Now or Never

Escrito por Lysse | Revisado por Mariana

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Band-aids não curam buracos de bala

  “Eu estou apaixonada por ele!”
  A realização daquele ato hediondo a fez perceber o quão longe estava de sua paz – as lágrimas borram a mais perfeita das maquiagem, enquanto sentia aquela sensação obtusa entre seus poros. E, como a magia dos antigos, ela percebeu que jamais poderia estar com ele.
  A primeira coisa que ela se lembrava daquela relação: ódio.
  Era ódio, desdém e mais ódio – das palavras cuspidas aos quatro cantos da velha mansão, dos ensinamentos que estavam cravados em sua pele, enquanto a imagem à sua frente mostrava o poder que ela detinha desde seu nascimento.
   nasceu numa família proeminente em Eclia – um dos clãs mais antigos, descendentes diretos das temíveis raposas de Nove Caudas, enquanto talvez aquele motivo mostrasse que a sua vida sempre foi regrada a desejos mundanos, entre uma busca incessante pelo poder.
  Como algo que estava gravado a ferro em sua pele, sempre esteve acima de muitos, e abaixo dos ensinamentos antigos de sua família, e talvez foi o seu ego que a levou aquele caminho, enquanto as lembranças dos beijos pecaminosos sobre sua a pele, do suor que compartilhou, dos barulhos que escapou de sua boca, ao mesmo tempo em que dividia uma parte de si mesma com ele, dos medos que foram retirados em camadas de sua própria pele.
  “Eu irei me casar com Lily”, os olhos negros como o breu encarava os verdes, enquanto encarava incrédula aquelas palavras. Casar com Lily? Mas e eles? O mesmo deu as costas, ao passo em que estava catatônica no ato, a chuva pingava sobre suas roupas, enquanto ela pouco se importou com isso.
  Eu irei casar com Lily, as palavras ditas pareciam navalhas em seu corpo, enquanto a mesma sentia a bile subir. Como assim? Por que ele iria casar com Lily se era com que ele dormia todas as noites? Que fodia contra a parede do quarto? Que deitava-se sobre o corpo dela? Que a amava de todas as formas pecaminosas existentes? Por que ele iria dizer isso?
  Ah, será que... Ele jamais a amou?
  A primeira vez que o vira fora aos 10 anos de idade e, naquele momento, ela havia o odiado ao ponto de serem inimigos declarados. Mas de inimigos se tornaram amantes, de amantes a namorados secretos, mas todo mundo percebia a tensão entre eles.
  Havia aquela conexão entre eles.
   Blackwood sempre estava em seus pensamentos mais impuros, com suas mãos sobre seu corpo, com seus dedos acariciando sua pele, com seus lábios trafegando sua pele pálida levando toda a sanidade restante para a lua.
   McQueen sempre pensava nele.
  A última vez que o viu foi quando o mesmo lhe deu as costas numa noite de inverno, anunciando o casamento com a herdeira dos Brown. Fazia exatos dez dias desde isso, dez malditos dias que não havia qualquer notícia dele lhe dizendo que aquilo era uma piada.
  Que ele estava brincando com , mas não era.
  Naquela mesma noite, acreditava que tinha tudo.
  Perdeu.
  Ela havia perdido pela primeira vez na vida – a mesma encarou a chuva caindo, enquanto o chá foi posto ao seu lado, enquanto cada sentimento que sentia por a tornava menos racional a cada momento que passava, em que pensava nas palavras ditas e repetidas por eles.
    Estava catatônica, os dedos fechando em punhos, enquanto mordia o lábio inferior com força.
  Inferno, quem diabos era Blackwood para fazer isso com ela?
  — . ?
  A mulher ignorou prontamente a pessoa, enquanto encarava a chuva, então as mãos seguraram seu rosto, os olhos acinzentados fixos nos seus, enquanto a mesma sentiu as malditas lágrimas que evitava deslizar por sua face.
  Estava doendo.
  Estava doendo para caralho! soluçou, enquanto se jogou nos braços dele, o mesmo segurando seu corpo que tremia devido ao frio, a chuva que pegava, e devido ao emocional instável.
  Quem era Blackwood para fazê-la chorar feito um bebê? Enquanto as mãos acariciavam suas costas, ao passo que pensou em se afastar dele, porém as mãos a prenderam no braço.
  — Está tudo bem.
  — Não está, . Não está.
  — Vai ficar tudo bem.
  Dentre todos os acontecimentos em sua vida, sempre lhe deixava cicatrizes, e aquela cicatriz sempre esteve ali.
   tinha que conviver com isso.

X

  O convite chegará a sua mansão mais por mera formalidade.
  Afinal, a família Brown era próxima dos McQueen, e logo, estariam próximos dos Blackwood, encarou o nome enfeitado de Lily e naquele convite, em como o ódio inflamou em suas veias ao pensar no dito casal.
  As flores, enquanto a foto se mexia. Como ela odiava aquele tipo de coisa? Enquanto, as vozes de seus parentes soavam parabenizando o enlace de ambos.
  — Um casal feito nos céus.
  A voz de sua terceira tia irritou ela, então a mais jovem apenas se levantou ignorando os olhares de seus mais velhos, apesar de que seu avô, William, sabia do que se tratava tudo aquilo.
  Afinal, havia implorado para ele –, para que ele lhe desse sua benção, que permitisse que ela deixasse o ninho dos McQueen para se tornar uma Blackwood, havia dito que daria tudo que o mais velho desejasse.
  Se quisesse que ela desse uma criança para dinastia McQueen, ela daria, desde que ele concedesse seu desejo de ser esposa dele.
   sentiu o ar fugindo de seus punhos, aqueles quase 12 anos de relacionamento não valiam em nada para que a deixou, as mãos estavam em sua costa, enquanto o mais velho beijou sua testa e limpou as lágrimas traiçoeiras que desciam por sua face.
  — A última vez que vi você chorar... Foi no aniversário de sua mãe, quando tinha 10 anos.
  — Minhas lágrimas não valem para ele?
  Ela perguntou, enquanto seu avô beijou sua testa a trazendo para seus braços, novamente se sentia frágil demais naquele momento, como um bebê recém-nascido.
  — Se quiser, podemos matá-lo?
  — Vovô!
  — Tenho certeza que seus irmãos iriam trazer justiça a você.
  Apenas beijou a testa da neta, enquanto limpou as lágrimas que desciam por sua face.
  — Eu queimarei a mansão deles por você. Ninguém deve fazer minha princesa chorar.
  William apenas segurou o rosto dela, enquanto percebeu os seus olhos favoritos repletos de lágrimas.
  — Vamos queimar a mansão deles.
  Ela riu, uma risada seca, enquanto balançou a cabeça, ao passo em que o beijo de seu avô repousou em sua testa.
  Eles eram inimigos naturais.

X

2010.

  O relacionamento entre eles era ruim.
  Desde que estavam em Pendragon, desde o momento que se cruzaram, desde que... Suas famílias se odiavam profundamente, ao passo que ninguém ousava contar tal história. Mas lá estavam os dois, curiosos um sobre outro, curiosos sobre os corpos, culpava os hormônios enquanto o beijou que roubou estava queimando seus lábios.
  Ela queria mais.
  Desejava mais, enquanto apenas esqueceu que estavam na escola, esqueceu que estavam na biblioteca apinhada de alunos, enquanto seus lábios tocaram os deles novamente. A sensação era queimante e viciante, de tal modo que as mãos dele se fecharam ao redor da cintura dela.
  Eram adolescentes cheios de hormônio, pensou , mas ela sabia que a curiosidade levava a outros lugares, enquanto tomou seus lábios primeiro.
  Aquele seria seu vício mais pecaminoso em sua vida.
  — Gostou do meu beijo, McQueen?
   sempre negou que tivesse bons beijos, mas os beijos do então aluno dos Falcões levam a caminhos que o pecado aceitou. A mulher suspirou, enquanto estava jogada em sua cama, os pensamentos sobre o casamento variam em sua mente, ao passo em que soltou o ar dos pulmões.
  Talvez queimar a mansão deles não fosse ruim, mas sorriu ao sentir as mãos sobre suas costas enquanto a mais velha lhe deu um sorriso gentil.
  — O que se passa nessa cabecinha, hm?
  — Vovó.
  — Se sua mãe estivesse aqui, ela daria os conselhos, mas como não está e seu pai prefere que você virá uma Santa do que se casar... – murmurou Thereza McQueen com pesar, enquanto passou as mãos sobre os cabelos dela – Soube que você não quer ir ao baile, meu amor. O que houve? E sua tradição favorita no ano.
  — Vai ser chato.
  — Chato? Se a Srta. Delacroix ouvisse isso, ela surtaria.
  — Mas a Cassie tem seus problemas.
  Lembrou, enquanto apenas afundou sobre a colcha da cama.
  — está aqui.
   suspirou, enquanto apenas encarou a avó.
  — Dê uma chance a ele.
  — Chance?
  — Você me entendeu.
  — Vovó, somos amigos de adolescência e colegas de trabalho.
  Thereza apenas tocou na face de sua neta.
  — Você é igualzinha ao William, você não vê suas emoções, minha pequena.
  Franziu o cenho, ao passo em que a Thereza deixou o quarto.
  O que ela queria dizer com aquilo?

   manteve um sorriso aberto e sincero, olhava desconfiada para as sacolas nas mãos dele.
  — O que é isso?
  — Bebida. Algumas fotos do . Álcool. E isqueiro.
   começou a gargalhar enquanto encarava , que sorriu para ela, o rapaz então indicou para a pequena sacola enquanto jogou para ela.
  — Vamos.

X

  — Você provavelmente tem cópias disso, não é?
  — Talvez. Não se preocupe.
  Os dois estavam sentados no quintal, enquanto a bacia queimava lentamente cada papel jogado por eles.
  — Podíamos ter usado magia?
  — E qual seria a graça?
  Retrucou o amigo, enquanto ela observava os papéis queimando e rindo, o álcool estava fazendo efeito, enquanto colocou os braços ao redor dela.
  — Podíamos ter feito magia.
  — Nem começa. Como se sente?
  — Obrigada.
  — Disponha, milady.
  Ele sorriu, enquanto apenas beijou a testa dela.
  — Você sente falta dele?
  — Hm, nosso relacionamento era ruim.
  Admitiu enquanto riu, sentiu as lágrimas descendo por sua face, era ruim. Nenhum dos dois cedeu aos caprichos um do outro, ninguém queria desistir de suas próprias ambições.
   queria tudo e também, enquanto ambos não queriam perder nada.
  E acabaram perdendo um ao outro.

2015.

   apenas encarou ele.
  Uma expressão aborrecida pintava sua face, estava de mãos dadas com Olívia, a mesma Olívia que vivia de gracejos com e boa parte dos rapazes solteiros, McQueen tentou conter a cara de mau humor que queria habitar sua face, ao mesmo tempo em que a taça foi tomada de sua mão, a pessoa era sempre que estava ao seu lado.
   LeBlanc sorriu, enquanto a puxou para uma dança.
  — Melhor?
  — Não.
  — Você deveria estar feliz.
  — Eu posso ser feliz?
  — Você merece ser feliz, .
  Beijou sua testa, enquanto a mesma apenas se deixou levar pela melodia calma da música.
  — Você e ele? Ele é meu primo!
  — Não aconteceu nada. Diferente de você, e Srta. Olivia Urich.
  Devolveu ácida, enquanto riu.
  — Eu fui obrigado. E você? Foi obrigada a dançar com ele? A deixar ele beijar você?
  — Ele beijou a minha testa. Isso se chama afeto. ALGUÉM pelo menos se importa com os meus sentimentos.
  — Claro que se importa! Afinal, ele é apaixonado por você!
   apenas chutou a parede, enquanto encarou séria, ao mesmo tempo em que ela decidiu partir.
  — Não vá.
  — Isso está se arrastando, . Eu nem posso ficar com você em público por causa...
  — Eu sei. Eu sinto muito.
  Ele sussurrou, enquanto apenas a puxou para seus braços.
  — Eu irei resolver.

  Ele não resolveu.
  Aquilo se arrastou por mais três anos, até aquele fatídico, riu, enquanto bebeu mais um whisky de salamandra, ao mesmo tempo em que jogou mais uma foto de , mas a chama se queimou levemente seus dedos.
  E ela soltou um grunhido.
  — Você está bem?
  — Só meu coração partido.
  Ela riu, enquanto apenas pegou a pomada da bolsa de cura para corações partidos.
  — Deve tomar cuidado.
  — Hm, isso não é...
  — Flor de algodão. Também para tratamento de beleza. Você precisa.
   colocou na nariz dela, enquanto a mesma riu, e pegou um pouco do creme colocado na testa dele.
  — Você é mais velho.
  — Ora, eu não...
   tentava passar a pomada, enquanto se mexia na grama.
  — Você precisa mais do que eu.
  — Não sabia que estava chorando.
   riu, enquanto estava por cima dele, seus dedos sobre a face dele, porém, ela percebeu que a situação em si era estranha para ambos.
  — Desculpe.
  Sussurrou, enquanto tentou se afastar, passou a ficar por cima dela, os olhos acinzentados pelo que.
  — Eu não peço desculpas.
  O beijo foi rápido, singelo enquanto a mesma encarava o homem beijando o nariz, e ri da expressão dela de frustração.
  — Você quer que eu te beije?
  Antes, teria dito não imediatamente, porém, ela sempre foi mais de ações do que de palavras, enquanto apenas o puxou para seus lábios.
  O choque entre eles, enquanto o cheiro de café escapava dele, e a mesma sentiu as mãos ao redor de seu pescoço, o arrepio descendo por sua espinha, os lábios mordendo os seus com cautela, e ao mesmo tempo cuidado com ela, enquanto a mesma se colocou acima dele.
  Beijando lentamente o rosto dele, o rosto, enquanto os lábios foram preenchidos, enquanto todas aquelas emoções pareciam entrar em conflito.
  Então, o barulho soou, enquanto a mesma se afastou dele –, o rosto vermelho, enquanto segurou sua cintura.
  — Eu...
  — Não se arrependa. Hm, eu acho melhor eu ir.
  A mulher viu ele se levantar, ao mesmo tempo em que ela segurou suas vestes.
  — Fica.
  — . Eu não vou...
  — Fica.
  Ela pediu, enquanto se aproximou dela, e encarou os olhos verdes fixos em si, ao mesmo tempo em que ela sorriu.
  — Você bebeu. Não deve ir assim. Fica.
  — Hm, tem outro motivo?
  Ele sorriu, enquanto torceu os lábios, enquanto apenas beijou o canto da boca dele fazendo se virar para ela com surpresa.
  — Vai ficar?
  — Com prazer.

X

2019.

  Novamente, ela foi deixada de lado.
  Apenas pegou a bolsa de cima da mesinha e deixou o bilhete sobre a cômoda, não havia mais nenhum motivo para esperar por ele, sentiu toda aquela frustração de nunca ser prioridade para .
  Sempre era deixada para depois, encarava o relógio marcando duas da manhã, enquanto riu de sua própria ruína.
  Ela não tinha mais nenhum orgulho.
  Então, apenas aparatou no apartamento de , bateu duas vezes na porta, enquanto o homem usava apenas calça moletom e arqueou as sobrancelhas para ela.
  — .
  — Eu posso passar a noite aqui?
  Perguntou insegura, enquanto as malditas lágrimas desciam por sua face. Desde quando a fazia esperar tanto?
  Ela o odiava tanto, ao ponto de ignorar todos os sinais que eles deveriam dar certo, mas não davam.
   se deitou sobre o sofá, irritada, enquanto apenas se jogou ao seu lado, ao mesmo tempo que se alinhou ao homem que havia vestido uma camisa, enquanto a colcha foi jogada sobre ambos.
  — Eu estou aqui.
  Ele tinha cheiro de lar.

   suspirou, os beijos se tornaram mais frequentes, os toques, as palavras ditas por eles, enquanto os meses que se passaram haviam se tornando felicidade.
  Ela sempre pensou em felicidade com .
  Ele estava em seus pensamentos.
   sorriu para ela, enquanto a mesma encarava o vestido preto, os lábios pintados de vermelho sangue, e os cabelos devidamente arrumados num coque com poucos fios soltos.
  — Eu não quero ir.
  — Você quer sim. Deixe de chilique, sim? Você está maravilhosa.
   beijou seu rosto, enquanto sorriu, a mesma revirou os olhos com isso, ao passo que respirou fundo.
  — Se eu quiser fugir...
  — Eu fugirei com você.
  Sussurrou no ouvido dela, enquanto a mesma se virou para ele com uma expressão aflita.
  — Promete?
  — Prometo.

  As pessoas comentavam, os cochichos baixos, as palavras ácidas, se encolheu com aqueles tipos de comentários.
  “Ela ficou 10 anos com ele”, “viviam às escondidas, a família dele não a aceitou”, então sentiu o beijo sobre seus lábios.
  — !
  — Hmm, eu queria sua atenção para mim.
  Todos observavam eles, desde a entrada dela, enquanto segurou sua cintura e beijou seu rosto.
  — Eu gosto de você sorrindo. Vamos dançar?
  Antes que pudesse dizer qualquer coisa, o casal estava ali, Lily tinha os olhos cor de âmbar, os cabelos castanhos caindo por suas costas, enquanto fuzilava o então primo.
  — Lily quer dançar com você. Você permite, Srta. McQueen?
  O tom usado era jocoso, cheio de um quê de imprudência, enquanto sorriu, e apertou os dedos ao redor dela, e sussurrou no ouvido dela.
  — Se você não quiser, eu não vou.
  — Seria falta de decoro, .
  Sussurrou de volta, os lábios tremiam, enquanto ele beijou sua mão.
    — Eu irei voltar.
  Os dois saíram, manteve as mãos longe da cintura dela.
  — Eu não esperava que viesse.
    — Por que eu não viria?
  — Ainda com raiva?
  — E você não estaria?
   riu, enquanto manteve as mãos no bolso, os dois eram orgulhosos demais, e ele suspirou.
  — Se eu pedir desculpas... Voltaria para mim?
   franziu o cenho, desculpas? Ela se virou para ele, a encarava sério, enquanto apenas balançava a cabeça.
  — Você irá me amaldiçoar?
  — Eu deveria estar certo, mas... Por ele, eu não o faço.
  — O que ele tem a ver com isso?
   se virou para ele, então sorriu, foi pego com a guarda baixa, jamais havia sorriso daquele jeito com ele, enquanto ela observava levando Lily pelo salão sem tirar os olhos dela.
  — Porque ele ainda ama você. Você é a família dele, .
  — Eu queria voltar no tempo.
  — Coisas terríveis acontecem quando você tenta mudar o tempo – murmurou, enquanto apenas se virou para ele, os olhos fixos nos dele – Você a ama?
  — Lily, eu não....
  — Você a ama, certo?
   apenas respirou fundo.
  — Eu amo as duas, mas Lily me traz paz. E, você, me deixa louco.
  — Oh, então, você a ama. É o suficiente. Seja feliz, .
   Blackwood apenas percebeu a mulher se afastar, enquanto segurou a aliança em suas mãos apertando, enquanto sussurrou baixo.
  — Mas era você com quem eu queria me casar.

X

   trazia paz.
  Era o suficiente, encarou a própria fortuna, os dez anos com traziam tristezas, paixão e imprudência.
   tinha afeto por ele, mas aquilo não era amor.
  Aquele sentimento que ela sentiu não era nada comparado ao que causava nela, desde o início, encarou o carro que seguia para sua casa, enquanto estava deitada sobre o ombro dele.
  Era simples, fácil e sem complicações aquela relação.
   era fácil de amar –, conteve a emoção, enquanto apenas sentiu as mãos sobre suas.
  — Você está bem?
  — Claro. Por que não estaria?
  Ela sorriu para ele, enquanto roubava o beijo dos lábios dele.
  Sua relação com era perigosa, viciante e doentia.
  Mas sua relação com era fácil, viciante também, mas saudável de um jeito que amava, era calma, mas tempestuosa também, havia sentimentos que nenhum dos dois conheciam, mas que cumplicidade estava ali.
  Havia segurança nos braços do LeBlanc.
  Ela amava , porém, ela ainda tinha buracos de balas em seu corpo, ela precisava de um tempo antes de dizer a ele sobre seus sentimentos.
  E esperava que ele sentisse o mesmo.

FIM



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