Norwegian Wood (This Bird Has Flown)
Escrito por Ally | Revisado por Francielle
- Ah, oi ! - disse ao abrir a porta.
- Olá ! - ele respondeu e a garota lhe deu passagem. entrou e ela disse:
- Vem aqui, quero lhe mostrar uma coisa.
Então o dirigiu ao seu quarto.
- Olha só, acabou de ser reformado. - ela disse e deu umas batidinhas na parede - Madeira norueguesa. - falou orgulhosa.
estava maravilhado, ele sabia que um sonho de era ter em seu quarto algo de madeira norueguesa, na verdade ele sabia todos os sonhos dela, sejam eles exóticos como montar numa lhama ou mais comuns como visitar um país diferente.
- Sente-se. - falou.
notou que não tinha nenhuma cadeira por ali, nem mesmo a cama dela estava lá, portanto ele se sentou ao tapete mesmo.
- Estou com sede. - finalmente pronunciou uma palavra desde que chegara ali. Foi informado de que só havia vinho. - Não há problema.
foi buscar a bebida e serviu-os. começou a se soltar aos poucos, ele sempre ficava tímido quando estava com , mas ela não se importava, porque ela gostava dele exatamente do jeito que ele era.
Eles ficaram ali conversando, e entre vinhos e palavras, eles se sentiam confortados por estarem na presença um do outro. se sentia bem por tê-la em todos os momentos, se sentia em seu porto seguro, assim como sempre que estava com ele.
As palavras dela eram mais alegres quando eram dirigidas a ele do que a qualquer outra pessoa, as poucas palavras dele já bastavam para que ela alcançasse o nirvana emocional.
O papo fluiu até umas duas horas, quando finalmente largou a hipnose por .
- É hora de dormir - ela alertou.
- Mas já? - ele lamentou.
- Sim, eu tenho trabalho de manhã. - dizendo isso ela começou a rir, obviamente não estava em suas plenas faculdades mentais. Sua risada atraía a de , que lhe falou:
- Mas eu não. - e serviu-se de outra taça de vinho. Eles continuavam rindo, assim mesmo, sem motivos, apenas para esbanjar felicidade um ao outro. Ou talvez para esbanjar um pelo outro, uma espécie de aviso “hey, fica comigo pra sempre”.
A conversa recomeçou, até que sem perceber pegou no sono. , sem saber direito o que estava fazendo ou o que estava acontecendo começou a se rastejar ao banheiro e também dormiu.
Amanheceu. sentia uma forte dor de cabeça e tudo o que conseguiu foi procurar por . Ela já não estava mais lá. “Esse pássaro tinha voado”. Ele, desentorpecido, ficou observando as paredes de madeira norueguesa.
Acendeu um isqueiro, o fogo subindo pela madeira e ali ainda deitado com uma garrafa de vinho esparramada aos seus pés deixando vagas lembranças da noite anterior.
E ele adormeceu novamente, caindo num sono de onde nunca mais acordou.