Oh Holy Night

Escrito por Bruna Villanueva | Revisado por Lelen

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  - Pelo amor de Deus, , eu pensei que iríamos estar casados neste Natal. – Patrick disse enquanto eu preparava a mesa – no entanto você insiste em esperar.
  Não sei por que, mas eu ri nessa parte, imaginei um: pelo amor de Deus, mulher, não seja burra! Eu era completamente apaixonada por Pat, namorávamos há seis anos, mas eu queria esperar para me casar, não porque houvesse alguma dúvida de que eu o amava, mas sim porque casamentos me deixavam nervosa.

Não quero muita coisa esse natal
Só há uma coisa de que preciso
Não ligo para presentes
Sob a árvore de natal
Não preciso pendurar minha meia
Sobre a lareira
Papai Noel não vai me deixar feliz
Com um brinquedo no natal

  - Já conversamos sobre isso, Kirch – respondi enquanto colocava os copos sobre a mesa, - podemos esperar mais um ano ou dois, não precisamos ter  pressa.
  - Por que você tem tanto medo de se casar? – Pat contra atacou, eram sempre os mesmos argumentos, porém, eu sabia que uma hora eu cederia e enfim diria o tão esperado sim.
  - Eu não tenho medo – respondi depressa.
  Era noite de natal, todos os nossos amigos estariam aqui hoje, assim como todos os anos, era óbvio que mediante a situação, Pat aprontaria algo, e era natal, quem sabe um milagre aconteceria?

Só quero ter você para mim
Mais do que você poderia imaginar
Faça o meu desejo virar realidade
Tudo que eu quero de natal é você

  Tudo já estava pronto, Pat estava no banho e eu estava me arrumava no quarto, estava usando um vestido de cetim azul turquesa com alças nem tão finas apesar do frio cortante do inverno, uma sapatilha preta e minha maquiagem era clara. Não demorei muito para me aprontar, na verdade já estava pronta quando a campainha.
  Ótimo, alguém já havia chegado e Pat ainda estava enfurnado dentro daquele banheiro. Corri para atender a porta e ao abrir dei de cara com um John sorridente.
  - , você está deslumbrante essa noite –  John disse após dar-me um abraço de urso.
  - Faça-me o favor O’Callaghan, eu estou deslumbrante sempre – pisquei para ele, - sozinho dessa vez?

  Dei espaço para que ele entrasse e assim ele o fez. Natal, essa era minha data comemorativa favorita, por quê? Além de tudo ganhar mais brilho, o amor e a esperança estarem no ar, as pessoas que amávamos estavam sempre ao nosso lado, mesmo que passássemos anos sem vê-las, no final sempre estariam próximas a nós. Esse era o caso, com o trabalho, Pat dificilmente via os amigos, e nós raramente estávamos todos reunidos. Mas ai vinha o natal e todos nós passávamos uma noite inteira juntos, o clima era sempre bom, por estarmos na companhia uns dos outros. 

  - Sim, Manuella estava, teve uma viagem – John sorriu, - França, não sei ao certo o motivo, então cá estou eu sozinho de novo.
  - Bem que eu ouvi uma voz de mulherzinha,  O’Callaghan, tá fazendo o que aqui? – Pat finalmente apareceu.
  - Como se você não soubesse – John disse rindo, aquela risada gostosa e familiar.

Não vou pedir muito esse natal
Não vou nem pedir neveu
Só vou continuar esperando
Sob o visco
Não vou fazer uma lista e mandar
Para o Polo Norte para o São Nicolau
Não vou nem ficar acordado para
Ouvir as renas mágicas

  Já estávamos todos reunidos, Kennedy, Meredith, Garrett e Susan. Algumas taças de champagne já haviam rolado, estávamos todos sentados em volta da árvore para troca de presentes, Garrett estava jogado no chão para lá de alto, Meredith e Susan estavam comentando sobre o fato de John estar sozinho nesse natal, Kennedy estava reclamando da demora da ceia natalina, e de como estava com fome, e eu estava sentada ao lado de John, apenas observando toda aquela cena, gostosa e familiar de se presenciar.

Tudo que eu quero de natal é você

Não quero muita coisa esse natal
Só há uma coisa de que preciso
Não ligo para presentes
Sob a árvore de natal
Não preciso pendurar minha meia
Sobre a lareira
Papai noel não vai me deixar feliz
Com um brinquedo no natal

Só quero ter você para mim
Mais do que você poderia imaginar
Faça o meu desejo virar realidade
Tudo que eu quero de natal é você

Não vou pedir muito esse natal
Não vou nem pedir neveu
Só vou continuar esperando
Sob o visco
Não vou fazer uma lista e mandar
Para o Polo Norte para o São Nicolau
Não vou nem ficar acordado para
Ouvir as renas mágicas

Pois eu quero você aqui hoje à noite
Me abraçando forte
O que mais posso fazer?
Pois baby, tudo que eu quero de natal é você
Você, oh baby

Todas as luzes estão brilhando
Brilhando forte em todo lugar
E o som das crianças
E suas risadas preenchem o ar

E todos estão cantando
Ouço os sinos dos trenós tocando
Papai Noel, você não quer me trazer aquele de quem preciso?
Por favor, traga o meu amor para mim

  Todos trocamos os presentes e então chegou a vez de Pat, ele se virou para mim sorrindo, o meu sorriso, o que eu mais amava. Ele me olhava com expectativa e uma certa felicidade o que automaticamente me deixou feliz também.

  - O que dizer, é natal e eu acredito em milagres – Pat começou com um discurso, - eu sei muito bem do medo de casamento que essa pessoa aqui tem, mas como eu já disse, acredito em milagres, principalmente em milagres natalinos. Eu não quero presente, eu não quero nada, aliás, tudo o que eu quero nesse natal é você – Então Pat sorriu para mim, e eu já estava chorando – , você aceita se casar comigo?

  Eu não podia dizer não, eu não queria dizer não, para mim já bastava, eu precisava dizer aquilo:

  - Sim, sim, sim – explodi em alegria pegando a caixinha vermelha que Pat estendeu para mim ao se ajoelhar a minha frente para fazer o pedido - Patrick John Kirch, eu aceito me casar com você.

  Neste mesmo momento, nossos amigos explodiram em assovios e palmas, Pat me abraçou girando-me no ar e então nos beijamos, e quem foi que disse que milagres não acontecem?

FIM.