O Que Foi Feito e Dito

Escrito por Ronnie | Revisado por Lelen

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Prólogo

  P.O.V .

  “- Shiiu, . – Pedi enquanto ela segurava sua risada pela "quase coisa" que estávamos fazendo. Seria "quase", se ela não parasse de rir. – Quer que escutem a gente?
  - Sorry, baby. – Desculpou-se e eu dei um tapa em minha própria testa.

  Estávamos em frente ao quarto dos garotos mais perfeitos do universo. , , , e . Iríamos entregar o nosso presente do dia dos namorados para eles, eles digo: e ... Por que são os nossos favoritos. Não que não gostemos dos outros, nós apenas nos derretemos mais por esses dois do que pelo resto... Simples assim.

  Depois de muito esforço e busca, descobrimos quais eram os quartos deles. Os garotos da One Direction estavam em Nova York para um show, e nós – as fãs número um deles – tínhamos o dever de descobrir onde estavam.

  Claro, nossos rostos podem parecer familiares, já que os seguimos por todos os cantos que possam imaginar. Padaria, boates, semáforos... Tudo, tudo, tudo. E hoje às dez e quarenta da noite será o show deles – o qual eu e vamos – mas antes, temos de entregar essas caixas de chocolates. Afinal... Hoje é o dia dos namorados.

  Colocamos as caixas em frente a porta com um bilhete em cada uma. Na do "Feliz Dias Dos Namorados, meu amor. Da sua fã número #1." Já na de ... "Feliz Dias Dos Namorados, . Espero que goste dos chocolates. Da sua fã alucinada número #1". Sim, gosta de ser exagerada.

  Tocamos a campainha e ouvimos um "Já vai", mas era tarde... A porta do elevador já se fechava para irmos embora.”

Capitulo 1 – O Show.

  P.O.V .

  - VAMOS, ! – Gritou enquanto eu terminava de passar o meu batom.

  Entregar chocolate para seus ídolos duas horas antes do show dos próprios... Dá nisso: Atraso.
  Uma dica: Se você é daquelas que demora uma eternidade para se trocar, não faça coisas demoradas e sigilosas duas horas antes do seu compromisso.

  - VOCÊ QUER VER ELES OU NÃO? – Berrou e eu desci as escadas correndo, quase tropeçando em meus próprios pés. – FINALMENTE, VAMOS!

  Entramos no carro de minha mãe correndo e fomos voando – literalmente – para o show. vestia uma calça jeans escura, uma blusa polo listrada e um tênis colorido da Nike. Lápis preto nos olhos e o seu cabelo tinha cachos na ponta... Ela estava parecendo uma mistura estranha dos cinco garotos. Mas ainda assim... Continuava bonita.
  Já eu, vesti uma calça jeans clara, um tênis branco da Nike com o símbolo rosa e uma blusa "I LOVE " branca com isso escrito em rosa. Simples, básico e nada chamativo que nem o dela.

  - Ju-í-zo, garotas. – Soletrou minha mãe mas já estávamos correndo para entrar naquela arena.

  Como somos prevenidas, já estávamos com o ingresso e prontas para "ingressar" no paraíso dos Deuses. Em questão de alguns minutos, tudo ficou escuro iluminando apenas os cinco garotos que entraram cantando What Makes You Beautiful. Ao fim desta música, os garotos se aproximaram da beirada do palco para falar algo.

  - Hey garotas. – Cumprimentou e senti meus tímpanos estourarem com gritando ao meu lado. – Eu e o queríamos agradecer a duas fãs, uma fã e uma fã alucinada para simplificar, pelos chocolates que recebemos agora a pouco.
  - Não sei como vocês descobriram nossos endereços aqui mas... Eu e adoramos os chocolates. Digo, eu amei o único que eu comi porque ele fez questão de comer todos os deles e todos os meus. – Comentou dando aquele sorriso torto dele. – E nós queríamos que as duas que nos presentearam, claro, duas digo as duas que mandaram para cá e não para cada casa nossa lá em Londres. Fossem no nosso camarim depois do show. Pode ser? – Propôs e todas as garotas assentiram. Ou seja, todas iriam. Afinal... Quem perderia essa chance? Se bem que conseguiríamos isso de um jeito ou de outro.

||Horas depois||

  - BOI, BOI, BOI, BOI DA CARA PRETA, EU GOSTO DO IRLANDÊS MAIS GOSTOSO DO PLANETA, LALA, LALALA, LA. – Cantava lá de dentro do camarim.
  - Quais são seus nomes? – Perguntou o segurança gordão que se chamava Josh.
  - e . – Respondi apontando para mim e para .
  - A pergunta de segurança é: Qual era o número do apartamento em que vocês deixaram as caixas de chocolate? – Indagou lendo um pedaço de papel bem rasgadinho.
  - Suite 1010, décimo andar, hotel DeLacourd, avenida... – Respondeu e o segurança abriu a porta, com certeza para ela parar de falar.
  - Aqui estão elas. – Anunciou-nos e fechou a porta.
  - BOI, BOI, BOI... – Continuava .
  - Para, Lou, pelo amor de Deus, cala essa boca. – Pediu levantando-se e vindo até nós. – Então, qual de vocês é a minha fã alucinada que me mandou o melhor chocolate que eu já comi? E olha que eu já comi muitos chocolates na minha...
  - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, EU TE AMO! – pulou nele fazendo-o parar de falar.
  - ... Vida. – Terminou a frase enquanto era abraçado e beijado por .
  - Então né. – Murmurei de cabeça baixa. Sim, eu sou tímida! Principalmente quando se trata de mico da minha melhor amiga em frente aos meus ídolos. Nossos, claro.
  - Ei, não era você aquela garota que estava do meu lado na fila pra pegar pão? – Perguntou e eu senti meu sangue indo para as bochechas. – Lá naquela padaria que tinha um gordinho na nossa frente comendo uma maçã do amor... Lembra? Que coincidência, não?
  - Daquele la que não sabia por que engordava? – Indaguei e ele assentiu. – É, era eu mesma. – Sorri e ele riu com a memória. Aquele gordinho realmente, comia demais. E depois, falava "eu nem sei por que engordo".
  - Voltando ao assunto. – Pediu olhando que ainda abraçava . – Obrigada pelos chocolates...?
  - . – Respondi e ele assentiu.
  - . – Falou meu nome com aquela voz rouca sexy que só ele tem. me olhava, diretamente nos olhos. Realmente, olhar para aqueles olhos não era coisa tão fácil para uma fã pra lá de alucinada.

  Se eu fosse um pouco mais como , pularia nele, mas como não sou... Aproveito no silêncio dos meus pensamentos que um dia... Poderão fazer sentido.

Capitulo 2 – A ligação.

  ||Um mês depois||

  |Nova York – 7:35 da manhã|

  "Close the door
  Throw the key
  Don't wanna be reminded
  Don't wanna be seen
  Don't wanna be without you
  My judgement is clouded
  Like tonight's sky" – O celular de tocava e vibrava em cima do meu criado-mudo.

  - Alô? – Atendi já que dormia em um sono profundo que pelo amor de Deus. Me enfiei no meio dos travesseiros com preguiça de abrir os olhos.
  - ? Desculpe te acordar agora, aqui é o e...
  - ? O QUÊ? COMO ASSIM?
  - Quem é que está falando?
  - , a amiga da .
  - Ah, Bom Dia, .
  - O que tem de bom no dia?
  - Comida!

  - DÁ O MEU CELULAR, ! – pulou em cima de mim tentando arrancar o celular de minhas mãos. – AGORA.
  - POR QUE NÃO ME CONTOU QUE FALAVA COM ELE? – Berrei e escutei risos do outro lado da linha.
  - POR QUE EU ESQUECI DESSE DETALHE. – Respondeu grosseiramente e foi falar com ele. – Oi , desculpe minha amiga louca... Ah sim... Oh yeah... Por que quer saber?... Sim estamos mas... Sabe o hotel que estavam? Então, descendo três quadras e virando a direita... Okay então... Beijos... Tchau. – Ela desligou o celular e eu a olhei feio. – Lembra aquele dia do show? – assenti e ela se jogou do meu lado. – Lembra quando eu sumi do nada? – Fiz o mesmo gesto anterior e ela continuou. – Então, eu dei o meu nÚmero pra ele e desde então nós nos falamos tanto por mensagem quanto por ligação mesmo.
  - Ê obrigada por me contar, viu? – Disse ironicamente e ela riu.
  - Sempre as ordens.
  - E o que ele queria? – Indaguei me espreguiçando.
  - Estava perguntando se ainda estávamos em Nova York. Nada de mais.

  P.O.V .

  - , só você para ter essa ideia mesmo. – Afirmei ao ver que estávamos em Nova York de novo. Em frente ao hotel onde nos hospedamos da ultima vez.

  Hoje é White Day, onde o cara presenteia a namorada. Diferente do dia dos namorados, em que as garotas presenteiam os namorados. E se viu no dever de dar um presente para e se viu no mandato de me obrigar a fazer o mesmo com .

  - Três quadras e vira a direita, vamos. – Chamou-me e eu fiz a melhor cara de tacho que eu poderia ter.
  - Não está se esquecendo de nada? – Perguntei colocando meus óculos de sol.
  - Não, do quê? – Respondeu com outra pergunta, tudo inocentemente.
  - Sei lá... DOS PRESENTES, NÃO SEI! – Berrei e ele revirou os olhos.
  - Não precisa se estressar. – Ergueu os braços em forma de rendição e eu olhei a nossa volta. O que compraríamos para elas, e o pior, o que falaríamos para elas? "Ah vocês me deram chocolates e agora eu comprei um presente que eu não sei se vão gostar ou não." – Vamos achar algo como por exemplo... – Ele também procurava uma loja. - ... Um colar, não sei.
  - Serve, vamos. – O puxei entrando em uma loja com um nome difícil de se pronunciar.
  - Olá, meninos. Posso ajudá-los? – Perguntou uma mulher velha o suficiente para eu não a achar gostosa.
  - Queremos joias para... – fora interrompido pela mulher.
  - Namoradas? – Supôs sorrindo.
  - Por ai. – Respondeu rindo.

  Os dois ficaram olhando para prateleiras enquanto eu olhava para um colar com um pinjente de coração. Ele era bonito, mas não sabia ao certo se iria comprá-lo para ela. "Quero algo que realce seus olhos castanhos aveludados...", dizia animado. "Ou algo que deixe seu sorriso ainda mais belo do que já é.".
  Pelos céus, ele estava apaixonado?

  - , liga pra e pergunta pra ela se ela gosta mais de azul oceano ou verde esmeralda! – Mandou entregando-me seu celular.

  Disquei seu número e já começou a chamar. Olhava para a empolgação daquele garoto e percebi que era bem semelhante a reação de quando ele come um . No terceiro toque, atenderam.

  - Alô?
  - ? Aqui é o .
  - Não, aqui é a . está tomando banho. – Senti meu corpo estremecer com aquele nome, e minhas pernas começarem a tremer. Se minha mãe estivesse em minha frente, ela com certeza diria: , você está como um fantasma da opera... Branco que só. – Alô? Ainda está ai?
  - Sim, é... Você sabe se a prefere azul oceano ou verde esmeralda?
  - Verde esmeralda. Por quê?
  - queria saber e... E você? Prefere qual?
  - Rosa. – Respondeu rindo. – Aquele rosa bebê, sabe?
  - Sei... – Disse enquanto imaginava aquele sorriso do outro lado da linha.
  - ESTÁ FALANDO COM QUEM, ? – Ouvi um berro do outro lado da linha. – NINGUÉM.
  - Não comente isso com ela, ta certo?
  - Okay, mas...
  - Tenho que ir, beijos. – E foi assim que desliguei na cara dela e não conseguia andar devido a tremedeira que me dera.
  - O que ela respondeu? – Perguntou enquanto eu o olhava fixamente.
  - Verde esmeralda. – Respondi e me joguei no chão de boca aberta. "O que tinha acontecido comigo?".
  - Não disse? – Indagou a vendedora com um sorriso certeiro.
  - Então vai ser esse. – Decidiu . – E você, ? Vai querer o quê? – Suspirei. Agora era: Arriscar ou ficar imaginando como seria. Mas que bosta. O que vai ser, ?

Capitulo 3: Tiro certeiro.

  P.O.V

  - Eu quero esse colar aqui. – Apontei para o objeto enquanto me levantava. – E quero o anel mais delicado possível, e de preferência com alguma pedra rosa, não sei.
  - ALGUÉM SE ANIMOU ALÉM DE MIM E ELA, ALELUIA CRISTO. – Comemorou . – Depois vamos passar no e você que vai pagar.
  - A do Sr. são $899,00 dólares. E o do Sr. são... $1,290,00 dólares. – Disse a vendedora. E além desse roubo, eu iria a falência pagando a conta do no .
  - A sorte dessa loja, é que eu sou rico. – Comentei pegando minha carteira enquanto já dava o dinheiro.
  - Obrigada, boa sorte com os presentes. – Disse a mulher enquanto saíamos da loja.
  - Três quadras a direita. – Relembrou para chegarmos até a casa de uma delas. Creio que de .

  ||Três quadras depois ||

  - Você toca a campainha. – Disse e eu olhei com cara de: Aham, tá fácil.
  - Aham, tá fácil. A ideia foi sua, nem vem. – Respondi e ele apertou o botãozinho e logo, a porta se abriu revelando uma criaturinha pequena.
  - E , TEM DOIS CARAS AQUI NA PORTA. – Berrou a menininha.
  - FECHA UÉ, PODE SER DOIS ESTUPRADORES. – Gritou lá de dentro.
  - MAS TEM FOTOS DELES LÁ NO SEU QUARTO, EU FECHO MESMO ASSIM? – Indagou enquanto eu piscava para o chão e ria.
  - ESPERA. – Berrou vindo correndo. – O que vocês estão fazendo aqui?
  - Feliz White Day? – Disse entregando-lhe o presente. – White Day é o dia que os caras dão presentes pras namoradas... No caso, para a fã alucinada número um. – Ele sorriu, ela sorriu... E ela pulou nele, como sempre. – Não estamos juntos, mas poderíamos...
  - SIM. – Respondeu ela beijando-o. Esse cara leu a minha mente? Por que assim... Eu ia fazer quase a mesma coisa.
  - Tentar. – Terminou a frase quando ela o soltou.
  - Entre, , está lá na sala. – Falou e eu entrei.

  Ela estava deitada no sofá, quase que dormindo abraçada com seu edredom. Estava frio, um tempo nublado perfeito para assistir filmes. Senti meu coração disparar e quase sair pela boca. Por que, como era possível isso? Eu me apaixonar tão de repente? E se não for paixão, o que é?
  Pensar na mesma pessoa toda hora mesmo sem saber por que, ter suas pernas bambas ao ouvir sua voz... Realmente, o meu mundo já é complicado. E ela faz questão de complicar ainda mais.

  - ? – A chamei, fazendo-a me olhar com aqueles olhos cor de mel.
  - ? O que faz aqui? – Perguntou se levantando.
  - Antes de eu te dar o presente de White Day... Eu queria dizer que... – Ela me olhava fixo esperando o que eu tanto ia falar. Mas não conseguia. – Olha, eu não sou todas as maravilhas do universo como todas pensam. Porém, você foi uma das poucas do universo que mexeu comigo de um modo de eu não parar de pensar em você, ouvir sua voz e as minhas pernas começarem a tremer. Eu acho que... Eu... Você... Nós deveríamos... – me calou com um beijo.

  Aqueles lábios quentes selados aos meus, suas pequenas mãos em meu tórax, e seu corpo colado ao meu. Nossas línguas dançavam uma música sincronizada que não deixariam de ser assim tão cedo. O beijo foi se acabando em pequenos selinhos que quando finalmente acabados, só deixaram nossas testas coladas.

  - Ainda sim... Tenho os seus presentes. – Comentei e ela sorriu. Entreguei-lhe o colar, que ela pediu que eu colocasse em seu pescoço. Ela ergueu seus cabelos castanhos claros e eu o abotoei, deixando o pingente na frente.
  - Eu adorei, . – Disse me abraçando. – Obrigada.
  - Ainda tem mais um.... Mas... – Disse me ajoelhando. – Você escolhe se quer aceitar ou não... – Ela sorriu abertamente e eu respirei fundo. Sim, eu não era acostumado a fazer isso. – Você quer ser a minha... Namorada?

  Como resposta... Ela pulou em mim.

  - Por favor, não vire uma que pula nos outros. – Pedi rindo.
  - Tentarei e... Tem certeza, olha nós somos de...
  - Não começa com essa história, não importa de qual mundo você seja, nem de qual planeta você é... Eu vou atrás de você onde quer que esteja. – Disse e ela me beijou. O resto... O resto é o destino, consequência do que foi feito... E dito.

FIM



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