cansada e era como se houvesse uma nuvem negra pairando pela casa.
  Um dia, depois de (mais) uma briga besta, ele colocou umas roupas em uma mala e saiu dizendo que não aguentava mais. Agora eu era obrigada a conviver com a ausência dele... E a culpa. Aquela casa não era minha. E enquanto eu tinha todo aquele espaço para andar enquanto pensava desesperadamente no que fazer, como eu vinha fazendo nas últimas duas semanas, ele estava de favor na casa de um dos meninos da banda. Não havia nada que o convencesse a voltar para lá e deixar que eu me virasse.
  “Você vai morar onde? Numa estação de metrô?” – Ele dizia impaciente pelo telefone.
  Pelo menos ele tinha estado viajando nos últimos dias. O que me deixava mais tranquila... E ao mesmo tempo mais desorientada.
  Me levantei... Andei pela casa... Sentei de novo... Ficava pior à noite e nos fins de semana. Eu só conseguia pensar que naquela hora ele devia estar em algum pub lançando um olhar e um sorriso encantadores para alguma garota e ela se apaixonaria por ele sem nem saber direito de onde veio o tiro. E aí eu teria mesmo que sair da casa... E ela iria morar ali e usaria o shampoo caro dela. Aquele pensamento me consumia.
  Estava tão perdida em pensamentos que demorei a ouvir a campainha tocando. Abri sem nem olhar quem era e me deparei com uma mala na porta e o par de olhos que eu tanto amava emoldurados por suas sobrancelhas em posição de confusão. Eu devia estar parecendo uma mendiga. estava molhado, mas isso não parecia incomodá-lo. Abri a boca para perguntar se ele tinha vindo buscar algo, mas ele foi mais rápido.
  “Você acorda de mau humor, quer um labrador e não um border collie, não sabe nem fritar um ovo, reclama se eu assovio ou se saio pingando água pelo chão, nunca usa o pijama pareado, quer adotar em vez de ter um filho, anda pela casa toda enquanto fala com a sua mãe e nunca percebe que quando eu estou assistindo futebol, não ouço o que você está dizendo...” – Ele listou de uma vez e se desencostou da porta, dando um passo dentro da casa. – “Você me irrita e nem sabe o quanto! Você me tira do sério e eu sou o cara mais tranquilo desse mundo! Mas eu tô quase enlouquecendo sem nós dois! Sem te ver, sem falar com você, sem te abraçar e sem te irritar! E eu só quero voltar pra parte em que a gente se resolve e rimos depois de como somos imbecis... e se você me disser que não quer o mesmo que eu, eu vou ter que te convencer! Faço lavagem cerebral, hipnose, sessão de...”
  Mas eu nem deixei ele terminar aquele monte de abobrinha. Pulei em seu pescoço e me segurou e me apertou junto dele.
  Eu sentia falta dele e de tudo o que ele representava na minha vida. Adam Levine tinha uma frase sobre sua ex que eu entendia bem: “She’s a pain in the ass, but she’s is MY pain in the ass”.
  “Eu te amo, seu babaca!” – Foi o que eu disse enquanto ele me carregava para nosso quarto. Pingando água pelo caminho.



Comentários da autora


Escrever Song fics é uma das coisas que eu mais gosto de fazer. E dessa música, em especial, foi bem divertido. Palpite é uma música veeeeeelha, que eu conheço há, sei lá, mais de dez anos e ela sempre ficava ?dançando? na minha cabeça como um clipe. A garota olhando a chuva, lembrando do garoto...
Queria agradecer infinitamente à Jess, que fez a capa LINDA de Palpite, à Isah, que leu essa primeiro (como sempre) e às meninas da Máfia (you know who you are^^)
Espero que tenham gostado!
E aproveitando o espaço para um auto-merchan, deixo aqui o link das minhas outras fics... Leiam e comentem ;)
Now you?re in and you can?t get out (McFLY ? Finalizada): http://alltimefics.com/fics/n/nowyourein
While my guitar gently weeps (Pode ser lida com qualquer guitarrista - Finalizada): http://alltimefics.com/fics/w/whilemyguitargentlyweeps/
Até a próxima!
Lary