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Temporada #013

Ain't My Fault
Zara Larsson



Oh, Teacher

Escrito por Jubs

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  - ! – minha amiga, Alice, chegou afobada enquanto eu pegava alguns cadernos no meu armário
  - Oi – nem me dei o trabalho de tirar o óculos de sol que eu estava, minha cara de ressaca entregaria que eu nem havia passado a noite em casa, não que minha calça de couro e meu coturno já não entregassem isso.
  - Tá animada... – ela riu – só queria avisar que temos um novo professor
  - De que? – me animei. Eu tinha visto um cara com uma jaqueta de couro com uma cara de bad boy, lindo, entrar na escola hoje, será que era ele?
  - Matemática – ela entortou a boca – imagina é um velho, gordo, insuportável?
  - To com um bom pressentimento... – ela revirou os olhos e então fomos andando para a sala.
  Vou contar um pouco da nossa escola, é quase um internato só para garotas, a diferença é que nós temos um passe livre de fim de semana... Que foi o que aconteceu ontem, Alice não gosta muito de sair nesses dias, como estamos longe de casa, não temos muito onde ficar, quando saímos, geralmente pagamos uma diária em algum hotel ou eu passo a noite na casa de algum homem que eu conheci por aí...
  Eu sabia que hoje já ia ganhar uma advertência por não estar de uniforme, já que eu não cheguei a tempo de ir no dormitório e trocar de roupa, então estou com uma calça de couro, um top prata cheio de brilho, uma jaqueta jeans e meu coturno.
  Aqui era muito rigído, nós sempre tivemos professores homens que fossem mais velhos ou apenas mulheres, pra não ter que ser uma tentação para as alunas. Claro que se aquele homem que eu vi entrando mais cedo fosse nosso professor... Eu peço desculpas desde já para a diretora, mas eu vou ser quase obrigada a cair em tentação.
  Eu e Alice estavámos conversando na sala, esperando pela aula de matemática e pelo novo professor, eu estava muito cansada, mas provavelmente reprovaria por falta se fosse pro quarto dormir.
  - Bom dia turma, eu sou o , novo professor de vocês – nós então ouvimos uma voz grave, assim que eu me virei, senti meu coração acelerar.
  Era ele, era o mesmo cara que eu havia visto entrar, então eu estava certa, ele era mesmo nosso novo professor. Os murmurinhos na sala começaram, afinal, fazia um tempo que todas as meninas ali não vinham um homem bonito... Por mais que eu tivesse visto um ontem a noite, esse seria meu projeto pessoal, eu precisava dele.
  - ... Eu te conheço, que cara é essa – Alice falou – ele é nosso professor e você não está bem com a diretora.
  - Ok, mas você viu a cara desse professor? – mordi os lábios – você queria conhecer meu projeto pessoal... Aqui está.
  Minha amiga balançou a cabeça negativamente e eu enrolei uma das mechas vermelhas do meu cabelo no dedo.
  - Sem sussurros na minha aula – então olhou em minha direção – seu nome, senhorita.
  - O meu? – apontei para mim mesma e ele assentiu, eu levantei fazendo uma cena, tirei os óculos, joguei meus cabelos e sorri na direção dele, ele cruzou os braços e esperou – , . O prazer é todo meu, professor.
  - Certo , eu quero você na diretoria, está sem uniforme e não vai assistir minha aula – ele pegou a pasta de presença e todas as meninas olharam pra mim. Ah, eu não deixaria assim
  - Poxa professor – andei em sua direção – eu acabei chegando tarde da casa do meu irmão, não tive tempo de trocar de roupa, você entende, não? – ele estava sentado na mesa do professor, então eu me debrucei, meus cabelos vermelhos caíram sobre os papéis e então sua respiração acelerou – juro que isso nunca mais vai acontecer – sorri abertamente e me afastei.
  - Vá se sentar – ele tirou sua jaqueta de couro e pigarreou – bom, turma...
  Eu voltei para o meu lugar e sorri, eu sabia que ele não resistiria, só não sabia quem não resistiria primeiro, eu ou ele.
  - Você é maluca – Alice sussurrou e eu pisquei.

It ain't my fault you keep turning me on
It ain't my fault you got, got me so gone

[…]

  Claro que dar em cima de um professor em uma escola só para meninas com a diretora no meu pé era muito difícil, eu era uma das poucas meninas que ainda saíam no fim de semana, as outras iam se acostumando com a escola, eu saía em qualquer oportunidade, como no momento... Os professores não dormiam na escola, a maioria morava em um prédio perto da escola ou no bairro mesmo, eu precisava descobrir onde morava e não podia esperar mais uma semana.
  Pra contextualizar, passou-se duas semanas desde que vi pela primeira vez e teve toda a cena na sala de aula, depois desse dia, eu fui tentando trombar com ele na escola e nunca dava certo, a diretora pegou muito no meu pé por conta do dia sem uniforme e eu acabei ficando um fim de semana sem sair, por isso não pude ir atrás de .
  Nesse final de semana ia rolar uma festa no centro da cidade e eu não ia perder pra ir atrás de , então hoje era quinta feira e eu estava preparada pra fugir, eu poderia faltar no dia seguinte e Alice me daria cobertura, eu só precisava achar onde morava, depois eu dava entrada no hotel que eu tinha reservado para o final de semana, ia pra festa no sábado, domingo eu estava de volta na escola e tava tudo bem.
  Eu peguei uma mochila, coloquei as trocas de roupa e então fui tomar banho. Ao sair, coloquei uma calça preta, um tênis e um moletom também preto, meu cabelo era bem vermelho, já que eu sempre pintei ele, então não seria fácil de esconder, mas o capuz ajudaria bastante.
  - Qual é o plano? – Alice me ajudava na arrumação da mochila.
  - Achar a casa dele, deixar o convite da festa de sábado e ir pro hotel, na festa eu desenrolo, você sabe – terminamos de arrumar a mochila e eu chequei como estava o campus, algumas meninas andando por aí e outras em aula
  - Toma cuidado e me avisa qualquer coisa, tudo bem? – ela me abraçou – sabe que ninguém pode saber que você chegou perto de , senão você perde a bolsa.
  - Eu sei ser discreta, pode deixar – mandei um beijo e fui em direção a saída.
  Sair escondida de um internato é tão difícil como eles mostram nos filmes, eu juro. Mas eu não tenho tempo de falar disso agora, já fora do internato, pedi um uber e fui pra onde os professores costumam morar.
  Eu poderia dar muita sorte de morar aqui... Mas assim que eu cheguei perto do prédio e fui andando pelo bairro, vi um carro parar em um dos prédios mais a frente e então vi sair dele. Até que não foi tão difícil assim. Eu coloquei o capuz e andei até o prédio, como aqui muitos me reconheceriam, eu não poderia deixar nada tão na cara. Eu subi até a recepção do prédio e perguntei se poderia deixar um convite para o senhor .
  - Claro, eu devo interfonar? – o porteiro falou
  - Não, não precisa – sorri – você pode entregar ou deixar na porta, só tem que ser urgente, só não diga que eu vim, tudo bem?
  Ele assentiu e eu deixei o flyer com ele. Eu pedi um uber até o hotel, fiz o meu check-in e fiquei sem fazer nada o resto do dia.

[...]

  SÁBADO, DIA DA FESTA.
  Eu estava a caminho da festa, com um vestido prata todo colado, meu cabelo solto e com algumas ondas e com uma maquiagem de chamar atenção de qualquer um. Cheguei na festa e fui direto para o bar pedir um drink, quando começou a tocar uma música que eu amo e eu fui obrigada a ir para a pista de dança.
  A festa já estava bem cheia e eu só procurava por ali... Será que ele viria?
  Depois de alguns drinks e algumas danças, paralisei quando olhei para a porta. . Mais gostoso do que nunca, sua inseparável jaqueta de couro, aquele ar de bad boy que me tirava o folego... Fui em sua direção, mordendo o canudo do meu drink.

I can't talk right now, I'm looking and
I like what I'm seeing
Got me feeling kinda shocked right now
Could've stopped right now, even if I wanted
Gotta get it, get it, get it, while it's hot right now

  - Professor – sorri em sua direção
  - – ele me olhou e sorriu – não me surpreende que esteja nessa festa. Aliás, porque também não me surpreende que tenha sido você que me deixou o convite? – ele colocou as mãos dentro do bolso da jaqueta e eu quis gemer de excitação
  - E você aceitou – cheguei perto e passei minhas unhas pintadas de preto no seu braço.
  - ... Você é minha aluna – ele engoliu seco
  - Nós estamos fora da escola agora – eu estava tão perto que poderia sentir o seu perfume, mesmo de salto alto, ainda batia em seu pescoço e precisava levantar um pouco a cabeça para olhar em seus olhos - Por favor, não me culpe pelo que acontecerá agora – falei a letra da música que tocava na hora, que encaixava perfeitamente no momento.
  - Sabe que estamos encrencados – ele soltou o ar – o que quer de mim?

Oh my god, what is this
Want you all in my business
Baby I insist
Please don't blame me for what ever happens next

  - Apenas essa noite… - sussurrei no seu ouvido – pode ser no seu apartamento ou no meu quarto de hotel

No I, can't be responsible
If I, get you in trouble now
See you're, too irresistible
Yeah that's for sure

  - Vamos para o meu apartamento – ele pegou em minha cintura e então fomos para fora da festa.
  Eu precisava beijá-lo, precisava senti-lo nem que fosse apenas por segundos.
  Nós entramos no carro dele e ele estava dirigindo para o apartamento.
  - Qual sua idade? – ele perguntou
  - Dezoito.
  - Signo?
  - Signo? – eu dei risada
  - Eu estou nervoso – ele respirou fundo e deu risada também – estou querendo te beijar desde que você me desafiou na sala de aula.
  - Áries – dei de ombros e senti minha intimidade pulsar.
  - Escorpião – respondeu
  Entendi toda a tensão sexual.

So if I put your hands where my eyes can't see
Then you're the one who's got a hold on me
No I can't be responsible, responsible
It ain't my fault

  Ao chegar no seu prédio, nos comportamos até chegar no corredor do seu apartamento, foi quando ele me puxou pela cintura e me beijou ali mesmo, seu beijo era urgente, quente e incrivelmente bom, nós entramos no apartamento nos beijando, nada parecia agressivo, tudo parecia milimetricamente planejado, ele explorava cada parte do meu corpo, parecia querer me sentir por dias e eu me sentia exatamente igual.

It ain't my fault you came here looking like that
You just made me trip, fall, and land on your lap
Certain bad boy smooth, body hotter than a summer
I don't mean to be rude, but I look so damn good on ya

  Nós fomos para o seu quarto e meu corpo parecia implorar pelo dele quando ele se afastava por alguns segundos, eu poderia morar tranquilamente no seu corpo, no seu quarto, na sua cama e também nos seus braços. Tudo estava intenso demais, ora era rápido, ora era devagar e eu só queria que aquilo durasse horas, para que eu pudesse senti-lo cada vez mais.

Baby one, two, three
Your body's calling me
And I know wherever you're at
Is exactly where I wanna be
But don't blame me
It ain't my fault

  Meu corpo sabia exatamente onde queria estar, onde eu precisava estar. Quando acabou, eu me sentia entorpecida, anestesiada.

[...]

  De volta para o colégio, ainda precisava cair a ficha do que havia acontecido no final de semana... Eu e havíamos transado no domingo todo, todos os momentos que achavamos apropriado.
  Na segunda de manhã, eu disse pra ele que era apenas isso, que acabou e ele concordou.
  Mas quando eu estava na minha terceira aula do dia...

  : Quer passar o final de semana comigo?

It ain't my fault (no, no, no, no)
It ain't my fault (no, no, no, no)
It ain't my fault you got me so gone
It ain't my fault you got me so gone
Oh, well that's too bad it ain't my fault

FIM