Our Little Garden
Escrito por Giovanna B. | Revisado por Mariana
É apenas uma história... E esta tem um final feliz.
(Três vezes amor)
- ...8...9...10! E lá vou eu! Não adianta se esconder, Harry! Eu vou te achar. – a voz infantil cantarolou assim que descobriu os grandes e vividos olhos . Ela caminhou calmamente pelo jardim deles, deixando as árvores que deram partida para a brincadeira para trás.
olhava para a grama verde e os pequenos arbustos. Foi quando a mesma ouviu uma risada abafada por trás da grande macieira.
- Harryzinho, eu estou quase te encontrando – caminhou calmamente até a árvore. O garoto oculto soltou mais uma risada e tentou tapar a boca com as mãos para impedir ruídos. Tarde demais. – HÁ! Te achei! – a menina se jogou sobre ele fazendo os dois caírem sobre a grama. – Eu disse que a Alice sempre encontra o coelho branco.
- E eu sou o seu coelho, ? – o menino de bochechas rosadas e cachos rebeldes sorriu para a melhor amiga. Apesar de ser dois anos mais velha, sempre preferiu brincar com Harry do que com as crianças da sua idade. Afinal, nenhuma delas tinha um jardim como aquele. O pequeno jardim deles. O pequeno jardim que poderia se tornar qualquer coisa, até mesmo o país das maravilhas.
- Sim, Harry, você é o meu coelho. E sempre será. – o garoto de sete anos sorriu para a menina deitada ao lado dele.
- Então, sempre vai encontrar seu coelho?
- Sempre e para sempre, Hazzie. – ela deixou um pequeno beijo na bochecha dele. E os dois ficaram ali, deitados sob a macieira, na grama do jardim deles.
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12 anos se passaram. 12 longos anos e a história de Alice e o coelho branco havia ficado apenas na literatura e no cinema. 12 anos que Alice não procura pelo coelho branco. 12 anos que Alice está longe do País das Maravilhas. 12 anos que eles não se encontram mais no jardim deles.
Harry deixou de ser o menino fofo de bochechas rosadas e cachos rebeldes. O pequeno Harry agora tinha 19 anos e usava um topete rebelde, trocara a pelúcia e a sombra da macieira por namoros e festas. Nosso Pequeno coelho agora é um homem alto, sedutor e malicioso. Mas bem lá no fundo o coelho branco sentia falta da sua Alice.
E aonde está Alice? cresceu e se tornou importante, não tem mais tempo de ficar atrás do coelho branco. agora brilhava magicamente na carreira de atriz. A menina dos olhos era conhecida por todos e invejada pelos mesmos. A cidade grande substituiu o jardim e a sobra agora é feita por prédios e não por uma alta macieira. Tudo agora fica no passado e queria deixar tudo guardado juntamente com lembranças de um pequeno menino de olhos esmeraldas e cabelos bagunçados.
Mas tem horas que o passado bate à porta e nós temos que voltar.
Alice adormeceu e era hora de sonhar. Era hora de voltar ao País das Maravilhas. Para uma ocasião muito especial. O casamento da irmã de Harry.
- Mãe, eu já disse para não se preocupar... Não, mãe, eu vou tentar chegar ao menos para os votos... Não vou correr muito, prometo... Não tenho culpa que a Gemma decidiu se casar nesse fim de mundo... Não, desculpa, mãe é só que... Ok. Beijos, te amo. – A menina bufou e jogou o celular sobre o banco do passageiro. Não entendia a raiva da mãe. Holmes Chapel era realmente no fim do mundo e não entendia o porquê da sua mãe e os pais de Gemma continuarem a morar lá. Certo que grande parte da infância de foi passada lá, mas Londres tomou conta da garota e Holmes Chapel se tornou apenas mais um lugar medíocre e sem graça.
nunca foi a pessoa mais obediente do mundo, e não seria agora que começaria a dar ouvidos. Em contradição ao que a mãe havia lhe dito, a menina acelerou o máximo permitido na rodovia e as vezes até mais que isso. Ao som de The Fray e um pacote de ursinhos de goma como companhia. Ela precisava chegar pelo menos no momento dos votos e ficar tão feliz por Gemma quanto qualquer outro presente.
Quando os ursinhos acabaram a placa surgiu indicando que ela havia chegado ao seu destino e um suspiro de satisfação foi solto. Mais quinze minutos e ela parou o carro em frente à casa dos Styles. Desligou o carro, pegou o batom no porta luvas e retocou o mesmo, vermelho. Chegou se o cabelo ainda estava do jeito que havia arrumado e o vestido não estava tão amaçado. Ela estava como sempre. Perfeita.
Assim que entrou na casa, ela pode ouvir a fala do ministro que fazia o casamento.
- Se alguém tiver alguma objeção, fale agora ou cale-se para sempre. – a menina entrou no jardim onde acontecia a cerimonia bem no momento e todos olharam para ela e seu vestido preto. O noivo levantou uma sobrancelha para ela, e pode notar os cochichos perto de si. Ela sabia o que os outros deveriam estar falando e/ou pensando “O filho pródigo está de volta para sua casa”. Mas a garota não se importou nenhum pouco, porque ela encontrou algo melhor no que se concentrar. Grandes e lindos olhos verdes no altar a encaravam.
- Você tem algo para dizer, querida? – o ministro parecia confuso.
- N-não. Eu... – ela viu sua mãe em meio as pessoas. – Ah, oi mãe. – correu e sentou-se ao lado da mulher mais velha.
- Bom, depois disso, alguém tem algo para dizer? – ninguém falou nada por alguns segundo. – Ótimo, então, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – enquanto o noivo se curvava para beijar Gemma a multidão explodiu em aplausos, e com suas bochechas coradas fez o mesmo.
Os convidados viram o altar e tudo mais se transformar em um grande salão de festas assim que os dois se separam. E logo todos os convidados estavam sentados em volta mesas.
- Querida, como eu senti sua falta! – sua mãe a abraçou o mais forte que podia. – Como estão as coisas em Londres?
- Estão ótimas, mãe. Obrigada por perguntar. – percebeu que sentia falta do sorriso e dos abraços de sua mãe. – Acho que eu vou entrar na fila para cumprimentar os noivos, com licença. – Lou realmente não era o tipo de pessoa que gosta de ficar parada.
Enquanto esperava na fila, acabou, não se sabe como, com uma taça de champanhe na mão. E quando chegou sua vez de cumprimentar os noivos a taça já estava na metade.
- Gemma! Parabéns, estou tão feliz por você.
- Oi, Lou! Obrigada. Estou feliz que você tenha conseguido um tempo para vir. Esse é Zayn, meu noivo.
- Agora esposo, querida. – o garoto alto e mulçumano beijou a bochecha de Gemma Styles.
- Sim, agora e para sempre.
- Para sempre. – os dois deram um selinho. E eram nessas horas que se sentia mal por não deixar ninguém entrar em sua vida e ocupar o tédio das tardes de domingo. Mas o pensamento se foi tão rápido quanto veio, ela não podia se permitir pensar assim ou desmoronaria. Abraçou mais uma vez os noivos e foi andando a passos calmos para perto da grande macieira, encostou a mão em uma pequena marca sobre a madeira. L & H. & Harry. Era como uma promessa.
- Você sempre disse que a Alice encontrava o coelho branco. Mas vejamos só, dessa vez o coelho encontrou a Alice. – ela se virou ao soar da voz rouca que ela não reconhecia. Afinal para , Harry sempre teria aquela voz de criança.
- Oi, little rabbit. Como você vai? Perdeu o caminho para o País das Maravilhas?
- Não, mas eu acho que você perdeu, Alice. – ele colocou a mão na árvore, próximo a cabeça dela.
- Não, perdi não. Só esqueci porque não me fazia diferença lembrar... Era o melhor pra mim. – ela abaixou os olhos para a grama do jardim, se perguntava se a textura era a mesma de quando eles ficavam deitados brincando de olhar formatos nas nuvens.
- E em algum momento você pensou em mim, ? Pensou em quanto o coelho se sentiu perdido sem a melhor amiga? – o pequeno coelho estava mesmo destruído, Harry sentiu-se sozinho todos esses anos e agora aqui estava Alice bem a sua frente e ele não sabia o que fazer quanto a isso.
- Eu não podia me dar ao luxo de pensar em mais ninguém além de mim, Hazzie. Como você acha que foi perder o pai e o melhor amigo ao mesmo tempo? Hein? – Alice estava tão destruída quanto o coelho branco.
- Eu queria ter impedido tudo isso, . Queria mesmo. – ele colocou uma mecha do cabelo dela para trás da orelha. – Eu sei o quanto foi difícil para você. Mas também não foi fácil para mim ver a única menina que era legal se distanciar, a única que conseguia transformar o meu jardim no país das maravilhas. – ergueu os olhos para Harry.
- Harry, seria errado se a Alice fosse apaixonada pelo coelho branco? – Harry estava tão próximo que ela podia sentir o perfume dele e aquilo a deixava de pernas bambas, qual foi que o coelho se tornou um homem tão charmoso?
- Não sei se seria errado, a única coisa que sei é que o coelho é perdidamente apaixonado pela Alice. – e ele acabou com a distância entre os dois da mesma forma que vinha fazendo tantas vezes em seus sonhos. Ambos haviam fantasiado aquele beijo por tantos anos e agora estava acontecendo e se eles pudessem fariam durar para sempre... Mas o ar era necessário e alguém ao fundo avisava que os noivos fariam sua primeira dança.
e Harry separam os lábios, mas mantiveram as testas coladas, ela perdida na imensidão dos olhos dele e ele nos dela.
- Me prometa que nunca mais vai sumir, Alice.
- Só se o coelho nunca fugir de mim.
- Eu te amo, .
- Também te amo, Harry.
E naquele momento eles não se importavam por terem passado tanto tempo separados ou que ela fosse mais velha. A música dos noivos havia acabado de começar e os dois dançaram ali sob a macieira. Alice nunca mais iria cair no buraco e o coelho nunca mais iria fugir, porque não existia país das maravilhas que fosse melhor que e Harry juntos, no jardim deles.
FIM
Como eu amo deixar notas... Desculpem a minha loucura e a história estar um pouco corrida, a questão é que eu estou escrevendo isso a alguns dias e não via a hora de ver o resultado final, espero que tenham gostado tanto quanto eu... Bom, a história é inspirada em (obviamente) Alice no País Das Maravilhas e uma fanfic Larry (sim, eu sou Larry [e vários outros] shipper, algum problema?) que eu li a alguns meses... Será que eu mereço comentários? Beijos e até a próxima.