O que ficou em nós


Escrita porBetiza
Editada por Lelen


Capítulo único

Tempo estimado de leitura: 33 minutos

  — Ah! Que bom que você veio %Jungwon%! — Junsui o abraçou com força, balançando-o de um lado para o outro como se ele fosse um bebê sendo ninado.
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  %Jungwon% sorriu enquanto retribuía o abraço do amigo. Havia pelo menos três meses que eles não se viam pessoalmente, e era o aniversário dele, %Jungwon% não podia faltar naquele tipo de evento. Conhecia Junsui desde a adolescência, eram muito amigos, mesmo com a correria da vida adulta.
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  — Não é todo dia que se comemora vinte e dois anos, não é? — %Jungwon% bagunçou os cabelos de Junsui assim que eles se soltaram. — Senti sua falta.
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  Junsui apertou as bochechas dele, que protestou afastando suas mãos.
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  — Também senti sua falta, seu doidinho. Como você está? Não minta, estamos só nós dois aqui.
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  O sorriso de %Jungwon% vacilou por um instante. Foi sutil — tão rápido que talvez qualquer um não notasse. Mas Junsui conhecia aquele olhar. Conhecia bem demais.
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  Os olhos de %Jungwon% ainda tentavam sustentar a leveza da brincadeira, mas a forma como ele desviou o olhar, como enfiou as mãos nos bolsos e suspirou antes de responder… entregava tudo.
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  Ele estava péssimo. Por dentro, era como se algo tivesse ruído — silencioso, devastador, lento.
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  E a verdade é que tinha mesmo.
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  Fazia pouco mais de dois meses que ele havia terminado um relacionamento de quase três anos. Ou melhor… que ela havia terminado com ele.
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  Sem briga. Sem gritos. Sem escândalo. Mas também sem aviso, sem muito diálogo, sem tempo de preparo.
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  Foi o tipo de rompimento silencioso que deixa marcas mais profundas. O tipo que arranca o chão sem que você perceba que estava em cima de um penhasco.
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  Ele não falava muito sobre isso. Nem nos grupos de mensagens, nem com os outros amigos. Talvez só Junsui soubesse o tamanho da bagunça que ele vinha tentando esconder por trás de sorrisos e respostas vagas como “tô levando” ou “vai passar”.
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  — Eu tô… — %Jungwon% começou, tentando encontrar uma palavra que não doesse.
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  Mas Junsui já sabia.
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  — Vem — disse apenas, puxando-o pelo braço para dentro do apartamento, como quem resgata, não convida.
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  E %Jungwon% foi. Porque, por mais que ainda doesse, havia uma parte dele que queria — desesperadamente — se sentir inteiro de novo.
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❤️‍🔥❤️‍🔥❤️‍🔥

  O apartamento de Junsui não havia mudado nadinha desde a última vez que ele estivera lá, com %Chungae% inclusive. A lembrança fez o peito dele arder, como uma ferida que alguém tinha colocado sal de propósito.
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  Bateu os olhos no sofá de couro do amigo, e se lembrou dela ali, com as pernas jogadas sobre as dele enquanto os amigos riam das histórias que ela contava com entusiasmo e irônia. A ex-namorada tinha uma espécie de para-raio de problemas inusitados que só aconteciam com ela.
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  %Jungwon% não conseguiu evitar o sorriso ao se lembrar do que ela havia contado naquela noite:
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  — Eu juro por tudo que é mais sagrado… — %Chungae% dizia, gesticulando como sempre — …que o pombo caiu DO NADA na minha sacola de compras! Dentro! Eu não sei se ele tava tentando roubar meu pão ou se era um kamikaze da fauna urbana!
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  Todos na sala caíram na gargalhada, e ele mais ainda. Era impossível não rir com ela. %Chungae% tinha essa energia caótica e magnética que iluminava qualquer lugar onde entrava. E naquela noite, especificamente, ela o olhou de um jeito diferente no fim da história — como se soubesse que ele não estava rindo só da piada, mas dela. Do jeito que só ele ria.
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  %Jungwon% piscou e o sofá voltou a ser só um sofá. O vazio dele era quase uma afronta.
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  A ferida ainda estava ali. Aberta. Latejando.
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  Ele desviou o olhar, respirou fundo e tentou se concentrar no presente — nos amigos que riam na varanda, na música baixa vindo da caixa de som, no cheiro de comida vindo da cozinha.
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  Mas era impossível negar: aquele lugar ainda carregava a presença dela. Como uma sombra mansa, que não fazia barulho… mas não ia embora.
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  — Eu trouxe esse vinho branco para você de presente de aniversário, mas se quiser abrir para nós, eu vou adorar! — %Jungwon% caminhou até a cozinha com uma confiança que ele sabia que não era totalmente real.
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  Os dois riram e Junsui pegou o vinho das mãos dele, já se virando para abri-lo.
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  — Onde esses frios vão ficar? Aqui mesmo na sua cozinha ou posso te ajudar a levá-los para a mesa de centro da sala? Acho que eles cabem lá…
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  %Jungwon% observou as várias bandejas com com pequenos queijos, fatias de presunto de parma, uvas, damascos secos, castanhas e pães artesanais cuidadosamente dispostos em tábuas de madeira. Tudo muito Junsui — caprichado, equilibrado, com um toque sofisticado até nos encontros mais informais.
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  — Pode levar sim, por favor. — Junsui respondeu, lutando com o saca-rolhas enquanto o vinho fazia aquele som característico de rolha sendo retirada. — E se alguém te perguntar, diz que foi ideia minha misturar queijo de cabra com mel trufado, tá?
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  — Ah, claro. Vou fingir que sou só o carregador das suas ideias brilhantes. — %Jungwon% sorriu, já pegando uma das tábuas para levar até a sala.
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  Ele atravessou o corredor com passos leves, tentando sustentar o bom humor. Mas assim que chegou à sala e pôs a bandeja na mesa de centro, os olhos passearam automaticamente pelo cômodo... e voltaram ao sofá.
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  A lembrança ainda estava ali. Firme. Presente. Mas ele não podia continuar vivendo preso nela.
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❤️‍🔥❤️‍🔥❤️‍🔥

  %Jungwon% gargalhava com a cabeça jogada para trás de algo que Soyii dizia, relembrando os velhos tempos e então ao desviar os olhos brevemente do grupo de amigos, ele viu Junsui caminhando em direção á eles com %Chungae% a seu lado.
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  Os cabelos loiros recém-retocados caíam lisos como seda sobre os ombros delicados, emoldurando um rosto de beleza precisa — quase fria. A pele alva, os olhos delineados com perfeição e os lábios cor de pêssego davam a ela uma aparência etérea, como se tivesse acabado de sair de um editorial de moda ou, mais provavelmente, de um salão de beleza caro. O vestido verde-oliva que usava abraçava seu corpo com elegância, mas era o olhar firme, curioso e sereno que mais chamava atenção.
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  Ele travou no lugar.
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  Por um instante, nem ouvia mais a conversa ao redor — o som da festa virou um ruído distante, abafado, como se ele tivesse sido subitamente mergulhado debaixo d’água.
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  Ela estava ali.
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  O vestido dela era bonito, claro. Como sempre. Ela nunca errava. Mas isso não era o que mais incomodava %Jungwon% naquele momento.
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  O que incomodava era o fato de que ela estava ali.
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  "Eu não acredito que ela veio…"
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  O pensamento explodiu na cabeça dele como um alarme. Quente. Invasivo.
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  "Aqui não é lugar dela. Eles são meus amigos. Só meus. Não dela."
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  A raiva veio tão rápido que ele mal reconheceu. Era um sentimento infantil — e ele sabia disso — mas nem por isso era menos real.
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  Ela não deveria estar naquele apartamento. Não deveria dividir o mesmo vinho, rir das mesmas piadas, ouvir as mesmas músicas. Ela não fazia mais parte daquilo. Ela escolheu não fazer.
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  E mesmo assim, ali estava ela. Linda. Serena. Como se a ausência tivesse sido apenas um detalhe.
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  %Jungwon% apertou a taça nas mãos, respirando fundo, tentando conter a vontade de virar as costas e ir embora. Mas era aniversário do Junsui. E ele não ia deixar que ela o tirasse dali também.
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  Não mais.
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  — Ah, essa aqui você conhece, né? — a voz de Junsui cortou os pensamentos de %Jungwon%, fazendo-o piscar e voltar ao presente. — %Chungae%!
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  Ela já estava próxima, e ao ouvir o nome, olhou para ele. Os olhos se encontraram. Por um segundo, tudo ficou silencioso de novo — pelo menos, dentro dele.
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  Ela sorriu. Um sorriso discreto, educado. Quase frio. Quase cruel.
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  — Oi, %Jungwon%. — disse baixo, mas firme, como se não houvesse um oceano de mágoas entre eles.
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  Ele demorou um pouco para responder. O nome dela na voz de Junsui ainda martelava em sua cabeça. Era como ouvir alguém tocar uma música antiga, que você passou meses tentando esquecer.
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  — Oi. — respondeu por fim, seco, com um aceno curto de cabeça.
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  Junsui não percebeu o climão. Estava animado demais.
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  — Que bom que vocês vieram! Fica à vontade, %Chungae%. %Jungwon%, me ajuda a levar mais frios pra sala? A galera já tá abrindo espaço lá.
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  %Jungwon% assentiu, ainda olhando para ela, como se o cérebro tentasse registrar que era real. Ela estava mesmo ali. E não havia nenhum aviso. Nenhum sinal.
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  Virou de costas antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa.
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  Mas sentiu.
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  O olhar dela ainda em suas costas. Ardendo.
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  E isso o deixava ainda mais furioso — por ela ainda ter poder sobre ele. Por o coração dele ainda responder.
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  Mesmo depois de tudo.
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  O cigarro foi arrancado de seus dedos com uma delicadeza quase sutil por ela, e %Jungwon% abriu a boca, estupefato.
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  — Achei que estivesse no processo de parar de fumar. Me lembro que você comentou que ia começar a parar.
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  A voz dela ali, limpa, sem o som abafado da música e das risadas, fez %Jungwon% cruzar os braços abaixo do peito, na defensiva.
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  — Isso foi antes de você me deixar sem muitas explicações desencadeando minhas crises de ansiedade. Eu fumo para me acalmar. Tá fazendo o que aqui %Chungae%?
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  Ela tragou, bem devagar. Lentamente. Os olhos cravados nos dele. Depois ela suspirou.
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  — Não seja infantil. Seus amigos gostam de mim, e eu deles. Fui convidada e aceitei o convite. Precisa aceitar que essas coisas podem acontecer.
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  — Você sempre fala como se fosse mais madura do que todo mundo — ele rebateu, rindo seco. — Mas some sem aviso, aparece aqui como se nada tivesse acontecido e ainda me chama de infantil?
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  %Chungae% deu mais uma tragada no cigarro — o dele, aliás — e desviou o olhar por um momento, encarando a vista da sacada.
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  — Eu fui embora porque estava me sufocando, %Jungwon%. E você sabe disso.
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  — Sufocando? — ele bufou. — Ah, claro. Porque amar alguém, de verdade, ser presente, dividir planos e rotina, isso deve ser opressivo pra você, né?
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  Ela o olhou. Dessa vez, com algo entre cansaço e frustração nos olhos.
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  — Eu não vim aqui pra discutir o passado.
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  — Mas é ele que tá no meio da sala, ocupando o sofá, tomando vinho e rindo das piadas do Junsui — %Jungwon% rebateu. — Você tá em todo lugar, %Chungae%. Até quando eu tento esquecer.
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  Silêncio.
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  O tipo de silêncio que grita.
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  Ela apertou o cigarro no cinzeiro de vidro que havia no parapeito da sacada e virou-se para ele por completo. Estavam perto agora. Perto demais.
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  — Não deu certo %Jungwon%. Não estamos mais juntos, e é isso.
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  O silêncio ainda pairava quando ele se aproximou mais um passo, as palavras queimando na garganta como o cigarro que ela havia apagado.
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  — Vai lá — a voz dele saiu rouca, embargada de dor contida. — Chama todos os seus amigos e diga que não estamos mais juntos. Vê se reencontra aquele velhinho do parque que passou por nós dois dizendo o quanto combinávamos, e diga que nem combinamos tanto assim.
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  Ela arregalou levemente os olhos, mas ele não parou:
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  — Procura aquela enfermeira que achou engraçado você segurando a minha mão quando fui tirar sangue, mesmo tendo medo de agulha, e explica que agora tenho muito mais... sem você segurando.
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  %Jungwon% deu uma risada seca, mas era visível que estava se segurando. O maxilar trincado. Os olhos marejando sem ele permitir que caísse qualquer lágrima.
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  — Avisa a sua mãe que não vou mais ligar desesperado para o residencial às duas da madrugada só porque tive um pesadelo com você e queria saber se você realmente estava bem.
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  O peito dele subiu e desceu com força.
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  — Diga ao seu pai que não vou mais chegar meia hora depois do que ele tinha marcado para chegarmos em casa. Que ele não precisa mais fingir que não liga de esperar.
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  Ele olhou fundo nos olhos dela. O último golpe, o mais cru, o mais real.
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  — Mas faça tudo isso, por favor! Porque desde que nos vimos pela última vez, todas essas pessoas me perguntaram de você… e pra nenhuma delas eu tive coragem de dizer que a gente acabou.
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  %Chungae% não respondeu de imediato.
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  Na verdade, ela mal respirava.
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  A cada frase dele, o peito dela apertava como se estivesse sendo arrancado por dentro, e quando ele terminou, tudo o que ela conseguia fazer era olhar — como se tentasse decorar a dor no rosto dele.
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  — %Jungwon%… — sussurrou, mas ele balançou a cabeça, o olhar em chamas.
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  — Não. — cortou, sem força. — Não fala agora.
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  Ele ia dar um passo para trás. Ia mesmo. Mas ela segurou o pulso dele.
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  Foi instintivo. Um reflexo. Um pedido silencioso.
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  Os olhos dela estavam marejados. Os dele, vermelhos.
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  E no momento seguinte, estavam um no outro.
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  A boca dela colidindo com a dele de forma desesperada, urgente, quase bruta.
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  Não havia gentileza — havia necessidade.
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  %Jungwon% a prensou contra a parede da sacada, o beijo se aprofundando como se tentasse tirar de dentro dela tudo o que o machucava. As mãos dele subiram pelas costas dela, puxando-a com força. O quadril colado ao dela, o corpo inteiro exigindo lembrança.
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  Ela gemeu contra os lábios dele, puxando-o mais, como se também quisesse esquecer onde estavam, quem poderia ver.
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  Mas eles não se importavam.
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  Ali, não eram ex-namorados. Eram apenas duas partes tentando se encontrar de novo no meio do caos.
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  As mãos de %Chungae% afundaram nos cabelos dele, e %Jungwon% desceu os beijos para o pescoço dela, arrastando com a boca cada pedaço de dor que tinha guardado. Ela jogou a cabeça para trás, arfando.
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  — Por que você ainda me beija assim…? — ela murmurou, os dedos apertando os ombros dele.
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  — Porque eu ainda amo você. — ele respondeu sem pensar, entre beijos. — E isso… me destrói.
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  Ela o beijou de novo. E mais uma vez.
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  E quando entraram de volta no apartamento, como se fossem só mais dois convidados da festa, sabiam que aquilo não ia terminar ali.
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  Não podia terminar ali.
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❤️‍🔥❤️‍🔥❤️‍🔥

  A porta do quarto de hóspedes foi fechada com um clique suave.
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  %Jungwon% encostou-se a ela por um instante, como se precisasse de fôlego. Mas o olhar dela era um imã — e ele não resistiu por muito tempo.
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  Caminhou até ela devagar, como se cada passo confirmasse que estavam mesmo ali, sozinhos, longe dos olhos curiosos da festa.
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  %Chungae% o observava em silêncio, o peito subindo e descendo com respiração pesada. Os olhos diziam tudo: a confusão, o arrependimento, o amor que ela ainda escondia atrás do orgulho.
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  Ele a alcançou. A mão subiu devagar até o rosto dela, os dedos roçando sua pele com uma ternura que contrastava com o que vieram fazer ali.
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  — Me diz que isso não é errado… — ela sussurrou, quase como um pedido.
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  — É errado. — %Jungwon% respondeu, a voz baixa, carregada. — Mas eu não ligo.
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  O beijo veio em seguida — quente, profundo, repleto de urgência e saudade. As mãos dele agarraram a cintura dela, colando seus corpos. Ela suspirou contra os lábios dele, e os dedos se fecharam ao redor da camisa que ele usava, puxando-o mais.
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  %Jungwon% a guiou até a beirada da cama, empurrando-a com cuidado até que ela se sentasse. As mãos dele estavam em chamas enquanto deslizavam pelas coxas dela, subindo devagar, traçando o caminho como se quisesse memorizar tudo de novo.
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  — Você é linda demais… — murmurou, os lábios colados ao pescoço dela, mordendo leve antes de descer mais. — E isso sempre me destruiu.
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  Ela arfou, os dedos se perdendo nos cabelos dele enquanto ele beijava sua clavícula, descia para os ombros, empurrava com os dentes uma alça do vestido.
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  Os toques dele eram cuidadosos, mas carregados de tensão. Como se estivesse se permitindo sentir o que evitou por tanto tempo.
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  Ela o puxou de volta para cima, buscando sua boca com desejo. E quando ele se ajoelhou entre suas pernas, deslizando as mãos pelas suas coxas, puxando-as para mais perto, um gemido baixo escapou dos lábios dela.
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  — Ainda sabe tudo o que me faz tremer… — ela confessou, os olhos vidrados nos dele.
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  %Jungwon% sorriu, os dedos firmes em sua pele, a boca explorando cada centímetro exposto.
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  — Nunca esqueci. — respondeu, com a voz baixa, rouca. — E quero te fazer lembrar também.
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  As mãos dele subiram lentamente pelas costas dela, até alcançarem o zíper do vestido. Ele o desceu com calma, os olhos não desviando dos dela enquanto o tecido escorregava pelos ombros delicados de %Chungae%. Quando o vestido caiu até a cintura, revelando o sutiã rendado, %Jungwon% a puxou para mais perto e a beijou outra vez, profundo e cheio de desejo.
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  Ela mesma desceu o vestido até o chão, ficando apenas com a lingerie, que logo foi desfeita pelas mãos dele com o mesmo cuidado. Depois, foi a vez de %Jungwon% tirar a própria camisa, sentindo os dedos dela traçarem o caminho por sua barriga até o cós da calça.
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  — Quero sentir você inteiro. — ela sussurrou, o rosto colado ao peito dele.
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  Ele não disse nada, só tirou o restante das roupas com calma, deixando os dois completamente expostos um ao outro. O corpo dela, que ele já conhecia, parecia ainda mais bonito sob a luz suave do abajur aceso. A familiaridade e o estranhamento de reencontrar uma intimidade esquecida se misturavam como faíscas.
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  %Chungae% sentou-se na beira da cama, as pernas abertas para recebê-lo entre elas. %Jungwon% se ajoelhou no chão, os olhos presos nos dela. Passou as mãos pelas coxas dela devagar, e então beijou sua barriga, os lábios descendo com lentidão calculada.
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  — Quero você tremendo de novo por mim. — murmurou contra a pele sensível da parte interna da coxa.
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  Ela arfou.
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  E quando ele abriu espaço com os dedos entre as pernas dela e a boca encontrou seu centro, o corpo de %Chungae% respondeu de imediato. A cabeça tombou para trás, um gemido escapando de seus lábios. Ele a lambeu com precisão, alternando ritmos e pressões, como quem reencontra o próprio caminho no escuro e sabe exatamente onde pisar.
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  Ela segurava os lençóis com força, os quadris se movendo em busca de mais, até que ele introduziu um dedo com cuidado — e depois outro. Tudo acompanhado do calor úmido da língua, da voz baixa que dizia:
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  — Isso… assim mesmo. Me mostra como você quer, amor.
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  %Chungae% gemeu alto, se entregando por completo. E %Jungwon%? Ele sorria entre um beijo e outro, como quem sabe exatamente o que está fazendo.
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  Porque sabia.
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  Porque mesmo depois de tudo… ele ainda sabia exatamente como tocá-la.
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  %Chungae% mal conseguia manter os olhos abertos. O prazer a consumia em ondas que vinham e iam, puxando gemidos de sua garganta a cada novo movimento da língua de %Jungwon%, a cada estocada precisa dos dedos dele dentro dela. O corpo inteiro latejava, úmido, quente, exposto — e mesmo assim, ela queria mais.
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  Precisava sentir mais dele. Precisava tocá-lo.
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  — Vem aqui… — ela pediu, a voz falhada, puxando-o para cima com urgência.
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  %Jungwon% a obedeceu, subindo com o corpo sobre o dela, os olhos ainda escuros de desejo, os lábios úmidos. %Chungae% segurou o rosto dele com ambas as mãos e o beijou com força, profunda e desesperadamente, como se estivesse tentando absorver todo o gosto que ainda restava ali — o gosto de si mesma, misturado com ele.
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  — Agora é minha vez — sussurrou contra os lábios dele.
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  Sem tirar os olhos dos dele, ela o empurrou levemente para que se sentasse à beira da cama. %Jungwon% a observava com o peito arfando, o cabelo um pouco bagunçado, os músculos do abdômen tensionados sob a pele quente.
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  Ela se ajoelhou no colchão, se aproximando dele com as mãos firmes em sua cintura, depois subindo pelo abdômen devagar, explorando o caminho como quem estuda um mapa antigo e precioso.
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  — Você continua lindo… — disse, baixinho, antes de inclinar o corpo e pressionar os lábios na pele do pescoço dele. Beijou ali com carinho e desejo, depois desceu, os lábios traçando um caminho pelo peito, pela barriga, enquanto as unhas deslizavam pela lateral de suas costelas. Cada arrepio dele alimentava ainda mais a coragem dela.
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  %Jungwon% rosnou baixo quando ela o envolveu com as mãos, lenta, firme, o toque ainda tímido, mas carregado de curiosidade e vontade de agradar. Ela experimentava o prazer de vê-lo fechar os olhos, a boca entreaberta, a respiração acelerando quando seus dedos começaram a se mover em um ritmo suave.
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  — Ainda gosta assim? — ela perguntou, os olhos fixos no rosto dele.
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  — Tá melhor ainda. — ele respondeu, com um meio sorriso entre um gemido e outro. — Continua, do jeitinho que tá fazendo…
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  Ela continuou. Mais firme. Mais certa. Envolveu a glande com a boca, bem devagar, o olhar subindo para encará-lo enquanto o fazia.
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  %Jungwon% segurou gentilmente os cabelos dela, mas sem pressionar, só guiando, como quem agradece o presente que recebe. Os quadris dele se moveram levemente, acompanhando o ritmo, e ele deixou escapar um gemido mais alto quando ela aprofundou o movimento, confiante agora no prazer que causava.
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  — Droga, %Chungae%… — murmurou entre os dentes, a cabeça tombando para trás. — Você vai me deixar louco…
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  Ela sorriu contra ele, sentindo-se poderosa, sentindo o sabor do próprio desejo nele.
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  Mas ele não deixou que ela continuasse por muito tempo.
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  Puxou-a para cima, de volta para seu colo, sentando-se com ela entre suas pernas.
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  Os dois estavam ofegantes, suados, os corpos colados e tão desesperadamente famintos um pelo outro.
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  — Quero você agora — ele disse, as mãos firmes em sua cintura. — Toda pra mim.
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  Ela assentiu, os olhos marejados, o corpo inteiro vibrando de antecipação.
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  Se posicionou sobre ele, guiando-o com cuidado, sentindo o calor e a tensão crescendo à medida que se abaixava devagar, o sexo dele deslizando para dentro até preenchê-la por completo.
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  Ambos gemeram alto — como se finalmente estivessem onde pertenciam.
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  E ali, entre beijos, mãos firmes, olhos presos, eles começaram a se mover.
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  Não era mais só desejo.
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  Era reencontro. Era saudade. Era amor ainda vivo queimando na pele e nos ossos.
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  E nenhum dos dois queria que acabasse.
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  Ele inventou as posições, se deitando com ela na cama, agora ele ditava o ritmo dentro dela.
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  %Jungwon% a segurou firme pela cintura, os corpos colados, pele contra pele, e a penetrou com cuidado, devagar no início, como se cada estocada fosse uma pergunta silenciosa: “Você ainda me sente?”, “Ainda é meu lugar?”, “Você ainda me quer?”
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  %Chungae% arfava a cada movimento dele, as mãos apoiadas nos ombros dele, os quadris se ajustando, buscando o ritmo perfeito entre os dois. O encaixe era perfeito, como se seus corpos se lembrassem um do outro melhor do que suas mentes jamais conseguiriam admitir.
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  — %Jungwon%… — ela murmurou, trêmula, o nome escapando como uma prece. — Me dá mais…
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  Ele gemeu contra a boca dela, e obedeceu.
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  As mãos dele desceram para as coxas dela, abrindo espaço, dando mais firmeza. As estocadas ficaram mais profundas, mais intensas. Cada investida fazia seus seios pressionarem contra o peito dele, os mamilos sensíveis roçando na pele quente. As bocas se buscavam entre gemidos e beijos molhados, enquanto ele se movia com mais urgência, com mais fome.
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  — Você é perfeita assim… — ele sussurrou no ouvido dela, mordendo levemente o lóbulo. — Toda pra mim…
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  %Chungae% tremia nos braços dele, a espinha arqueando cada vez que ele a preenchia, a fricção do clitóris no púbis dele aumentando a pressão em seu ventre até ela sentir que estava prestes a explodir. Um de seus braços envolveu o pescoço dele com força, a outra mão cravada nas costas, as unhas deixando marcas.
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  %Jungwon% a deitou com cuidado, invertendo as posições com um giro leve, mas sem sair de dentro dela. Agora por cima, ele a olhou como se estivesse vendo um milagre. E era. Era o retorno ao corpo que ele mais desejou, à mulher que ele mais amou.
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  Com os cotovelos apoiados de cada lado da cabeça dela, %Jungwon% voltou a se mover — mais ritmado, mais firme, os quadris se chocando aos dela com precisão.
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  — Olha pra mim — ele pediu, a voz embargada, os olhos escuros de desejo e emoção. — Quero ver você quando gozar.
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  Ela obedeceu, os olhos presos aos dele, o corpo inteiro contraído, implorando por alívio. Ele acelerou o ritmo, os gemidos dela ficando mais altos, mais urgentes, até o momento em que os quadris dela tremeram sob os dele e um gemido mais agudo escapou de seus lábios.
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  Ela gozou ali, nos braços dele, com os olhos cravados nos dele, o corpo arqueado, o coração disparado.
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  E ele a seguiu logo depois, com uma estocada profunda e um gemido rouco que escapou no nome dela.
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  — %Chungae%… — ele sussurrou, quase como se estivesse confessando o amor que ainda sentia.
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  E quando o corpo de ambos cedeu ao cansaço e eles ficaram ali, ofegantes, pele suada, corações batendo no mesmo ritmo… a única certeza era de que aquilo não tinha sido apenas sexo.
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  Era uma reconexão. Um reencontro que os dois esperaram, mesmo sem saber.
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❤️‍🔥❤️‍🔥❤️‍🔥

  O silêncio que se seguiu foi denso — não por constrangimento, mas pelo peso do que tinham acabado de fazer. Os corpos ainda colados, os peitos arfando, a pele suada e quente. O coração de %Jungwon% batia tão forte que ele sentia as pulsações na garganta. %Chungae% permanecia ali, deitada sobre ele, o rosto apoiado no ombro, o cheiro dele cravado nas narinas, no corpo inteiro.
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  Ela foi a primeira a se mover, deslizando lentamente para o lado, gemendo baixinho com a sensibilidade do pós.
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  %Jungwon% virou o rosto na direção dela e a encarou por alguns segundos, o olhar ainda escuro, mas agora com um toque de ironia mal contida.
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  — Então... — ele começou, a voz rouca, quebrada, mas ainda assim carregada de sarcasmo. — Isso foi… o fim? Ou mais um ponto de exclamação?
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  %Chungae% bufou uma risada baixa, puxando o lençol para cobrir parte do corpo.
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  — Se for o fim, foi um fim bem… expressivo. — respondeu, mordendo o lábio inferior.
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  %Jungwon% se ergueu um pouco sobre um dos cotovelos, observando-a com um sorriso enviesado.
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  — Você continua gemendo meu nome como se fosse a única palavra que conhece. — provocou, a voz baixa, grave.
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  Ela virou o rosto devagar, encarando-o com desafio.
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  — Você continua metido como se fosse o único homem do planeta que sabe usar a boca e os dedos ao mesmo tempo.
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  — E eu sou. — ele rebateu, sorrindo.
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  Ela soltou uma risada debochada, mas seus olhos ainda ardiam com tudo o que tinha acabado de acontecer. Ele percebeu.
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  — A gente transa como se ainda fosse um casal. — ele comentou, sem ironia dessa vez. Só provocando… com aquela pontinha de dor disfarçada.
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  — Porque o corpo ainda lembra. — ela respondeu, mais séria por um segundo. — Mas o coração... esse é mais teimoso.
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  %Jungwon% assentiu, se aproximando outra vez, puxando-a pela cintura com naturalidade, como se o toque fosse hábito antigo. Os corpos colaram de novo.
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  — Você vai embora agora, como sempre faz? — ele perguntou, os lábios tocando o ombro dela, sem beijar de fato.
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  — Ainda não decidi. — ela respondeu, virando o rosto para ele com um sorriso enviesado. — Depende…
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  — De quê?
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  — De você. Vai me fazer perder o sono de novo ou vai bancar o ex ressentido?
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  %Jungwon% riu, mordendo de leve a pele do ombro dela.
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  — Depois de tudo isso, acha mesmo que eu vou te deixar dormir?
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  Ela riu também. E, naquele quarto bagunçado, entre lençois revirados e provocações afiadas, a noite deles estava só começando outra vez.
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Lelen

MAS GENTE, SE ISSO AQUI NÃO FOR RECOMEÇO EU VIRO A MESA AGORA MESMO.
Antes a Chung-ae não tava pronta pra um compromisso desses com o Jungwon, pelo que entendi, né? Mas ele ainda se gostam, talvez eles consigam encontrar um meio termo que os dois consigam ser felizes e não sufocados. NÃO ACEITO NÃO SER RECOMEÇO, TEJE DITO. kkkkkkkkkkkkl

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