O Diário de Rosenberg
Escrito por Helen B.
Desde pequena eu sonhava com o dia em que poderia destruir Nicklaus Mikaelson, assim como ele fez comigo, tirando tudo o que eu amava e me obrigando a viver longe das ultimas pessoas que realmente me amavam. Mas agora eu poderia ter minha vingança, e ela seria em Hope Mikaelson.
Eu passei dez meses em Nova Orleans preparando tudo juntamente a Francesca Correa, - que queria quase o mesmo que eu -, então eu forneci a ela os pontos fracos daquela família e, em troca, ela me informava o que estava acontecendo, aos poucos formamos uma aliança com as bruxas nos tornando mais fortes ainda.
Meu informante em Nova Orleans havia dito recentemente que Nicklaus amava uma vampira chamada Caroline Forbes, se não me engano. Eu aproveitei e mandei-o ficar de olho nela e fazer uma visitinha à sua mãe, a xerife de Mystic Falls. Descobri que Damon e Stefan Salvatore ainda estavam vivos – para minha surpresa - e que havia viajantes na cidade; descobri também que Helena Gilbert e Damon haviam se sacrificado para livrar a cidade daqueles nojentos.
Mudei-me a semana seguinte para Mystic Falls, onde pude tentar ter uma vida normal. Eu, meu , uma filial na cidade e a mansão Rosenberg apenas para mim e . Duas semanas depois, estava tudo pronto para nossa vingança, as bruxas poderiam terminar sua colheita, Francesca poderia ser uma loba poderosa e eu teria minha vingança.
Tudo ocorreu bem naquela semana. O menor dano foi que meu informante morreu, Thierry faria uma enorme falta - mesmo eu sequer sabendo se seu nome escrevia-se assim -, o grande dia chegou e se foi sem grandes problemas ou perdas, a não ser uma; Nicklaus não morreu.
Eu estava feliz, havia conseguido o que queria e fiquei ainda mais feliz por saber que Nicklaus morreria aos poucos. Mas infelizmente Hope havia morrido, ou era o que eu achava até ver Rebekah Mikaelson andando pela vizinhança com Hope em um carrinho de bebê. Comuniquei a Francesca e ela achou que eu deveria ficar de olho, que foi o que eu fiz.
Algumas semanas depois eu acordei - à noite - com latindo da varanda e vi algo na porta. Amarrei em um coque frouxo e a abri, vendo uma criança recém-nascida dentro de uma caixa de papelão molhada. Quem mais deixa uma criança na porta de alguém hoje em dia? No momento isso não importava, eu cuidaria dela e pela manhã a levaria até o hospital para fazer alguns exames.
Logo, Hope tornou-se amiga de - a criança que adotei após ser deixada em minha porta -, Rebekah, sequer sabia que seu irmão havia acabado com minha vida séculos atrás, o que era muito bom, pois ela não esperaria que eu atacasse sua adorável “filha”.
era um garoto muito bonito e inteligente. Ele não era cem por cento humano, cem por cento vampiro e nem cem por cento lobisomem, disso eu tinha certeza. Ele era igual à Hope, mas eu não sabia o porquê, não sabia a qual linhagem pertencia, quem eram seus pais ou até mesmo o porquê de ter sido deixado em minha porta, nada fazia sentido.
Anos depois, Elijah apareceu na cidade à procura de Hope e Rebekah, mas elas haviam viajando para algum lugar paradisíaco bem longe dali. Acabamos nos tornando amigos e eu descobri que Francesca havia sido derrotada há meses. Ele perguntou se era meu filho e se eu era humana, recebeu um claro e óbvio não, mas continuou com o questionamento.
Acabei seduzindo-o, sabendo que Hayley – a verdadeira mãe de Hope - não aprovaria, já que eles tinham uma espécie de relacionamento. E se eu sabia que aquela família ainda possuía feridas não cicatrizadas, eu as abriria ao máximo e, digamos, que fazer algo com Elijah não foi - nem nunca será - sacrifício algum.
Meu “filho” adorava Elijah e ele passou a visitar-me com frequência, mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde Hayley descobriria, mas não ligávamos e nos encontrávamos cada vez mais. Ele sempre nos levava –a mim e a - a lugares maravilhosos, passando cada vez mais tempo longe de casa e de Hayley.
Quando Rebekah finalmente voltou, Hope já tinha cinco anos e , quatro. Elijah nos levou até Nova Orleans e Hope conheceu a verdadeira mãe, foi uma cena muito adorável, - adorável até demais -, e pude perceber que Hayley queria me matar, porque, sinceramente, o ciúme estava tomando conta de sua expressão.
Disse que estava passando mal e iria voltar para Mystic Falls. Elijah, claro, ofereceu-se para ir e eu fui dizendo que Hayley me odiava, que não deveríamos mais nos ver, que eu estava cansada de ser a outra e outras coisas do gênero, fazendo-o sentir-se culpado e dizer que terminava com Hayley e que poderíamos até noivar se eu quisesse.
Ele disse que Hope já tinha um pai e que estava precisando de uma figura paterna em casa. Tudo o que eu queria que ele fizesse, meu plano estava dando certo, e em breve eu conseguiria virá-lo contra aquela família idiota. Ele beijou-me e acabamos fazendo amor naquela noite com ele dizendo que me amava.
Elijah realmente terminou com Hayley e ele tomou-me como esposa alguns meses depois. Nicklaus aparentava estar feliz pelo irmão e por ter a filha de volta. já chamava Elijah de pai - o que o deixava feliz -, e o mesmo sempre estava presente na escola, em reuniões e levando-o ao médico sempre que necessário.
Em um rigoroso inverno. Enquanto Elijah, e eu caminhávamos pela praça, ouvimos um choro fino vindo de uma das lixeiras que ficavam lá, encontrando um bebê muito pequeno e frio. Elijah correu até o carro e peguei para levarmos o bebê para o hospital. Não sabíamos quem havia deixado-o ali, para morrer, mas logo comunicamos a xerife que tomou providências e prendeu a mãe da pequena Faith - que Elijah e eu havíamos adotado -, uma menor de idade que estava viajando e acabou tendo a filha em um beco próximo dali.
Quando já tinha dez anos e , cinco, nos mudamos para a Inglaterra; Londres, mais precisamente, onde eu havia inaugurado uma filial da minha multinacional. Elijah colocou as crianças em um das melhores escolas do país e tudo parecia perfeito, tínhamos filhos maravilhosos, estávamos casados, nos amávamos...
Até que eu recebi a noticia que Damon havia retornado do “mundo dos mortos” e que, após saber que eu ainda estava viva, queria a todo custo falar comigo. Elijah sentia ciúme de mim depois de saber que eu e Damon já fomos namorados e cheguei a noivar. Eu tinha que ir, se não, ele viria até nós e eu não podia arriscar.
Eu estava com o coração apertado por ter deixado Elijah e as crianças na Inglaterra, mas se eu não o fizesse, Damon poderia estragar tudo - o que não seria uma novidade. Helena passou a maior parte do tempo grudada em seu pescoço e enchendo-o de beijos, - o que me deu ânsia -, mas ele parecia não ligar.
Depois de presenciar aquele pornô ao vivo, pude retornar para minha casa sob o frio londrino e para minha família. Elijah parecia mais distante e descobri que eram ciúmes, após falar o que houve lá, ele voltou a ser o Elijah de antes; brincalhão, protetor, e acima de tudo, o amor da minha vida.
O tempo passou rápido e as crianças já haviam terminado o colegial, no caso de , a faculdade. já tinha vinte anos e estava há três anos em Harvard. Ao contrário do irmão, - que após terminar o colegial demorou em fazer faculdade -, ela já tinha vários planos e decidiu que queria viver pela eternidade, diferente de .
As crianças cresceram e Aiden optou por transformar-se aos vinte e um anos, mas Abigail decidiu ser mãe e amamentar o filho - o que eu achei uma idiotice já que existe banco de leite -, que teve com um empresário que é presidente de uma das minhas filiais.
Hayley acabou ficando com um cara que eu não lembro o nome, Hope ficou com meu filho, Nicklaus ficou com a Caroline, Damon com a Helena, e - para minha surpresa - minha filha com Stefan. Ao longo dos anos, contei a verdade para Elijah, e, mesmo ele ficando bravo e com raiva de mim, no fim, voltávamos a ficar juntos - para a infelicidade de Hayley.
Os anos passaram, eu fui bisavó, adotei um garotinho que encontrei na rua, outro cachorro, abri mais filiais e continuei contando segredos que apenas eu sabia para Elijah - o que não o deixava mais com raiva, pois não afetavam sua família -, e nossa vida seguia sem muitas complicações.
Nicklaus morreu alguns anos depois - uns dez, talvez. Eu fiquei ainda mais feliz –deixando Elijah com raiva - e Hope recorreu à mim, sendo que devia recorrer à mãe. Hayley nunca superou o término com Elijah ou a filha preferir a mim, mas quem aguentaria aquela velha ranzinza? Tenho pena de meu filho por tê-la como sogra.
Bem, espero que algum dia meus descendentes encontrem esse diário e o protejam, pois dentre os inúmeros segredos que ainda guardo, os mais importantes – aqueles que eu sequer ousei contar a Elijah - descansam aqui, junto das mais inusitadas histórias que uma vampira de três mil anos poderia vier.
FIM
Nota: Olá! O que achou? Quero ver seu comentário viu? Prometo responder o mais rápido possível. Até a próxima!